Neurite óptica - Epidemiologia e Fatores de risco
EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Entre as substâncias químicas tóxicas potencialmente causadoras de neurite óptica estão:
- brometo de metila;
- cloreto de metileno (diclorometano) e outros solventes clorados neurotóxicos;
- metanol (no caso de intoxicação aguda sistêmica por ingestão, muito raras). A ação local é apenas
irritante (como outros solventes) e não causa dano;
- sulfeto de carbono (solvente usado na fabricação do rayon viscose – tecido – e de papel celofane).
Também é usado na indústria química como matéria-prima para alguns produtos como o tetrametiltiuram
(aditivo da borracha). Exposições a concentrações relativamente baixas a esta substância extremamente
volátil podem levar a efeitos deletérios em poucos anos;
- tetracloreto de carbono.
Em trabalhadores expostos a substâncias químicas neurotóxicas, a neurite óptica, excluídas outras causas
não-ocupacionais, deve ser considerada doença relacionada com o trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling,
em que o trabalho é considerado causa necessária.
Fonte: Doenças do Trabalho
Monday, April 14, 2014
Sunday, April 13, 2014
Neurite óptica - Definição da Doença
Neurite óptica - Definição da Doença
NEURITE ÓPTICA
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
O termo neurite óptica abrange inflamação, degeneração ou desmielinização do nervo óptico, que pode ser
devida a uma grande variedade de doenças. A perda da visão é o sintoma fundamental e serve para diferenciar a
neurite óptica do edema de papila, que poderiam ser confundidos ao exame oftalmoscópico.
As neurites ópticas podem ser classificadas, de acordo com sua etiologia, em inflamatórias, isquêmicas,
tóxicas, carenciais, compressivas e hereditárias. Podem, ainda, ser devidas a lesões traumáticas no nervo óptico e/ou
conseqüentes ao edema de papila, que ocorre na hipertensão intracraniana.
NEURITE ÓPTICA
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
O termo neurite óptica abrange inflamação, degeneração ou desmielinização do nervo óptico, que pode ser
devida a uma grande variedade de doenças. A perda da visão é o sintoma fundamental e serve para diferenciar a
neurite óptica do edema de papila, que poderiam ser confundidos ao exame oftalmoscópico.
As neurites ópticas podem ser classificadas, de acordo com sua etiologia, em inflamatórias, isquêmicas,
tóxicas, carenciais, compressivas e hereditárias. Podem, ainda, ser devidas a lesões traumáticas no nervo óptico e/ou
conseqüentes ao edema de papila, que ocorre na hipertensão intracraniana.
Saturday, April 12, 2014
Inflamação coriorretiniana - Prevenção da Doença
Inflamação coriorretiniana - Prevenção da Doença
PREVENÇÃO
Entre as medidas gerais de prevenção da inflamação coriorretiniana estão: campanhas de esclarecimento,
objetivando evitar os traumas oculares que podem produzir uveíte traumática e endoftalmite; controle de doenças
infecciosas, como tuberculose, sífilis e hanseníase; estudos objetivando melhorar os conhecimentos sobre os
mecanismos genéticos e imunológicos envolvidos na gênese das uveítes e drogas mais eficazes para o seu tratamento;
medidas gerais de higiene e orientação sexual.
A prevenção da inflamação coriorretiniana relacionada ao trabalho baseia-se na vigilância dos ambientes,
das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição, a níveis considerados
seguros, a agentes responsáveis pela ocorrência do quadro, entre eles o manganês, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho, de higiene pessoal, recursos para banhos, lavagem
das mãos, braços, rosto e troca de vestuário. Devem ser garantidos os recursos adequados para o
atendimento de situações de emergência, uma vez que o contato ou respingos de substâncias químicas
nos olhos podem ameaçar a visão, como chuveiros ou duchas lava-olhos em locais rapidamente
acessíveis. Os trabalhadores devem estar treinados para proceder imediatamente à lavagem dos olhos,
com água corrente, por no mínimo cinco minutos, sendo em seguida encaminhados para avaliação
especializada por oftalmologista;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva, como óculos de segurança.
Recomenda-se a verificação do cumprimento, pelo empregador, de medidas de controle dos fatores de
risco ocupacionais e acompanhamento da saúde do trabalhador prescritas na legislação trabalhista e nos regulamentos
– sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. A Portaria/MTb n.º 8/1992 estabelece o LT para
exposição ao manganês, de até 5 mg/m3, para jornadas de até 8 horas por dia, para operações de extração, tratamento,
moagem, transporte do minério e outras operações com exposição a poeiras de manganês ou de seus compostos. Já
para a exposição a fumos de manganês ou de seus compostos, em metalurgia de minerais de manganês, na fabricação
de compostos de manganês, fabricação de baterias e pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação
e uso de eletrodos de solda, fabricação de produtos químicos, tintas, fertilizantes, o LT é de até 1 mg/m3, para jornada
de até 8 horas por dia. É possível que efeitos oculares ocorram mesmo em concentrações abaixo dos LT permitidos,
devendo tal fato ser registrado e acompanhado pelos setores de saúde e segurança das empresas e pelas equipes de
vigilância do SUS.
No exame médico periódico, além do clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos
padronizados, incluindo, se necessário, exame oftalmológico e informações epidemiológicas. A dosagem de manganês
na urina presta-se apenas como indicador de exposição recente e não tem valor para o diagnóstico.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
PREVENÇÃO
Entre as medidas gerais de prevenção da inflamação coriorretiniana estão: campanhas de esclarecimento,
objetivando evitar os traumas oculares que podem produzir uveíte traumática e endoftalmite; controle de doenças
infecciosas, como tuberculose, sífilis e hanseníase; estudos objetivando melhorar os conhecimentos sobre os
mecanismos genéticos e imunológicos envolvidos na gênese das uveítes e drogas mais eficazes para o seu tratamento;
medidas gerais de higiene e orientação sexual.
A prevenção da inflamação coriorretiniana relacionada ao trabalho baseia-se na vigilância dos ambientes,
das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição, a níveis considerados
seguros, a agentes responsáveis pela ocorrência do quadro, entre eles o manganês, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho, de higiene pessoal, recursos para banhos, lavagem
das mãos, braços, rosto e troca de vestuário. Devem ser garantidos os recursos adequados para o
atendimento de situações de emergência, uma vez que o contato ou respingos de substâncias químicas
nos olhos podem ameaçar a visão, como chuveiros ou duchas lava-olhos em locais rapidamente
acessíveis. Os trabalhadores devem estar treinados para proceder imediatamente à lavagem dos olhos,
com água corrente, por no mínimo cinco minutos, sendo em seguida encaminhados para avaliação
especializada por oftalmologista;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva, como óculos de segurança.
Recomenda-se a verificação do cumprimento, pelo empregador, de medidas de controle dos fatores de
risco ocupacionais e acompanhamento da saúde do trabalhador prescritas na legislação trabalhista e nos regulamentos
– sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. A Portaria/MTb n.º 8/1992 estabelece o LT para
exposição ao manganês, de até 5 mg/m3, para jornadas de até 8 horas por dia, para operações de extração, tratamento,
moagem, transporte do minério e outras operações com exposição a poeiras de manganês ou de seus compostos. Já
para a exposição a fumos de manganês ou de seus compostos, em metalurgia de minerais de manganês, na fabricação
de compostos de manganês, fabricação de baterias e pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação
e uso de eletrodos de solda, fabricação de produtos químicos, tintas, fertilizantes, o LT é de até 1 mg/m3, para jornada
de até 8 horas por dia. É possível que efeitos oculares ocorram mesmo em concentrações abaixo dos LT permitidos,
devendo tal fato ser registrado e acompanhado pelos setores de saúde e segurança das empresas e pelas equipes de
vigilância do SUS.
No exame médico periódico, além do clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos
padronizados, incluindo, se necessário, exame oftalmológico e informações epidemiológicas. A dosagem de manganês
na urina presta-se apenas como indicador de exposição recente e não tem valor para o diagnóstico.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Friday, April 11, 2014
Inflamação coriorretiniana - Tratamento de Saúde
Inflamação coriorretiniana - Tratamento de Saúde
TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Sendo a etiologia das uveítes freqüentemente desconhecida e na ausência de tratamento específico, as
medidas terapêuticas inespecíficas incluem:
- corticosteróides, midriáticos e ciclopégicos;
- drogas imunossupressoras (agentes alquilantes, como ciclofosfamida e clorambucil, antimetabólicos,
como azatioprina, metotrexate e a ciclosporina A);
- antiinflamatórios não-esteróides;
- crioterapia e fotocoagulação.
Outras medidas adotadas são o uso de antivirais na presença de AIDS, infecção pelos vírus herpes (simples
e zoster), citomegalovírus e de antibióticos, como nos casos de tuberculose, sífilis e hanseníase, além de antiparasitários,
como na toxoplasmose.
Fonte: Doenças do Trabalho
TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Sendo a etiologia das uveítes freqüentemente desconhecida e na ausência de tratamento específico, as
medidas terapêuticas inespecíficas incluem:
- corticosteróides, midriáticos e ciclopégicos;
- drogas imunossupressoras (agentes alquilantes, como ciclofosfamida e clorambucil, antimetabólicos,
como azatioprina, metotrexate e a ciclosporina A);
- antiinflamatórios não-esteróides;
- crioterapia e fotocoagulação.
Outras medidas adotadas são o uso de antivirais na presença de AIDS, infecção pelos vírus herpes (simples
e zoster), citomegalovírus e de antibióticos, como nos casos de tuberculose, sífilis e hanseníase, além de antiparasitários,
como na toxoplasmose.
Fonte: Doenças do Trabalho
Inflamação coriorretiniana - Quadro clínico e diagnóstico
Inflamação coriorretiniana - Quadro clínico e diagnóstico
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico pode ser mínimo e os principais sinais são: olho vermelho (hiperemia) ciliar pericorneana,
precipitados ceráticos, nódulos na íris, humor aquoso com células ou flare e sinéquias posteriores. Podem aparecer
células no vítreo anterior.
Nas formas graves podem ser observados edema da retina e diversos graus de inflamação ou degeneração
em torno das áreas necrosadas. A coróide apresenta alterações vasculares, hemorragia, infiltrado inflamatório e edema.
Pode haver neurite óptica. Também podem estar presentes nistagmo, estrabismo, irite ou atrofia óptica e microftalmo.
Sinais células flare e opacidades vítreas indicam descolamento do vítreo posterior.
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico pode ser mínimo e os principais sinais são: olho vermelho (hiperemia) ciliar pericorneana,
precipitados ceráticos, nódulos na íris, humor aquoso com células ou flare e sinéquias posteriores. Podem aparecer
células no vítreo anterior.
Nas formas graves podem ser observados edema da retina e diversos graus de inflamação ou degeneração
em torno das áreas necrosadas. A coróide apresenta alterações vasculares, hemorragia, infiltrado inflamatório e edema.
Pode haver neurite óptica. Também podem estar presentes nistagmo, estrabismo, irite ou atrofia óptica e microftalmo.
Sinais células flare e opacidades vítreas indicam descolamento do vítreo posterior.
Inflamação coriorretiniana - Definição da Doença
Inflamação coriorretiniana - Definição da Doença
INFLAMAÇÃO CORIORRETINIANA
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
O termo inflamação coriorretiniana abrange a inflamação da retina e do trato uveal. Pode ser classificada
quanto à localização anatômica, quanto ao quadro clínico (agudo ou crônico), segundo a etiologia (exógena ou endógena
associada a doença sistêmica) e como idiopática.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
O quadro tem sido descrito em trabalhadores expostos ao manganês. Nesses, a inflamação coriorretiniana,
excluídas outras causas não-ocupacionais, deve ser considerada como doença relacionada com o trabalho, do Grupo I daDOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
Classificação de Schilling, isto é, doença profissional, em que o trabalho constitui causa necessária, sendo improvável
que a doença ocorra na ausência de exposição.
INFLAMAÇÃO CORIORRETINIANA
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
O termo inflamação coriorretiniana abrange a inflamação da retina e do trato uveal. Pode ser classificada
quanto à localização anatômica, quanto ao quadro clínico (agudo ou crônico), segundo a etiologia (exógena ou endógena
associada a doença sistêmica) e como idiopática.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
O quadro tem sido descrito em trabalhadores expostos ao manganês. Nesses, a inflamação coriorretiniana,
excluídas outras causas não-ocupacionais, deve ser considerada como doença relacionada com o trabalho, do Grupo I daDOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
Classificação de Schilling, isto é, doença profissional, em que o trabalho constitui causa necessária, sendo improvável
que a doença ocorra na ausência de exposição.
Thursday, April 10, 2014
Catarata - Prevenção da Doença
Catarata - Prevenção da Doença
PREVENÇÃO
A prevenção da catarata abrange aconselhamento genético, determinação de erro metabólico, como na
deficiência de galactoquinase, acompanhamento pré-natal de doenças cataratogênicas, como a rubéola, prevenção de
traumatismos (domésticos, no trabalho e no trânsito) e cuidado com o uso de medicamentos cataratogênicos, como os
corticóides. O tratamento e o controle adequados das doenças oculares, como uveítes, glaucoma, tumores e descolamento
de retina, também são importantes. A lesão cirúrgica do cristalino pode evoluir para catarata e deve ser evitada.
No que se refere à catarata relacionada ao trabalho, a prevenção deve incluir a vigilância dos ambientes,
das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição, a níveis considerados
seguros, a agentes responsáveis pela ocorrência do quadro, entre eles radiações ionizantes; radiação infravermelha;
radiação ultravioleta (exposição a ultravioleta, proveniente do arco voltaico da solda elétrica, é freqüente e extremamente
lesiva), reduzindo a incidência da doença nos trabalhadores expostos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva. Para os trabalhos com solda, é mandatório o uso de
máscaras próprias para exposição à radiação ultravioleta. Em demais atividades com exposição a
radiações, devem ser fornecidos óculos de segurança adequados, incluindo proteção para luz solar em
atividades agrícolas e outras.
Recomenda-se a verificação do cumprimento, pelo empregador, de medidas de controle dos fatores de
risco ocupacionais e acompanhamento da saúde do trabalhador prescritas na legislação trabalhista e nos regulamentos
– sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. Recomenda-se consultar a NR 15, que define os LT
das concentrações em ar ambiente de algumas substâncias químicas. É possível que efeitos oculares ocorram mesmo
em concentrações abaixo dos LT permitidos, devendo tal fato ser registrado e acompanhado pelos setores de saúde e
segurança das empresas e das equipes de vigilância do SUS. No exame médico periódico, além do exame clínico
completo, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados e a realização dos exames complementares indicados
pela natureza da exposição ocupacional, incluindo, se necessário, exame oftalmológico e informações epidemiológicas.
Os procedimentos recomendados para vigilância da exposição às radiações ionizantes estão no item 5 do
protocolo Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (7.6.7), no capítulo 7.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Fonte: Doenças do Trabalho
PREVENÇÃO
A prevenção da catarata abrange aconselhamento genético, determinação de erro metabólico, como na
deficiência de galactoquinase, acompanhamento pré-natal de doenças cataratogênicas, como a rubéola, prevenção de
traumatismos (domésticos, no trabalho e no trânsito) e cuidado com o uso de medicamentos cataratogênicos, como os
corticóides. O tratamento e o controle adequados das doenças oculares, como uveítes, glaucoma, tumores e descolamento
de retina, também são importantes. A lesão cirúrgica do cristalino pode evoluir para catarata e deve ser evitada.
No que se refere à catarata relacionada ao trabalho, a prevenção deve incluir a vigilância dos ambientes,
das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição, a níveis considerados
seguros, a agentes responsáveis pela ocorrência do quadro, entre eles radiações ionizantes; radiação infravermelha;
radiação ultravioleta (exposição a ultravioleta, proveniente do arco voltaico da solda elétrica, é freqüente e extremamente
lesiva), reduzindo a incidência da doença nos trabalhadores expostos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva. Para os trabalhos com solda, é mandatório o uso de
máscaras próprias para exposição à radiação ultravioleta. Em demais atividades com exposição a
radiações, devem ser fornecidos óculos de segurança adequados, incluindo proteção para luz solar em
atividades agrícolas e outras.
Recomenda-se a verificação do cumprimento, pelo empregador, de medidas de controle dos fatores de
risco ocupacionais e acompanhamento da saúde do trabalhador prescritas na legislação trabalhista e nos regulamentos
– sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. Recomenda-se consultar a NR 15, que define os LT
das concentrações em ar ambiente de algumas substâncias químicas. É possível que efeitos oculares ocorram mesmo
em concentrações abaixo dos LT permitidos, devendo tal fato ser registrado e acompanhado pelos setores de saúde e
segurança das empresas e das equipes de vigilância do SUS. No exame médico periódico, além do exame clínico
completo, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados e a realização dos exames complementares indicados
pela natureza da exposição ocupacional, incluindo, se necessário, exame oftalmológico e informações epidemiológicas.
Os procedimentos recomendados para vigilância da exposição às radiações ionizantes estão no item 5 do
protocolo Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (7.6.7), no capítulo 7.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Fonte: Doenças do Trabalho
Catarata - Tratamento de Saúde
Catarata - Tratamento de Saúde
TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento clínico da catarata é limitado. Medicamentos homeopáticos, alopáticos e da cultura popular
têm sido utilizados para impedir a evolução da catarata, sem garantias quanto à efetividade. A catarata pode permitir
boa visão, quando a transparência do cristalino na zona óptica ainda é adequada. O uso de lentes corretoras pode
melhorar a acuidade visual. Maior conforto pode ser proporcionado com o auxílio de lentes com filtros para diminuir o
efeito ofuscante de luz forte. Quando as lentes corretoras não permitem visão útil para o paciente, está indicada a
cirurgia extracapsular, com implante de lente intra-ocular. Aparelhos como o facoemulsificador e o facolaser têm sido
usados com o objetivo de diminuir as vias de acesso, exigindo mudanças nas lentes intra-oculares para que sejam
colocadas dentro do saco capsular através de orifícios cada vez menores.
TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento clínico da catarata é limitado. Medicamentos homeopáticos, alopáticos e da cultura popular
têm sido utilizados para impedir a evolução da catarata, sem garantias quanto à efetividade. A catarata pode permitir
boa visão, quando a transparência do cristalino na zona óptica ainda é adequada. O uso de lentes corretoras pode
melhorar a acuidade visual. Maior conforto pode ser proporcionado com o auxílio de lentes com filtros para diminuir o
efeito ofuscante de luz forte. Quando as lentes corretoras não permitem visão útil para o paciente, está indicada a
cirurgia extracapsular, com implante de lente intra-ocular. Aparelhos como o facoemulsificador e o facolaser têm sido
usados com o objetivo de diminuir as vias de acesso, exigindo mudanças nas lentes intra-oculares para que sejam
colocadas dentro do saco capsular através de orifícios cada vez menores.
Wednesday, April 9, 2014
Catarata - Quadro clínico e diagnóstico
Catarata - Quadro clínico e diagnóstico
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O cristalino com catarata apresenta edema, que varia conforme o estágio de desenvolvimento da doença,
alteração protéica, necrose e rompimento da continuidade normal de suas fibras. Uma catarata imatura ou incipiente é,
apenas, levemente opaca, ao passo que numa catarata madura a opacidade é completa. Nos casos muito avançados
ou de catarata hipermatura, há vazamento de água do cristalino, observando-se perda do córtex cristaliniano, contração
do cristalino, que fica branco-leitoso e de tamanho diminuído, com a cápsula apresentando dobras e aspecto rugoso.
Na grande maioria dos casos, a catarata não é visível ao observador casual até que se torne suficientemente
densa, causando cegueira. Em seus primeiros estágios, pode ser observada através de uma pupila dilatada, com
auxílio de um oftalmoscópio, lupa ou lâmpada de fenda.
O diagnóstico de um quadro de catarata baseia-se na história clínica e no exame oftalmológico.
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O cristalino com catarata apresenta edema, que varia conforme o estágio de desenvolvimento da doença,
alteração protéica, necrose e rompimento da continuidade normal de suas fibras. Uma catarata imatura ou incipiente é,
apenas, levemente opaca, ao passo que numa catarata madura a opacidade é completa. Nos casos muito avançados
ou de catarata hipermatura, há vazamento de água do cristalino, observando-se perda do córtex cristaliniano, contração
do cristalino, que fica branco-leitoso e de tamanho diminuído, com a cápsula apresentando dobras e aspecto rugoso.
Na grande maioria dos casos, a catarata não é visível ao observador casual até que se torne suficientemente
densa, causando cegueira. Em seus primeiros estágios, pode ser observada através de uma pupila dilatada, com
auxílio de um oftalmoscópio, lupa ou lâmpada de fenda.
O diagnóstico de um quadro de catarata baseia-se na história clínica e no exame oftalmológico.
Catarata - Epidemiologia e Fatores de risco
Catarata - Epidemiologia e Fatores de risco
EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A ocorrência da catarata na população geral está, usualmente, associada à idade, podendo ser esperada
a partir dos 70 anos. Na maioria dos casos, é bilateral, embora apresentando uma progressão assimétrica. Estudos
epidemiológicos têm mostrado que a exposição à radiação ultravioleta é um fator importante para a ocorrência da
catarata senil. Tem sido observado que em pessoas com idade de 65 anos, ou acima, há uma incidência aumentada da
esclerose lenticular, em áreas geográficas com maiores períodos de exposição à luz solar. As cataratas traumáticas e
a congênita são menos comuns.
As cataratas de origem ocupacional geralmente aparecem na idade produtiva. A radiação infravermelha é
reconhecida como uma causa importante da catarata dos vidreiros, atuando sobre a íris e provocando exfoliação do
cristalino. Os indivíduos que trabalham em fornos de fundições ou laminação a quente de metais são sujeitos a este
tipo de catarata. As radiações ionizantes podem provocar catarata, descrita em trabalhadores da indústria nuclear,
fabricação de tubos de raios X, radiologistas, acometendo indivíduos jovens, com um tempo de latência de 2 a 3 anos.
Na catarata pela solda elétrica, a presença de queimadura nas pálpebras tem grande valor médico-
legal. Apresenta evolução insidiosa, surgindo após um longo intervalo da notificação do acidente. São unilaterais
em 2/3 dos casos.
Em trabalhadores expostos a esses agentes patogênicos, a catarata, com as características acima descritas
e excluídas outras causas não-ocupacionais, deve ser considerada como doença relacionada com o trabalho, do Grupo I
da Classificação de Schilling, em que o trabalho é considerado causa necessária.
EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A ocorrência da catarata na população geral está, usualmente, associada à idade, podendo ser esperada
a partir dos 70 anos. Na maioria dos casos, é bilateral, embora apresentando uma progressão assimétrica. Estudos
epidemiológicos têm mostrado que a exposição à radiação ultravioleta é um fator importante para a ocorrência da
catarata senil. Tem sido observado que em pessoas com idade de 65 anos, ou acima, há uma incidência aumentada da
esclerose lenticular, em áreas geográficas com maiores períodos de exposição à luz solar. As cataratas traumáticas e
a congênita são menos comuns.
As cataratas de origem ocupacional geralmente aparecem na idade produtiva. A radiação infravermelha é
reconhecida como uma causa importante da catarata dos vidreiros, atuando sobre a íris e provocando exfoliação do
cristalino. Os indivíduos que trabalham em fornos de fundições ou laminação a quente de metais são sujeitos a este
tipo de catarata. As radiações ionizantes podem provocar catarata, descrita em trabalhadores da indústria nuclear,
fabricação de tubos de raios X, radiologistas, acometendo indivíduos jovens, com um tempo de latência de 2 a 3 anos.
Na catarata pela solda elétrica, a presença de queimadura nas pálpebras tem grande valor médico-
legal. Apresenta evolução insidiosa, surgindo após um longo intervalo da notificação do acidente. São unilaterais
em 2/3 dos casos.
Em trabalhadores expostos a esses agentes patogênicos, a catarata, com as características acima descritas
e excluídas outras causas não-ocupacionais, deve ser considerada como doença relacionada com o trabalho, do Grupo I
da Classificação de Schilling, em que o trabalho é considerado causa necessária.
Tuesday, April 8, 2014
Perfuração da membrana do tímpano - Prevenção da Doença
Perfuração da membrana do tímpano - Prevenção da Doença
PREVENÇÃO
Os procedimentos recomendados para a vigilância de trabalhadores expostos a níveis anormais de pressão
estão descritos no protocolo Barotrauma do ouvido médio (13.3.1) e para expostos a ruídos estão no protocolo perda da
audição provocada pelo ruído e trauma acústico (13.3.5).
PREVENÇÃO
Os procedimentos recomendados para a vigilância de trabalhadores expostos a níveis anormais de pressão
estão descritos no protocolo Barotrauma do ouvido médio (13.3.1) e para expostos a ruídos estão no protocolo perda da
audição provocada pelo ruído e trauma acústico (13.3.5).
Catarata - Definição da Doença
Catarata - Definição da Doença
CATARATA
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Catarata é uma opacificação do cristalino, parcial ou completa, em um ou ambos os olhos, que interfere na
visão, podendo causar cegueira. Os diversos tipos de catarata são classificados de acordo com sua morfologia (tamanho,
forma e localização) ou etiologia (causa e período de ocorrência).
Apresentam grande variação etiológica e no grau de
densidade. Inúmeras doenças sistêmicas podem estar associadas à catarata, entre elas a rubéola congênita,
toxoplasmose congênita, galactosemia, hipoglicemia, a síndrome de Lowe, a distrofia miotônica, síndrome de Down,
diabetes, hipocalcemia, hipotireoidismo, doença de Wilson e uso tópico e/ou sistêmico de corticosteróides.
Os traumas oculares decorrentes da exposição aos raios X, calor e frio extremos, choque elétrico, contusão
ocular e ferimentos penetrantes também podem produzir catarata, assim como as uveítes, o glaucoma agudo, o
retinoblastoma e o descolamento de retina.
Fonte: Doenças do Trabalho
CATARATA
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Catarata é uma opacificação do cristalino, parcial ou completa, em um ou ambos os olhos, que interfere na
visão, podendo causar cegueira. Os diversos tipos de catarata são classificados de acordo com sua morfologia (tamanho,
forma e localização) ou etiologia (causa e período de ocorrência).
Apresentam grande variação etiológica e no grau de
densidade. Inúmeras doenças sistêmicas podem estar associadas à catarata, entre elas a rubéola congênita,
toxoplasmose congênita, galactosemia, hipoglicemia, a síndrome de Lowe, a distrofia miotônica, síndrome de Down,
diabetes, hipocalcemia, hipotireoidismo, doença de Wilson e uso tópico e/ou sistêmico de corticosteróides.
Os traumas oculares decorrentes da exposição aos raios X, calor e frio extremos, choque elétrico, contusão
ocular e ferimentos penetrantes também podem produzir catarata, assim como as uveítes, o glaucoma agudo, o
retinoblastoma e o descolamento de retina.
Fonte: Doenças do Trabalho
Neurite óptica - Quadro clínico e diagnóstico
Neurite óptica - Quadro clínico e diagnóstico
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A neurite óptica manifesta-se por uma baixa da acuidade visual e escotoma cecocentral, no campo visual.
De acordo com os achados ao exame oftalmoscópico, pode ser classificada em papilite, neurorretinite e neurite
retrobulbar. Nesta, o fundo de olho apresenta-se normal; na papilite, observa-se edema do disco óptico na fase aguda
e, na neurorretinite, apresenta-se edema de papila e exsudatos peripapilares, geralmente envolvendo a região macular.
Entre as neuropatias ópticas, as de origem tóxica representam o grupo mais importante, particularmente
no que se refere à sua relação com o trabalho. A exposição e absorção sistêmica de inúmeras substâncias podem
produzir lesão do nervo óptico. No quadro clínico, ressalta a queixa de perda da visão, bilateralmente. O exame de
fundo de olho pode mostrar edema de papila, nas fases iniciais, que evolui para atrofia óptica.
O mecanismo de produção das neuropatias tóxicas é desconhecido, supondo-se que a lesão ocorra não
apenas nos axônios, atingindo, também, as células ganglionares da retina. Não há tratamento específico, o que aumenta
a importância da prevenção. O prognóstico é variável, podendo ser observada uma melhora do quadro, mesmo na
presença de atrofia de fibras nervosas.
Fonte: Doenças do Trabalho
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A neurite óptica manifesta-se por uma baixa da acuidade visual e escotoma cecocentral, no campo visual.
De acordo com os achados ao exame oftalmoscópico, pode ser classificada em papilite, neurorretinite e neurite
retrobulbar. Nesta, o fundo de olho apresenta-se normal; na papilite, observa-se edema do disco óptico na fase aguda
e, na neurorretinite, apresenta-se edema de papila e exsudatos peripapilares, geralmente envolvendo a região macular.
Entre as neuropatias ópticas, as de origem tóxica representam o grupo mais importante, particularmente
no que se refere à sua relação com o trabalho. A exposição e absorção sistêmica de inúmeras substâncias podem
produzir lesão do nervo óptico. No quadro clínico, ressalta a queixa de perda da visão, bilateralmente. O exame de
fundo de olho pode mostrar edema de papila, nas fases iniciais, que evolui para atrofia óptica.
O mecanismo de produção das neuropatias tóxicas é desconhecido, supondo-se que a lesão ocorra não
apenas nos axônios, atingindo, também, as células ganglionares da retina. Não há tratamento específico, o que aumenta
a importância da prevenção. O prognóstico é variável, podendo ser observada uma melhora do quadro, mesmo na
presença de atrofia de fibras nervosas.
Fonte: Doenças do Trabalho
Queratite e queratoconjuntivite - Prevenção da Doença
Queratite e queratoconjuntivite - Prevenção da Doença
PREVENÇÃO
A prevenção da ceratite e ceratoconjuntivite relacionadas ao trabalho consiste na vigilância dos ambientes,
dos processos de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição, a níveis considerados
seguros, a agentes responsáveis pela ocorrência do quadro, entre eles, arsênio e seus compostos arsenicais, ácido
sulfídrico (sulfeto de hidrogênio) em exposições muito altas, radiação ionizante, radiação infravermelha, radiação
ultravioleta (a exposição ao ultravioleta, proveniente do arco voltaico da solda elétrica, é freqüente e extremamente
lesiva), por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível, utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades de higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário. Devem ser garantidos os recursos
adequados para o atendimento de situações de emergência, uma vez que o contato ou respingos de
substâncias químicas nos olhos podem ameaçar a visão, como chuveiros ou duchas lava-olhos em
locais rapidamente acessíveis. Os trabalhadores devem estar treinados para proceder imediatamente
à lavagem dos olhos, com água corrente, por no mínimo cinco minutos, sendo em seguida encaminhados
para avaliação especializada por oftalmologista;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva, como óculos de segurança.
Recomenda-se a verificação do cumprimento, pelo empregador, de medidas de controle dos fatores de
riscos ocupacionais e acompanhamento da saúde do trabalhador prescritas na legislação trabalhista e nos regulamentosDOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
– sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. Recomenda-se consultar a NR 15, que define os LT
das concentrações em ar ambiente de algumas substâncias químicas. É possível que efeitos oculares ocorram mesmo
em concentrações abaixo dos LT permitidos, devendo tal fato ser registrado e acompanhado pelos setores de saúde e
segurança das empresas e das equipes de vigilância do SUS.
No exame médico periódico, além do exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos
padronizados e a realização dos exames complementares indicados pela natureza da exposição ocupacional, incluindo,
se necessário, exame oftalmológico, informações epidemiológicas e análises toxicológicas, dependendo da exposição:
- a dosagem de arsênio na urina presta-se mais à avaliação de exposições recentes;
- no monitoramento biológico de expostos ao arsênio – VR na urina de até 10 µg/g de creatinina e IBMP
de 50 µg/g de creatinina;
- para o flúor e fluoretos – VR de até 0,5 mg/g de creatinina e IBMP de 3 mg/g de creatinina, no início da
jornada, e de 10 mg/g de creatinina, no final da jornada.
Esses índices podem não guardar correlação com a ocorrência de conjuntivites, porém devem ser avaliados
periodicamente.
Os procedimentos recomendados para vigilância da exposição às radiações ionizantes estão no item 5 do
protocolo Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (7.6.7), no capítulo 7.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Fonte: Doenças do Trabalho
PREVENÇÃO
A prevenção da ceratite e ceratoconjuntivite relacionadas ao trabalho consiste na vigilância dos ambientes,
dos processos de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição, a níveis considerados
seguros, a agentes responsáveis pela ocorrência do quadro, entre eles, arsênio e seus compostos arsenicais, ácido
sulfídrico (sulfeto de hidrogênio) em exposições muito altas, radiação ionizante, radiação infravermelha, radiação
ultravioleta (a exposição ao ultravioleta, proveniente do arco voltaico da solda elétrica, é freqüente e extremamente
lesiva), por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível, utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades de higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário. Devem ser garantidos os recursos
adequados para o atendimento de situações de emergência, uma vez que o contato ou respingos de
substâncias químicas nos olhos podem ameaçar a visão, como chuveiros ou duchas lava-olhos em
locais rapidamente acessíveis. Os trabalhadores devem estar treinados para proceder imediatamente
à lavagem dos olhos, com água corrente, por no mínimo cinco minutos, sendo em seguida encaminhados
para avaliação especializada por oftalmologista;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva, como óculos de segurança.
Recomenda-se a verificação do cumprimento, pelo empregador, de medidas de controle dos fatores de
riscos ocupacionais e acompanhamento da saúde do trabalhador prescritas na legislação trabalhista e nos regulamentosDOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
– sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. Recomenda-se consultar a NR 15, que define os LT
das concentrações em ar ambiente de algumas substâncias químicas. É possível que efeitos oculares ocorram mesmo
em concentrações abaixo dos LT permitidos, devendo tal fato ser registrado e acompanhado pelos setores de saúde e
segurança das empresas e das equipes de vigilância do SUS.
No exame médico periódico, além do exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos
padronizados e a realização dos exames complementares indicados pela natureza da exposição ocupacional, incluindo,
se necessário, exame oftalmológico, informações epidemiológicas e análises toxicológicas, dependendo da exposição:
- a dosagem de arsênio na urina presta-se mais à avaliação de exposições recentes;
- no monitoramento biológico de expostos ao arsênio – VR na urina de até 10 µg/g de creatinina e IBMP
de 50 µg/g de creatinina;
- para o flúor e fluoretos – VR de até 0,5 mg/g de creatinina e IBMP de 3 mg/g de creatinina, no início da
jornada, e de 10 mg/g de creatinina, no final da jornada.
Esses índices podem não guardar correlação com a ocorrência de conjuntivites, porém devem ser avaliados
periodicamente.
Os procedimentos recomendados para vigilância da exposição às radiações ionizantes estão no item 5 do
protocolo Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (7.6.7), no capítulo 7.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Fonte: Doenças do Trabalho
Tuesday, April 1, 2014
Queratite e queratoconjuntivite - Tratamento
Queratite e queratoconjuntivite - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Nas ceratites devem ser tratados os fatores predisponentes, como a falta de lágrimas, as alterações
palpebrais e das vias lacrimais, moléstias e vícios debilitantes, contaminação do canal do parto e os agentes envolvidos
na inflamação. Nas ceratites traumáticas, o corpo estranho, como, por exemplo, limalha de ferro ou ferrão de inseto,
deve ser removido. No caso de contato com substâncias químicas e venenosas, como a cal, estas devem ser lavadas.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Nas ceratites devem ser tratados os fatores predisponentes, como a falta de lágrimas, as alterações
palpebrais e das vias lacrimais, moléstias e vícios debilitantes, contaminação do canal do parto e os agentes envolvidos
na inflamação. Nas ceratites traumáticas, o corpo estranho, como, por exemplo, limalha de ferro ou ferrão de inseto,
deve ser removido. No caso de contato com substâncias químicas e venenosas, como a cal, estas devem ser lavadas.
A ceratoconjuntivite epidêmica é doença infecciosa
A ceratoconjuntivite epidêmica é doença infecciosa
A ceratoconjuntivite epidêmica é doença infecciosa caracterizada por pequeno exsudato conjuntival, opacidades
subepiteliais da córnea, ceratite puntiforme superficial, regionais e presença de sintomatologia geral, com cefaléia. Tem
sido associada à presença do adenovírus e é conhecida como ceratoconjuntivite viral ou doença de Sanders.
A ceratoconjuntivite epidêmica é doença infecciosa caracterizada por pequeno exsudato conjuntival, opacidades
subepiteliais da córnea, ceratite puntiforme superficial, regionais e presença de sintomatologia geral, com cefaléia. Tem
sido associada à presença do adenovírus e é conhecida como ceratoconjuntivite viral ou doença de Sanders.
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