Thursday, March 31, 2016

Queimadura solar - Tratamento

Queimadura solar - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento é feito com o uso de compressas frias ou pasta d’água, cremes de corticóides de baixa
potência, ingestão aumentada de água e outros líquidos, podendo ser indicados analgésicos e antitérmicos.


Wednesday, March 30, 2016

Queimadura solar - Quadro clínico e diagnóstico

Queimadura solar - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O eritema inicia-se após um período de latência de 2 a 7 horas, com uma intensidade máxima por volta de
12 a 24 horas, persistindo por horas ou dias, dependendo da intensidade da radiação e do tipo de pele do trabalhador.
Os quadros mais graves podem cursar com vesiculação e formação de bolhas, com resolução mais demorada e maior
risco de infecção secundária.
O diagnóstico baseia-se no quadro clínico e na história de exposição a dose intensa de radiação solar.


Tuesday, March 29, 2016

Queimadura solar - Epidemiologia e Fatores de risco

Queimadura solar - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Entre as atividades que expõem os trabalhadores à luz solar, durante a jornada de trabalho, destacam-se:
agricultura, pesca, construção civil, venda, ambulantes, jardinagem e, entre outras, mineração. Apesar do grande
número de trabalhadores expostos à luz solar, os quadros clínicos são crônicos, sendo raros os quadros agudos
resultantes de uma dose única e intensa de radiação solar. Trabalhadores de pele clara são os mais sensíveis.
A queimadura solar relacionada ao trabalho deve ser enquadrada no Grupo I da Classificação de Schilling,
em que o trabalho é considerado causa necessária.


Monday, March 28, 2016

Queimadura solar - Definição da Doença

Queimadura solar - Definição da Doença

17.3.5 QUEIMADURA SOLAR CID-10 L55.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Queimadura ou eritema solar é uma reação aguda, caracterizada por formação de eritema, edema e dor e,
nos casos mais graves, por vesiculação e formação de bolhas, após exposição da pele a uma dose intensa de radiação
solar.


Sunday, March 27, 2016

Urticária de contato - Prevenção - higiene pessoal

Urticária de contato - Prevenção - higiene pessoal

Entre os cuidados e facilidades para higiene pessoal a serem garantidos aos trabalhadores, estão:
- existência e acesso fácil à água corrente, quente e fria, em abundância, com chuveiros, torneiras,
toalhas e agentes de limpeza apropriados;
- chuveiros de emergência devem estar disponíveis em ambientes onde são utilizadas substâncias
químicas corrosivas. Podem ser necessários banhos por mais de uma vez por turno e troca do vestuário
em caso de respingos e contato direto com essas substâncias;
- utilização de sabões ou sabonetes neutros ou os mais leves possíveis;
- disponibilidade de limpadores/toalhas de mão para limpeza sem água para óleos, graxas e sujeiras
aderentes. Não utilizar solventes, como querosene, gasolina ou thinner, para limpeza da pele;
- uso de creme hidratante nas mãos, especialmente se necessário lavá-las com freqüência;
- uso de roupas protetoras para bloquear o contato da substância com a pele. Os uniformes e aventais
devem estar limpos, lavados e trocados diariamente. A roupa deve ser escolhida de acordo com o local
da pele que necessita de proteção e com o tipo de substância química envolvida, incluindo: luvas de
diferentes comprimentos, sapatos e botas, aventais e macacões, de materiais diversos, como plástico,
borracha natural ou sintética, fibra de vidro, metal ou combinação de materiais. Capacetes, bonés,
gorros, óculos de segurança e proteção respiratória também podem ser necessários;
- o vestuário contaminado deve ser lavado na própria empresa, com os cuidados apropriados. Em caso
de contratação de empresa especializada para essa lavagem, devem ser tomadas as medidas de
proteção adequadas ao tipo de substância, também, para esses trabalhadores.

Recomenda-se a verificação da adequação e adoção, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 define os LT das concentrações de várias substâncias químicas e outros fatores de risco presentes
nos ambientes de trabalho. Entretanto, esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países
e revisados periodicamente à luz do conhecimento e de evidências atualizadas, observando-se que, mesmo quando
estritamente obedecidos, não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Consta de avaliação clínica, que inclui exame dermatológico cuidadoso e exames complementares de acordo com a
exposição ocupacional e a orientação do trabalhador.


Saturday, March 26, 2016

Quadro 27 - Urticárias e agentes causadores

Quadro 27 - Urticárias e agentes causadores

Quadro XXVII
Doenças:
Agentes

Urticária alérgica (L50.0):
Exposição ocupacional a agrotóxicos e outros produtos químicos especificados

Urticária devida a frio e a calor (L50.2):
Exposição ocupacional ao frio e ao calor

Urticária de contato (L50.6):
Exposição ocupacional a agentes químicos, físicos e biológicos, especificados, que afetam a pele

DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO



Friday, March 25, 2016

Urticária de contato - Prevenção - vigilância dos ambientes

Urticária de contato - Prevenção - vigilância dos ambientes

5 PREVENÇÃO
A prevenção da urticária relacionada ao trabalho baseia-se na vigilância dos ambientes, das condições de
trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
O controle ambiental dos fatores de risco envolvidos na determinação da doença pode reduzir sua incidência
nos grupos ocupacionais de risco, por meio da eliminação ou da redução da exposição ou controle, como nos casos
secundários à exposição ao calor e ao frio. Para alguns grupos de trabalhadores pode ser recomendável a utilização de
cremes repelentes de insetos.
A manipulação, preparo e aplicação de agrotóxicos devem ser feitas por pessoas treinadas, observando as
normas de segurança, cuidados especiais com os equipamentos de aplicação e o uso de roupas protetoras. Deve-se
buscar substituir os produtos por outros com menor grau de toxicidade.
A produção, transporte, uso, comércio, aplicação e disposição de embalagens (lixo tóxico) de agrotóxicos
devem obedecer as normas estabelecidas na Lei Federal n.º 7.802/89 e nos regulamentos específicos dos estados e
municípios. Observar também o disposto nas NRR, da Portaria/MTb n.º 3.067/1988.

Thursday, March 24, 2016

Urticária de contato - Tratamento

Urticária de contato - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
A terapia depende da gravidade do quadro. Alguns casos podem ser controlados pelo uso de anti-
histamínicos. Em outros há necessidade de associar corticóides. Nos casos graves que cursam com edema de laringe
e da glote, broncoespasmo, náuseas, vômitos e hipotensão está indicada a administração de adrenalina por via
subcutânea ou mesmo intravenosa.


Wednesday, March 23, 2016

Urticária de contato - Quadro clínico e diagnóstico

Urticária de contato - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
As urticárias podem variar de milímetros a centímetros ou formar placas extensas. Pode ocorrer um
esmaecimento central nas lesões e formação de contornos circulares, arcados ou serpiginosos. Existe uma forma
grave denominada edema angioneurótico ou edema de Quincke ou urticária gigante, que acomete mais freqüentemente
extremidades, pálpebras, lábios, língua e laringe, podendo ser letal se não tratada precocemente.
A urticária devida ao calor e ao frio caracteriza-se por aparecimento de urticas alguns minutos após a
aplicação direta de objeto quente ou aquecimento do ambiente ou exposição ao frio.
O aspecto papular, o prurido e a duração fugaz das lesões permitem facilmente definir o diagnóstico de
urticária. Os casos de urticária devida ao calor e ao frio podem ser confirmados colocando-se um tubo de ensaio com
água aquecida (de 38º a 42º) ou gelo, respectivamente, sobre a pele, aparecendo as urticas em alguns minutos.


Tuesday, March 22, 2016

Urticária de contato - Epidemiologia e Fatores de risco

Urticária de contato - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A identificação do agente causal pode ser extremamente difícil, principalmente nos casos crônicos em que até
70% são de origem obscura, podendo ser devido à exposição ocupacional. A urticária relacionada ao trabalho pode ser
enquadrada nos Grupos I ou III da Classificação de Schilling. O trabalho pode desempenhar o papel de causa necessária,
em trabalhadores normais (Grupo I), ou atuar como desencadeador ou agravante, em trabalhadores hipersensíveis ou
alérgicos aos mesmos agentes químicos ou físicos (Grupo III).
O Quadro XXVII mostra os principais tipos de urticária e seus respectivos agentes.


Monday, March 21, 2016

Urticária de contato - Definição da Doença

Urticária de contato - Definição da Doença

17.3.4 URTICÁRIA DE CONTATO CID-10 L50.6

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Urticária é a erupção caracterizada pelo aparecimento de urticas, que são pápulas edematosas de contorno
irregular, duração efêmera e extremamente pruriginosas. As pápulas podem confluir, formando extensas placas. A
lesão é uma reação alérgica que ocorre em conseqüência da liberação de histamina dos mastócitos localizados em
torno dos vasos da derme, em resposta à presença de um agente químico ou físico, como inalante ou por contato.
Urticária de contato é o termo utilizado genericamente para designar a dermatose causada por agentes
não-traumáticos e que se desenvolve pelo contato direto destes com a pele íntegra, podendo ser alérgica ou não. A
urticária alérgica ou de contato é um quadro de hipersensibilidade individual e sua prevalência é difícil de determinar. A
urticária devida ao calor é muito rara.

Sunday, March 20, 2016

Dermatite de Contato - Prevenção

Dermatite de Contato - Prevenção

5 PREVENÇÃO
Baseia-se na vigilância da saúde do trabalhador descrita na introdução deste capítulo. Entre as facilidades
e cuidados para higiene pessoal a serem providos aos trabalhadores, estão:
- existência e acesso fácil à água corrente, quente e fria, em abundância, com chuveiros, torneiras, toalhas
e agentes de limpeza apropriados. Chuveiros de emergência devem estar disponíveis em ambientes
onde são utilizadas substâncias químicas corrosivas. Podem ser necessários banhos por mais de uma
vez por turno e troca do vestuário em caso de respingos e contato direto com essas substâncias;
- utilização de sabões ou sabonetes neutros ou os mais leves possíveis;
- disponibilidade de limpadores/toalhas de mão para limpeza sem água para óleos, graxas e sujeiras
aderentes. Não utilizar solventes, como querosene, gasolina ou thinner, para limpeza da pele;
- uso de creme hidratante nas mãos, especialmente se necessário lavá-las com freqüência;
- uso de roupas protetoras para bloquear o contato da substância com a pele. Os uniformes e aventais
devem estar limpos, lavados e trocados diariamente. A roupa deve ser escolhida de acordo com o local
da pele que necessita de proteção e com o tipo de substância química envolvida, incluindo luvas de
diferentes comprimentos, sapatos e botas, aventais e macacões, de materiais diversos, como plástico,
borracha natural ou sintética, fibra de vidro, metal ou combinação de materiais. Capacetes, bonés,
gorros, óculos de segurança e proteção respiratória também podem ser necessários;
- o vestuário contaminado deve ser lavado na própria empresa, com os cuidados apropriados. Em caso
de contratação de empresa especializada para essa lavagem, devem ser tomadas as medidas de
proteção adequadas ao tipo de substância também para esses trabalhadores.

A eliminação ou redução da exposição aos fatores de risco de natureza ocupacional a concentrações
próximas de zero ou dentro dos limites considerados seguros, podem ser conseguidas por meio de medidas de controle
ambiental, que incluem:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria, ou prover máquinas e equipamentos de
anteparos para evitar que respingos de óleos de corte atinjam a pele dos trabalhadores;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.

Recomenda-se a verificação da adequação e adoção, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. O Anexo n.º 11 da NR 15 (Portaria/
MTb n.º 12/1983) estabelece os LT para algumas substâncias químicas no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas
semanais, entre elas algumas potencialmente causadoras de dermatites de contato. Esses limites devem ser comparados
com aqueles adotados por outros países e revisados periodicamente à luz do conhecimento e de evidências atualizadas,
observando-se que, mesmo quando estritamente obedecidos, não impedem o surgimento de danos para a saúde.

O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Consta de avaliação clínica, que inclui exame dermatológico cuidadoso e exames complementares de acordo com a
exposição ocupacional e orientação do trabalhador.


Saturday, March 19, 2016

Dermatite de Contato - Tratamento

Dermatite de Contato - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento é feito com cuidados higiênicos locais para prevenir a infecção secundária e o uso sintomático
de anti-histamínicos. Cremes de corticóides também podem ser usados (ver tratamento das dermatites alérgicas de
contato).


Friday, March 18, 2016

Dermatite de Contato - Quadro clínico e diagnóstico

Dermatite de Contato - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico varia de acordo com o irritante, podendo aparecer sob a forma de dermatites indistingüíveis
das dermatites de contato alérgicas agudas, até ulcerações vermelhas profundas, nas queimaduras químicas. A dermatite
irritativa cumulativa é mais freqüente que a aguda ou acidental. Agressões repetidas, por irritantes de baixo grau,
ocorrem ao longo do tempo. Nesses casos, a secura da pele e o aparecimento de fissuras são, freqüentemente, os
primeiros sinais, que evoluem para eritema, descamação, pápulas, vesículas e espessamento gradual da pele.
As dermatites de contato irritativas podem ser facilmente diagnosticadas pelas histórias clínica e ocupacional
e, com freqüência, ocorrem como acidentes.
Os testes epicutâneos ou patch test não estão indicados para o diagnóstico
de dermatites irritativas. Eventualmente, as mesmas substâncias irritativas, mas em concentrações muito mais baixas,
poderão ser testadas para fins de esclarecimento etiológico das dermatites de contato alérgicas. O diagnóstico diferencial
deve ser feito com os quadros de dermatites de contato alérgicas, psoríase, herpes simples e herpes zoster, reações
idiopáticas vesiculares pela presença do Trichophyton nos pés (micides), eczema numular e reações cutâneas a drogas,
entre outras doenças.


Thursday, March 17, 2016

Quadro 26 - Dermatites de contato por irritantes e seus respectivos agentes.

Quadro 26 - Dermatites de contato por irritantes e seus respectivos agentes.

Quadro XXVI
Doenças:
Agentes

Dermatite de Contato por Irritantes devida a Detergentes (L24.0):
Detergentes, em exposição ocupacional.

Dermatite de Contato por Irritantes devida a Óleos e Gorduras (L24.1):
Óleos e gorduras em exposição ocupacional.

Dermatite de Contato por Irritantes devida a Solventes:
Cetonas, Ciclohexano, Compostos de Cloro, Ésteres,
Glicol, Hidrocarbonetos (L24.2):
Benzeno.
Hidrocarbonetos aromáticos ou alifáticos ou seus derivados
halogenados tóxicos.
Outros solventes ou misturas de solventes especificados.
Obs: todo contato com solventes orgânicos, hidrocarbonetos alifáticos ou
aromáticos ou halogenados, cetonas, éteres, ésteres, álcoois, em forma de
misturas ou pura, é agressivo para a pele.


Dermatite de Contato por Irritantes devida a Cosméticos (L24.3):
Cosméticos, em exposição ocupacional.

Dermatite de Contato por Irritantes devida a Drogas em contato com a pele (L24.4):
Drogas em exposição ocupacional.

Dermatite de Contato por Irritantes devida a outros produtos químicos: Arsênio, Berílio,
Bromo, Cromo, Cimento, Flúor, Fósforo, Inseticidas (L24.5):
Arsênio e seus compostos arsenicais.
Berílio e seus compostos tóxicos.
Bromo.
Cromo e seus compostos tóxicos.
Flúor e seus compostos tóxicos.
Fósforo.

Dermatite de Contato por Irritantes devida a Alimentos em contato com a pele (L24.6):
Alimentos em exposição ocupacional.

Dermatite de Contato por Irritantes devida a Plantas, exceto alimentos (L24.7):
Plantas, em exposição ocupacional.

Dermatite de Contato por Irritantes devida a Outros Agentes Químicos: Corantes (L24.8):
Agentes químicos não-especificados em outras rubricas, em exposição ocupacional.


Wednesday, March 16, 2016

Dermatites de contato por irritantes - Epidemiologia e Fatores de risco

Dermatites de contato por irritantes - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As dermatites de contato são as dermatoses ocupacionais mais freqüentes. Estima-se que, juntas, as
dermatites alérgicas de contato e as dermatites de contato por irritantes respondam por cerca de 90% dos casos de
dermatoses ocupacionais. As dermatites de contato por irritantes são mais freqüentes que as dermatites alérgicas.
Estudos epidemiológicos realizados em distintos países mostram taxas de incidência entre 2 a 6 casos em cada dez
mil trabalhadores/ano, o que significa que as dermatites de contato irritativas são, provavelmente, as doenças profissionais
mais freqüentes.
Entre os agentes causais destacam-se ácidos e álcalis fortes que, dependendo da concentração e do
tempo de exposição, também produzem queimaduras químicas por sabões e detergentes. As dermatites de contato
por irritantes relacionadas ao trabalho devem ser enquadradas no Grupo I da Classificação de Schilling, em que o
trabalho é considerado causa necessária.
O Quadro XXVI mostra as principais dermatites de contato por irritantes e seus
respectivos agentes.

Tuesday, March 15, 2016

Dermatites de contato por irritantes - Definição da Doença

Dermatites de contato por irritantes - Definição da Doença

17.3.3 DERMATITES DE CONTATO POR IRRITANTES CID-10 L24.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Dermatites de contato, também conhecidas por eczema, são as inflamações agudas ou crônicas da pele,
caracterizadas clinicamente por eritema, edema e vesiculação. Na fase aguda, são acompanhadas freqüentemente
por prurido intenso e, nas formas crônicas, por espessamento da epiderme (liquenificação), com descamação e fissuras,
produzidas por substâncias químicas que, em contato com a pele, causam irritação ou reações alérgicas. Se o contato
com a pele, único ou repetido, produzir efeitos tóxicos imediatos ou tardios de irritação local, elas serão rotuladas
dermatites de contato por irritantes.
Ao contrário das dermatites de contato alérgicas, não é necessária a sensibilização prévia. A fisiopatologia
das dermatites de contato por irritantes não requer a intervenção de mecanismos imunológicos. Assim, pode aparecer
em todos os trabalhadores expostos ao contato com substâncias irritantes, dependendo da sua concentração e do
tempo de exposição.


Monday, March 14, 2016

Dermatites Alérgicas - Prevenção

Dermatites Alérgicas - Prevenção

5 PREVENÇÃO
Baseia-se na vigilância em saúde dos trabalhadores descrita na introdução deste capítulo. Entre as facilidades
para higiene pessoal a serem providas aos trabalhadores, estão:
- existência e acesso fácil à água corrente, quente e fria, em abundância, com chuveiros, torneiras,
toalhas e agentes de limpeza apropriados. Chuveiros de emergência devem estar disponíveis em
ambientes onde são utilizadas substâncias químicas corrosivas. Podem ser necessários banhos por
mais de uma vez por turno e troca do vestuário em caso de respingos e contato direto com essas
substâncias;
- utilização de sabões ou sabonetes neutros ou os mais leves possíveis;
- disponibilidade de limpadores/toalhas de mão para limpeza sem água para óleos, graxas e sujeiras
aderentes. Não utilizar solventes, como querosene, gasolina ou thinner, para limpeza da pele;
- uso de creme hidratante nas mãos, especialmente se necessário lavá-las com freqüência;
- uso de roupas protetoras para bloquear o contato da substância com a pele. Os uniformes e aventais
devem estar limpos, lavados e trocados diariamente. A roupa deve ser escolhida de acordo com o local
da pele que necessita de proteção e com o tipo de substância química envolvida, incluindo: luvas de
diferentes comprimentos, sapatos e botas, aventais e macacões, de materiais diversos: plástico, borracha
natural ou sintética, fibra de vidro, metal ou combinação de materiais. Capacetes, bonés, gorros, óculos
de segurança e proteção respiratória também podem ser necessários;
- o vestuário contaminado deve ser lavado na própria empresa, com os cuidados apropriados. Em caso
de contratação de empresa especializada para essa lavagem, devem ser tomadas as medidas de
proteção adequadas ao tipo de substância também para esses trabalhadores.

As medidas de controle ambiental para eliminação ou redução da exposição aos fatores de risco de natureza
ocupacional nos limites considerados seguros, incluem:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria, ou dotar máquinas e equipamentos de anteparos
para evitar que respingos de óleos de corte atinjam a pele dos trabalhadores;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.

Recomenda-se a verificação da adequação e adoção, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
O Anexo n.º 11 da NR 15 (Portaria/MTb n.º 12/1983) estabelece os LT para algumas substâncias químicas
no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas semanais, entre elas:
- ácido crômico (névoa) – 0,04 mg/m3;
- mercúrio inorgânico e seus compostos tóxicos – 0,04 mg/m3.
Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados periodicamente
à luz do conhecimento e evidências atualizadas. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.

O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Consta de avaliação clínica, com exame dermatológico cuidadoso e exames complementares de acordo com a exposição
ocupacional e de orientação do trabalhador. Para algumas das substâncias químicas envolvidas na gênese das
dermatoses de base, deve ser feito o monitoramento biológico.


Sunday, March 13, 2016

Dermatites Alérgicas - Tratamento

Dermatites Alérgicas - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Baseia-se em cuidados higiênicos locais para prevenir a infecção secundária e o uso de anti-histamínicos
sistêmicos e cremes de corticóides. Em casos mais extensos, deve-se empregar a corticoidoterapia sistêmica. O
afastamento da exposição é essencial.
Nas formas agudas, sem infecção secundária, pode-se utilizar compressas com solução de Burrow 1:20 ou
1:40; curativos fechados com cremes corticóides, associando-se corticóide via oral. Quando associada à infecção
secundária, tratar com compressas ou banhos de permanganato de potássio (KMnO4) 1:20 mil ou 1:40 mil; curativos
fechados com cremes corticosteróides e instituir antibioticoterapia.
Nas formas crônicas, utilizar cremes ou pomadas de corticóide na área afetada, cuidando para que não
haja absorção demasiada do medicamento, em decorrência da aplicação em grandes extensões de tegumento. Em
áreas liquenificadas, fazer curativo com pomadas ou cremes de corticóide, ocluídos por plástico, durante a noite. Se
houver prurido, associar anti-histamínico por via oral. Orientar o paciente para evitar coçaduras. Se houver infecção
secundária, associar antibioticoterapia.
Apesar do manejo difícil, os eczemas cronificados de origem ocupacional respondem bem à terapêutica
apropriada. Se tal não ocorrer, deve-se verificar uma das seguintes possibilidades:
- trabalhador continua em contato com substâncias irritantes e sensibilizantes;
- áreas de tegumento se mantêm eczematizadas em decorrência de escoriações produzidas pelo ato
de coçar;
- poderá estar ocorrendo autolesionamento (dermatite artefacta) ou a contribuição importante de
fatores emocionais na manutenção da dermatose.


Saturday, March 12, 2016

Dermatites Alérgicas - Os quadros crônicos

Dermatites Alérgicas - Os quadros crônicos

Os quadros crônicos são caracterizados por pele espessada, com fissuras, e podem agudizar nas reexposições
ao antígeno ou contato com substâncias irritantes.
O diagnóstico e a caracterização como doença relacionada ao trabalho são feitos baseados na história
clínica-ocupacional e no exame clínico. A identificação das substâncias alérgenas (para fins de diagnóstico e para
prevenção de novos contatos e reexposição) pode ser auxiliada pelos testes epicutâneos ou patch tests.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com quadros de dermatites de contato irritativas, psoríase, herpes
simples e herpes zoster, reações idiopáticas vesiculares pela presença do Trichophyton nos pés (micides), eczema
numular e reações cutâneas a drogas, entre outras doenças.


Friday, March 11, 2016

Quadro 25 - Dermatites Alérgicas - Doênças e Agêntes Causadores

Quadro 25 - Dermatites Alérgicas - Doênças e Agêntes Causadores
Quadro XXV
Doença:
Agentes

Dermatite Alérgica de Contato devida a Metais (L23.0):
Cromo dicromato de potássio e seus compostos tóxicos, Sulfato de níquel. Mercúrio e seus compostos tóxicos.

Dermatite Alérgica de Contato devida a Adesivos (L23.1):
Adesivos, em exposição ocupacional.

Dermatite Alérgica de Contato devida a Cosméticos(fabricação/manipulação) (L23.2):
Fabricação/manipulação de cosméticos.

Dermatite Alérgica de Contato devida a Drogas em contato com a pele (L23.3):
Drogas, em exposição ocupacional; medicamentos como neomicina, timerosol, merthiolate.

Dermatite Alérgica de Contato devida a Corantes (L23.4):
Corantes, em exposição ocupacional.

Dermatite Alérgica de Contato devida a outros produtos químicos (L23.5):
Cromo e seus compostos tóxicos.Fósforo ou seus produtos tóxicos.
Iodo. Alcatrão, breu, betume, hulha mineral, parafina ou resíduos
dessas substâncias. Borracha. Inseticidas. Plásticos.

Dermatite Alérgica de Contato devida a Alimentos em contato com a pele (fabricação/manipulação) (L23.6)
Fabricação/Manipulação de Alimentos.

Dermatite Alérgica de Contato devida a Plantas (Não inclui plantas usadas como alimentos) (L23.7)
Manipulação de plantas, em exposição ocupacional.

Dermatite Alérgica de Contato devida a outros agentes (Causa externa especificada) (L23.8)
Agentes químicos, não especificados em outras rubricas, em exposição ocupacional.


Thursday, March 10, 2016

Dermatites alérgicas de contato - Quadro clínico e diagnóstico

Dermatites alérgicas de contato - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A dermatite alérgica de contato resulta de uma reação cutânea eczematosa, imunologicamente mediada
por células-T, com resposta antígeno-específica, tardia, a um antígeno hapteno em contato com a pele. Ao se afastar
do contato com o alérgeno, pode haver remissão total do quadro, mas a hipersensibilidade latente permanece e
reexposições voltam a desencadeá-lo.
O período de incubação, após a exposição inicial, pode variar de 5 a 21 dias. No trabalhador sensibilizado,
reexposto ao contato com um agente sensibilizante, é previsível o aparecimento de uma dermatite eczematosa no
período de 1 a 3 dias e seu desaparecimento em 2 a 3 semanas, cessada a exposição. Sob exposição intensa ou
exposição a agentes sensibilizantes potentes, as lesões podem aparecer mais rapidamente (dentro de 6 a 12 horas) e
melhoram mais lentamente.
A aparência genérica das dermatites de contato alérgicas não é muito diferente das dermatites irritativas e,
clinicamente, é difícil distingui-las. Tipicamente, o quadro se inicia com o aparecimento de eritema, seguido de pápulas
e vesículas úmidas. Nas superfícies palmares e plantares e nas bordas dos dedos da mão e do pé, o primeiro sinal
pode ser a presença de numerosas vesículas agrupadas, acompanhadas de intenso prurido.
Novas áreas de dermatite aparecem na vizinhança das lesões originais, com coalescência posterior e
extenso comprometimento. Podem aparecer lesões em locais distantes, não-relacionados à exposição ocupacional,
porém expostas, inadvertidamente, ao alérgeno através das mãos.
Após exposições maciças a antígenos com alto poder de sensibilização, trabalhadores podem mostrar
reações imediatas, tais como urticária e eritema multiforme. Posteriormente, toda a pele pode estar comprometida por
um quadro dermatológico de lesões úmidas, crostosas e exfoliativas.

Wednesday, March 9, 2016

Dermatites alérgicas de contato - Epidemiologia e Fatores de risco

Dermatites alérgicas de contato - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As dermatites de contato são as dermatoses ocupacionais mais freqüentes. Estima-se que, juntas, as
dermatites alérgicas de contato e as dermatites de contato por irritantes respondem por cerca de 90% dos casos de
dermatoses ocupacionais. A grande maioria dos agentes de origem ocupacional tem pouco poder de sensibilização,
com exceção de algumas madeiras que podem provocar sensibilização em altas porcentagens (70 a 80%) dos
trabalhadores expostos.

As dermatites alérgicas de contato relacionadas ao trabalho podem ser enquadradas nos Grupos I ou III da
Classificação de Schilling. O trabalho pode ser causa necessária em trabalhadores não-alérgicos ou atópicos (Grupo I)
ou desencadeador ou agravante em trabalhadores atópicos, alérgicos, hipersensíveis ou previamente sensibilizados
pelos mesmos alérgenos e/ou por outros semelhantes (Grupo III).
O Quadro XXV mostra as principais dermatites alérgicas de contato e seus respectivos agentes.


Tuesday, March 8, 2016

Dermatites alérgicas de contato - Definição da Doença

Dermatites alérgicas de contato - Definição da Doença

17.3.2 DERMATITES ALÉRGICAS DE CONTATO CID-10 L23.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Dermatites de contato, também conhecidas por eczemas, são inflamações agudas ou crônicas da pele,
caracterizadas clinicamente por eritema, edema e vesiculação. Na fase aguda, são acompanhadas, freqüentemente,
por prurido intenso e, nas formas crônicas, por espessamento da epiderme (liquenificação), com descamação e fissuras,
produzidas por substâncias químicas que, em contato com a pele, causam irritação ou reações alérgicas. Quando
causam alergia são denominadas dermatites alérgicas de contato.


Monday, March 7, 2016

Dermatoses pápulo-pustulosas - Prevenção

Dermatoses pápulo-pustulosas - Prevenção

5 PREVENÇÃO
Baseia-se nos procedimentos de vigilância em saúde descritos na introdução deste capítulo, direcionados para
a dermatose primária. Entre as facilidades para os cuidados de higiene pessoal a serem providas aos trabalhadores, estão:
- existência e acesso fácil à água corrente, quente e fria, em abundância, com chuveiros, torneiras,
toalhas e agentes de limpeza apropriados. Chuveiros de emergência devem estar disponíveis em
ambientes onde são utilizadas substâncias químicas corrosivas. Podem ser necessários banhos por
mais de uma vez por turno e troca do vestuário em caso de respingos e contato direto com essas
substâncias;
- utilização de sabões ou sabonetes neutros ou mais leves possíveis;
- disponibilidade de limpadores/toalhas de mão para limpeza sem água para óleos, graxas e sujeiras
aderentes. Não utilizar solventes, como querosene, gasolina, thinner, para limpeza da pele;
- uso de creme hidratante nas mãos, especialmente se for necessário lavá-las com freqüência;
- uso de roupas protetoras para bloquear o contato da substância com a pele. Os uniformes e aventais
devem estar limpos, lavados e trocados diariamente. A roupa deve ser escolhida de acordo com o local
da pele que necessita de proteção e com o tipo de substância química envolvida, incluindo luvas de
diferentes comprimentos, sapatos e botas, aventais e macacões, de materiais diversos, como plástico,
borracha natural ou sintética, fibra de vidro, metal ou combinação de materiais. Capacetes, bonés,
gorros, óculos de segurança e proteção respiratória também podem ser necessários;
- o vestuário contaminado deve ser lavado na própria empresa, com os cuidados apropriados. Em caso
de contratação de empresa especializada para esta lavagem, devem ser tomadas as medidas de
proteção adequadas ao tipo de substância também para esses trabalhadores.

A eliminação ou redução da exposição aos fatores de risco de natureza ocupacional a concentrações
próximas de zero ou sua manutenção dentro dos limites considerados seguros podem ser conseguidas por meio de
medidas de controle ambiental, que incluem:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria ou prover as máquinas e equipamentos de
anteparos para evitar que respingos de óleos de corte atinjam a pele dos trabalhadores;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeira no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.

Recomenda-se a verificação da adequação e adoção, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
O Anexo n.o 11 da NR 15(Portaria/MTb n.o 12/1983) estabelece os LT para algumas substâncias químicas no ar ambiente, para jornadas de
até 48 horas semanais, entre elas cromo e seus compostos tóxicos e hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos.

O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Consta de avaliação clínica e exames complementares de acordo com a exposição ocupacional e orientação do
trabalhador. Para algumas das substâncias químicas envolvidas na gênese das dermatoses de base, deve ser feito
monitoramento biológico.


Sunday, March 6, 2016

Dermatoses pápulo-pustulosas - Tratamento

Dermatoses pápulo-pustulosas - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
É importante identificar e tratar a patologia primária. Podem ser utilizados agentes antiinfecciosos, tópicos
ou sistêmicos, dependendo da extensão e gravidade da lesão, limpeza, debridamento e medicação sintomática para
alívio de sintomas, como prurido, dor e queimação.


Saturday, March 5, 2016

Infecções bacterianas secundárias

Infecções bacterianas secundárias

Em geral, as infecções bacterianas secundárias podem aparecer como pápulas crostosas (impetigo), pápulas
perifoliculares, pústulas (foliculite) e lesões profundas, com a forma de nódulos eritematosos ou placas com ou sem
raias linfangíticas (linfangite). As lesões secundárias por fungos aparecem, geralmente, como placas anulares com o
centro claro e as bordas eritematosas, elevadas e escamosas.
O diagnóstico é eminentemente clínico. Em alguns casos, é necessária a realização de exames
bacterioscópicos/micológicos diretos ou culturas para a identificação do agente causal. A natureza ocupacional é
estabelecida pela combinação de:
- análise da profissão e do gesto profissional;
- história da doença atual;
- presença e características da doença secundária (infecção secundária bacteriana e/ou micótica);
- evidências da presença de lesões primitivas e/ou condições facilitadoras, de origem ocupacional.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com outras entidades que levem a quadros de lesões pápulo-
pustulosas, porém não-relacionados ao trabalho, como impetigo e foliculites.


Friday, March 4, 2016

Dermatoses pápulo-pustulosas - Quadro clínico e diagnóstico

Dermatoses pápulo-pustulosas - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO
As dermatoses pápulo-pustulosas são caracterizadas pela presença de pápulas, que são elevações sólidas
de até 1 cm, e de pústulas, que são lesões superficiais elevadas contendo pus, resultantes de infecção ou da evolução
seropurulenta de vesículas ou bolhas. A distribuição anatômica das lesões segue a das lesões primárias e está relacionada
à exposição ocupacional.
A aparência das lesões bacterianas e/ou micóticas secundárias não é característica, ao contrário das
infecções primárias causadas por esses organismos, dependendo intrinsecamente da natureza da lesão primitiva
sobre a qual se instalou.

Thursday, March 3, 2016

Dermatoses pápulo-pustulosas - Epidemiologia e Fatores de risco

Dermatoses pápulo-pustulosas - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As infecções secundárias são muito freqüentes nas lesões de pele, e sua epidemiologia superpõe-se à das
lesões primitivas decorrentes da exposição aos fatores de risco de origem física ou química, que serão analisados em
outras seções.
Em algumas ocupações, as infecções secundárias destacam-se pela natureza do processo subjacente e/
ou pelo risco de transmissão a terceiros, como no caso de trabalhadores em cozinha, balconistas de bar, os trabalhadores
de lavanderias e saunas, situações nas quais a doença também pode ter significado epidemiológico de interesse para
a Saúde Pública.
Trabalhadores em oficinas mecânicas que manipulam graxas e óleos minerais freqüentemente desenvolvem
dermatite de contato por óleos ou quadros de acne e foliculite, que servem de substrato ou favorecem o desenvolvimento
de infecções secundárias. A limpeza com sabões abrasivos ou com solventes fortes também pode facilitar a infecção
secundária.
Más condições de higiene pessoal, traumatismos repetidos, ferimentos de origem ocupacional podem
constituir fatores desencadeantes ou agravantes. Entre os agentes patogênicos e/ou fatores de risco de natureza
ocupacional relacionados na Portaria/MS n.º 1.339/1999, estão:
- cromo e seus compostos tóxicos: as soluções de ácido crômico, cromo hexavalente (CrVI), usadas nos
processos de cromagem e nas galvanoplastias, são muito agressivas para a pele;
- hidrocarbonetos alifáticos ou aromáticos: o contato com solventes orgânicos, como hidrocarbonetos
alifáticos ou aromáticos, halogenados, cetonas, éteres, ésteres, alcoóis, etc., em forma de misturas ou
pura, é sempre irritante e pode levar à lesão de pele;
- microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus produtos tóxicos;
- outros agentes químicos ou biológicos que afetem a pele, não considerados em outras rubricas.


Wednesday, March 2, 2016

Dermatoses pápulo-pustulosas - Definição da Doença

Dermatoses pápulo-pustulosas - Definição da Doença

17.3.1 DERMATOSES PÁPULO-PUSTULOSAS E SUAS COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS CID-10 L08.9

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Consideram-se dermatoses pápulo-pustulosas e suas complicações, relacionadas ao trabalho, a família
das infecções secundárias que ocorrem a partir de pequenas lacerações ou abrasões da pele, do uso de solventes ou
sabões redutores da barreira cutânea, de queimaduras, de dermatites de contato ou fototóxicas, de cloracne ou acne
por óleos e gorduras minerais. Geralmente, a doença primária ou primitiva e/ou as condições facilitadoras ou
desencadeadoras é que são relacionadas ao trabalho.
As infecções secundárias mais comuns são causadas principalmente por bactérias, como Staphylococcus
aureus e Streptococcus pyogenes, e por fungos, como Candida albicans. Diferentemente das infecções primárias, as
infecções bacterianas secundárias freqüentemente mostram, na cultura, uma mistura de organismos.


Tuesday, March 1, 2016

Quadro 24 - Indicadores ou parâmetros para estagiamento de deficiência ou disfunção provocada por dermatoses

Quadro 24 - Indicadores ou parâmetros para estagiamento de deficiência ou disfunção provocada por dermatoses
Quadro XXIV

INDICADORES OU PARÂMETROS PARA ESTAGIAMENTO DE DEFICIÊNCIA OU DISFUNÇÃO PROVOCADA POR DERMATOSES
PROPOSTOS PELA ASSOCIAÇÃO MÉDICA AMERICANA




Estagiamento
Indicadores e Parâmetros

Grau ou Nível 1:
Sinais e sintomas da doença de pele estão presentes, inclusive de forma intermitente.
Não existe limitação do desempenho ou apenas limitação para poucas atividades da vida diária, embora
a exposição a determinadas substâncias químicas ou agentes físicos possa aumentar a limitação temporária.
Não é requerido tratamento ou tratamento intermitente.

Grau ou Nível 2:
Sinais e sintomas da doença de pele estão presentes, inclusive de forma intermitente.
Existe limitação do desempenho para algumas atividades da vida diária.
Tratamento intermitente ou constante pode ser requerido.

Grau ou Nível 3:
Sinais e sintomas da doença de pele estão presentes, inclusive de forma intermitente.
Existe limitação do desempenho de muitas atividades da vida diária.
Tratamento intermitente ou constante pode ser requerido.

Grau ou Nível 4:
Sinais e sintomas da doença de pele estão constantemente presentes.
Existe limitação do desempenho de muitas atividades da vida diária que podem incluir o confinamento
intermitente dentro de casa ou de outro domicílio.
Tratamento intermitente ou constante pode ser requerido.

Grau ou Nível 5:
Sinais e sintomas da doença de pele estão constantemente presentes.
Existe limitação do desempenho da maioria das atividades da vida diária que podem incluir o confinamento
ocasional ou constante dentro de casa e de outro domicílio.
Tratamento intermitente ou constante pode ser requerido.