Thursday, July 31, 2014

Leishmaniose - Epidemiologia e Fatores de risco

Leishmaniose - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Em determinados trabalhadores, a leishmaniose cutânea ou a cutâneo-mucosa pode ser considerada como
doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, posto que as circunstâncias ocupacionais da
exposição ao mosquito transmissor podem ser consideradas como fatores de risco, no conjunto de fatores de risco
associados com a etiologia desta doença infecciosa.
A leishmaniose cutânea e a cutâneo-mucosa relacionadas ao trabalho têm sido descritas em trabalhadores
agrícolas ou florestais, em zonas endêmicas e em outras situações específicas de exposição ocupacional, como, por
exemplo, em laboratórios de pesquisa e análises clínicas.


Leishmaniose cutânea - Definição da Doença

Leishmaniose cutânea - Definição da Doença

6.3.15 LEISHMANIOSE CUTÂNEA CID-10 B55.1
LEISHMANIOSE CUTÂNEO-MUCOSA B55.2

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
A leishmaniose ou leshmaníase por Leishmania braziliensis é zoonose do continente americano que
apresenta, nos seres humanos, duas formas clínicas: a leishmaniose cutânea, relativamente benigna, e a leishmaniose
cutâneo-mucosa, mais grave. É uma doença parasitária da pele e mucosas, de caráter pleomórfico, transmitida pela
picada de insetos flebotomíneos do gênero Lutzomia. Período de incubação: pode variar de 2 semanas a 12 meses,
com média de um mês.


Wednesday, July 30, 2014

Malária - Prevenção

Malária - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A vigilância da saúde dos trabalhadores expostos a contrair malária relacionada ao trabalho deve seguir os
procedimentos indicados na introdução deste capítulo. As ações de vigilância buscam impedir a reintrodução da endemia
nas regiões não-malarígenas, por meio do diagnóstico, tratamento dos casos e eliminação de novos focos. Na região
amazônica, as ações são voltadas para o acompanhamento dos dados dos exames laboratoriais de rotina e tratamento
precoce dos casos. É doença de notificação compulsória em todo o país, exceto na região amazônica devido ao
elevado número de casos.
As medidas de controle são baseadas em:
- diagnóstico imediato e tratamento oportuno dos casos;
- aplicação de medidas antivetoriais seletivas;
- detecção precoce de epidemias para contê-las;
- reavaliação periódica da situação epidemiológica de malária no país, para ajuste das medidas de controle.
As atividades antimaláricas devem estar adaptadas às condições epidemiológicas locais e ser tecnicamente
viáveis e financeiramente sustentáveis. É importante lembrar que, no combate ao vetor, o programa de malária utiliza
diferentes produtos químicos, como os organofosforados, que podem ser causa de problemas ambientais e para a
saúde dos trabalhadores que os utilizam.
Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos:
- condições de trabalho adequadas;
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção, incluindo antimaláricos, quando indicados;
- equipamentos de proteção individual adequados (vestuário limpo, luvas, botas e proteção para a cabeça).
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.



Malária - Tratamento

Malária - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
A infecção por P. vivax deve ser tratada com cloroquina base 25 mg/kg (dose máxima total 1.500 mg),
administrada durante 3 dias: 4 comprimidos no primeiro dia e 3 comprimidos no segundo e terceiro dias. Acrescentar
também primaquina, na dose de 0,25 mg/kg/dia, durante 14 dias. A infecção por P. malariae requer o mesmo esquema,
sem primaquina.
Na infecção por P. falciparum multirresistente confirmado, pode ser seguido um dos seguintes esquemas:
- sulfato de quinina: 30 mg/kg/dia, IV, 3 dias, associado à doxiciclina, em dose diária de 4 mg/kg/dia, VO,
12/12 horas, durante 5 dias, mais primaquina 0,75 mg/kg, em dose única, no sexto dia após o início do
tratamento. A doxiciclina não deve ser administrada a menores de 8 anos, nem a gestantes e pacientes
alérgicos à tetraciclina. O uso da primaquina é contra-indicado a gestantes;
- sulfato de quinina: 30 mg/kg/dia, IV, por 7 dias, associado no oitavo dia do início do tratamento à
primaquina: 0,75 mg/kg, em dose única;
- mefloquina: 15 mg/kg, em dose única, particularmente indicada para pacientes que não melhoraram
com os esquemas anteriores. Pode ser empregada em pacientes com P. falciparum que habitam fora
de áreas endêmicas.
Atualmente têm sido utilizados derivados da artemisinina no tratamento da malária em suas diversas formas,
dada suas características de rapidez de ação e ausência de efeitos colaterais.
Além do tratamento específico, devem ser instituídas medidas terapêuticas complementares para correção dos
distúrbios hidroeletrolíticos, hemorrágicos, hipertermia, entre outros.


Tuesday, July 29, 2014

Malária - Quadro clínico e diagnóstico

Malária - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico e a gravidade da infecção variam com as espécies de plasmódio e também com o estado
imunológico do paciente. O mecanismo patogênico é complexo e marcado pela repetida destruição de grande número
de hemácias, no fim de cada ciclo esquizogônico eritrocítico, que se traduz clinicamente por acessos maláricos.
As infecções por P. vivax causam a febre terçã benigna. O acesso malárico inicia-se com calafrios de curta
duração e a febre, subseqüentemente, eleva-se rapidamente e dura de quatro a oito horas, com períodos de apirexia
de 48 horas. O período posterior de sudorese prolonga-se por várias horas e pode apresentar cefaléia, náuseas,
vômitos e mialgias, além de palidez cutâneo-mucosa e hepatoesplenomegalia. As infecções por P. falciparum causam
a febre terçã maligna, que cursa com maior gravidade, podendo provocar a malária cerebral, insuficiência renal aguda,
malária pulmonar, entre outras. As infecções por Plasmodium malariae causam a febre quartã, que se assemelha à
terçã benigna, porém os acessos febris ocorrem a cada 72 horas.
O diagnóstico laboratorial baseia-se no encontro de plasmódios no sangue periférico, em esfregaços comuns
ou em gota espessa.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com: febre tifóide, febre amarela, hepatite infecciosa, calazar,
esquistossomose mansônica, salmonelose septicêmica prolongada, tuberculose miliar, leptospirose, pneumonia
bacteriana, febres hemorrágicas, infecções meningocócicas.


Malária - Epidemiologia e Fatores de risco

Malária - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A malária pode ser considerada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação de
Schilling, posto que as circunstâncias ocupacionais da exposição aos anofelinos transmissores podem ser consideradas
como fatores de risco, no conjunto de fatores de risco associados com a etiologia da doença.
A malária relacionada ao trabalho tem sido descrita em trabalhadores que exercem atividades em mineração,
construção de barragens ou rodovias, em extração de petróleo e outras atividades que obrigam à presença dos
trabalhadores em zonas endêmicas.


Monday, July 28, 2014

Malária - Definição da Doença

Malária - Definição da Doença

6.3.14 MALÁRIA CID-10 B50- e B54.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Doença infecciosa febril aguda, causada por parasitas do gênero Plasmodium (vivax, malariae, falciparum,
ovale), caracterizada por febre alta acompanhada de calafrios, sudorese e cefaléia, que ocorre em padrões cíclicos, a
depender da espécie do parasito infectante.

A transmissão da doença é realizada por intermédio dos esporozoítas, formas infectantes do parasita,
inoculados no homem pela saliva da fêmea anofelina infectante.
Esses mosquitos, ao se alimentarem em indivíduos infectados, ingerem as formas sexuadas do parasita –
gametócitos – que se reproduzem no interior do hospedeiro invertebrado, durante 8 a 35 dias, eliminando esporozoítas,
durante a picada.
A transmissão também ocorre por meio de transfusões sangüíneas, compartilhamento de seringas,
contaminação de soluções de continuidade da pele e, mais raramente, por via congênita.

A transmissibilidade da infecção ocorre do homem para o mosquito enquanto houver gametócitos em seu
sangue. O homem, quando não tratado, poderá ser fonte de infecção durante mais de 3 anos da malária por P. malariae, de
1 a 3 anos da malária por P. vivax e menos de 1 ano da malária por P. falciparum.
O período de incubação é, em média, de 7 a 14 dias para o P. falciparum, de 8 a 14 dias para o P. vivax e de
7 a 30 dias para o P. malariae.


Paracoccidioidomicose - Prevenção

Paracoccidioidomicose - Prevenção

5 PREVENÇÃO
No Brasil estão registrados mais de 50 casos de paracoccidioidomicose associados à AIDS, o que coloca
essa infecção como um dos indicadores daquela síndrome. Não é doença de notificação compulsória, porém os surtos
devem ser investigados.
Não há medida específica de controle. Os doentes devem ser tratados precoce e corretamente, visando a
impedir a evolução da doença e suas complicações. Está indicada desinfecção concorrente dos exsudatos, artigos
contaminados e limpeza terminal.
Para a vigilância dos casos relacionados ao trabalho, devem ser seguidos os procedimentos indicados na
introdução deste capítulo.
Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos:
- condições de trabalho adequadas que lhes permitam seguir as Normas de Precauções Universais
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- facilidades para a higiene pessoal (chuveiros, lavatórios);
- equipamentos de proteção individual adequados (vestuário limpo, luvas, botas e proteção para a cabeça).
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.





Sunday, July 27, 2014

Paracoccidioidomicose - Tratamento

Paracoccidioidomicose - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Para o tratamento, utilizar uma das opções a seguir:
- sulfametoxazol + trimetoprim – 800/60 mg/dia, VO, 12/12 horas, por 30 dias e a seguir 400/80 mg/dia,
VO, 12/12 horas, até um ano após sorologia negativa;
- cetoconazol – 400 mg/dia, VO, por 45 dias e a seguir 200 mg/dia até completar 12 meses;
- fluconazol – 400 mg/dia, VO, por 30 dias e a seguir 200 mg/dia, por 6 meses (este é o melhor tratamento
da neuroparacoccidioidomicose, pela sua alta concentração no SNC). A dose de ataque pode ser de
até 800 mg/dia, por 30 dias;
- itraconazol – 100 mg/dia, VO, por 6 meses;
- anfotericina B – 1 mg/kg/dia, IV, diluído em 50 ml de soro glicosado a 5%, mais acetato de delta
hidrocortizona 50 – 100 mg (a dose máxima de anfotericina B não deve ultrapassar 3 g). Nas formas
graves usar anfotericina B associada com as sulfas.


Paracoccidioidomicose - Quadro clínico e diagnóstico

Paracoccidioidomicose - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A forma cutânea localiza-se especialmente na face, sobretudo nas junções mucocutâneas nasal e oral,
onde se formam úlceras de expansão lenta, com fundo granuloso e pontos ricos em fungos, acompanhadas de adenite
regional com necrose e eventual fistulização.
As formas pulmonares predominam em adultos depois da terceira década. As formas digestivas acometem
pessoas jovens, com invasão e ulceração das placas de Peyer ou formação de massas, produzindo diarréias ou
constipação, dor contínua ou em cólicas e, até mesmo, abdômen agudo obstrutivo. A forma linfática manifesta-se por
aumento indolor dos linfonodos cervicais, supraclaviculares ou axilares. As formas viscerais atingem o fígado e as vias
biliares, o baço e os linfonodos abdominais, as supra-renais ou o esqueleto (lesões osteolíticas). Podem ocorrer,
também, formas mistas.
O diagnóstico é feito a partir da história clínica e do exame físico, com a demonstração microscópica do P.
brasiliensis nas lesões, secreções ou biópsias, por cultura ou imunodiagnóstico. A radiografia pulmonar pode revelar a
intensidade das alterações.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com as outras micoses profundas que compõem a síndrome verrucosa
(tuberculose, esporotricose, leishmaniose tegumentar americana, cromomicose) e sífilis. Nas formas linfáticas, deve-
se diferenciá-lo do linfoma de Hodgkin
e de outras neoplasias.


Saturday, July 26, 2014

Paracoccidioidomicose - Epidemiologia e Fatores de risco

Paracoccidioidomicose - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Em determinados trabalhadores, a paracoccidiodomicose pode ser considerada como doença relacionada
ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, posto que as circunstâncias ocupacionais da exposição ao fungo
podem ser consideradas como fatores de risco, no conjunto de fatores de risco associados com a etiologia desta grave
doença infecciosa.
A paracoccidiodomicose relacionada ao trabalho tem sido descrita em trabalhadores agrícolas ou florestais,
em zonas endêmicas.


Paracoccidioidomicose - Definição da Doença - Blastomicose brasileira

Paracoccidioidomicose - Definição da Doença - Blastomicose brasileira

6.3.13 PARACOCCIDIOIDOMICOSE
(BLASTOMICOSE SUL-AMERICANA, BLASTOMICOSE BRASILEIRA,
DOENÇA DE LUTZ) CID-10 B41.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Micose causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. A infecção dá-se por inalação de conídios em
poeiras, em ambientes quentes e úmidos, com formação de foco primário pulmonar (assintomático) e posterior
disseminação. Em pacientes com grande resistência imunológica, as formas são localizadas, com reação granulomatosa
e poucos parasitos. Nos demais, os parasitos são abundantes, os processos são predominantemente exsudativos e as
formas disseminadas predominam, com variados graus clínicos.


Friday, July 25, 2014

Candidíase - Prevenção

Candidíase - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de candidíase relacionada ao trabalho deve seguir os procedimentos indicados na
introdução deste capítulo.
As ações de vigilância visam a diagnosticar e a tratar precocemente os casos para evitar complicações e,
nas gestantes, reduzir o risco de transmissão perinatal. A candidíase não é uma doença de notificação compulsória,
porém deve fazer parte do controle periódico de saúde dos trabalhadores envolvidos com manipulação de alimentos,
por norma específica da vigilância sanitária.
As medidas de controle incluem:
- tratamento precoce dos indivíduos atingidos;
- desinfecção concorrente das secreções e dos artigos contaminados;
- sempre que possível, deverá ser evitada antibioticoterapia prolongada de amplo espectro;
- cuidados específicos com o uso de cateter venoso, com troca de curativos a cada 48 horas, uso de
solução a base de iodo e povidine para limpeza.
Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos:
- condições de trabalho adequadas que lhes permitam seguir as Normas de Precauções Universais
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- facilidades para a higiene pessoal (chuveiros, lavatórios);
- EPI adequados: vestuário limpo, luvas apropriadas (com forro de algodão) e botas para evitar contato
com água e umidade.
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação existentes do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.





Candidíase - Tratamento Candidíase mucocutânea crônica

Candidíase - Tratamento Candidíase mucocutânea crônica

CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA: cetoconazol ou fluconazol, como primeira escolha,
e anfotericina B para os casos mais graves.

CERATOMICOSE: lavagem da córnea com anfotericina B, 1 mg/ml.

CANDIDÍASE SISTÊMICA: a droga de escolha é a anfotericina B.
Nos casos sem resposta à anfotericina B, pode-se utilizar o fluconazol.


Thursday, July 24, 2014

Candidíase - Tratamento Candidíase vaginal

Candidíase - Tratamento Candidíase vaginal

VULVOVAGINAL: isoconazol tópico, creme vaginal, uma aplicação por dia durante 7 dias
ou óvulo vaginal em única aplicação vaginal.
A segunda alternativa será realizada com tioconazol pomada ou óvulo vaginal em aplicação única.
Outras substâncias eficazes incluem: clotrimazol, miconazol, terconazol, nistatina.

Candidíase - Tratamento Candidíase oral

Candidíase - Tratamento Candidíase oral

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS

CANDIDÍASE ORAL: nistatina suspensão, uso tópico, 500 mil a 1 milhão UI, 3 a 5 vezes ao dia, durante 14 dias, para bochechar
e depois engolir. O tratamento de segunda escolha ou em pacientes imunocomprometidos é realizado com
cetoconazol: para adultos 200 a 400 mg, VO, 1 vez ao dia, durante 10 dias,
e para crianças 4 a 7 mg/kg/dia,
VO, 1 vez ao dia, por 7 dias. Outra opção é o fluconazol, 50 a 100 mg, VO, uma vez ao dia,
por 7 dias, devendo ser evitado seu uso em crianças.

Wednesday, July 23, 2014

Candidíase - Quadro clínico e diagnóstico

Candidíase - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
As lesões nas mãos se localizam, normalmente, entre o terceiro e quarto dedos e nos pés, na prega
interdigital, entre o quinto e quarto dedos. Apresentam-se inicialmente como área ovalada de pele macerada branca.
Ao progredir, destaca-se a pele macerada, deixando a área eritêmato-exsudativa desnuda, circundada de restos de
epiderme. Há prurido e dor. Pode acometer as unhas, manifestando-se inicialmente por paroníquia, tumefação eritematosa
e dolorida dos tecidos periungueais e, por expressão, deixam fluir gotículas de pus. A evolução seguinte é para oníquia,
erosão da borda ungueal, que, gradualmente, estende-se transversalmente pela lâmina ungueal, que se torna espessa,
erodida e escurecida.
A infecção mucocutânea crônica pode estar associada com diabetes melitus, AIDS e o uso de antibióticos
de amplo espectro. A candidíase pode se disseminar, o que ocorre especialmente em recém-nascidos de baixo peso e
nos imunossuprimidos, podendo atingir qualquer órgão e evoluir para a morte.
Os exames laboratoriais podem ser realizados por intermédio de:
- exame de raspados de pele ou unha em gota de solução de KOH a 10 ou 20% ao microscópio;
- cultivo de material e obtenção de colônias.


Candidíase - Epidemiologia e Fatores de risco

Candidíase - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Pessoas medicadas com antibióticos por via oral apresentam aumento da população de Candida nas vias
digestivas, sem outros sintomas, mas os pacientes diabéticos, os imunodeprimidos por vários motivos e os submetidos
a cateterismo urinário ou venoso de demora estão propensos a desenvolver uma das diferentes formas de candidíase,
inclusive por disseminação hematogênica.
A candidíase relacionada ao trabalho poderá ser verificada em trabalhadores que exercem atividades que
requerem longas imersões das mãos em água e irritação mecânica das mãos, tais como trabalhadores de limpeza,
lavadeiras, cozinheiras, entre outros, com exposição ocupacional claramente caracterizada por meio de história laborativa
e de inspeção em ambiente de trabalho. Nesses casos, a candidíase poderá ser considerada como doença relacionada
ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling.


Tuesday, July 22, 2014

Candidíase - Definição da Doença

Candidíase - Definição da Doença

6.3.12 CANDIDÍASE CID-10 B37.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Infecção provocada por fungo da classe Saccharomycetes leveduriformes do gênero Candida, sobretudo
pela Candida albicans. A transmissão é feita pelo contato com secreções originadas da boca, pele, vagina e dejetos de
portadores ou doentes. A transmissão vertical se dá da mãe para o recém-nascido, durante o parto. Pode ocorrer
disseminação endógena. O período de transmissibilidade dura enquanto houver lesões.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com dermatite seborréica, Tinea cruris, eritrasma e leucoplasia
pilosa por outras causas.


Sistema orienta e faz controle sanitário de viajantes

Sistema orienta e faz controle sanitário de viajantes

Ferramenta permite ver informações sobre país de destino, normas para entrada de bagagem e emição do Certificado de Vacinação

Dermatofitose Micose - Prevenção

Dermatofitose Micose - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de dermatofitose e outras micoses superficiais relacionadas ao trabalho deve seguir
os procedimentos indicados na introdução deste capítulo.
As dermatofitoses não são doenças de notificação compulsória, porém devem ser objeto do controle periódico
de saúde dos trabalhadores envolvidos com manipulação de alimentos, por norma específica da vigilância sanitária.
Não existem barreiras para prevenir o livre acesso dos patógenos à pele, pois os dermatófitos se desenvolvem
no estrato córneo. Não há imunidade após a infecção, o que explica as recorrências na exposição aos fungos. A
recorrência da infecção pela Malassezia é comum porque ela é parte da flora normal da pele.
A imunoterapia é de pouco significado na prevenção das dermatofitoses humanas. Há vacina disponível
contra as dermatofitoses na Europa, apenas para imunização de gado. No futuro, será possível que haja similar para
uso humano.
Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos:
- condições de trabalho adequadas;
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- equipamentos de proteção individual adequados: luvas apropriadas e botas para evitar contato com
água e umidade, uma vez que a colonização e infecção resultam da exposição a patógenos combinada
com abrasão da superfície da pele favorecidas por meio úmido;
- evitar contato com animais infectados para prevenir a transmissão zoofílica;
- uso de roupas de proteção para impedir o contato com agentes geofílicos e antropofílicos;
- facilidades para a higiene pessoal (chuveiros, lavatórios).
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação
ou controle dos fatores de risco.



Monday, July 21, 2014

Ministério da Saúde divulga nota de esclarecimento sobre Mais Médicos

Ministério da Saúde divulga nota de esclarecimento sobre Mais Médicos

Profissionais atuam no Brasil em modelo similar ao adotado em convênios com outros 63 países ao redor do mundo

Equador busca modelo brasileiro de combate à desnutrição

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Cooperação estabelece o intercâmbio de informações, visitas técnicas e projetos conjuntos para a capacitação profissional

Relatório contabiliza casos de HIVAids na América Latina

Relatório contabiliza casos de HIVAids na América Latina

Entre 2005 e 2013, Brasil mais que dobrou total de pacientes em tratamento e é o país que mais compra e distribui camisinhas no mundo

Pesquisa analisa regulação de aditivos no tabaco

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Anvisa proibiu o uso de aditivos - sabores e aromas - com o objetivo de reduzir a experimentação e iniciação por crianças e jovens

Dermatofitose Micose - Tratamento

Dermatofitose Micose - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento para os dermatófitos, Candida e Pityrosporum ovale, quando necessário, deve ser realizado
com: griseofulvina ou com os azóis (fluconazole, itraconazole, cetoconazole). A Candida e o Pityrosporum ovale podem
também ser tratados por via sistêmica com a anfotericina B. Os dermatófitos respondem bem ao uso de terbinafina. A
via tópica, reservada para os casos de menor repercussão clínica, seja para dermatófitos, Candida ou Pityrosporum
ovale, pode ser realizada adequadamente com uso de azóis (bifonazole, clotrimazole, econazole, cetoconazole,
miconazole, oxiconazole, sulconazole, tioconazole, terconazole) ou aliaminas (naftifina, terbinafina, tolnaftato). A nistatina
também é muito útil no tratamento tópico da candidíase e do P. ovale.


Artigo trata das mudanças cognitivas relacionadas à idade

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Dados foram importantes para planejar abordagem expositivo-explicativa sobre processo fisiológico do envelhecimento humano

Mosquito da dengue está se adaptando ao clima adverso

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Proliferação não está ocorrendo apenas em água limpa, aponta professor da Unesp

Ampliado envio de propostas de fitoterápicos e medicinais

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Edital também visa o desenvolvimento e registro sanitário de medicamentos fitoterápicos da Rename

Dermatofitose Micose - Quadro clínico e diagnóstico

Dermatofitose Micose - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Caracteriza-se pela presença de lesões típicas que variam segundo a área corporal acometida (pele dos
troncos e membros, região inguinal, couro cabeludo, barba, face, pés, mãos ou unhas).

Os exames laboratoriais mostram:
- visualização do dermatófito ao exame microscópico, em material de raspagem, da lesão em uma solução de
KOH a 10 ou 20%;
- isolamento e identificação do fungo por meio de cultivo em meios apropriados.


Sunday, July 20, 2014

Seminário debate qualidade dos aminoácidos em alimentos

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Estão disponíveis 65 vagas para participação de servidores da Anvisa, Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, setor regulado e academia

Saúde destina R$ 67,2 milhões para cirurgias eletivas

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Ao todo, 285 municípios de 22 estados contarão com reforço para cirurgias de catarata, tratamento de varizes e retirada de amígdalas

Fiocruz lança edital para chamada de projetos 2014

Fiocruz lança edital para chamada de projetos 2014

Objetivo é facilitar o início e o desenvolvimento de colaborações em áreas prioritárias de pesquisa translacional e saúde pública

Aperfeiçoamento na área da Infectologia recebe inscrições

Aperfeiçoamento na área da Infectologia recebe inscrições

Iniciativa busca contribuir na formação do psicólogo na área clínica hospitalar, tendo como referencial teórico a psicanálise

Dermatofitose Micose - Epidemiologia e Fatores de risco

Dermatofitose Micose - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Em determinados trabalhadores, a dermatofitose e outras micoses superficiais podem ser consideradas
como doenças relacionadas ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, posto que as circunstâncias
ocupacionais da exposição aos fungos dermatófitos podem ser consideradas como fatores de risco, no conjunto de
fatores de risco associados com a etiologia desta doença infecciosa.
A dermatofitose relacionada ao trabalho tem sido descrita em trabalhadores que exercem atividades em
condições de temperatura elevada e umidade (cozinhas, ginásios, piscinas, etc.) e em outras situações específicas.


Aparelhos dentários ilegais colocam a saúde em risco

Aparelhos dentários ilegais colocam a saúde em risco

É preocupante o uso de produtos por pessoas não habilitadas e sem a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

SP: 12, 7 milhões de doses da vacina contra gripe foram distribuídas

SP: 12, 7 milhões de doses da vacina contra gripe foram distribuídas

Vacina é eficaz contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno passado. Dose continua disponível

Brasil e Rússia assinam acordo em produção de vacinas

Brasil e Rússia assinam acordo em produção de vacinas

Ideia é ter uma aproximação para troca de experiências com o instituto russo, especializado em soros e vacinas

Dermatofitose Micose - Definição da Doença

Dermatofitose Micose - Definição da Doença

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Termo geral para infecções micóticas que afetam a superfície epidérmica, devido a fungos dermatófitos.
Atacam tecidos queratinizados (unhas, pêlos e estrato córneo da epiderme). As principais dermatofitoses são: Tinea
capitis (Tinha tonsurante); Tinea favosa (Favo); Tinea barbae (Sicose); Tinea corporis; Tinea manuum; Tinea cruris;
Tinea imbricata (Tinha escamosa); Tinea pedis e Tinea unguium, causadas por espécies dos gêneros Epidermophyton,
Microsporum e Trichophyton.


Saturday, July 19, 2014

Copa registrou 7.055 atendimentos de saúde nos estádios

Copa registrou 7.055 atendimentos de saúde nos estádios

Maioria dos casos foi relacionada a ocorrências como dor de cabeça, mal estar súbito, hipertensão, lesões e torções

Pesquisadores criam substância que mata mosquito da dengue

Pesquisadores criam substância que mata mosquito da dengue

Fórmula tem uma bactéria tirada do solo contaminado com petróleo. Ainda não há previsão de quando o produto será comercializado

Serviços de hemoterapia tem regulamento atualizado

Serviços de hemoterapia tem regulamento atualizado

Resolução reforça conceitos quanto à adoção das Boas Práticas no Ciclo do Sangue e acentua diretrizes da OMS

Anvisa suspende divulgação de três produtos

Anvisa suspende divulgação de três produtos

Além da exposição, dois produtos também tiveram suspensas sua comercialização e fabricação

Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos

Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos

Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos:
- condições de trabalho adequadas que lhes permitam seguir as Normas de Precauções Universais;
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- facilidades para a higiene pessoal (chuveiros, lavatórios);
- equipamentos de proteção individual adequados (vestuário limpo, luvas, botas, proteção para a cabeça).
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.



6.3.11 DERMATOFITOSE CID-10 B35.-
OUTRAS MICOSES SUPERFICIAIS B36.-


Curso de Educação Popular em Saúde recebe inscrições

Curso de Educação Popular em Saúde recebe inscrições

Objetivo é qualificar trabalhadores e profissionais de saúde para contribuir com as ações de prevenção e promoção de saúde

Saiba diferenciar a gripe comum de outras doenças

Saiba diferenciar a gripe comum de outras doenças

Sintomas da doença podem ser confundidos com resfriados, sinusites, rinites, pneumonia e até com doenças crônicas em estado inicial

Fiocruz forneceu curso sobre riscos biológicos para as cidades-sede

Fiocruz forneceu curso sobre riscos biológicos para as cidades-sede

Treinamento capacitou membros da Força Nacional do SUS, profissionais de promoção da saúde, vigilâncias de saúde e de laboratórios

Rotina do uso de medicação quimioprofilática

Rotina do uso de medicação quimioprofilática

Rotina do uso de medicação quimioprofilática nos acidentes com material biológico de paciente HIV reagente
ou desconhecido:
- orientar o trabalhador acidentado quanto à quimioprofilaxia, informando-o sobre seus riscos. Iniciar
imediatamente a profilaxia, preferencialmente até 2 horas após o acidente ou até 36 horas após, porém,
nesse caso, com menor proteção;
- o tratamento proposto será com três drogas nos casos de alto risco e com duas drogas nos casos de
médio risco. Nos casos de pequeno risco, deve ser feita uma análise cuidadosa para avaliar a indicação
de uso de quimioprofilaxia;
- para gestantes, recomenda-se a monoquimioterapia com AZT;
- realizar o acompanhamento clínico e laboratorial, além da orientação e esclarecimentos sobre os efeitos
colaterais, toxicidade das drogas, cuidados em relação à sua vida sexual e à atividade profissional. Os
exames indicados são os seguintes: hemograma, plaquetas, transaminases, bilirrubinas, fosfatase
alcalina e creatinina;
- as drogas recomendadas pelo CDC são: zidovudina (AZT): 200 mg, 3 vezes ao dia; lamivudina (3TC):
150 mg, 2 vezes ao dia, e indinavir (IDV): 800 mg, 3 vezes ao dia. Na falta de IDV, pode-se utilizar o
saquinavir 600 mg, 3 vezes ao dia. Se o esquema escolhido for o de 2 drogas, indica-se usar o AZT+3TC,
no caso de esquema tríplice, acresentar o IDV;
- a duração da quimioprofilaxia é de 4 semanas;
- é freqüente o aparecimento de efeitos colaterais, sendo, então, recomendada a suspensão do tratamento;
- a utilização da quimioprofilaxia deve obedecer a critérios técnicos e ser prescrita por profissional treinado
e com experiência na área.


Friday, July 18, 2014

Curso sobre vigilância e óbito infantil abre inscrições

Curso sobre vigilância e óbito infantil abre inscrições

Candidatos devem se inscrever até o dia 18 de julho, exclusivamente pela internet

América Latina e Caribe terão programas de saúde facilitados

América Latina e Caribe terão programas de saúde facilitados

Chamada visa facilitar realização de atividades destinadas a melhorar execução dos programas em saúde por meio de pesquisas

Pós em Doenças Infecciosas recebe inscrições até dia 11

Pós em Doenças Infecciosas recebe inscrições até dia 11

Objetivo é formar pesquisadores e docentes de alto nível científico, capacitando alunos para investigações em doenças infecciosas

Relatório revela números sobre reprodução assistida no País

Relatório revela números sobre reprodução assistida no País

Em 2013, foram mais de 24 mil ciclos de fertilização in vitro. Outro número expressivo é o de embriões doados para pesquisas

Vigilância de risco de contaminação biológica

Vigilância de risco de contaminação biológica

Os serviços de saúde devem instituir
programas de vigilância específicos para os acidentes com risco de contaminação biológica, especialmente os acidentes perfurocortantes – acidentes com agulhas, bisturis, etc. – que incluam:
- notificação dos acidentes, a investigação das circunstâncias de ocorrência e atividades de risco;
- quimioprofilaxia dos acidentados e o acompanhamento da soroconversão;
- treinamento dos trabalhadores na aplicação das Normas de Biossegurança;
- ações de educação em saúde, difusão de informações e comunicação.
Em casos de exposição e acidentes com material biológico, recomendam-se as seguintes precauções
imediatas e de seguimento:
- lavar exaustivamente a área atingida com água e sabão;
- comunicar imediatamente ao serviço médico da instituição;
- o serviço médico deve registrar o acidente de trabalho e emitir imediatamente a CAT, geralmente não
necessitando afastar o funcionário;
- orientar adequadamente sobre os riscos do acidente, assim como sobre as medidas preventivas a
serem adotadas até a complementação do seguimento pelo período de 6 meses;
- solicitar ao acidentado concordância por escrito para a realização dos seguintes exames: anti-HIV,
HbsAg, anti-HBC-IGM, anti-Hbs, anti-HCV;
- solicitar os mesmos exames para o paciente-origem do acidente, não esquecendo de elaborar um
termo de consentimento informado, visando a alertar o paciente da importância desses exames e a
receber sua concordância;
- informar ao acidentado a necessidade de iniciar imediatamente o uso de quimioprofilaxia,
preferencialmente até 2 horas após o acidente;
- suspender o tratamento quimioprofilático caso os exames realizados sejam negativos;
- realizar o acompanhamento médico e laboratorial por meio da realização do anti-HIV em 6 semanas,
12 semanas e 6 meses.


Meta de vacinação contra a gripe é superada no País

Meta de vacinação contra a gripe é superada no País

Já foram vacinadas 41,7 milhões de pessoas, o que representa 84% do público-alvo. Vacinação continua nos municípios que ainda não atingiram meta

Saiba a importância da prevenção e controle da anemia

Saiba a importância da prevenção e controle da anemia

Deficiência de ferro pode causar distúrbios psicológicos, diminuição da capacidade de aprendizagem, constantes infecções e até a morte

Ministério libera recursos para implantação de hospital

Ministério libera recursos para implantação de hospital

Espaço foi inaugurado dia 4, e quando finalizado, contará com centro cirúrgico e obstétrico, UTI, 121 leitos de internação e 49 de passagem

Imunodeficiência humana HIV AIDS - Prevenção

Imunodeficiência humana HIV AIDS - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de doença pelo vírus da imunodeficência humana relacionada ao trabalho deve
seguir os procedimentos indicados na introdução deste capítulo.
A AIDS é de notificação compulsória e investigação obrigatória no território nacional. As principais medidas
preventivas recomendadas são:
PARA A PREVENÇÃO NA TRANSMISSÃO SEXUAL
– informação e educação visando à prática do sexo seguro, por meio da redução do número de parceiros
e do uso de preservativos.
PARA PREVENÇÃO NA TRANSMISSÃO SANGÜÍNEA
– transfusão de sangue: todo sangue para ser transfundido deve ser obrigatoriamente testado para
detecção de anticorpos anti-HIV. A exclusão de doadores em situação de risco aumenta a segurança
da transfusão, principalmente por causa da janela imunológica;
– hemoderivados: os produtos derivados de sangue, que podem transmitir o HIV, devem passar por
processo de tratamento que inative o vírus;
– injeções e instrumentos perfurocortantes: não sendo descartáveis, devem ser meticulosamente limpos
para depois serem desinfetados e esterilizados. Os materiais descartáveis, após utilizados, devem ser
acondicionados em caixas apropriadas, com paredes duras, para evitar acidentes.
O HIV é muito sensível
aos métodos padronizados de esterilização e desinfecção de alta eficácia. O HIV é inativado por meio de
produtos químicos específicos e do calor, mas não é inativado por irradiação ou raios gama;
– doação de sêmen e órgãos: rigorosa triagem dos doadores;
– transmissão perinatal: o uso de zidovudina no curso da gestação de mulheres infectadas pelo HIV, de
acordo com esquema padronizado pelo Ministério da Saúde, associado à realização do parto cesáreo,
oferece menor risco de transmissão perinatal do vírus. No entanto, a prevenção da infecção na mulher
é ainda a melhor abordagem para se evitar a transmissão da mãe para o filho.


Thursday, July 17, 2014

Estrangeiros conhecem Centro de Operações de Saúde

Estrangeiros conhecem Centro de Operações de Saúde

Representantes do setor em seus respectivos países aprovam estrutura montada pelo Brasil para a Copa do Mundo

OMS: gripe afeta gravemente 3,5 milhões de pessoas por ano

OMS: gripe afeta gravemente 3,5 milhões de pessoas por ano

Mudanças climáticas são, na maioria das vezes, responsáveis pelas doenças. Veja como se prevenir e para qual especialista recorrer

Fiocruz treina instituições para aprimorar pesquisa

Fiocruz treina instituições para aprimorar pesquisa

Capacitação aborda sistema BioForm de relato de caso online em pesquisas clínicas

Orientação médica é essencial para uso de medicamentos na gravidez

Orientação médica é essencial para uso de medicamentos na gravidez

Estudos revelam que média de consumo é de dois medicamentos por gestante

Equipamentos produzem água purificada para indústria

Equipamentos produzem água purificada para indústria

Itens são destinados à produção de água abrandada, que servirá de matéria-prima para produção de líquido para injetáveis

SUS incorpora medicamento para tratar tumor do estroma gastrointestinal

SUS incorpora medicamento para tratar tumor do estroma gastrointestinal

Ministério da Saúde realiza consulta pública para incorporar medicação no tratamento da osteoartrose do joelho ao SUS

Sistema de Classificação Revisado para Doença pelo HIV

Sistema de Classificação Revisado para Doença pelo HIV

A Categoria B do Sistema de Classificação Revisado para Doença pelo HIV, do CDC, inclui condições não
incluídas na Categoria C, porém atribuídas à infecção pelo HIV ou indicativas de deficiência imune celular ou consideradas
como tendo um curso clínico ou tratamento complicado pela infecção pelo HIV, como segue:
- angiomatose bacilar;
- candidíase oral ou vaginal recorrente, persistente ou com baixa resposta terapêutica;
- displasia cervical ou carcinoma in situ;
- sintomas constitucionais (febre ou diarréia por mais de um mês);
- leucoplasia pilosa oral;
- herpes zoster em mais de um dermátomo ou mais de um episódio;
- púrpura trombocitopênica idiopática;
- listeriose;
- doença inflamatória pélvica;
- neuropatia periférica.
As disfunções ou deficiências serão correspondentes à natureza, à localização da doença verificada e à sua repercussão
sobre o indivíduo, como um todo.

Na Categoria C da Classificação do CDC estão incluídas as condições definidoras da AIDS, propriamente
dita, a saber:
- contagem de CD4 abaixo de 200/mm3;
- candidíase esofágica, traqueal, brônquica ou pulmonar;
- câncer cervical invasivo;
- coccidioidomicose extrapulmonar;
- criptococose extrapulmonar;
- criptosporidose com diarréia por mais de um mês;
- citomegalovirose em qualquer órgão, exceto fígado, baço ou linfonodos;
- herpes simples com ulceração por mais de um mês, bronquite, pneumonite ou esofagite;
- histoplasmose extrapulmonar;
- demência associada ao HIV;
- caquexia associada ao HIV – perda involuntária de peso maior do que 10% do peso corpóreo normal
+ diarréia crônica (mais que 2 vezes fezes amolecidas por mais de 30 dias) ou fraqueza crônica + febre de
origem obscura por mais de um mês;
- sarcoma de Kaposi em paciente menor que 60 anos;
- linfoma cerebral em paciente menor que 60 anos;
- linfoma não-Hodgkin ou de células B ou de fenótipo desconhecido;
- micobactérias do complexo Avium ou Mycobacterium kansasii, disseminada;
- Mycobacterium tuberculosis;
- nocardiose;
- pneumonia por P. carinii;
- pneumonia bacteriana recorrente;
- pneumoencefalopatia multifocal progressiva;
- septicemia por Salmonella recorrente (não-tifóide);
- estrongiloidíase extra-intestinal;
- toxoplasmose de órgãos internos.
A candidíase, a doença micobacteriana (principalmente tuberculose) e a pneumocistose pulmonar são as
doenças oportunísticas mais comuns nos pacientes brasileiros portadores da AIDS. As disfunções são múltiplas e
crescentes, levando ao óbito. A sobrevida média dos pacientes brasileiros, após um diagnóstico definido de AIDS, é de
cerca de cinco meses.
De acordo com a Lei Federal n.º 7.670/1988, o diagnóstico da síndrome da imunodeficiência adquirida
(SIDA/AIDS) justifica “a concessão de licença para tratamento de saúde prevista nos artigos 104 e 105 da Lei Federal
n.º 1.711/1952; aposentadoria, nos termos no artigo 178, inciso I, alínea b, da Lei Federal n.º 1.711/1952; reforma
militar, na forma do disposto no artigo 108, inciso V, da Lei Federal n.º 6.880/1980; pensão especial nos termos do
artigo 1.º, da Lei Federal n.º 3.738/1960; auxílio-doença ou aposentadoria, independentemente do período de carência
para o segurado que, após filiação à Previdência Social, vier a manifestá-la, bem como a pensão por morte aos seus
dependentes. O exame pericial para fins deste artigo será realizado no local em que se encontra a pessoa, desde que
impossibilitada de locomover-se.” (Diário Oficial da União, 9 de setembro de 1988). Os servidores públicos, na mesma
situação, estão amparados pelo RJU.


Imunodeficiência humana HIV AIDS - Tratamento

Imunodeficiência humana HIV AIDS - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Os avanços no conhecimento da patogênese da infecção pelo HIV e o desenvolvimento de drogas anti-
retrovirais que se mostram eficazes para o controle da replicação viral têm diminuído a progressão da doença, reduzindo
a incidência das complicações oportunísticas, levando a maior sobrevida e a uma significativa melhora na qualidade de
vida dos indivíduos. Em 1994, foi comprovado que o uso da zidovudina (AZT) pela gestante infectada, durante a gestação,
bem como pelo recém-nascido, durante as primeiras semanas de vida, pode levar a uma redução de até 2/3 no risco de
transmissão do HIV da mãe para o filho. A partir de 1995, o tratamento com monoterapia foi abandonado, passando a ser
recomendação do Ministério da Saúde a utilização de terapia combinada com 2 ou mais drogas anti-retrovirais para o
controle da infecção crônica pelo HIV. São numerosas as possibilidades de esquemas terapêuticos indicados pela
Coordenação Nacional de DST/AIDS, que variam, em adultos e crianças, com o curso ou não de germes oportunistas,
com tamanho da carga viral e dosagem de CD4+. Recomenda-se a leitura do Guia de Tratamento Clínico da Infecção
pelo HIV em Adultos e Adolescentes e do Guia de Tratamento Clínico da Infecção pelo HIV em Crianças, ambos distribuídos
pelo Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde para instituições que manejam esses pacientes.

É importante enfatizar que o Brasil é um dos poucos países que financia integralmente a assistência ao
paciente com AIDS, com uma estimativa de gastos, só em medicamentos, em torno de 600 milhões de reais para 1999.
A avaliação das disfunções ou da incapacidade para o trabalho decorrentes da doença pelo vírus da
imunodeficiência humana guarda uma correlação com o estagiamento da história natural da doença, que,
esquematicamente, pode ser dividida em: síndrome retroviral aguda e soroconversão (ocorre em 30 a 70% dos pacientes,
2 a 4 semanas após o momento da exposição e depois desaparece) e período de latência clínica com ou sem
linfadenopatia persistente, que pode durar até 10 anos. Na Classificação do Center for Disease Control and Prevention
(CDC), corresponde à Categoria A (infecção assintomática, adenopatia generalizada persistente, síndrome retroviral
aguda). Exceto a deficiência imunológica crescente, não existem outras disfunções impeditivas de uma vida praticamente
normal.


Wednesday, July 16, 2014

Imunodeficiência humana HIV AIDS - Quadro clínico e diagnóstico

Imunodeficiência humana HIV AIDS - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A sintomatologia da infecção pelo HIV é complexa, mas pode ser sintetizada em quatro grupos:
GRUPO 1: infecção aguda – aparece de 3 a 6 semanas após a infecção e manifesta-se por febre, artralgias, mialgias,
exantema maculopapular, urticária, diarréia ou outros sintomas inespecíficos. Dura até duas semanas e
regride espontaneamente;
GRUPO 2: infecção assintomática – período que varia em tempo, mas dura em média 10 anos;
GRUPO 3: linfadenopatia generalizada persistente – caracteriza-se por uma linfadenomegalia em dois ou mais sítios extra-
inguinais que persiste por mais de três meses sem outra explicação;
GRUPO 4: outras manifestações – a) sintomas constitucionais (febre ou diarréia por 1 mês, emagrecimento em mais de 10%);
b) manifestações neurológicas; c) doenças infecciosas oportunistas; d) neoplasias secundárias; e) outras
doenças.
As principais alterações laboratoriais são:
- detecção de anticorpos por meio de ensaio imunoenzimático (ELISA) ou pelo método western blot;
- detecção do antígeno viral por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR);
- isolamento viral em culturas (restrita a protocolos de pesquisa).


Imunodeficiência humana HIV AIDS - Epidemiologia e Fatores de risco

Imunodeficiência humana HIV AIDS - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A transmissão do vírus HIV pode se dar pelo esperma, pela secreção vaginal, pelo leite, pelo sangue e
derivados, mediante transfusões, ou por agulhas e seringas contaminadas com sangue de paciente infectado (em
usuários de drogas injetáveis), por via congênita, em 15 a 50% das gestações de mães infectadas, por acidentes do
trabalho com agulhas ou seringas contaminadas ou em outras circunstâncias relacionadas ao trabalho.
A taxa de soroconversão pós-exposição ocupacional por ferimento percutâneo tem variado entre 0,1 e
0,4%, sendo maior em função do tamanho do inóculo, da duração do contato e da extensão do ferimento. A literatura
científica internacional registra cerca de 55 casos, confirmados até 1999, decorrentes de exposição ocupacional em
trabalhadores de saúde, em decorrência de acidentes perfurocortantes com agulhas ou material cirúrgico contaminado,
manipulação, acondicionamento ou emprego de sangue ou de seus derivados e contato com materiais provenientes
de pacientes infectados.
Assim, em determinados trabalhadores, a doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) pode ser
considerada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, posto que as circunstâncias
ocupacionais da exposição ao vírus são acidentais ou ocorrem em condições específicas de trabalho, se bem
documentadas e excluídos outros fatores de risco.


Tuesday, July 15, 2014

Imunodeficiência humana HIV AIDS ou SIDA - Definição da Doença

Imunodeficiência humana HIV AIDS ou SIDA - Definição da Doença

6.3.10 DOENÇA PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) CID-10 B20- e B24.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
A doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um distúrbio da imunidade mediada por célula,
causado por um vírus da subfamília Lentivirinae (família Retroviridae), caracterizada por infecções oportunísticas,
doenças malignas (como o sarcoma de Kaposi e o linfoma não-Hodgkin), disfunções neurológicas e uma variedade de
outras síndromes. A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS ou SIDA) é a mais grave manifestação de um
espectro de condições HIV-relacionadas. O risco de que pessoas infectadas, não tratadas, desenvolvam a AIDS é de
1 a 2% por ano nos primeiros anos após a infecção e cerca de 5% nos anos seguintes. O risco acumulado de
desenvolvimento da síndrome em infectados não tratados é de cerca de 50%.


Hepatites virais - Prevenção e Vacinação

Hepatites virais - Prevenção e Vacinação

5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de hepatites virais relacionadas ao trabalho deve seguir os procedimentos indicados
na introdução deste capítulo.
As medidas de prevenção e controle para o HAV e o HEV podem ser sumarizadas em:
- saneamento básico, principalmente controle adequado da qualidade da água para consumo humano e
do sistema de coleta de dejetos humanos;
- ações educativas quanto às informações básicas sobre higiene e formas de transmissão da doença,
que evitem novos casos;
- adoção de medidas de isolamento entérico do paciente em domicílio, visando à proteção dos familiares;
- investigação epidemiológica para identificação da fonte de contaminação e adoção de medidas de
prevenção, como cloração da água, proteção dos alimentos, entre outras;
- orientação e supervisão dos profissionais de saúde quanto à necessidade de se obedecer as Normas
de Biossegurança e de vacinação para o vírus A (não existe vacina para o vírus E);
- emprego de imunoglobulina antivírus da hepatite A para os contatos de pessoas com infecção aguda
ou indivíduos acidentados com material biológico, sabidamente contaminado com o vírus.

A hepatite B é doença de notificação obrigatória no território nacional. As principais medidas de controle
para o HBV e HDV são:
- vacinação de todos os indivíduos suscetíveis, independentemente da idade, principalmente para aqueles
que residem ou se deslocam para áreas hiperendêmicas. São grupos prioritários para vacinação:
profissionais de saúde, usuários de drogas negativos, indivíduos que usam sangue e hemoderivados,
presidiários, residentes em hospitais psiquiátricos, homossexuais masculinos e profissionais do sexo.
O esquema básico de vacinação é de 1ml em adultos e 0,5 ml em crianças com idade inferior a 11 anos,
em 3 doses: a) primeira; b) segunda, trinta dias após; c) terceira, 6 meses após a primeira;
- uso de imunoglobulina humana antivírus da hepatite tipo B, indicado nos casos de recém-nascidos,
filhos de mães portadoras do HbsAg, contatos sexuais de portadores ou com infecção aguda, indivíduos
acidentados com material contaminado (nestes, administrar simultaneamente a vacina).
Para o controle da HCV, os portadores e doentes devem ser orientados para evitar a disseminação do
vírus, adotando medidas simples, tais como:
- usar preservativos nas relações sexuais;
- não doar sangue;
- usar seringas descartáveis, evitando seu compartilhamento.
Os serviços de hemoterapia (hemocentros e bancos de sangue) de doenças sexualmente transmissíveis e
de saúde do trabalhador devem notificar os portadores por eles diagnosticados e encaminhá-los ao serviço de vigilância
epidemiológica municipal ou estadual, para completar a investigação e receber assistência médica.
Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos:
- condições de trabalho adequadas que lhes possibilite seguir as
Normas de Precauções Universais;
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- vacinação específica para HBV;
- facilidades para a higiene pessoal (chuveiros, lavatórios);
- EPI adequados (vestuário limpo, luvas, botas, proteção para a cabeça, etc.).
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.




Monday, July 14, 2014

Hepatites virais - Tratamento

Hepatites virais - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
No caso de infecção aguda, o tratamento é apenas sintomático. O repouso é relativo, sendo ditado pelo
próprio paciente. A dieta também depende do desejo e da sintomatologia do paciente. Para os casos crônicos de
infecção pelo HBV, a terapêutica disponível é o interferon alfa-2 B ou lamivudina.
A hepatite C crônica requer uso da associação de interferon alfa-2 B com ribavarina.
Ainda não se tem um tratamento ideal devido a sua complexidade.

DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO


Hepatites virais - Quadro clínico e diagnóstico

Hepatites virais - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Caracteriza-se, na fase prodrômica, por início súbito de febrícula, anorexia, náuseas e, às vezes, vômitos
e diarréia. Pode haver cefaléia, mal-estar, astenia e fadiga, com dor em peso no hipocôndrio direito. A fase prodrômica
pode ser assintomática. Na fase ictérica, diminuem os sintomas prodrômicos e surge icterícia, hepatoesplenomegalia
dolorosa e discreta. Na fase convalescente, desaparece a icterícia com recuperação completa após algumas semanas.
As hepatites B e C podem evoluir para cronicidade, com ou sem complicações. A hepatite B pode evoluir de forma
aguda fulminante, principalmente na presença de co-infecção ou superinfecção pelo vírus da hepatite D.
O diagnóstico laboratorial é baseado em:
- elevação de pelo menos 10 vezes o valor normal das transaminases (TGO e TGP) ou aminotransferases
(ALT e AST);
- elevação das bilirrubinas;
- exames sorológicos para identificação de antígenos e anticorpos específicos;
- biópsia hepática (quando necessário).
A fase prodrômica ou pré-ictérica dura, geralmente, de 3 a 10 dias. A fase ictérica pode durar desde poucos
dias até algumas semanas, ainda que as transaminases possam permanecer elevadas por períodos prolongados de 1
a 2 anos, sem indicar, necessariamente, que a infecção se tenha cronificado.
Do ponto de vista evolutivo, cada tipo de hepatite viral tem curso clínico diferente, dependente da virulência
da cepa viral e da resposta imunitária de cada indivíduo. Nas hepatites agudas benignas, a evolução é para a cura. A
evolução para cronicidade, com ou sem complicações, não ocorre na HAV e na HEV. O diagnóstico de cronicidade é
essencialmente histopatológico. Não se pode defini-lo só pelas manifestações clínicas ou pelo tempo decorrido de
doença. As evoluções polifásicas (recrudescências) são comuns na HAV, enquanto as formas agudas prolongadas são
encontradas com alta freqüência na HCV e com alguma freqüência na HAV, ambas com bom prognóstico. A alta clínica
é dada em função da remissão completa dos sintomas, exceção feita a sintomas digestivos vagos e certa adinamia,
que podem persistir; desaparecimento total ou quase total da icterícia; normalização das bilirrubinas e das provas de
síntese hepática (tempo de protrombina e dosagem de proteínas); normalização dos níveis de transaminases.


Sunday, July 13, 2014

Hepatites virais - Epidemiologia e Fatores de risco

Hepatites virais - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Na hepatite viral A a fonte de infecção é o próprio homem (raramente os macacos) e a transmissão é direta,
por mãos sujas (circuito fecal-oral) ou por água (hepatite dos trabalhadores por águas usadas) ou por alimentos
contaminados. Vários surtos têm sido descritos em creches, escolas, enfermarias e unidades de pediatria e neonatologia,
com taxas de transmissão que giram em torno de 20% em trabalhadores suscetíveis. Nos EUA, a prevalência em
trabalhadores da saúde varia de 35 a 54% (comparado com 38% da população geral).

Na hepatite viral B o vírus é encontrado em todas as secreções e excreções do corpo, mas, aparentemente,
apenas o sangue, o esperma e a saliva são capazes de transmiti-lo. A infecção é adquirida, em geral, por ocasião de
transfusões, de injeções percutâneas com derivados de sangue ou uso de agulhas e seringas contaminadas ou, ainda,
por relações sexuais, homosexuais masculinas ou heterosexuais. Nos trabalhadores da saúde, a soroprevalência de HBV
é de 2 a 4 vezes maior e a incidência anual é de 5 a 10 vezes maior do que na população em geral.
Na hepatite viral C a soroprevalência em trabalhadores da saúde parece ser similar à da população geral.
A soroconversão dos trabalhadores que se acidentam com material contaminado ocorre em 1,2 a 10% dos trabalhadores
acidentados. Estima-se que 2% dos casos devem-se à exposição ocupacional.
A hepatite viral D é endêmica na Amazônia Ocidental, onde, em associação com o vírus da hepatite B, é o
agente etiológico da chamada febre negra de Lábrea, de evolução fulminante.
Portanto, em determinados trabalhadores, as hepatites virais podem ser consideradas como doenças
relacionadas ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, posto que as circunstâncias ocupacionais da
exposição aos vírus podem ser consideradas como fatores de risco, no conjunto de fatores de risco associados com a
etiologia desta doença infecciosa.


Hepatites virais - Definição da Doença

Hepatites virais - Definição da Doença

6.3.9 HEPATITES VIRAIS CID-10 B15- e B19.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Hepatite é termo genérico para inflamação do fígado que, convencionalmente, designa alterações
degenerativas ou necróticas dos hepatócitos. Pode ser aguda ou crônica e ter como causa uma variedade de agentes
infecciosos ou de outra natureza. O processo inflamatório do fígado é caracterizado pela necrose hepatocelular difusa
ou irregular, afetando todos os ácinos. Suas causas principais são as viroses devidas ao vírus da hepatite A (HAV), ao
vírus da hepatite B (HBV), ao vírus da hepatite C (HCV), ao vírus da hepatite D (HDV) e ao vírus da hepatite E (HEV).


Saturday, July 12, 2014

Febre amarela - Prevenção

Febre amarela - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de febre amarela relacionada ao trabalho deve seguir os procedimentos indicados
na introdução deste capítulo. A vigilância visa a impedir a reurbanização da doença e a manter a febre amarela silvestre
sob controle. É doença de notificação compulsória internacional (deve ser comunicada imediatamente, pela via mais
rápida, às autoridades sanitárias) e que impõe investigação epidemiológica de todos os casos.

As medidas de controle incluem:
- vacinação, que confere proteção próxima a 100%. É administrada em dose única, com reforço a cada 10
anos, a partir dos 6 meses de idade, nas áreas endêmicas e para todas as pessoas que se deslocam para
essas áreas. Com a infestação do A. aegypti em grande parte dos municípios brasileiros, foi ampliada a área
em que a vacina antiamarílica está sendo administrada, na rotina do Programa Nacional de Imunização
(todos os municípios que pertencem às áreas enzoóticas e epizoóticas da infecção);
- o combate ao A. aegypti, por meio de ações educativas para redução dos criadouros dos mosquitos
dispostos no meio ambiente (vasos, pneus, vasilhas descartáveis, etc.), constitui medida eficaz para
redução do risco de urbanização do vírus.
Aos trabalhadores expostos devem ser garantidas:
- condições de trabalho adequadas;
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- vacinação;
- facilidades para a higiene pessoal (chuveiros, lavatórios);
- equipamentos de proteção individual adequados (vestuário limpo, luvas, botas, proteção para a cabeça,
etc.).

Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.





Febre amarela - Tratamento

Febre amarela - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Os quadros clássicos e/ou fulminantes exigem internamento para adoção de tratamento sintomático de
suporte, de acordo com as manifestações e a evolução da doença.


Friday, July 11, 2014

Febre amarela - Quadro clínico e diagnóstico

Febre amarela - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico varia de benigno, inespecífico, até doença fulminante caracterizada por disfunção de
múltiplos órgãos, em particular por hemorragias. A forma grave inicia-se abruptamente com o chamado período de
infecção, que se caracteriza por febre, calafrios, cefaléia intensa, dor lombossacral, mialgia generalizada, anorexia,
náuseas, vômitos e hemorragias gengivais de pequena intensidade ou epistaxe. Dura três dias, seguindo-se o período
de remissão, com melhora que dura 24 horas. Nos casos graves, os sintomas reaparecem, caracterizando o período
de intoxicação (mais grave).
Os exames laboratoriais mostram:
- hemograma: leucopenia;
- provas hepáticas e testes de coagulação alterados;
- ECG com alterações no segmento ST-T;
- testes virológicos (até o 4.º dia);
- testes sorológicos.
Quanto ao diagnóstico diferencial, as formas leves e moderadas são de difícil distinção em relação às
doenças febris. As formas graves clássicas ou fulminantes devem ser diferenciadas das hepatites graves fulminantes,
leptospirose, malária por P. falciparum, dengue hemorrágico e septicemias.


Febre amarela - Epidemiologia e Fatores de risco

Febre amarela - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A febre amarela persiste na América do Sul apenas como enzootia de macacos, tendo por transmissores
mosquitos dos gêneros Haemagogus e Aedes. Os casos humanos, pouco numerosos, incidem entre as pessoas
que trabalham ou mantêm contato com as florestas. A febre amarela urbana teve o homem como único reservatório
e o A. aegypti como transmissor, na América do Sul. Outros trabalhadores eventualmente expostos, por acidente,
incluem os que exercem atividades de saúde pública e que trabalham em laboratórios de pesquisa, agricultores,
trabalhadores florestais, em extração de madeira, em áreas e regiões afetadas.
Por sua raridade e por sua relativa especificidade, a febre amarela em determinados trabalhadores poderá
ser considerada como doença profissional ou doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling.


Thursday, July 10, 2014

Febre amarela - Definição da Doença

Febre amarela - Definição da Doença

6.3.8 FEBRE AMARELA CID-10 A95.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Doença febril aguda causada pelo Flavivírus da febre amarela (família Togaviridae), com quadro clínico
variável, desde formas inaparentes até as graves e fatais. A transmissão se faz pela picada dos mosquitos infectados
A. aegypti na febre amarela urbana (FAU) e Haemagogus na febre amarela silvestre (FAS). O período de incubação é
de 3 a 6 dias, após a picada do mosquito infectado, e o período de transmissibilidade é de 24 a 48 horas, antes do
aparecimento dos sintomas de 3 a 5 dias após.








Wednesday, July 9, 2014

Dengue Clássico - Prevenção

Dengue Clássico - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de dengue relacionado ao trabalho deve seguir os procedimentos indicados na
introdução deste capítulo. As ações de vigilância visam ao controle da ocorrência da doença por meio do combate ao
mosquito transmissor, ações de saneamento ambiental, orientação da população para diminuir os criadouros das
larvas do A. aegypti (vasos de plantas, poças de água, vasilhas, pneus, etc.) e combate químico pelo uso de inseticidas
nas áreas infestadas. É doença de notificação compulsória e de investigação obrigatória, principalmente quando se
trata dos primeiros casos de dengue clássico diagnosticados em uma área ou quando se suspeita de dengue hemorrágico.
Aos trabalhadores expostos deve ser garantida:
- condições de trabalho adequadas;
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- facilidades para a higiene pessoal (chuveiros, lavatórios);
- EPI adequados (vestuário limpo, luvas, botas, proteção para a cabeça, etc.).
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.



Dengue Clássico - Tratamento

Dengue Clássico - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento do dengue clássico é ambulatorial e consiste de observação e uso de sintomáticos (não usar
ácido acetilsalicílico). Os quadros graves de hemorragia e choque devem ser tratados em ambiente especial, em
centros de tratamento intensivo, e requerem reposição volêmica e abordagem da síndrome de coagulação intravascular
disseminada.


Tuesday, July 8, 2014

Dengue Clássico - Quadro clínico e diagnóstico

Dengue Clássico - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Manifesta-se por início abrupto de febre (39º – 40o
C), cefaléia intensa, dor retroocular, mialgias, artralgias,
manifestações gastrintestinais (vômitos, anorexia). Podem surgir um exantema morbiliforme centrífugo no 3.º ou 4.º
dia de doença e, às vezes, fenômenos hemorrágicos discretos (epistaxes, petéquias). Pode haver hepatomegalia e
micropoliadenopatia. A febre costuma ceder em até 6 dias.
Exames laboratoriais utilizados:
- hemograma: leucopenia com linfocitopenia;
- plaquetas: normais ou discretamente reduzidas;
- métodos virológicos (até o 6.º dia): culturas, testes imunoenzimáticos, radioimunoensaios ou PCR;
- métodos sorológicos: o MAC-ELISA (captura de IgM) necessita de uma única amostra e é o melhor
exame para a vigilância epidemiológica.
A possibilidade do dengue hemorrágico (febre hemorrágica do dengue e síndrome de choque) é temida. A
OMS classifica o dengue hemorrágico em quatro graus de gravidade, localizando nos dois primeiros formas mais
benignas (apenas com febre hemorrágica) e nos dois últimos quadros graves (com falência circulatória), como segue:

GRAU I: febre e sintomas inespecíficos, tendo como única manifestação hemorrágica o teste do torniquete positivo;

GRAU II: presença de fenômenos hemorrágicos espontâneos;

GRAU III: insuficiência circulatória manifestada por pulso fraco e rápido, redução da pressão de pulso a 20 mmHg, hipotensão,
pele pegajosa e fria, agitação;

GRAU IV: choque profundo caracterizado por ausência de pulso e pressão arterial.
As manifestações clínicas menos freqüentes do dengue incluem quadros que acometem o sistema nervoso,
como encefalites e polineuropatias (síndromes de Reye e de Guillain-Barré).
Esses quadros podem surgir no decorrer da doença ou na convalescença.
Têm sido descritos quadros de hepatite com icterícia e importante elevação de
transaminases séricas. As deficiências ou disfunções são avaliadas em função da natureza da complicação ou seqüela,
não sendo específicas para o dengue. O diagnóstico diferencial deve ser feito com gripe, rubéola, sarampo, febre
amarela, leptospirose, hepatites infecciosas e outras febres hemorrágicas.


Dengue Clássico - Epidemiologia e Fatores de risco

Dengue Clássico - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
O dengue pode ser considerado como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação de
Schilling, uma vez que as circunstâncias ocupacionais da exposição aos mosquitos vetores (Aedes) e/ou aos agentes
infecciosos (Flavivírus) podem ser consideradas como fatores de risco, no conjunto de fatores associados com a
etiologia desta doença infecciosa.
O dengue relacionado ao trabalho tem sido descrito em trabalhadores que exercem atividades em zonas
endêmicas, em trabalhos de saúde pública e em laboratórios de pesquisa, entre outras atividades em que a exposição
ocupacional pode ser identificada.


Monday, July 7, 2014

Dengue Clássico - Definição da doença

Dengue Clássico - Definição da doença

6.3.7 DENGUE (DENGUE CLÁSSICO) CID-10 A90. -
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Doença aguda febril, endemo-epidêmica, causada por um dos Flavivírus do dengue (família Togaviridae),
com quatro tipos sorológicos (1, 2, 3 e 4). Os seres humanos são reservatórios e a transmissão ocorre pela picada
dos mosquitos Aedes aegypti, A. albopictus e o A. scutellaris. Após repasto de sangue infectado, o mosquito estará
apto a transmitir o vírus após 8 a 12 dias de incubação extrínseca. A transmissão mecânica também é possível,
quando o repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, alimenta-se num hospedeiro suscetível próximo. Não há
transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para uma pessoa sadia, nem por fontes de água ou
alimento.
O período de incubação da doença é de 3 a 15 dias, em média de 5 a 6 dias. O período de transmissibilidade
ocorre durante o período de viremia, que começa um dia antes da febre até o sexto dia da doença. Quando o agente
etiológico for conhecido, o nome completo da doença será dengue por vírus tipo 1 ou dengue por vírus tipo 2, etc.


Psitacose - Prevenção Eliminação das fontes de infecção

Psitacose - Prevenção Eliminação das fontes de infecção

ESPECÍFICAS: desinfecção concorrente de todas as secreções. Limpeza terminal;

ELIMINAÇÃO DAS FONTES DE INFECÇÃO: nos locais com aves domésticas infectadas, pode-se eliminá-las ou tratá-las e fazer
a desinfecção local;

INVESTIGAÇÃO DOS CONTATOS: identificação da procedência das aves infectadas. O corpo do animal acometido deve ser
submetido à desinfecção, antes de eliminado. Pessoas expostas à infecção devem ser observadas quanto
ao desenvolvimento de febre ou outros sintomas.
Aos trabalhadores expostos deve ser garantido:
- condições de trabalho adequadas;
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- facilidades para a higiene pessoal (chuveiros, lavatórios);
- equipamentos de proteção individual adequados (vestuário limpo, luvas, botas, proteção para a cabeça).
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar ao empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.


Sunday, July 6, 2014

Psitacose - Prevenção

Psitacose - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de psitacose e ornitose relacionadas ao trabalho deve seguir os procedimentos
indicados na introdução deste capítulo. Não existe vacina disponível e nem são desenvolvidas ações específicas de
vigilância epidemiológica para a doença nos serviços de saúde.
Os casos devem ser diagnosticados e tratados precocemente para evitar complicações e transmissão da
doença. Em geral não é doença de notificação compulsória, podendo sê-lo em alguns estados ou municípios.
As principais medidas de controle são:

GERAIS: educação em saúde para alertar a população dos riscos de exposição a reservatórios, da necessidade de
regulamentação da importação, criação e transporte de aves, utilização de antibioticoterapia ou quarentena
desses animais, quando indicado, com vigilância dos locais de venda de animais, aviários, granjas. As aves
suspeitas de fonte de infecção para o homem devem ser avaliadas por veterinário e eliminadas em caso de
infecção;



Psitacose - Tratamento

Psitacose - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Em adultos, tetraciclina, 500 mg, VO, de 6/6 horas ou doxiciclina, 100 mg, VO, de 12/12 horas, durante 14
a 21 dias. Em crianças com idade inferior a 7 anos, deve ser utilizada eritromicina, 30-40 mg/kg/dia, VO, de 6/6 horas.
A melhora ocorre em 48 a 72 horas após o início da terapêutica, embora possa ser um pouco mais lenta. Podem
ocorrer recaídas que devem ser tratadas da mesma forma da infecção primária.


Saturday, July 5, 2014

Psitacose - Quadro clínico e diagnóstico

Psitacose - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O período de incubação da doença é de 1 a 4 semanas e sua transmissibilidade pode durar semanas ou
meses. Ambas as clamídias podem provocar evoluções clínicas semelhantes. A infecção pode ser subclínica, com
episódios autolimitados similares à influenza, com cefaléia, síndrome febril, prostração, calafrios, mialgias, distensão abdominal,
obstipação ou diarréia, até evolução clínica caracterizada por pneumonia aguda, freqüentemente com manifestações
extrapulmonares, com delírio, lesões cutâneas roseoliformes similares às da febre tifóide, epistaxe, esplenomegalia,
acompanhadas de acometimento das vias aéreas superiores ou inferiores, provocando pneumonia, bronquite, faringite, otite
média e sinusite. É rara a observação de complicações tipo pericardite, miocardite, endocardite, tromboflebite superficial,
hepatite, encefalopatia. O quadro pulmonar é compatível com o de pneumonia atípica.
O exame radiológico mostra quadro pneumônico extenso, enquanto a sintomatologia pulmonar pode ser muito
pobre, com pouca tosse ou escarro mucopurulento. O pulso é lento e sua elevação progressiva, com taquipnéia, é de mau
prognóstico. A evolução pode ser favorável (com convalescença prolongada) ou grave, com letalidade que chega a 30%.
O diagnóstico laboratorial baseia-se no aumento em quatro vezes nos títulos da reação de fixação do
complemento entre as fases aguda e a convalescença, obtidos com intervalo de duas a três semanas entre cada
coleta. Na presença de quadro clínico sugestivo, títulos de 1:32 podem ser considerados como evidência de infecção.
O isolamento do agente no sangue ou em secreções, além da cultura de tecidos, apesar de possível, é de difícil
execução, requerendo laboratórios especializados para sua realização.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com pneumonia viral aguda, causada por riquétsia ou micoplasma e
endocardite com cultura negativa. Havendo alterações cutâneas, deverá ser feito diagnóstico diferencial com febre tifóide.


Psitacose - Epidemiologia e Fatores de risco

Psitacose - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As fontes mais freqüentes de infecção da C. psittaci são periquitos, papagaios, pombos, patos, perus,
canários, entre outros, que transmitem a infecção por meio de suas fezes dessecadas e disseminadas com a poeira,
sendo aspiradas pelos pacientes. Apesar de rara, é possível a transmissão via respiratória, de pessoa a pessoa, na
fase aguda da doença. É uma zoonose que acomete trabalhadores de criadouros de aves, clínicas veterinárias, zoológicos
e de laboratórios biológicos.
A C. pneumoniae infecta somente seres humanos, sendo transmitida de pessoa a pessoa.
Por sua raridade e relativa especificidade, a psitacose/ornitose poderá ser considerada como doença
profissional ou doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, nos trabalhadores de granjas
e criadores de aves (patos, gansos, periquitos, pombos, etc.), empregados de casas de comércio desses animais,
veterinários, guardas florestais e outros em que se confirme as circunstâncias de exposição ocupacional.


Friday, July 4, 2014

Psitacose - Definição da Doença

Psitacose - Definição da Doença

6.3.6 PSITACOSE, ORNITOSE, DOENÇA DOS TRATADORES DE AVES CID-10 A70.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
A psitacose ou ornitose é uma doença infecciosa aguda produzida por
clamídias (C. psittaci e C. pneumoniae).
A enfermidade, em geral, é leve ou moderada, podendo ser grave em idosos sem tratamento adequado. O período de
incubação varia de 1 a 4 semanas e o período de transmissibilidade dura semanas ou meses.


Tétano - Prevenção Vacinação e Profilaxia

Tétano - Prevenção Vacinação e Profilaxia

5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de tétano relacionado ao trabalho deve seguir os procedimentos indicados na
introdução deste capítulo. O tétano é doença de notificação compulsória e investigação obrigatória no território nacional.
Entre as medidas clássicas de prevenção e controle estão:

VACINAÇÃO: a manutenção de níveis adequados de cobertura vacinal da população, especificamente crianças, idosos,
pessoas portadoras de úlceras crônicas nas pernas e mal perfurante plantar decorrente de hanseníase. Todos
os trabalhadores inseridos em atividades de maior risco, tais como agricultores e operários da construção civil,
trabalhadores em saneamento e coleta de lixo e mineração devem ser vacinados;

PROFILAXIA: em relação à necessidade de imunização ativa e passiva em pacientes com ferimentos suspeitos, deve-se avaliar
a história de imunização prévia e o tipo de ferimento. São focos, em potencial, de contaminação pelo bacilo:
ferimentos de qualquer natureza contaminados por poeira, terra, fezes de animais ou humanas; fraturas expostas,
com tecidos dilacerados e corpos estranhos; queimaduras; mordeduras de animais peçonhentos, de cães,
animais silvestres e arranhaduras de gato. Todo ferimento suspeito deve ser limpo com água e sabão, além de
ser debridado amplamente. Deve ser ressaltado que o uso de penicilina benzatina, na profilaxia do tétano
acidental, não é eficaz.
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos:
- condições de trabalho adequadas;
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- vacinação;
- facilidades para a higiene pessoal (chuveiros, lavatórios);
- equipamentos de proteção individual (vestuário limpo, luvas, botas, proteção para a cabeça, etc.).

Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.




Thursday, July 3, 2014

Tétano - Tratamento

Tétano - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O paciente tetânico, particularmente nas formas mais graves, deve ser, de preferência, tratado em unidade
de terapia intensiva, sendo tomadas medidas terapêuticas que impeçam ou controlem as complicações (respiratórias,
infecciosas, circulatórias, metabólicas), que podem levar o paciente ao óbito.
As medidas terapêuticas incluem:
- internação em quarto silencioso, em penumbra, com redução máxima dos estímulos auditivos, visuais,
táteis e outros;
- medicação de suporte: sedativos (benzodiazepínicos), miorrelaxantes, analgésicos (algumas vezes
potentes), manutenção da via respiratória livre, podendo ser necessária ventilação mecânica, fisioterapia
respiratória;
- soro antitetânico (SAT), após teste de sensibilidade, na dose de 20.000 UI em 100 ml de NaCl 0,9% e
infundidos IV, por 1 hora, ou gamaglobulina (IGAT) de 3.000 a 6.000 UI distribuídas em uma ou duas
massas musculares;
- antibioticoterapia utilizando penicilina G, 2 milhões de unidades, IV, a cada 6 horas, ou tetraciclina, 500
mg, IV, a cada 6 horas, por 10 dias, ou, ainda, metronidazol, 500 mg, IV, 6/6 horas de 7 a 10 dias;
- debridamento e limpeza dos focos suspeitos.
No momento da alta hospitalar, deve ser aplicada a vacina toxóide tetânica em massa muscular diferente
da que foi aplicada o soro antitetânico.
No que se refere à disfunção ou à deficiência, superado o quadro agudo, sempre grave, poderão ocorrer
seqüelas permanentes, particularmente neurológicas, que deverão ser avaliadas quanto à natureza, localização,
comprometimento da vida social e da atividade laborativa.


Tétano - Quadro clínico e diagnóstico

Tétano - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O período de incubação varia de 4 a 50 dias, em geral 7 dias. Quanto menor o tempo de incubação, mais
rápida é a progressão da doença e maior sua gravidade. O quadro clínico manifesta-se, seqüencialmente, por sintomas
localizados, com discretos espasmos na região do ferimento; sintomas premonitórios, como irritabilidade, fisgadas,
dores nas costas e no ombros e contratura permanente (rigidez muscular), que pode acometer grupos musculares
localizados ou apresentar hipertonia generalizada (mais comum) e espasmos paroxísticos ou contraturas.
O diagnóstico laboratorial é feito pela pesquisa do bacilo no foco suspeito por meio de esfregaços diretos,
cultivo em meio anaeróbico ou inoculação do material do foco em cobaia e observação por 8 dias. Em geral, apresentam
resultados insatisfatórios. O diagnóstico é eminentemente clínico.

O diagnóstico diferencial deve ser feito com outras causas de trismo e tetania, raiva, histeria, intoxicação por
estricnina, síndrome de rigidez, como síndrome de Parkinson.

DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO


Wednesday, July 2, 2014

Tétano - Epidemiologia e Fatores de risco

Tétano - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
O C. tetani é um bacilo anaeróbio, encontrado na natureza em ampla distribuição geográfica sob a forma
de esporos, no solo, principalmente quando tratado com adubo animal, em espinhos de arbustos e pequenos galhos de
árvores, em águas putrefatas, em pregos enferrujados sujos, em instrumentos de trabalho ou latas contaminadas com
poeira da rua ou terra, em fezes de animais ou humanas, em fios de catgut e agulhas de injeção não convenientemente
esterilizados.
É disseminado pelas fezes de eqüinos e outros animais e infecta o homem quando seus esporos penetram
através de lesões contaminadas, em geral de tipo perfurante, mas também de dilacerações, queimaduras, coto umbilical
não tratado convenientemente, etc. A presença de tecido necrosado, pus ou corpos estranhos facilita a reprodução
local do bacilo, que não é invasivo e age a distância por sua toxina.
A exposição ocupacional em trabalhadores é relativamente comum e dá-se, principalmente, em acidentes
de trabalho (agricultura, construção civil, mineração, saneamento e coleta de lixo) ou em acidentes de trajeto. A doença
em trabalhadores decorrente de acidente de trabalho poderá ser considerada como doença relacionada ao trabalho,
do Grupo I da Classificação de Schilling.


Tétano - Definição da Doença

Tétano - Definição da Doença

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Doença aguda produzida pela potente neurotoxina (tetanospasmina) do Clostridium tetani. A toxina tetânica
impede a inibição do arco reflexo da medula espinhal, promovendo reflexos excitatórios tônicos típicos, em múltiplas
regiões do organismo.


Tuesday, July 1, 2014

Leptospirose - Prevenção

Leptospirose - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de leptospirose relacionada ao trabalho deve seguir os procedimentos indicados na
introdução deste capítulo.
A leptospirose não é uma doença de notificação compulsória nacional, podendo sê-lo em alguns estados e
municípios. Na vigência de surtos, deve ser notificada para que se adotem as medidas de controle indicadas. Entre as
medidas de prevenção e controle estão:
- vigilância epidemiológica, particularmente antes do período de grandes chuvas, em áreas de ocorrência
cíclica;
- tratamento adequado e precoce dos pacientes graves visando a diminuir a letalidade da doença;
- equipamentos adequados de proteção para os trabalhadores que têm suas atividades em áreas alagadas,
esgotos, rios, lagoas, silos, armazéns;
- medidas de anti-ratização e desratização, melhoria das condições higiênico-sanitárias da população,
proteção dos alimentos;
- disposição adequada de restos de alimentos e do lixo em geral;
- orientação da população quanto aos riscos aumentados da doença nos períodos de chuva e enchentes
e sobre os cuidados preventivos, evitando áreas alagadas sem as medidas de proteção individual;
- orientação dos trabalhadores que estão sob risco, além do fornecimento dos equipamentos de proteção
individual adequados e de facilidades para higiene pessoal.
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.

DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO




6.3.5 TÉTANO CID-10 A35.-


Leptospirose - Tratamento e outras condutas

Leptospirose - Tratamento e outras condutas

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Para adultos, recomenda-se penicilina G cristalina, na dose de 1,5 milhão de unidades, IV, 6/6 horas, por 7
a 10 dias ou tetraciclina, 2 g ao dia, VO, de 6/6 horas, até antes do quinto dia da doença. Depois do quinto dia, a
medicação não altera o curso da doença. Os alérgicos às penicilinas podem usar a tetraciclina ou ceftriaxona. Se
necessário, podem ser usadas medidas de suporte como reposição hidroeletrolítica endovenosa e oxigenoterapia.
Em pacientes que desenvolvem insuficiência renal está indicada a instalação de diálise peritoneal precoce,
aos primeiros sinais de oligúria, o que diminui as taxas de letalidade da doença.