Saturday, October 31, 2015

Ulceração ou necrose do septo nasal - Definição da Doença

Ulceração ou necrose do septo nasal - Definição da Doença

15.3.6 ULCERAÇÃO OU NECROSE DO SEPTO NASAL CID-10 J34.0
PERFURAÇÃO DO SEPTO NASAL J34.8

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
A ulceração do septo nasal pode resultar da ação local de aerossóis irritantes, produtores de um processo
inflamatório crônico, que pode ser acompanhado por secreção sanguinolenta, ardência e dor nas fossas nasais ou,
mais freqüentemente, cursar de forma assintomática. Pode evoluir para a perfuração do septo. Freqüentemente é um
achado ocasional ao exame clínico e rinoscópico.

Friday, October 30, 2015

Sinusite crônica - Prevenção

Sinusite crônica - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da sinusite crônica relacionada ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução deste capítulo.
O controle da exposição a gases, vapores, névoas e poeiras irritantes pode contribuir para a redução da
incidência da doença nos grupos ocupacionais sob risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à
redução da exposição às substâncias agressoras a níveis considerados seguros, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- normas de higiene e segurança rigorosas com adoção de sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição e a redução dos fatores de estresse;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde, identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além
de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.





Thursday, October 29, 2015

Sinusite crônica - Tratamento

Sinusite crônica - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
É fundamental o afastamento da exposição ao agente agressor. Devem ser adotados os princípios básicos
do tratamento conservador da sinusite, com o uso de descongestionantes nasais, analgésicos e antibioticoterapia nos
casos em que houver infecção.


Wednesday, October 28, 2015

Sinusite crônica - Quadro clínico e diagnóstico

Sinusite crônica - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
De acordo com critérios fisiopatológicos, as sinusites podem ser classificadas em quatro estágios:
ESTÁGIO INICIAL:
a mucosa reage, formando transudato e, assim, estimulando a produção de muco, com a finalidade de
eliminar os agentes agressores;
ESTÁGIO DE OBSTRUÇÃO OSTIAL:
a congestão e o edema decorrentes da agressão podem determinar a obstrução dos
óstios de drenagem, propiciando a retenção das secreções e conseqüente deficiência na aeração. A
diminuição das concentrações de oxigênio e o acúmulo de dióxido de carbono transformam o ambiente
intra-sinusal, tornando-o sujeito ao desenvolvimento de bactérias, principalmente anaeróbias. É nessa fase
que se desenvolve a doença do complexo ostiomeatal, que pode levar o processo à cronicidade;
ESTÁGIO BACTERIANO:
ocorre grande crescimento bacteriano, favorecido pelas condições locais: falência do sistema
imune local e estase mucociliar. O organismo envia para a região grande número de neutrófilos e haverá o
aparecimento de secreção purulenta;
ESTÁGIO CRÔNICO:
se a infecção se prolonga, a cronicidade do processo se evidencia pelo espessamento da mucosa,
agravando ainda mais a obstrução nasal.
O diagnóstico clínico de sinusite é baseado em critérios maiores: secreção nasal, secreção pós-nasal e
tosse noturna (principalmente em crianças) e critérios menores: facialgias e cefaléias (as sinusites frontais originam
dor na região frontal e dor irradiada para as regiões temporal e occipital; as sinusites maxilares originam dor na face e
dor irradiada para as regiões orbitária ou retro-orbitária e dor irradiada para as regiões parietal e cervical superior; as
sinusites esfenoidais podem originar dor em todas as regiões laterais e posteriores e coluna cervical); obstrução nasal,
febre, cacosmias, halitose, fadiga, mal-estar e pigarro.

A confirmação do diagnóstico clínico é obtida pelo exame das cavidades nasais e faríngea e pelos exames
radiológicos, entre eles a radiografia convencional mostrando nível líquido, velamento ou espessamento mucoso
preenchendo 50% ou mais do seio ou a tomografia computadorizada, indicando qualquer tipo de alteração da mucosa
de revestimento das cavidades paranasais.
A classificação das sinusites em agudas, subagudas e crônicas é fundamental, em função das implicações
etiológicas e da orientação terapêutica. As sinusites crônicas têm duração acima de três meses. São comumente
ocasionadas por anaeróbios, contudo há necessidade de cultura e antibiograma para identificação do patógeno em
todos os casos.
As sinusites crônicas relacionadas ao trabalho podem ser causadas ou agravadas por substâncias químicas
irritantes, exemplificadas pelos halógenos bromo e iodo, porém não restritas a eles.
No diagnóstico diferencial, devem ser afastadas outras causas de sinusites, de cefaléia e dor facial.


Tuesday, October 27, 2015

Sinusite crônica - Epidemiologia e Fatores de risco

Sinusite crônica - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Para a correta compreensão da natureza ocupacional da sinusite crônica ou de sua relação com o trabalho,
é necessário conhecer o mecanismo fisiopatológico das sinusites em geral, de modo a identificar os fatores de risco
mais comumente associados ao seu desencadeamento, entre eles:
- alterações da respiração nasal (atresia coanal, desvios do septo nasal, corpos estranhos, tumores,
etc.) e obstrução dos óstios;
- infecções das vias aéreas superiores, freqüentes e repetidas;
- defeitos do transporte mucociliar;
- doenças consumptivas gerais, como diabetes, colagenoses, septicemia, AIDS, etc.;
- uso de vasoconstritores tópicos nasais, principalmente em adolescentes que praticam esportes e em
mulheres grávidas;
- uso e abuso de drogas, como maconha, cocaína, cola de sapateiro, etc.;
- irritantes caseiros, como inseticidas, detergentes e tintas;
- irritantes, como a fumaça de cigarro;
- irritantes presentes no ambiente de trabalho.
A exposição a agentes irritantes, tanto na forma de gases e vapores quanto de névoas e poeiras, é causa
da sinusite crônica. Mais detalhes sobre esses agentes são mencionados nos protocolos laringotraqueíte aguda,
laringotraqueíte crônica, laringite aguda e rinite crônica.
Excluídos outros diagnósticos diferenciais e analisados os fatores de risco não-ocupacionais, a sinusite
crônica relacionada ao trabalho poderá ser enquadrada, como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da
Classificação de Schilling, no qual o trabalho pode desempenhar o papel de fator de risco contributivo ou adicional, na
etiologia multicausal da sinusite crônica.


Monday, October 26, 2015

Sinusite crônica - Definição da Doença

Sinusite crônica - Definição da Doença

15.3.5 SINUSITE CRÔNICA CID-10 J32.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Sinusite é a inflamação dos seios paranasais devida a infecções causadas por vírus,
bactérias ou fungos ou, ainda, por reações alérgicas, de curso agudo ou crônico.
De acordo com a localização, ela pode ser sinusite frontal, sinusite maxilar,
sinusite etmoidal, sinusite esfenoidal, sinusite de localização combinada ou pansinusite.


Sunday, October 25, 2015

Rinite crônica - Prevenção

Rinite crônica - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da rinite crônica relacionada ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução deste capítulo.
O controle da exposição aos agentes mencionados no item 2 pode contribuir para a redução da incidência
da doença nos grupos ocupacionais sob risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da
exposição a níveis considerados seguros, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- normas de higiene e segurança rigorosas com adoção de sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição e a redução dos fatores estressogênicos;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletivas forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para
alguns setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras
devem ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.o 1/1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.

O exame médico periódico visa à identificação de sinais e de sintomas para a detecção precoce da doença.
Além do exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados, como os questionários de
sintomas respiratórios já validados e os exames complementares adequados ao fator de risco identificado no ambiente
de trabalho.
Medidas de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser implementadas.



Saturday, October 24, 2015

Rinite crônica - Tratamento

Rinite crônica - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Baseia-se no afastamento do paciente da exposição, na terapêutica local e na instilação nasal com soro
fisiológico. É difícil estabelecer critérios para avaliar e estagiar a deficiência produzida pela doença. Na experiência de
outros países, têm sido valorizados os transtornos do olfato; os transtornos respiratórios por estenose nasal; as lesões
mutilantes com perdas de substância e a rinorréia, isolados ou de forma combinada ou acumulada.

O desenvolvimento de parosmias (odores anormais) ou de anosmia residual, pós-tratamento, poderá provocar
impactos importantes sobre o trabalhador, tanto em seus mecanismos de defesa (odor de substâncias químicas tóxicas
ou perigosas), como, eventualmente, sobre sua capacidade de trabalho, dependendo de sua atividade profissional.
Eventuais danos estéticos poderão ser valorizados na perspectiva da medicina do seguro e da reparação legal.


Friday, October 23, 2015

Rinite crônica - Quadro clínico e diagnóstico

Rinite crônica - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Do ponto de vista clínico, as principais rinites são a rinite alérgica, a rinite vasomotora, a rinite atrófica, a
rinite eosinofílica não-alérgica (NARES), a rinite medicamentosa e a rinite metabólica.
No conceito de rinite crônica (J31.0) estão incluídas a ozena (doença nasal crônica), a rinite crônica atrófica,
a rinite crônica granulomatosa, a rinite crônica hipertrófica, a rinite crônica obstrutiva, a rinite crônica purulenta, a rinite
crônica ulcerada e a rinite crônica sem outra especificação.
Dentre os quadros relacionados ao trabalho, destaca-se a rinite crônica ulcerada ou ulcerosa, decorrente
da ação local de aerossóis irritantes, produtores de um processo inflamatório crônico, caracterizado clinicamente por
rinorréia sanguinolenta, ardência e dor nas fossas nasais. Os processos inflamatórios crônicos da mucosa nasal são,
geralmente, secundários às rinites agudas subintrantes ou mal cuidadas; às causas locais que perturbam a drenagem
normal das fossas nasais; as manifestações nasais alérgicas; à poluição atmosférica e ao exercício de profissões em
ambiente onde haja inalação permanente de substâncias irritantes.
A caracterização da rinite crônica ulcerosa é essencialmente rinoscópica. Podem ser observados edema,
ulcerações, crostas e eventualmente hemorragias ativas. As ulcerações podem evoluir para necrose e perfuração do
septo nasal, quadro muito conhecido entre os trabalhadores de galvanoplastia expostos ao cromo. O diagnóstico de
rinite crônica ulcerosa relacionada ao trabalho é feito por meio da história ocupacional, exame clínico e rinoscópico.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com o uso de drogas inalatórias, como a cocaína, quadro de
prevalência crescente e também com as outras causas de rinite crônica: rinites agudas subintrantes ou mal cuidadas,
causas locais que perturbam a drenagem normal das fossas nasais, manifestações nasais alérgicas, poluição atmosférica,
doenças sistêmicas (diabetes, insuficiência hepática, avitaminose e deficiências imunitárias).


Thursday, October 22, 2015

Causas da Rinite crônica - Epidemiologia e Fatores de risco

Causas da Rinite crônica - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A rinite crônica relacionada ao trabalho tem sido mais freqüentemente descrita em trabalhadores expostos
aos seguintes agentes patogênicos:
- gases e vapores irritantes – destacando-se os halogenados, como flúor, cloro, bromo e iodo;
- ácidos, como clorídrico (ou muriático), bromídrico, fluorídrico;
- altas concentrações de gases, como óxidos de enxofre (SO2 e SO3) e amônia (NH3), também são
agressivos à faringe e às mucosas em geral.

Dependendo da solubilidade dos gases ou vapores tóxicos e do tempo de exposição, efeitos similares
poderão ocorrer em outras regiões úmidas (conjuntiva ocular, mucosa nasal, laringe, traquéia, etc.), com os sintomas
correspondentes.

O cloro é usado em tratamento de água potável, branqueamento de tecidos e papel.
O ácido fluorídrico pode ser usado para fosquear vidro e também aparece como subproduto
na fabricação de fertilizantes à base de fósforo
(fosfatos e superfosfatos).
Os óxidos de enxofre podem ser provenientes da queima de combustíveis fósseis, especialmente
de óleo combustível e diesel, sendo o carvão mineral pouco usado no Brasil. Entre os ambientes em que são usados, pode-
se citar caldeiras (inclusive hospitalares), geradores, fornos industriais. Nas fábricas de ácido sulfúrico, o SO3
é usado em
forma quase pura. A ozona (O3) e o dióxido de nitrogênio (NO2) são gases muito irritantes e podem ser gerados no processo
de solda elétrica, sendo conhecidos como gases de solda.
A exposição aos seguintes agentes também pode causar rinite crônica:
- cromo e seus compostos tóxicos – poeiras de sais de cromo e névoas de ácido crômico produzidas no
processo de cromagem (galvanoplastia) pelo borbulhamento de hidrogênio produzido no processo
eletroquímico;
- cimento;
- fenol e homólogos;
- névoas de ácidos minerais – além do ácido crômico já citado acima, as névoas de ácido sulfúrico
concentrado podem ser provenientes de processos como a carga de baterias;
- níquel e seus compostos – a poeira de sais de níquel gerada nos processos de pesagem, preparação
de soluções, embalagem, entre outros, é a forma mais agressiva;
- selênio e seus compostos.
Em trabalhadores expostos, excluídas outras causas subjacentes não-ocupacionais, a rinite crônica deve
ser enquadrada no Grupo I da Classificação de Schilling, em que o trabalho constitui causa necessária.


Wednesday, October 21, 2015

Rinite crônica - Definição da Doença

Rinite crônica - Definição da Doença

15.3.4 RINITE CRÔNICA CID-10 J31.0

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Rinite crônica é uma doença inflamatória das mucosas nasais caracterizada pelos sintomas: paroxismos
de espirros, prurido do nariz, congestão nasal com obstrução total ou parcial do fluxo de ar e secreção nasal.


Tuesday, October 20, 2015

Rinite alérgica - Prevenção

Rinite alérgica - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da rinite alérgica relacionada ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução deste capítulo.
O controle da exposição aos agentes patogênicos mencionados no item 2 pode contribuir para a redução
da incidência do quadro nos grupos ocupacionais de risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou
redução da exposição a essas substâncias a níveis considerados seguros, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- normas de higiene e segurança rigorosas com implantação de sistemas de ventilação exaustora
adequados e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos, o
tempo de exposição e a redução de fatores estressogênicos;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.

As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletivas forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para
alguns setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização.
As máscaras devem ser de qualidade e adequadas às exposições com filtros químicos ou de poeiras,
específicos para cada substância manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo
filtro. Os filtros devem ser rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante.

A Instrução Normativa/MTb n.o 1/1994 estabelece regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para
proteção respiratória.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO no (NR 7), além
de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 (Portaria/MTb n.o 12/1983), no Anexo n.o 11, estabelece os LT para algumas substâncias químicas
reconhecidas como causadoras de rinite alérgica, no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas semanais, entre elas:
- formaldeído – 1,6 ppm ou 2,3 mg/m3;
- ácido crômico (névoa) – 0,04 mg/m3;
- fosgênio – 0,08 ppm ou 0,3 mg/m3;
- níquel carbonila – 0,04 ppm ou 0,28 mg/m3;
- cloreto de vinila – 156 ppm ou 398 mg/m3;
- álcool furfurílico – 4 ppm ou 15,5 mg/m3.

Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados periodicamente
à luz do conhecimento e de evidências atualizadas. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e de sintomas para a detecção precoce da doença.
Além do exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados, como os questionários de
sintomas respiratórios e os exames complementares adequados aos fatores de risco identificados no ambiente de
trabalho. Medidas de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser implementadas.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.


Monday, October 19, 2015

Rinite alérgica - Tratamento

Rinite alérgica - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O afastamento dos agentes desencadeadores é considerado o tratamento de escolha, pois remove a
causa e previne os sintomas.
Se a remoção dos alérgenos não for suficiente para a melhora do quadro, podem ser utilizados medicamentos
e/ou imunoterapia, com auxílio de:
ANTI-HISTAMÍNICOS ORAIS H1: controlam prurido nasal, espirros e rinorréia.
Não melhoram a obstrução nasal. Os de 1.ª geração produzem sonolência e depressão do sistema nervoso central em 20% dos pacientes. Os de 2.ª
geração têm efeitos sedativos comparáveis ao placebo;

CORTICOSTERÓIDES TÓPICOS: efeitos vasoconstritores e antiinflamatórios. Considerados medicamentos de escolha no
tratamento de casos crônicos;

CORTICOSTERÓIDES SISTÊMICOS: ciclos curtos em casos graves, na ausência de contra-indicações;

BROMETO DE IPRATRÓPIO: diminui a rinorréia e tem pouca ação no espirro e na obstrução nasal. É mais eficaz na rinite não-
alérgica, com predomínio de rinorréia;

CROMOGLICATO DE SÓDIO: reduz pruridos, espirros, rinorréia e obstrução nasal. Baixa adesão ao tratamento pelo número
de doses (4/dia). Recomendado para uso profilático em crianças;

VASOCONSTRITORES TÓPICOS NASAIS: (agonistas α2
adrenérgicos) para uso de 5 até 7 dias. Podem provocar rinite
medicamentosa por efeito rebote;

VASOCONSTRITORES SISTÊMICOS: (agonistas α-adrenérgicos) melhora os sintomas nasais. Devem ser evitados pelos efeitos
colaterais (inquietação, agitação, distúrbios do sono, hipertensão, angina pectoris, cefaléia e problemas
miccionais);

IMUNOTERAPIA COM ALÉRGENOS INALADOS (dessensibilização ou hipossensibilização): tentativa de alterar a reatividade
imunológica do indivíduo, de modo que haja menos resposta à reexposição natural ao agente nocivo. Está
indicada em pacientes que têm componentes alérgicos importantes em sua doença e que não estão obtendo
melhoras clínicas satisfatórias com o controle ambiental e medicamentoso. Deve ser considerada em casos
de rinite perene com exacerbações sazonais, presença de sintomas constitucionais como fadiga, associação
com sinusite, conjuntivite alérgica e asma. A técnica envolve injeção de doses crescentes do alérgeno por
via subcutânea e deve ser feita por profissionais treinados, devido ao risco de anafilaxia.

Dada a natureza alérgica do processo, a deficiência ou a disfunção decorrentes da rinite alérgica são de
difícil avaliação, uma vez que os pacientes, geralmente, estão expostos a muitos alérgenos simultaneamente. Também,
a rinite alérgica pode ocorrer associada a processos de asma, dermatite de contato alérgica e conjuntivites, ampliando
o espectro das deficiências ou disfunções.


Sunday, October 18, 2015

Rinite alérgica - Quadro clínico e diagnóstico

Rinite alérgica - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Do ponto de vista clínico, as principais rinites são a rinite alérgica, a rinite vasomotora, a rinite atrófica, a
rinite eosinofílica não-alérgica (NARES), a rinite medicamentosa e a rinite metabólica.
A rinite alérgica pertence ao grupo de respostas típicas da interface entre o ser humano e seu ambiente,
sendo difícil uma distinção entre o que é uma reação normal e o que é uma reação patológica. Uma diferença poderia
estar relacionada à freqüência, gravidade e duração dos sintomas.

A rinite alérgica pode ser classificada em rinite alérgica perene, que ocorre geralmente nas concentrações
urbanas e é relacionada a alérgenos ambientais, caseiros ou de natureza ocupacional, e em rinite alérgica sazonal,
que ocorre principalmente na área rural, relacionada, geralmente, à presença do pólen.
O quadro clínico caracteriza-se por:
- paroxismos de espirros;
- congestão nasal com obstrução total ou parcial do fluxo de ar, principalmente à noite quando o
paciente se deita;
- secreção nasal serosa ou mucosa, mais ou menos constante, com drenagem pós-nasal;
- nos períodos críticos ocorre lacrimejamento, irritação ocular, sensação de ardor e/ou prurido no nariz e
garganta, cefaléia e indisposição física;
- podem ser observadas pregas nas pálpebras inferiores, causadas pelo edema e pela fricção, hiperemia
das conjuntivas e lacrimejamento. A respiração pela boca é comum.
Ao exame, a mucosa nasal se encontra pálida ou arroxeada, geralmente úmida, com secreção que varia de fina
e serosa a espessa. Pode haver formação de pólipos, decorrentes de alterações degenerativas da própria mucosa nasal.
O diagnóstico da rinite alérgica relacionada ao trabalho baseia-se, em primeiro lugar, na caracterização de
rinite alérgica e, em segundo, na sua etiologia ocupacional. A história ocupacional deve incluir exposição a alérgenos
ocupacionais, como cromo, níquel, poeiras de algodão, linho, cânhamo ou sisal, entre outros. O médico deve ter
acesso aos nomes dos produtos utilizados no trabalho e às fichas toxicológicas completas. Deve ser pedido ao paciente/
trabalhador para fazer uma lista com todas as substâncias utilizadas e trazer os rótulos dos produtos. Deve ser exigido
ao fabricante ou fornecedor a ficha toxicológica do produto suspeito.

A periodicidade dos sintomas e a identificação dos elementos desencadeantes ou precipitantes são
importantes para caracterizar a etiologia ocupacional da rinite alérgica. Pede-se ao trabalhador para anotar, durante a
semana, o dia e a hora de suas crises, a manifestação clínica predominante e, ainda, o lugar, a atividade e o produto
desencadeante.
A contagem de eosinófilos no sangue periférico e a dosagem do nível sérico de IgE mostram-se elevadas
em 30 a 40% dos pacientes, mas não são parâmetros específicos para fins diagnósticos. O esfregaço nasal, a citologia
e a histologia podem levar à diferenciação entre rinites infecciosas (com predominância de neutrófilos) e as alérgicas
(com predominância de eosinófilos).
A radiografia simples dos seios nasais pode mostrar opacificação grosseira e espessamento da mucosa
dos seios maxilares, frontais e esfenoidais. Os falsos positivos e negativos são encontrados com freqüência.
Os testes cutâneos e de provocação intranasal devem ser feitos por alergistas. Podem confirmar a doença
e ajudar a identificar os alérgenos específicos, mas têm baixa especificidade. Os primeiros são baratos, pouco invasivos,
rápidos e considerados obrigatórios para o diagnóstico dos fatores alérgicos associados à rinite, porém carecem de
uma utilização mais acessível nos serviços públicos do sistema de saúde. A história clínica sem os testes pode ser
questionada e os testes positivos sem história clínica indicam sensibilização, não necessariamente doença.

No diagnóstico diferencial, devem ser consideradas as anormalidades estruturais da área nasal, como
pólipos, desvio do septo nasal e corpos estranhos. A rinite infecciosa pode ser diferenciada pela história clínica e pelo
aspecto da secreção (purulenta). A rinite medicamentosa é suspeitada quando a suspensão dos medicamentos melhora
o quadro clínico. Os principais agentes são vasoconstritores nasais tópicos (por efeito rebote), agentes hormonais
ovarianos (contraceptivos), reserpina, guanetidina, prazosin, clorpromazina, metil dopa, inibidores de ECA, aspirina,
Antiinflamatório não-esteróide (AINE), β-bloqueadores oftálmicos de uso tópico, hidralazina e drogas, como cocaína. A
rinite vasomotora pode ser desencadeada por irritantes (fumaça de cigarro, poeira), alteração de temperatura e umidade,
exercício físico e odores fortes.
Sintomas nasais podem acompanhar distúrbios metabólicos, como hipotireoidismo e estados emocionais,
sem relação confirmada. Durante a gravidez e o período pré-menstrual pode ocorrer rinite hormonal.


Saturday, October 17, 2015

Rinite alérgica - Epidemiologia e Fatores de risco

Rinite alérgica - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A rinite alérgica, não-ocupacional, é muito comum. Sua prevalência em países europeus alcança 10 a 20%
da população adulta.

A rinite alérgica relacionada ao trabalho, bem como a asma ocupacional, tem sido mais freqüentemente
descrita em trabalhadores expostos aos seguintes agentes patogênicos:
- carbonetos metálicos de tungstênio sinterizados;
- cromo e seus compostos tóxicos – os principais decorrem da exposição às névoas de ácido crômico
provenientes de banhos de cromeação, em que a solução aquosa de ácido crômico, submetida a
processo eletroquímico, provoca a formação de gases que borbulham, gerando as gotículas no ar que
carregam os ácidos em solução e são muito agressivos às mucosas. Os sais de cromo são usados
como pigmentos de tintas e o seu manuseio, a seco, na preparação desses produtos (secagem,
ensacamento, pesagem, adição às soluções, etc.), são fontes de exposição importante;
- poeiras de algodão, linho, cânhamo ou sisal – especialmente nas indústrias de fiação e tecelagem;
- acrilatos;
- aldeído fórmico (formaldeído ou formol) e seus polímeros – são voláteis e muito utilizados na conservação
de tecidos, nos laboratórios de anatomia e como matéria-prima em alguns processos na indústria
química.
Podem ser provenientes de reação de polimerização de algumas resinas sintéticas, como, por
exemplo, no Sinteko;
- aminas aromáticas e seus derivados – são, em geral, corantes (Azo-dyes) usados em alimentos, remédios
e tecidos. Quando são manuseados em forma seca (gerando pó no ambiente) na embalagem ou
pesagem, por exemplo, levam a risco de rinite;
- anidrido ftálico;
- azodicarbonamida – produto muito utilizado na fabricação de artefatos de borracha, para deixá-la mais
macia, como, por exemplo, em sandálias;
- carbonetos de metais duros – cobalto e titânio;
- enzimas de origem animal, vegetal ou bacteriana;
- furfural e álcool furfurílico;
- isocianatos orgânicos;
- níquel e seus compostos;
- pentóxido de vanádio – (V2O5) é utilizado como catalisador na fabricação de ácido sulfúrico e no
craqueamento de petróleo nas refinarias. São encontrados no petróleo, havendo exposição importante
aos trabalhadores que fazem a limpeza dos resíduos sólidos dos tanques de armazenagem de petróleo
ou alguns dos seus derivados;
- produtos da pirólise de plásticos, como o policloreto de vinila e o teflon – são provenientes da
termodegradação de polímeros e encontrados nos fumos emanados no processo de aquecimento de
plásticos para fabricação de artefatos. Também há pirólise no derretimento de plásticos para selagem
de embalagem de carnes, verduras, pacotes de livros, etc.;
- sulfitos, bissulfitos e persulfatos;
- medicamentos: macrolídeos, ranitidina, penicilina e seus sais, cefalosporinas;
- proteínas animais em aerossóis;
- outras substâncias de origem vegetal (cereais, farinhas, serragem, etc.);
- outras substâncias químicas sensibilizantes da pele e das vias respiratórias.

Com freqüência, a rinite alérgica relacionada ao trabalho ocorre em trabalhadores portadores de rinite
alérgica de outras etiologias, expostos, em seu ambiente de trabalho, a irritantes ou outros alérgenos desencadeadores
do quadro. Nesse caso, a rinite seria uma doença relacionada ao trabalho, do Grupo III da Classificação de Schilling. A
segunda possibilidade, menos freqüente, é a manifestação de rinite alérgica ocupacional enquadrada no Grupo I da
Classificação de Schilling. Como o perfil alérgico ou atópico do trabalhador/paciente é o mesmo, ambos os quadros
devem ser considerados equivalentes para fins práticos.


Friday, October 16, 2015

Outras rinites alérgicas - Definição da Doença

Outras rinites alérgicas - Definição da Doença

15.3.3 OUTRAS RINITES ALÉRGICAS CID-10 J30.3

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Rinite é uma doença inflamatória das mucosas nasais caracterizada por paroxismos de espirros, prurido do
nariz, congestão nasal com obstrução total ou parcial do fluxo de ar e corrimento nasal claro.


Thursday, October 15, 2015

Agentes causadores de laringotraqueíte

Agentes causadores de laringotraqueíte

Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 (Portaria/MTb n.o 12/1983), no Anexo n.o 11,
estabelece os LT para algumas substâncias químicas
no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas semanais.
Entre os agentes reconhecidos como causadores de laringotraqueíte, estão:
- ácido clorídrico – 4 ppm ou 5,5 mg/m3;
- ácido crômico (névoa) – 0,04 mg/m3;
- ácido fluorídrico – 2,5 ppm ou 1,5 mg/m3;
- amônia – 20 ppm ou 14 mg/m3;
- cloro – 0,8 ppm ou 2,3 mg/m3;
- bromo – 0,08 ppm ou 0,6 mg/m3.
Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados periodicamente
à luz do conhecimento e de evidências atualizadas. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.

O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados, como, por exemplo, os questionários de sintomas respiratórios
já validados e os exames complementares adequados aos fatores de risco identificados no ambiente de trabalho. Medidas
de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser implementadas.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.





Wednesday, October 14, 2015

Laringotraqueíte aguda - Prevenção

Laringotraqueíte aguda - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção das laringotraqueítes aguda e crônica relacionadas ao trabalho baseia-se nos procedimentos
de vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução
deste capítulo.
O controle da exposição aos gases e vapores cáusticos e irritantes pode contribuir para a redução da
incidência da doença nos grupos ocupacionais sob risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à
redução da exposição a níveis considerados seguros, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- normas de higiene e segurança rigorosas com adoção de sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- modificações na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição e reduzir os fatores estressogênicos;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto, troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária e em emergências.
Quando as medidas de proteção coletivas forem insuficientes, deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1 /1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.

Tuesday, October 13, 2015

Laringotraqueíte aguda - Tratamento

Laringotraqueíte aguda - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Na laringotraqueíte aguda, evitar fatores desencadeantes e proporcionar repouso vocal. Nos quadros mais
graves, pode estar indicada a inalação de substâncias vasoconstritoras e corticosteróides sistêmicos. Na laringotraqueíte
crônica, recomenda-se o afastamento da causa.


Monday, October 12, 2015

Laringotraqueíte aguda - Quadro clínico e diagnóstico

Laringotraqueíte aguda - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A laringoscopia mostra as cordas vocais vermelhas e edemaciadas. Nos processos causados pela inalação
de aerossóis irritantes e cáusticos, a mucosa faríngea ou traqueal vizinha também pode estar inflamada.
O edema de Reinke, ou do espaço de Reinke, pode ser um diagnóstico diferencial importante e tem sido
descrito em locutores profissionais de alta demanda e em tabagistas.
Na laringotraqueíte crônica, os sintomas persistem por semanas ou meses, ao contrário dos processos
agudos. Os sintomas incluem disfonia, a voz fica mais grave e, algumas vezes, há tosse seca. A voz fica menos capaz
de suportar estresse, há sensação de globo na laringe e necessidade de limpar a garganta, mas pouca ou nenhuma dor.
Esses quadros podem ser causados por toxinas exógenas, como fumaça de cigarro, poluição atmosférica
e as exposições ocupacionais a aerossóis irritantes. A laringoscopia mostra cordas vocais espessas e hiperemiadas,
com bordas irregulares. Há muco viscoso e o restante da mucosa laríngea muitas vezes mostra aspecto semelhante.
O especialista deve realizar microlaringoscopia e, por biópsia, deve-se excluir doença maligna.
Os pólipos de corda vocal (tumores benignos), com disfonia, afonia e crises de tosse, podem constituir
diagnóstico diferencial importante. É imprescindível, neste caso, o parecer do especialista em otorrinolaringologia.


Sunday, October 11, 2015

Laringotraqueíte aguda - Epidemiologia e Fatores de risco

Laringotraqueíte aguda - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Na relação com o trabalho, devem ser considerados os quadros de dor de garganta muito intensa, angina
aguda ou faringite aguda em trabalhadores expostos a gases e vapores cáusticos ou irritantes, entre eles os halogenados,
como flúor, cloro, bromo e iodo, ácidos, como clorídrico (ou muriático), bromídrico, fluorídrico. Altas concentrações de
gases, como óxidos de enxofre (SO2
e SO3) e amônia (NH3), também são agressivos à faringe e às mucosas em geral.
Dependendo da solubilidade dos gases ou vapores tóxicos e do tempo de exposição, efeitos similares
poderão ocorrer em outras regiões úmidas, conjuntiva ocular, mucosa nasal, laringe, traquéia, acompanhados dos
sintomas correspondentes. Esse efeito é típico da exposição a doses relativamente elevadas desses agentes, em
decorrência de acidentes com vazamento de grandes quantidades da substância.
O cloro é utilizado em tratamento de água potável, branqueamento de tecidos e papel. O ácido fluorídrico
pode ser usado para fosquear vidro e aparece como subproduto na fabricação de fertilizantes a base de fósforo
(fosfatos e superfosfatos). O bromo tem sido utilizado como gás lacrimogêneo, podendo produzir lesões graves na
árvore respiratória, principalmente em ambientes confinados. Vazamentos de amônia são ocorrências relativamente
freqüentes em refrigeradores industriais grandes, como os usados em frigoríficos, laticínios, fábricas de sucos, sorvetes,
entre outras. Essa substância é ainda usada na fabricação de fertilizantes e assim essas fábricas também estão
sujeitas a vazamentos.
Os óxidos de enxofre podem ser provenientes da queima de combustíveis fósseis, especialmente de óleo
combustível e diesel (carvão mineral é pouco usado no Brasil) e assim os ambientes onde eles são usados podem ser
fontes desses gases. Como exemplo, pode-se citar caldeiras (inclusive hospitalares), geradores, fornos industriais.
Nas fábricas de ácido sulfúrico, o SO3 é usado em forma quase pura.

A concentração ambiental e o tempo de exposição determinam a intensidade dos sintomas e o agente
pode ser facilmente identificado pelo trabalhador, tendo em vista a sua franca agressividade, exceto quando provêm de
subprodutos, como no caso da queima de combustíveis.
Há ainda outros agentes, na forma de névoas (gotículas formadas por agitação mecânica de um líquido)
ácidas ou básicas. Névoas de ácido sulfúrico provenientes da carga elétrica de baterias de veículos ou ainda névoas de
ácido crômico originadas em banhos de cromagem são exemplos em que o líquido submetido a processo eletroquímico
forma gases em seu interior e estes, ao borbulhar, geram as gotículas no ar, que por carregarem os ácidos em solução
são muito agressivas às mucosas.
Alguns metais em forma de íons são agressivos, como o tetróxido de ósmio (OsO4), conhecido também
como ácido ósmico, utilizado como catalisador, oxidante e, em histologia e anatomia patológica, como fixador e corante.
Fumos metálicos provenientes de fusão de metais, especialmente os de cádmio, manganês e zinco são irritantes para
as vias áreas superiores.
A ocorrência desses quadros agudos em trabalhadores expostos caracteriza tanto a possibilidade de acidente
do trabalho quanto a de doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, ou seja, doenças em
que o trabalho constitui causa necessária. O mesmo critério se aplica às laringotraqueítes crônicas relacionadas ao
trabalho.


Saturday, October 10, 2015

Laringotraqueíte aguda - Definição da Doença

Laringotraqueíte aguda - Definição da Doença

15.3.2 LARINGOTRAQUEÍTE AGUDA CID-10 J04.2
LARINGOTRAQUEÍTE CRÔNICA J37.1

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Laringotraqueíte é um termo geral para designar os processos inflamatórios agudos da laringe e da traquéia,
geralmente de origem viral ou bacteriana. Na forma aguda, manifesta-se com disfonia, dor na laringe e crises de tosse
seca, que se agravam à noite. Pode ocorrer estridor, cornagem e tiragem. A etiologia mais comum das laringotraqueítes
agudas é viral (parainfluenza, vírus sincicial respiratório) ou bacteriana (Haemophilus influenzae, Staphylococcus aureus).


Friday, October 9, 2015

Faringite aguda Angina - Prevenção

Faringite aguda Angina - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da faringite aguda relacionada ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução deste capítulo.

O controle da exposição aos gases e vapores cáusticos ou irritantes pode contribuir para a redução da
incidência de faringite aguda relacionada ao trabalho nos grupos ocupacionais de risco.
As medidas de controle ambiental
visam à eliminação ou à redução da exposição a níveis considerados seguros, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- normas de higiene e segurança rigorosas com implantação de sistemas de ventilação exaustora
adequados e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- organização do trabalho, de modo a permitir a diminuição do número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição e redução dos fatores estressogênicos;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.

As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.

Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 (Portaria/MTb n.º 12/1983), no Anexo n.º 11, estabelece os LT para algumas substâncias químicas
no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas semanais. Entre os agentes reconhecidos como causadores de faringite
aguda, estão:
- ácido clorídrico – 4 ppm ou 5,5 mg/m3;
- ácido crômico (névoa) – 0,04 mg/m3;
- ácido fluorídrico – 2,5 ppm ou 1,5 mg/m3;
- amônia – 20 ppm ou 14 mg/m3;
- cloro – 0,8 ppm ou 2,3 mg/m3;
- bromo – 0,08 ppm ou 0,6 mg/m3.

Recomenda-se avaliar periodicamente esses LT, comparando-os com aqueles definidos por organismos
internacionais ou por estudos específicos para tal fim. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Devem ser utilizados instrumentos padronizados, como, por exemplo, os questionários de sintomas respiratórios já
validados e os exames complementares adequados aos fatores de risco identificados. Medidas de promoção da saúde
e controle do tabagismo também devem ser implementadas.

Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.



Thursday, October 8, 2015

Faringite aguda Angina - Tratamento

Faringite aguda Angina - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Os quadros de faringite aguda/crônica devem ser tratados com analgésicos e líquidos para alívio dos sintomas
locais, incluindo os cuidados de higiene. Os bochechos empregando antiinflamatórios, antissépticos e anestésicos
podem ser úteis. É importante o afastamentro da fonte dos irritantes, se esta ainda persistir no ambiente de trabalho.
Dada a natureza aguda do processo, a avaliação da deficiência ou disfunção somente fará sentido se
houver seqüelas ou lesões cronificadas, o que não é esperado.


Wednesday, October 7, 2015

Faringite aguda Angina - Quadro clínico e diagnóstico

Faringite aguda Angina - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A queixa comum é de dor de garganta, mais pronunciada no momento da deglutição. Em função da extensão
do processo e de sua etiologia, outros sintomas poderão estar presentes, como sensação de ressecamento, calor e dor
na faringe, prurido, queimação e crises de tosse. O exame físico da orofaringe é o passo inicial, após a história clínica.
A faringe inteira (rino, oro e hipofaringe), geralmente, está comprometida. A mucosa fica vermelha e com aspecto brilhante.
O diagnóstico é feito a partir do quadro clínico e da história de exposição ocupacional. O diagnóstico
diferencial deve afastar as demais causas de faringites.


Tuesday, October 6, 2015

Faringite aguda Angina - Epidemiologia e Fatores de risco

Faringite aguda Angina - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Na relação com o trabalho, devem ser considerados os quadros de dor de garganta muito intensa, angina
aguda ou faringite aguda em trabalhadores expostos a:
- gases e vapores cáusticos ou irritantes, entre eles os halogenados, como o flúor, o cloro, o bromo e o iodo;
- ácidos, como o clorídrico (ou muriático), bromídrico, fluorídrico;
- altas concentrações de gases, como os óxidos de enxofre (SO2
e SO3) e amônia (NH3).

Dependendo da solubilidade dos gases ou vapores tóxicos e do tempo de exposição, efeitos similares
poderão ocorrer em outras regiões úmidas (conjuntiva ocular, mucosa nasal, laringe, traquéia, etc.), com os sintomas
correspondentes.
São efeitos típicos da exposição a doses elevadas desses agentes, como no caso de acidentes com vazamento
de grandes quantidades da substância. O cloro é utilizado em tratamento de água potável, branqueamento de tecidos
e papel. O ácido fluorídrico pode ser usado para fosquear vidro e também aparece como subproduto na fabricação de
fertilizantes à base de fósforo (fosfatos e superfosfatos). O bromo tem sido utilizado como gás lacrimogêneo, podendo
produzir lesões graves na árvore respiratória, principalmente em ambientes confinados. Vazamentos de amônia são
ocorrências relativamente freqüentes em refrigeradores industriais grandes, como em frigoríficos, laticínios, fábricas
de sucos, sorvetes, entre outras. Essa substância também é utilizada na fabricação de fertilizantes, em que podem
ocorrer vazamentos.
Os óxidos de enxofre podem ser provenientes da queima de combustíveis fósseis, especialmente de óleo
combustível e diesel (carvão mineral é pouco usado no Brasil). Entre os ambientes onde são usados podem ser citadas
as caldeiras (inclusive hospitalares), geradores e fornos industriais. Nas fábricas de ácido sulfúrico, o SO3
é usado em forma quase pura.
A concentração ambiental e o tempo de exposição determinam a intensidade dos sintomas e o agente pode
ser facilmente identificado pelo trabalhador, tendo em vista a sua franca agressividade, exceto quando provém de
subprodutos, como no caso da queima de combustíveis.
Em outros casos, os agentes são névoas (gotículas formadas por agitação mecânica de um líquido) ácidas
ou básicas. Névoas de ácido sulfúrico, provenientes da carga elétrica de baterias de veículos, ou ainda névoas de
ácido crômico, originadas em banhos de cromeação, são exemplos em que o líquido submetido a processo eletroquímico
forma gases em seu interior e estes, ao borbulhar, geram as gotículas no ar que, por carregarem os ácidos em solução,
são muito agressivos às mucosas.
Alguns metais em forma de íons podem ser muito agressivos. O tetróxido de ósmio (OsO4), conhecido também
como ácido ósmico, é irritante bem conhecido, produtor de laringotraqueítes, sendo muito utilizado como catalisador,
oxidante e, nos laboratórios de histologia e anatomia patológica, como fixador e corante. Também fumos metálicos
provenientes de fusão de metais, especialmente os de cádmio, manganês e zinco são irritantes.
A ocorrência desses quadros agudos, em trabalhadores expostos, caracteriza tanto a possibilidade de acidente
do trabalho como de doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, ou seja, doenças em
que o trabalho constitui causa necessária.


Monday, October 5, 2015

Faringite aguda não-especificada Angina aguda - Definição da Doença

Faringite aguda não-especificada Angina aguda - Definição da Doença

15.3.1 FARINGITE AGUDA NÃO-ESPECIFICADA (ANGINA AGUDA, DOR DE GARGANTA) CID-10 J02.9

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Faringite aguda é qualquer inflamação aguda da faringe. Do ponto de vista clínico, constitui um grupo de
doenças que podem ser classificadas como amigdalite (quando somente a amígdala palatina está afetada); faringite
(quando apenas a parede posterior da faringe encontra-se comprometida); adenoidite (quando apenas a amígdala
faríngea está envolvida) e angina (quando o processo é global, atingindo as amígdalas palatinas, a faríngea e a parede
posterior da faringe).
As principais causas de faringite aguda são virais, bacterianas ou fúngicas. Nos quadros de angina, devem
ser consideradas as anginas específicas: tuberculose, sífilis, difteria, febre tifóide e hemopatias.
As anginas virais são causadas por vírus respiratórios (as mais comuns), adenovírus, herpes simples, vírus
de Epstein-Barr, coxsackievírus A (herpangina) e HIV. As bacterianas são por estreptococo do grupo A (as mais
freqüentes), estreptococo do grupo C, fusoespiroquetas de Vincent, Neisseria gonorrhae, Arcanobacterium hemolyticum
e Corynebacterium diphtheriae. As fúngicas são causadas por Candida.


Sunday, October 4, 2015

Lista de doenças do sistema respiratório relacionadas ao trabalho

Lista de doenças do sistema respiratório relacionadas ao trabalho

15.3 LISTA DE DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO RELACIONADAS AO TRABALHO,
DE ACORDO COM A PORTARIA/MS N.º 1.339/1999
- Faringite aguda não-especificada (angina aguda, dor de garganta) (J02.9)
- Laringotraqueíte aguda (J04.2) e laringotraqueíte crônica (J37.1)
- Outras rinites alérgicas (J30.3)
- Rinite crônica (J31.0)
- Sinusite crônica (J32.-)
- Ulceração ou necrose do septo nasal (J34.0) e perfuração do septo nasal (J34.8)
- Outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas (inclui asma obstrutiva, bronquite crônica, bronquite
asmática, bronquite obstrutiva crônica) (J44.-)
- Asma (J45.-)
- Pneumoconiose dos trabalhadores do carvão (J60.-)
- Pneumoconiose devida ao asbesto (asbestose) e a outras fibras mineirais (J61.-)
- Pneumoconiose devida à poeira de sílica (silicose) (J62.8)
- Pneumoconiose devida a outras poeiras inorgânicas: beriliose (J63.2), siderose (J63.4) e estanhose (J63.5)
- Doenças das vias aéreas devidas a poeiras orgânicas (J66.-): bissinose (J66.0)
- Pneumonite por hipersensibilidade à poeira orgânica (J67.-): pulmão do granjeiro (ou pulmão do
fazendeiro) (J67.0); bagaçose (J67.1); pulmão dos criadores de pássaros (J67.2); suberose (J67.3);
pulmão dos trabalhadores de malte (J67.4); pulmão dos que trabalham com cogumelos (J67.5); doença
pulmonar devida a sistemas de ar condicionado e de umidificação do ar (J67.7); pneumonite de
hipersensibilidade devida a outras poeiras orgânicas (J67.8); pneumonites de hipersensibilidade devidas
à poeira orgânica não-especificada (alveolite alérgica extrínseca SOE;
e pneumonite de hipersensibilidade SOE) (J67.0)
- Afecções respiratórias devidas à inalação de produtos químicos, gases, fumaças e vapores (J68.-): bronquite
e pneumonite (bronquite química aguda) (J68.0); edema pulmonar agudo (edema pulmonar químico)
(J68.1); síndrome da disfunção reativa das vias aéreas (J68.3) e afecções respiratórias crônicas (J68.4)
- Derrame pleural (J90.-) e placas pleurais (J92.-)
- Enfisema intersticial (J98.2)
- Transtornos respiratórios em outras doenças sistêmicas do tecido conjuntivo classificadas em outra
parte (M05.3): síndrome de Caplan (J99.1)



Saturday, October 3, 2015

Quadro 22 - Sistema de graduação da disfunção respiratória

Quadro 22 - Sistema de graduação da disfunção respiratória

O Quadro XXII mostra o sistema de graduação da disfunção respiratória adotado pelo
I Consenso Brasileiro sobre Espirometria em 1996.
Os parâmetros de análise são clínicos (dispnéia) e funcionais.




Quadro XXII
Grau DCO (% do previsto) L Difusão VO máx (% do previsto)
2 Exercício CVF (% do previsto) VEF /CVF% (% do previsto)
1 Espirometria Dispnéia
I Sem Disfunção Ausente
II Disfunção Leve
Andando rápido no plano ou subindo
ladeira devagar 60-LIn 60-LIn 60-69 60-LIn
III Disfunção Moderada
Andando no plano com pessoa da mesma idade ou subindo lance de escada
51-59 41-59 41-59 41-59
IV Disfunção Grave
Andando devagar no plano 100 metros, esforços menores ou mesmo em repouso
menor ou igual a 50 menor ou igual a 40 menor ou igual a 40
menor que 40 ou maior que 1 L/min
(Extraído da Norma Técnica do INSS sobre Pneumoconioses (1998), cotejado com o I Consenso Brasileiro sobre Espirometria – 1996)
LIn: Limite Inferior da normalidade;
CVF: Capacidade Vital Forçada;
VEF: Volume Expiratório Forçado no primeiro e segundo.


Friday, October 2, 2015

As ações de controle médico

As ações de controle médico

As ações de controle médico visam a identificar a doença em seu estado latente ou inicial, quando algum
tipo de intervenção pode reverter ou diminuir a velocidade de instalação ou progressão dos processos patológicos.
Devem ser realizados exames admissional e periódico dos trabalhadores expostos, utilizando questionários padronizados
de sintomas respiratórios, informações sobre os antecedentes pessoais e familiares. O exame clínico, direcionado
para o aparelho respiratório, deve ser complementado de acordo com os fatores de risco aos quais o trabalhador está
exposto, por radiografia de tórax, feita segundo a técnica padronizada pela OIT (1980), que permite melhor visualização
das lesões, por espirometria, de acordo com a técnica preconizada pela American Thoracic Society (1987) e outros
recursos diagnósticos por imagem, como Tomografia Computadorizada de Alta Resolução (TCR).
Para a caracterização da deficiência e incapacidade decorrentes das doenças do aparelho respiratório,
relacionadas ou não com o trabalho, deverão ser valorizados sintomas como dispnéia, tosse, sibilância, produção
de escarro, hemoptise, acompanhados ou não de avaliação objetiva da função pulmonar, que pode incluir espirometria,
capacidade de difusão do monóxido de carbono, testes de exercício, etc. Para determinadas doenças, por sua
natureza e curso, algumas dessas provas não se aplicam e não estão indicadas. A Norma Técnica sobre
Pneumoconioses do INSS (Ordem de Serviço/INSS n.º 609/1998) orienta a avaliação da deficiência ou disfunção e
define critérios de estagiamento das doenças do sistema respiratório visando à concessão dos benefícios por
incapacidade para o trabalho aos trabalhadores segurados.

Thursday, October 1, 2015

As máscaras protetoras respiratórias

As máscaras protetoras respiratórias

As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, as máscaras deverão ser criteriosamente indicadas para
alguns setores ou funções.
Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para a sua utilização.
As máscaras devem ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros específicos para cada substância manipulada ou para
grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro.
Os filtros devem ser rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante.
A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece regulamento técnico
sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.