Dados do Instituto Nacional de Câncer
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA, 1995), estima-se que 60 a 90%
dos cânceres sejam devidos à exposição a fatores ambientais.
Em cerca de 30% dos casos, não tem sido possível identificar a causa do
câncer, sendo atribuída a fatores genéticos e mutações espontâneas.
A grande variação observada nas estatísticas internacionais sobre a incidência de câncer fortalece a hipó-
tese explicativa que atribui aos fatores ambientais a maior parcela de responsabilidade pela doença. Outra evidência
importante refere-se à observação de que populações de migrantes passam a apresentar padrões de ocorrência de
câncer semelhantes ao do país de adoção. Também devem ser levadas em conta as diferenças genéticas entre as
populações e as facilidades para o diagnóstico e registro das doenças.
O período de latência é o tempo decorrido entre o início da exposição ao carcinógeno, que desencadeia a
alteração celular e a detecção clínica do tumor. Tem duração variável, sendo geralmente longo, de 20 a 50 anos para
tumores sólidos, ou curto, de 4 a 5 anos para as neoplasias do sangue. Os longos períodos de latência dificultam a
correlação causal ou o estabelecimento do nexo entre a exposição e a doença, particularmente no caso dos cânceres
relacionados ao trabalho.
Sunday, August 3, 2014
Saturday, August 2, 2014
Vacina contra hepatite A passa a ser oferecida pelo SUS
Vacina contra hepatite A passa a ser oferecida pelo SUS
As doses são direcionadas às crianças de 12 a 23 meses e já foram distribuídas para postos de saúde de todo o País
Anvisa proíbe venda de água sanitária por empresa paulista
Anvisa proíbe venda de água sanitária por empresa paulista
Medida vale para todo o território nacional e faz parte do monitoramento da qualidade dos produtos
Conheça as características das hepatites virais
Conheça as características das hepatites virais
Sintomas incluem cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras
Tumores ou neoplasias
Tumores ou neoplasias
Capítulo 7
NEOPLASIAS (TUMORES)
RELACIONADAS AO TRABALHO
(Grupo II da CID-10)
7.1 INTRODUÇÃO
O termo tumores ou neoplasias designa um grupo de doenças caracterizadas pela perda de controle do
processo de divisão celular, por meio do qual os tecidos normalmente crescem e/ou se renovam, levando à multiplicação
celular desordenada. A inoperância dos mecanismos de regulação e controle da proliferação celular, além do crescimento
incontrolável, pode levar, no caso do câncer, à invasão dos tecidos vizinhos e à propagação para outras regiões do
corpo, produzindo metástase.
Apesar de não serem conhecidos todos os mecanismos envolvidos, estudos experimentais têm demonstrado
que a alteração celular responsável pela produção do tumor pode se originar em uma única célula e envolve dois estágios.
No primeiro, denominado de iniciação, mudanças irreversíveis (mutações) ocorrem no material genético da célula. No
segundo estágio, denominado de promoção, mudanças intra e extracelulares permitem a proliferação da célula
transformada, dando origem a um nódulo que, em etapas posteriores, pode se disseminar para regiões distintas do corpo.
A oncogênese pode ser ativada por agentes ambientais, atuando sobre determinados genes, propiciando
o desencadeamento e o crescimento dos tumores. Outros genes funcionam como supressores, regulando a proliferação
normal das células. Os tumores são desenvolvidos quando esse equilíbrio é rompido por influência de fatores endógenos
ou genéticos e/ou exógenos e ambientais. Considera-se que o processo de carcinogênese é multifatorial. Entre os
fatores envolvidos estão a predisposição genética ou induzida por fatores secundários, ambientais ou virais. Rompidos
os mecanismos de defesa, após um tempo variável, a lesão pré-cancerosa torna-se um tumor maligno, invasivo.
O câncer pode surgir como conseqüência da exposição a agentes carcinogênicos presentes no ambiente
onde se vive e trabalha, decorrentes do estilo de vida e de fatores ambientais produzidos ou alterados pela atividade
humana.
Capítulo 7
NEOPLASIAS (TUMORES)
RELACIONADAS AO TRABALHO
(Grupo II da CID-10)
7.1 INTRODUÇÃO
O termo tumores ou neoplasias designa um grupo de doenças caracterizadas pela perda de controle do
processo de divisão celular, por meio do qual os tecidos normalmente crescem e/ou se renovam, levando à multiplicação
celular desordenada. A inoperância dos mecanismos de regulação e controle da proliferação celular, além do crescimento
incontrolável, pode levar, no caso do câncer, à invasão dos tecidos vizinhos e à propagação para outras regiões do
corpo, produzindo metástase.
Apesar de não serem conhecidos todos os mecanismos envolvidos, estudos experimentais têm demonstrado
que a alteração celular responsável pela produção do tumor pode se originar em uma única célula e envolve dois estágios.
No primeiro, denominado de iniciação, mudanças irreversíveis (mutações) ocorrem no material genético da célula. No
segundo estágio, denominado de promoção, mudanças intra e extracelulares permitem a proliferação da célula
transformada, dando origem a um nódulo que, em etapas posteriores, pode se disseminar para regiões distintas do corpo.
A oncogênese pode ser ativada por agentes ambientais, atuando sobre determinados genes, propiciando
o desencadeamento e o crescimento dos tumores. Outros genes funcionam como supressores, regulando a proliferação
normal das células. Os tumores são desenvolvidos quando esse equilíbrio é rompido por influência de fatores endógenos
ou genéticos e/ou exógenos e ambientais. Considera-se que o processo de carcinogênese é multifatorial. Entre os
fatores envolvidos estão a predisposição genética ou induzida por fatores secundários, ambientais ou virais. Rompidos
os mecanismos de defesa, após um tempo variável, a lesão pré-cancerosa torna-se um tumor maligno, invasivo.
O câncer pode surgir como conseqüência da exposição a agentes carcinogênicos presentes no ambiente
onde se vive e trabalha, decorrentes do estilo de vida e de fatores ambientais produzidos ou alterados pela atividade
humana.
Programas on-line auxiliam estudos e pesquisas em saúde
Programas on-line auxiliam estudos e pesquisas em saúde
Principais impactos ao inserir programas via web foram agilidade nas respostas e padronização de fluxos de trabalho
Anvisa proíbe venda de lote de suplemento proteico
Anvisa proíbe venda de lote de suplemento proteico
Análise do produto Super Whey 3W apresentou quantidade de carboidratos superior a 20% referente ao declarado no rótulo
Saiba mais sobre doação de sangue e ajude a salvar vidas
Saiba mais sobre doação de sangue e ajude a salvar vidas
Para doar sangue é importante estar em boas condições de saúde, pesar no mínimo 50kg e ter entre 18 e 69 anos
Leishmaniose - Prevenção
Leishmaniose - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de leishmaniose cutânea ou cutâneo-mucosa relacionada ao trabalho deve seguir os
procedimentos indicados na introdução deste capítulo.
Não é doença de notificação compulsória nacional, no entanto, pode ser em alguns estados e municípios.
Os surtos devem ser investigados. As ações de vigilância objetivam:
- a investigação e o controle dos focos para a redução do número de casos;
- o diagnóstico e o tratamento precoces dos doentes para evitar a evolução e complicações da doença.
As principais medidas de controle são:
Na cadeia de transmissão
- diagnóstico precoce e tratamento adequado dos casos humanos e redução do contato homem-vetor;
- investigação epidemiológica visando a determinar se a área é endêmica ou se é um novo foco; se o
caso é autóctone ou importado; as características do caso (forma clínica, idade, sexo e ocupação);
- definição da indicação de se desencadear as medidas de controle;
- orientação quanto às medidas de proteção individual, mecânicas, como o uso de roupas apropriadas,
repelentes, mosquiteiros;
- controle de reservatórios.
Medidas educativas
- em áreas de risco para assentamento de populações humanas, sugere-se uma faixa de 200 a 300
metros entre as residências e a floresta, com o cuidado de se evitar o desequilíbrio ambiental.
Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos:
- condições de trabalho adequadas que lhes permitam seguir as Normas de Precauções Universais
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- equipamentos de proteção individual adequados (vestuário limpo, luvas, botas e proteção para a cabeça).
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
5 PREVENÇÃO
A vigilância dos casos de leishmaniose cutânea ou cutâneo-mucosa relacionada ao trabalho deve seguir os
procedimentos indicados na introdução deste capítulo.
Não é doença de notificação compulsória nacional, no entanto, pode ser em alguns estados e municípios.
Os surtos devem ser investigados. As ações de vigilância objetivam:
- a investigação e o controle dos focos para a redução do número de casos;
- o diagnóstico e o tratamento precoces dos doentes para evitar a evolução e complicações da doença.
As principais medidas de controle são:
Na cadeia de transmissão
- diagnóstico precoce e tratamento adequado dos casos humanos e redução do contato homem-vetor;
- investigação epidemiológica visando a determinar se a área é endêmica ou se é um novo foco; se o
caso é autóctone ou importado; as características do caso (forma clínica, idade, sexo e ocupação);
- definição da indicação de se desencadear as medidas de controle;
- orientação quanto às medidas de proteção individual, mecânicas, como o uso de roupas apropriadas,
repelentes, mosquiteiros;
- controle de reservatórios.
Medidas educativas
- em áreas de risco para assentamento de populações humanas, sugere-se uma faixa de 200 a 300
metros entre as residências e a floresta, com o cuidado de se evitar o desequilíbrio ambiental.
Aos trabalhadores expostos devem ser garantidos:
- condições de trabalho adequadas que lhes permitam seguir as Normas de Precauções Universais
- orientação quanto ao risco e às medidas de prevenção;
- equipamentos de proteção individual adequados (vestuário limpo, luvas, botas e proteção para a cabeça).
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e promoção da saúde identificados no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Friday, August 1, 2014
Anvisa suspende venda de lote de remédio para insônia
Anvisa suspende venda de lote de remédio para insônia
Agência Nacional de Vigilância Sanitária constatou resultado insatisfatório em laudo. Passiflora Incarnata é um calmante fitoterápico
Estados e municípios recebem R$ 27,6 mi para área da saúde
Estados e municípios recebem R$ 27,6 mi para área da saúde
Recurso deverá ser utilizado na realização de procedimentos como quimioterapia e habilitação de leitos em 53 cidades de 17 estados
Mais de 2 mil órgãos foram transportados de avião no 1º trimestre
Mais de 2 mil órgãos foram transportados de avião no 1º trimestre
Acordo agiliza acesso a informações de logística aérea, permitindo reduzir tempo entre deslocamento do órgão após a captação
Brasil registra queda significativa em mortes por HIV
Brasil registra queda significativa em mortes por HIV
Estudo cita Brasil como um país de vanguarda na luta global para garantir acesso a medicamentos antirretrovirais
Leishmaniose - Tratamento
Leishmaniose - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
A ordem de prioridade terapêutica é a seguinte:
Forma cutânea
- antimonial de N-metil-glucamina, 20 mg/SbV/kg/dia, por 20 dias;
- pentamidina, 4 mg/kg, IM, a cada 2 dias, até completar no máximo 2 g de dose total;
- anfotericina B, 1 mg/kg, IV, em dias alternados (máximo de 50 mg/dia), até atingir dose total de 1 a 1,5 g.
Iniciar por doses testes de 1 mg no primeiro dia, 5 mg no segundo dia, 20 mg no terceiro dia, 50 mg no
quarto dia.
Forma mucosa
- antimonial de N-metil-glucamina, 20 mg/SbV/kg/dia, por 30 dias consecutivos;
- pentamidina, o mesmo esquema para a forma cutânea até atingir a dose total de 2 g;
- anfotericina B, conforme esquema para forma cutânea até completar 2 g de dose total.
Na leishmaniose cutânea e/ou cutâneo-mucosa, relacionada ou não ao trabalho, a deficiência ou disfunção,
se houver, poderá ser funcional, propriamente dita, e/ou estética. Na primeira, dependendo do grau de comprometimento
da lesão e de sua localização, poderá haver prejuízo de movimentos e de outras funções relacionadas às atividades
diárias. Dor e prurido podem ser importantes. Após o tratamento cirúrgico, quando indicado, poderão permanecer
seqüelas de desfiguramento do paciente e cicatrizes.
O dano estético, embora importante nesta doença, costuma não ser considerado incapacitante, muito
menos incapacitante para o trabalho, tanto pela falta de critérios objetivos e pelo caráter relativamente endêmico desta
doença quanto pelo estrato social mais acometido no Brasil.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
A ordem de prioridade terapêutica é a seguinte:
Forma cutânea
- antimonial de N-metil-glucamina, 20 mg/SbV/kg/dia, por 20 dias;
- pentamidina, 4 mg/kg, IM, a cada 2 dias, até completar no máximo 2 g de dose total;
- anfotericina B, 1 mg/kg, IV, em dias alternados (máximo de 50 mg/dia), até atingir dose total de 1 a 1,5 g.
Iniciar por doses testes de 1 mg no primeiro dia, 5 mg no segundo dia, 20 mg no terceiro dia, 50 mg no
quarto dia.
Forma mucosa
- antimonial de N-metil-glucamina, 20 mg/SbV/kg/dia, por 30 dias consecutivos;
- pentamidina, o mesmo esquema para a forma cutânea até atingir a dose total de 2 g;
- anfotericina B, conforme esquema para forma cutânea até completar 2 g de dose total.
Na leishmaniose cutânea e/ou cutâneo-mucosa, relacionada ou não ao trabalho, a deficiência ou disfunção,
se houver, poderá ser funcional, propriamente dita, e/ou estética. Na primeira, dependendo do grau de comprometimento
da lesão e de sua localização, poderá haver prejuízo de movimentos e de outras funções relacionadas às atividades
diárias. Dor e prurido podem ser importantes. Após o tratamento cirúrgico, quando indicado, poderão permanecer
seqüelas de desfiguramento do paciente e cicatrizes.
O dano estético, embora importante nesta doença, costuma não ser considerado incapacitante, muito
menos incapacitante para o trabalho, tanto pela falta de critérios objetivos e pelo caráter relativamente endêmico desta
doença quanto pelo estrato social mais acometido no Brasil.
ANS suspende comercialização de planos de saúde de seis operadoras
ANS suspende comercialização de planos de saúde de seis operadoras
Prestadoras terão 30 dias para transferir sua carteira de consumidores para outra operadora, mantendo todos os serviços e direitos aos beneficiários
Leishmaniose - Quadro clínico e diagnóstico
Leishmaniose - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A leishmaniose cutânea caracteriza-se pela formação de pápulas únicas ou múltiplas, que evoluem para
úlceras com bordas elevadas e fundo granuloso, indolores. Pode-se apresentar também com placas verrucosas,
papulosas, nodulares, localizadas ou difusas. As lesões ocorrem onde os flebotomíneos do gênero Lutzomyia, ao picar
para sugar sangue, inoculam o parasita.
A L. braziliensis, no local onde é introduzida, é fagocitada pelos macrófagos da pele. No interior de seus
vacúolos digestivos, multiplica-se, provocando proliferação e hipertrofia local do sistema macrofágico. Em seguida,
destrói as células hospedeiras e invade outras, até que a resposta imunológica do organismo limite a expansão da
infecção ou determine a necrose da área invadida, quando então surge a úlcera com bordas intumescidas e fundo
necrótico. A evolução, ao invés de necrose, pode-se fazer para formas lupóides, vegetantes ou difusas. A evolução
pode ser lenta, com períodos de metástases.
A forma grave da doença decorre do aparecimento de metástases na mucosa nasal ou orofaringeana. As
ulcerações, aí, destroem as cartilagens e estruturas ósseas, produzindo lesões mutilantes da face, que comprometem
a fisiologia e a vida social dos pacientes.
O diagnóstico é parasitoscópico ou imunológico (reação intradérmica com leishmanina ou de Montenegro),
feito em material de biópsia aspirado da borda da lesão.
O diagnóstico diferencial da forma cutânea deve ser feito com as úlceras traumáticas, vasculares ou tropical,
paracoccidioidomicose, esporotricose, cromomicose, neoplasias cutâneas, sífilis e tuberculose cutânea. A forma mucosa
tem como diagnóstico diferencial principal: hanseníase, paracoccidioidomicose, sífilis terciária, neoplasias.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A leishmaniose cutânea caracteriza-se pela formação de pápulas únicas ou múltiplas, que evoluem para
úlceras com bordas elevadas e fundo granuloso, indolores. Pode-se apresentar também com placas verrucosas,
papulosas, nodulares, localizadas ou difusas. As lesões ocorrem onde os flebotomíneos do gênero Lutzomyia, ao picar
para sugar sangue, inoculam o parasita.
A L. braziliensis, no local onde é introduzida, é fagocitada pelos macrófagos da pele. No interior de seus
vacúolos digestivos, multiplica-se, provocando proliferação e hipertrofia local do sistema macrofágico. Em seguida,
destrói as células hospedeiras e invade outras, até que a resposta imunológica do organismo limite a expansão da
infecção ou determine a necrose da área invadida, quando então surge a úlcera com bordas intumescidas e fundo
necrótico. A evolução, ao invés de necrose, pode-se fazer para formas lupóides, vegetantes ou difusas. A evolução
pode ser lenta, com períodos de metástases.
A forma grave da doença decorre do aparecimento de metástases na mucosa nasal ou orofaringeana. As
ulcerações, aí, destroem as cartilagens e estruturas ósseas, produzindo lesões mutilantes da face, que comprometem
a fisiologia e a vida social dos pacientes.
O diagnóstico é parasitoscópico ou imunológico (reação intradérmica com leishmanina ou de Montenegro),
feito em material de biópsia aspirado da borda da lesão.
O diagnóstico diferencial da forma cutânea deve ser feito com as úlceras traumáticas, vasculares ou tropical,
paracoccidioidomicose, esporotricose, cromomicose, neoplasias cutâneas, sífilis e tuberculose cutânea. A forma mucosa
tem como diagnóstico diferencial principal: hanseníase, paracoccidioidomicose, sífilis terciária, neoplasias.
Subscribe to:
Posts (Atom)