Friday, November 6, 2015

Bronquite asmática e crônica - Epidemiologia e Fatores de risco

Bronquite asmática e crônica - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A principal causa de bronquite crônica é o tabagismo, o qual se estima ser responsável por 80 a 90% dos
casos. A poluição atmosférica em áreas urbanas com alta densidade industrial tem sido apontada como causa da
doença, cuja prevalência na população geral tem sido estimada em torno de 5%. Inquéritos domiciliares mostram taxas
de prevalência de cerca de 15% em homens e 8% em mulheres.
Vários estudos clínicos e epidemiológicos evidenciam que a exposição ocupacional a poeiras de carvão
mineral e a poeiras de sílica, entre outros agentes patogênicos ocupacionais, pode levar a um aumento da prevalência
da bronquite crônica em trabalhadores expostos. O tabagismo parece atuar de forma aditiva (e não-sinérgica) no
desenvolvimento da doença. Outros agentes patogênicos relacionados com a produção de bronquite crônica em
trabalhadores ocupacionalmente expostos são cloro gasoso; poeiras de algodão, linho, cânhamo ou sisal; amônia;
anidrido sulfuroso; névoas e aerossóis de ácidos minerais
(ver comentários sobre irritantes primários no item sinusites).

Alguns estudos epidemiológicos têm tentado estimar o risco atribuível à ocupação, excluindo outros fatores de
risco competitivos ou variáveis de confusão, como o tabagismo. Contudo, em casos individuais, esse exercício é impossível,
principalmente na perspectiva médico-legal. Deve predominar o conceito de fator de risco contributivo, adicional, suficiente
para caracterizar a relação de causalidade. Como em outras doenças do Grupo II de Schilling, o nexo da bronquite crônica
com o trabalho será epidemiológico, de natureza probabilística, principalmente quando as informações sobre as condições
e os ambientes de trabalho, adequadamente investigadas, forem consistentes com as evidências epidemiológicas disponí-
veis.



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