Tuesday, September 16, 2014

Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens - Tratamento

Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento especializado é cirúrgico, associado à radioterapia e à quimioterapia.


Monday, September 15, 2014

Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens - Quadro clínico e diagnóstico

Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico caracteriza-se por dor local, sinais inflamatórios e edema na região correspondente ao
tumor. No osteossarcoma primário do jovem, chama a atenção o componente dor persistente, mais à noite, antes de
sinais externos. O diagnóstico é baseado em história clínica, exame local, radiografia, tomografia computadorizada e
dosagem da fosfatase alcalina. Deve-se pesquisar metástases pulmonares.


Sunday, September 14, 2014

Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens - Epidemiologia e Fatores de risco

Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As causas do osteossarcoma não são conhecidas. No osteossarcoma clássico primário, do jovem com
menos de 20 anos de idade, o desenvolvimento ocorre em pessoas aparentemente sem qualquer outra patologia
óssea, surgindo a partir das metáfises de ossos longos, antes do fechamento das epífises.
O osteossarcoma secundário desenvolve-se em pessoas idosas, tanto em ossos chatos como em ossos
longos, geralmente sobreposto a uma patologia óssea preexistente, como, por exemplo:
doença de Paget, encondromas, exostoses, osteomielites, displasia fibrosa,
infartos e fraturas, ou em conseqüência da exposição a agentes carcinogênicos
ambientais, destacando-se as radiações ionizantes, em exposições ambiental,
iatrogênica ou ocupacional.
Pacientes com retinoblastoma familial apresentam risco aumentado de desenvolver osteossarcoma.
É clássica a história da exposição ocupacional à radiação ionizante em trabalhadoras de fábricas e oficinas
de relógios e instrumentos similares, com algarismos, sinais, ponteiros e mostradores luminosos ou luminescentes. A
tinta utilizada continha radium sobre sulfeto de zinco e as trabalhadoras molhavam e ajustavam os pequenos pincéis
na boca, registrando-se, em conseqüência, inúmeros casos de radionecrose da mandíbula, anemia aplástica e
osteossarcoma. Considerando que esse processo de trabalho foi abandonado, a incidência de osteossarcoma relacionado
ao trabalho, com essas características, tende a desaparecer.
A ocorrência de osteossarcoma em trabalhadores adultos,
com história de exposição ocupacional a radiações
ionizantes, deve ser classificada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, sendo o
trabalho considerado como causa necessária na etiologia desses tumores, ainda que outros fatores de risco possam atuar
como coadjuvantes.


Saturday, September 13, 2014

Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens - Definição da Doença

Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens - Definição da Doença

7.6.7 NEOPLASIA MALIGNA DOS OSSOS E CARTILAGENS ARTICULARES
DOS MEMBROS (Inclui Sarcoma Ósseo) CID-10 C40.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Sarcomas são neoplasias malignas de tecidos mesenquimais. Osteossarcoma ou sarcoma osteogênico é
uma neoplasia maligna primária de osso, constituída de estroma de osteoblastos malignos que fazem osteóide. O
osteossarcoma clássico é um tumor pobremente diferenciado, altamente agressivo, que afeta principalmente adultos
jovens, envolvendo, mais freqüentemente, os ossos longos (fêmur, tíbia e úmero), podendo ser classificado como
osteoblástico, condroblástico ou fibroblástico, de acordo com o componente histológico predominante.


Friday, September 12, 2014

Câncer de Pulmão - Prevenção

Câncer de Pulmão - Prevenção

A prevenção da neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão relacionada ao trabalho tem como referência
a Convenção/OIT n.º 139/1974, que determina a adoção das seguintes providências:
- procurar de todas as formas substituir as substâncias e agentes cancerígenos por outros não-
cancerígenos ou menos nocivos;
- reduzir o número de trabalhadores expostos, a duração e os níveis de exposição ao mínimo compatível
com a segurança;
- prescrever medidas de proteção;
- estabelecer sistema apropriado de registro;
- informar aos trabalhadores sobre os riscos e medidas a serem aplicadas;
- garantir a realização dos exames médicos necessários para avaliar os efeitos da exposição.
O controle ambiental do arsênio, berílio, cromo, níquel, cádmio, cloreto de vinila, acrilonitrila, clorometil
éteres, formaldeído, entre outros agentes químicos, pode, efetivamente, reduzir a incidência da doença em grupos
ocupacionais de risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação da exposição e ao controle dos níveis de
concentração próximos de zero, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- utilização, na indústria, de sistemas hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas e medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho, com
limpeza a úmido ou lavagem com água das superfícies (bancadas, paredes, solo) ou por sucção, para
retirada de partículas antes do início das atividades;
- sistemas de ventilação exaustora adequados e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- em atividades de mineração, adotar técnicas de perfuração a úmido para diminuir a concentração de
poeiras no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- facilidades para higiene pessoal, recursos para banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de
vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, de modo complementar às medidas de proteção coletiva adotadas.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletivas forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para
alguns setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras
devem ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
Recomenda-se a verificação da adequação e adoção, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
O Anexo 11 da NR 15 (Portaria/MTb n.º 12/1983) estabelece os LT para algumas substâncias químicas no
ar ambiente, para jornadas de até 48 horas semanais. Entre os agentes reconhecidos como causadores de neoplasia
maligna dos brônquios e do pulmão relacionada ao trabalho estão:
- arsina: 0,04 ppm ou 0,16 mg/m3
- cloreto de vinila: 156 ppm ou 398 mg/m3
- formaldeído: 1,6 ppm ou 2,3 mg/m3
- níquel carbonila: 0,04 ppm ou 0,28 mg/m3

Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados periodicamente à luz do
conhecimento e evidências atualizadas. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos, não impedem
o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.

Além do exame clínico, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados, como os questionários de sintomas
respiratórios já validados, e os exames complementares adequados. Medidas de promoção da saúde e controle do
tabagismo também devem ser implementadas.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.





Thursday, September 11, 2014

Câncer de Pulmão - Tratamento

Câncer de Pulmão - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Os tratamentos indicados são:
- cirurgia para ressecção pulmonar parcial ou total;
- radioterapia;
- quimioterapia.
O correto diagnóstico de câncer de pulmão permite o estagiamento do tumor, em relação ao prognóstico e
à sobrevida, a partir da extensão da doença, do estado de desempenho do paciente, do status da performance e da
histologia do tumor.


Wednesday, September 10, 2014

aaaaa - Quadro clínico e diagnóstico

aaaaa - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Uma história sugestiva de câncer de pulmão inclui tabagismo, surgimento de tosse ou alteração do padrão
de tosse previamente existente, rouquidão, hemoptise, anorexia, perda de peso, dispnéia, pneumonias de resolução
arrastada, dor torácica e sintomas de síndromes paraneoplásicas. A localização apical e a presença de metástases
podem produzir quadros clínicos polimorfos.
O diagnóstico de câncer de pulmão é baseado na história clínica, no exame físico e em exames
complementares, principalmente as radiografias de tórax, tomografia computadorizada (TC), citologia de escarro e
procedimentos endoscópicos com coleta de material e exame histológico, pois a conduta adotada vai depender do tipo
histológico do tumor, assim como do seu estagiamento.


Tuesday, September 9, 2014

exposição ao asbesto ou amianto e o câncer de pulmão

exposição ao asbesto ou amianto e o câncer de pulmão

Desde 1955 é reconhecida a relação causal entre a exposição ao asbesto ou amianto e a ocorrência dos
mesoteliomas da pleura, do peritônio e do câncer de pulmão, associados ou não à asbestose. A exposição ocupacional
ao asbesto – a mais importante na produção de câncer pulmonar relacionado ao trabalho – produz um aumento de 3
a 4 vezes o risco de ocorrência do adenocarcinoma pulmonar em trabalhadores não-fumantes e do carcinoma de
células escamosas em trabalhadores fumantes (risco 3 vezes superior ao risco de fumantes não-expostos ao amianto).
Assim, em trabalhadores fumantes expostos ao asbesto, o risco relativo (sinergicamente multiplicado) é aumentado
em 90 vezes.
Estudos epidemiológicos rigorosos têm demonstrado, a partir da década de 50, a importância do cromo
hexavalente, ou seja, íon cromo na valência 6+ ou CrVI, na etiologia do câncer de pulmão. A exposição se dá,
particularmente na produção do cromo, nas névoas dos tanques de cromagem, pigmentos de tintas, como cromatos de
chumbo e zinco, fumos de solda provenientes de metais com alto teor de cromo, como aço inoxidável nos processos de
galvanoplastia e na indústria de ferro-cromo.
As radiações ionizantes estão historicamente associadas a tumores malignos. Sua contribuição na etiologia
do câncer de pulmão tem sido descrita em trabalhadores da saúde (radiologistas), de minas subterrâneas de ferro,
com exposição a radônio radiativo, minas de estanho, de urânio, provavelmente de ouro e em trabalhadores de
minas de carvão.
O tempo de latência é relativamente longo, raramente inferior a 15/20 anos.
O câncer de pulmão pode ser classificado como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação
de Schilling, sendo o trabalho considerado como fator de risco associado com a etiologia multicausal do câncer de pulmão.


Monday, September 8, 2014

Câncer de Pulmão - Epidemiologia e Fatores de risco

Câncer de Pulmão - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A partir dos estudos sobre a etiologia do câncer de pulmão feitos por Doll & Hill, em 1950,
inúmeros trabalhos têm demonstrado que o tabagismo é a causa mais importante desta neoplasia,
responsável por aproximadamente 80 a 90% dos casos.
Os fumantes têm o risco de morrer por câncer de pulmão aumentado em cerca
de 10 vezes, em média, sendo que, nos grandes fumantes, o risco relativo é de 15 a 25 vezes.
Os carcinógenos mais conhecidos, produzidos na combustão do tabaco, são a nitrosamina
tabaco-específica e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos.

Outros fatores de risco documentados na literatura são:
poluição industrial,
residência em áreas densamente urbanizadas e
exposição não-ocupacional a
radiações ionizantes.

O risco de câncer de pulmão atribuível à ocupação varia de 4 a 40%, de acordo com o
agente analisado.
Contudo, restam questões a ser mais bem explicadas, principalmente no que se refere à interferência do tabagismo
como variável de confusão e a natureza da combinação de efeitos, aditivos ou multiplicativos.

Os agentes etiológicos e fatores de risco de natureza ocupacional mais conhecidos são:
- arsênio e seus compostos arsenicais;
- asbesto ou amianto. Deve ser investigada a exposição atual e pregressa, atentando, inclusive, para
pequenas exposições ao longo dos anos, como, por exemplo, em encanadores que instalam caixas
d’água de cimento-amianto, fazendo os furos para passagem dos canos e respirando a poeira;
carpinteiros da construção civil, ao fixarem as telhas de cimento-amianto com parafusos; mecânicos
que lixam as lonas e pastilhas de freios; exposição a talco contaminado com fibras de amianto na
indústria de artefatos de borracha; no lixamento de massa plástica usada no reparo de inúmeros objetos
(a massa plástica pode conter talco contaminado por asbesto na sua composição), entre inúmeras
outras;
- berílio;
- cádmio ou seus compostos;
- cromo e seus compostos tóxicos;
- cloreto de vinila. Está presente nas fábricas de cloreto de vinila, na produção do PVC (polímero) ou na
exposição ao cloreto de vinila monômero (VCM);
- clorometil éteres;
- sílica livre;
- alcatrão, breu, betume, hulha mineral, parafina e produtos de resíduos dessas substâncias;
- radiações ionizantes;
- emissões de fornos de coque (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos);
- níquel e seus compostos. Representam risco os compostos insolúveis e os complexos de níquel com
monóxido de carbono. A operação de soldagem de aço inoxidável pode gerar fumos com altos teores
de níquel;
- acrilonitrila. Na forma de monômero usado na indústria química;
- formaldeído. O aldeído fórmico (formaldeído ou formol) é volátil e muito usado na conservação de tecidos,
em laboratórios de anatomia, como matéria-prima em alguns processos na indústria química, ou são
provenientes de reação de polimerização de algumas resinas sintéticas, como, por exemplo, no Sinteko;
- processamento (fundição) do alumínio e de outros metais;
- névoas de óleos minerais (óleo de corte ou óleo solúvel).


Sunday, September 7, 2014

Câncer de Pulmão Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão - Definição da Doença

Câncer de Pulmão Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão - Definição da Doença

7.6.6 NEOPLASIA MALIGNA DOS BRÔNQUIOS E DO PULMÃO CID-10 C34.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
O grupo de doenças englobadas no câncer do pulmão compreende:
- carcinoma de células escamosas, também conhecido como carcinoma epidermóide, responsável por
cerca de 30% de todas as neoplasias malignas do pulmão, mais freqüentemente central (80%) que
periférico (20%);
- carcinoma de pequenas células, responsável por 20% das neoplasias malignas pulmonares, de
localização mais freqüentemente mediastinal ou hilar (95%) que periférica (5%);
- adenocarcinoma e carcinoma de grandes células, responsável por cerca de 30% de todas as neoplasias
malignas pulmonares, de localização mais freqüente na periferia, como nódulos periféricos (70%);
- cânceres histologicamente mistos, responsáveis por cerca de 20% de todas as neoplasias malignas
pulmonares;
- tumores pulmonares pouco comuns (carcinóides brônquicos, carcinomas adenóides císticos e
carcinossarcomas).


Saturday, September 6, 2014

Neoplasia maligna da laringe - Prevenção

Neoplasia maligna da laringe - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da neoplasia maligna da laringe relacionada ao trabalho baseia-se na vigilância dos ambientes,
das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução deste capítulo. O controle
ambiental da exposição a névoas de ácidos inorgânicos fortes, ao asbesto, aos compostos do níquel, ao álcool
isopropílico, aos óleos minerais e ao gás mostarda pode, efetivamente, reduzir a incidência do câncer de laringe em
grupos ocupacionais de risco. As medidas de controle ambiental devem visar à eliminação da exposição ou ao controle
dos níveis em concentrações próximas de zero, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- utilização, na indústria, de sistemas hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas;
- sistemas de ventilação exaustora adequados e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas gerais de limpeza dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, de forma complementar às medidas de proteção coletiva.
Os procedimentos específicos para a vigilância da saúde de expostos ao amianto estão descritos no protocolo
Mesoteliomas e para a exposição às radiações ionizantes estão descritos no protocolo Neoplasia maligna dos ossos e
cartilagens articulares dos membros, neste capítulo.
Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento do PPRA (NR 9), do PCMSO (NR 7) e de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. A NR 15 define os LT das concentrações
em ar ambiente de várias substâncias químicas, para jornadas de trabalho de 48 horas semanais.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Além do exame clínico cuidadoso, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados e a realização de exames
complementares adequados ao fator de risco identificado.

Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.





Friday, September 5, 2014

Neoplasia maligna da laringe - Tratamento

Neoplasia maligna da laringe - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
No tratamento, busca-se preservar tanto a vida do paciente quanto a sua voz, sendo utilizados procedimentos
cirúrgicos mais limitados, combinados com radioterapia ou apenas radioterapia, isoladamente. A laringectomia total é
geralmente necessária para aqueles pacientes nos quais os métodos mais conservadores fracassaram. Os tumores
profundamente infiltrantes são mais difíceis de serem avaliados, devido ao fato de serem acompanhados por edema e
distorção das estruturas, sendo a laringectomia aplicada nesses pacientes.
De um modo geral, o prognóstico do câncer de laringe, em termos de sobrevida, ainda é relativamente
desfavorável, dependendo de sua localização (glote, supraglote ou subglote), da precocidade de seu diagnóstico, do
grau de infiltração ganglionar regional e da presença de metástases à distância. Nas fases iniciais, consegue-se, pela
radioterapia, a cura de aproximadamente 75% dos pacientes. Nas fases avançadas, a cirurgia e a radioterapia combinadas
não conseguem sucesso superior a 25% de sobrevida em 5 anos.
Tende-se, em serviços especializados, a valorizar a preservação da voz do paciente laringectomizado,
buscando, para tanto, processos de reabilitação com terapeutas da voz, a fim de desenvolver a fala esofageana.
Nesses serviços consegue-se que 50 a 70% dos pacientes desenvolvam a fala esofageana.


Thursday, September 4, 2014

Neoplasia maligna da laringe - Quadro clínico e diagnóstico

Neoplasia maligna da laringe - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A rouquidão geralmente é o primeiro sintoma apresentado. Pacientes com história de rouquidão, superior
a três semanas de duração, devem ser cuidadosamente examinados, por meio de laringoscopia. Também podem estar
presentes a otalgia, disfagia, odinofagia e tosse.
O diagnóstico é baseado na história de rouquidão persistente em paciente com mais de 40 anos de idade.
A laringoscopia indireta deve ser realizada durante a fonação, buscando-se observar as limitações de mobilidade das
cordas vocais e aritenóides ou ainda a rigidez. A tomografia computadorizada e/ou a ressonância magnética da laringe
podem ser úteis.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com a hiperceratose, a laringocele, com pólipos, que surgem como
massas pedunculadas e brilhantes e papilomas, que aparecem como formações em cachos e de coloração branca.


Wednesday, September 3, 2014

Neoplasia maligna da laringe - Epidemiologia e Fatores de risco

Neoplasia maligna da laringe - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As causas do câncer da laringe não são bem conhecidas. Entre os fatores de risco descritos estão o
tabagismo, ingestão de álcool e a exposição à radiação excessiva, provocada, por exemplo, por grande quantidade de
radiografias dentárias.
Os fatores de risco de natureza ocupacional, relativamente bem documentados do ponto de vista
epidemiológico, são a exposição a névoas de ácidos inorgânicos fortes, ao asbesto ou amianto (alguns resultados são
controversos na literatura, porém há uma tendência a considerá-lo como carcinogênico para tumores de laringe), a
exposição ocupacional aos compostos de níquel, ao processo de fabricação do álcool isopropílico, por meio do método
do ácido forte, ao gás mostarda e a óleos minerais (solúveis ou de corte). Em relação ao asbesto, os estudos clássicos
referem-se a trabalhadores mineradores, da construção civil, de estaleiros e da fabricação de produtos de asbesto e de
cimento-amianto. Não parece haver características clínicas ou anatomopatológicas específicas relacionadas aos agentes
de natureza ocupacional.
O câncer de laringe pode ser classificado como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação
de Schilling, sendo o trabalho, particularmente a exposição ocupacional ao asbesto, considerado no conjunto de fatores
de risco associados com a etiologia multicausal desse tumor.


Tuesday, September 2, 2014

Neoplasia maligna da laringe - Definição da Doença

Neoplasia maligna da laringe - Definição da Doença


7.6.5 NEOPLASIA MALIGNA DA LARINGE CID-10 C32.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
As neoplasias malignas da laringe abrangem três localizações: o carcinoma da glote, ou da corda vocal
verdadeira, o mais comum, representando cerca de 57% dos casos; o carcinoma supraglótico, 35% dos casos; e o
carcinoma subglótico, que corresponde a cerca de 8% dos casos.


Monday, September 1, 2014

Máscaras protetoras respiratórias

Máscaras protetoras respiratórias

As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, estas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
Para os procedimentos específicos para a vigilância em saúde dos expostos às radiações ionizantes ver,
neste capítulo, o protocolo Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9), do
PCMSO (NR 7) e de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. Recomenda-
se a consulta à NR 15, que define os LT das concentrações em ar ambiente de várias substâncias químicas, para
jornadas de 48 horas semanais de trabalho. O Anexo n.º 11 da NR 15 estabelece o LT para o níquel carbonila de 0,04
ppm ou 0,28 mg/m3
de ar.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Além do exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados e a realização de exames
complementares adequados ao fator de risco identificado.
Apesar de a concentração de cromo hexavalente na urina
não guardar relação com o risco de câncer, o IBMP previsto é de 30 µg/g de creatinina na urina, e o VR para populações
não-expostas ocupacionalmente é de até 5 µg/g de creatinina.
Ainda que a realização de exames médicos periódicos
não reduza a incidência do câncer das fossas nasais e dos seios paranasais relacionado (ou não) ao trabalho, pode
contribuir para sua detecção em estágios mais iniciais, aumentando, portanto, o sucesso do tratamento.

Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a dentificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.