Etapas para definição de uma estratégia de controle de risco de saúde
Sumariando, as etapas para definição de uma estratégia de controle incluem:
RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS AGENTES E FATORES QUE PODEM OFERECER RISCO PARA A SAÚDE E PARA O MEIO AMBIENTE,
INCLUINDO A DEFINIÇÃO DE SEU IMPACTO: devem ser determinadas e localizadas as fontes de risco; as trajetórias
possíveis de propagação dos agentes nos ambientes de trabalho; os pontos de ação ou de entrada no
organismo; o número de trabalhadores expostos e a existência de problemas de saúde entre os trabalhadores
expostos ao agente. A interpretação dos resultados vai possibilitar conhecer o risco real para saúde e a
definição de prioridades para a ação;
TOMADA DE DECISÃO: resulta do reconhecimento de que há necessidade de prevenção, com base nas informações
obtidas na etapa anterior. A seleção das opções de controle deve ser adequada e realista, levando em
consideração a viabilidade técnica e econômica de sua implementação, operação e manutenção, bem
como a disponibilidade de recursos humanos e financeiros e a infra-estrutura existente;
PLANEJAMENTO: uma vez identificado o problema, tomada a decisão de controlá-lo, estabelecidas as prioridades de ação
e disponibilizados os recursos, deve ser elaborado um projeto detalhado quanto às medidas e procedimentos
preventivos a serem adotados;
AVALIAÇÃO.
Sobre as medidas organizacionais e gerenciais a serem adotadas visando à melhoria das condições de
trabalho e qualidade de vida dos trabalhadores, particularmente para a prevenção dos transtornos mentais e do sofrimento
mental relacionado ao trabalho e de LER/DORT, sugere-se que sejam consultados o capítulo 10 (Transtornos Mentais
e do Comportamento Relacionados ao Trabalho) e o capítulo 18 (Doenças do Sistema Osteomuscular e do Tecido
Conjuntivo Relacionadas ao Trabalho). No que se refere às condições de trabalho nocivas para a saúde, que decorrem
da organização e gestão do trabalho, as medidas recomendadas podem ser resumidas em:
- aumento do controle real das tarefas e do trabalho por parte daqueles que as realizam;
- aumento da participação real dos trabalhadores nos processos decisórios na empresa e facilidades
para sua organização;
- enriquecimento das tarefas, eliminando as atividades monótonas e repetitivas e as horas extras;
- estímulo a situações que permitam ao trabalhador o sentimento de que pertencem e/ou de que
fazem parte de um grupo;
- desenvolvimento de uma relação de confiança entre trabalhadores e demais integrantes do grupo,
inclusive superiores hierárquicos;
- estímulo às condições que ensejem a substituição da competição pela cooperação.
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