Lesão do nervo poplíteo lateral - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
As orientações básicas para a condução de casos de LER/DORT estão na introdução do capítulo 18 –
Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo relacionadas ao trabalho.
Inexistindo causas estruturais detectáveis para a compressão, o paciente deve ser orientado para evitar
pressões sobre o nervo dos joelhos, se necessário com afastamento das atividades e/ou mudança no posto e nas
condições de trabalho. A evolução clínica deve ser seguida, e em pacientes que apresentam progressão do quadro há
indicação de cirurgia exploratória.
Para a avaliação da disfunção e deficiência causadas pelas mononeuropatias do membro inferior, podem
ser úteis os indicadores e parâmetros utilizados nos Guides da AMA, semelhantes aos utilizados para o parkinsonismo,
baseados na hierarquização das deficiências ou disfunções da postura e da marcha, como segue:
CLASSE 1: o paciente consegue levantar-se, ficar em pé e caminhar, mas tem dificuldade com elevações do chão,
grades, degraus, cadeiras baixas e marchas de longa distância;
CLASSE 2: o paciente consegue levantar-se, ficar em pé e pode caminhar uma certa distância com dificuldade e sem
assistência, mas limitado ao mesmo nível de piso;
CLASSE 3: o paciente consegue levantar-se, ficar em pé e pode manter essa posição com dificuldade, mas não consegue
caminhar sem assistência;
CLASSE 4: o paciente não consegue ficar em pé sem a ajuda de outros, sem apoio mecânico ou de prótese.
Thursday, April 16, 2015
Wednesday, April 15, 2015
Lesão do nervo poplíteo lateral - Quadro clínico e diagnóstico
Lesão do nervo poplíteo lateral - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico caracteriza-se por fraqueza dos músculos extensores do pé, ou pé caído,
e por alterações sensitivas (parestesias e hipoestesias) na face lateral da perna e
dorso do pé do mesmo lado do nervo afetado.
O diagnóstico baseia-se:
- na história ocupacional que justifique a lesão nervosa;
- no exame neurológico, observando-se sinais e sintomas de mononeuropatia do membro inferior;
- nos exames complementares: o exame radiológico pode ajudar a excluir lesões ósseas ou tumorais;
- na eletromiografia (EMG), muito importante para o diagnóstico, podendo contribuir para a avaliação do
prognóstico da lesão.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico caracteriza-se por fraqueza dos músculos extensores do pé, ou pé caído,
e por alterações sensitivas (parestesias e hipoestesias) na face lateral da perna e
dorso do pé do mesmo lado do nervo afetado.
O diagnóstico baseia-se:
- na história ocupacional que justifique a lesão nervosa;
- no exame neurológico, observando-se sinais e sintomas de mononeuropatia do membro inferior;
- nos exames complementares: o exame radiológico pode ajudar a excluir lesões ósseas ou tumorais;
- na eletromiografia (EMG), muito importante para o diagnóstico, podendo contribuir para a avaliação do
prognóstico da lesão.
Tuesday, April 14, 2015
Lesão do nervo poplíteo lateral - Epidemiologia e Fatores de risco
Lesão do nervo poplíteo lateral - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A literatura consultada contém poucas informações sobre a ocorrência ou distribuição dessa patologia na
população em geral e/ou em populações trabalhadoras.
O nervo poplíteo externo, também conhecido como fibular comum, é um dos ramos do nervo ciático
responsável pela inervação dos músculos extensores do tornozelo e dos dedos do pé. A lesão do nervo poplíteo
externo pode ocorrer em pacientes anestesiados que têm as pernas amarradas contra superfícies duras, em pacientes
caquéticos em camas duras e em pessoas que mantêm as pernas cruzadas por muito tempo, como costureiras e
alfaiates, ou que deixam a parte posterior da perna apoiada contra uma superfície dura. A compressão do nervo se dá
contra a cabeça da fíbula e, mais raramente, contra o músculo fibular longo. Trabalhos que exijam a posição de
cócoras também podem causar lesão.
As mononeuropatias dos membros inferiores, com as características descritas, podem ser classificadas
como doenças relacionadas ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, nas quais o trabalho deve ser
considerado como fator de risco, no conjunto de fatores de risco associados com a etiologia multicausal dessas
neuropatias, particularmente em trabalhadores que exercem atividades em posições forçadas e/ou com gestos repetitivos.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A literatura consultada contém poucas informações sobre a ocorrência ou distribuição dessa patologia na
população em geral e/ou em populações trabalhadoras.
O nervo poplíteo externo, também conhecido como fibular comum, é um dos ramos do nervo ciático
responsável pela inervação dos músculos extensores do tornozelo e dos dedos do pé. A lesão do nervo poplíteo
externo pode ocorrer em pacientes anestesiados que têm as pernas amarradas contra superfícies duras, em pacientes
caquéticos em camas duras e em pessoas que mantêm as pernas cruzadas por muito tempo, como costureiras e
alfaiates, ou que deixam a parte posterior da perna apoiada contra uma superfície dura. A compressão do nervo se dá
contra a cabeça da fíbula e, mais raramente, contra o músculo fibular longo. Trabalhos que exijam a posição de
cócoras também podem causar lesão.
As mononeuropatias dos membros inferiores, com as características descritas, podem ser classificadas
como doenças relacionadas ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, nas quais o trabalho deve ser
considerado como fator de risco, no conjunto de fatores de risco associados com a etiologia multicausal dessas
neuropatias, particularmente em trabalhadores que exercem atividades em posições forçadas e/ou com gestos repetitivos.
Monday, April 13, 2015
Lesão do nervo poplíteo lateral - Definição da Doença
Lesão do nervo poplíteo lateral - Definição da Doença
MONONEUROPATIAS DO MEMBRO INFERIOR: CID-10 G57.-
LESÃO DO NERVO POPLÍTEO LATERAL G57.3
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
As mononeuropatias decorrem do comprometimento de apenas um nervo. Ao contrário das polineuropatias,
quando as causas sistêmicas são as mais comuns, as mononeuropatias, apesar da possibilidade de serem causadas
por fatores tóxicos ou metabólicos, têm como principal fator desencadeante as causas locais. Destacam-se, entre elas:
tumores, traumas, compressão nervosa externa ou de estruturas subjacentes, como um músculo hipertrofiado, por
exemplo. Algumas profissões exigem posições viciosas por longo tempo e/ou gestos repetidos de um grupo muscular
isolado que podem levar a uma mononeuropatia por compressão nervosa. A sintomatologia depende do nervo afetado,
mas os sintomas mais comuns são dor, parestesias, perda de força e alterações da sensibilidade. Pertencem ao grupo
LER/DORT.
MONONEUROPATIAS DO MEMBRO INFERIOR: CID-10 G57.-
LESÃO DO NERVO POPLÍTEO LATERAL G57.3
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
As mononeuropatias decorrem do comprometimento de apenas um nervo. Ao contrário das polineuropatias,
quando as causas sistêmicas são as mais comuns, as mononeuropatias, apesar da possibilidade de serem causadas
por fatores tóxicos ou metabólicos, têm como principal fator desencadeante as causas locais. Destacam-se, entre elas:
tumores, traumas, compressão nervosa externa ou de estruturas subjacentes, como um músculo hipertrofiado, por
exemplo. Algumas profissões exigem posições viciosas por longo tempo e/ou gestos repetidos de um grupo muscular
isolado que podem levar a uma mononeuropatia por compressão nervosa. A sintomatologia depende do nervo afetado,
mas os sintomas mais comuns são dor, parestesias, perda de força e alterações da sensibilidade. Pertencem ao grupo
LER/DORT.
Sunday, April 12, 2015
Compressão do nervo supra-escapular - Prevenção
Compressão do nervo supra-escapular - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A prevenção das mononeuropatias dos membros superiores relacionadas ao trabalho baseia-se na
vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução
do capítulo 18 – Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo relacionadas ao trabalho, deste manual.
A prevenção desses agravos requer uma ação integrada, articulada entre os setores assistenciais e os de
vigilância. É importante que o cuidado desses casos seja feito por uma equipe multiprofissional, com abordagem
interdisciplinar, capacitada a lidar e a dar suporte ao sofrimento físico e psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais
de intervenção nos ambientes de trabalho.
A vigilância de fatores de risco baseia-se na descrição das tarefas executadas pelo trabalhador, a partir da
observação direta ou entrevista, utilizando check-lists e, se possível, pela realização da análise ergonômica da atividade,
com ênfase nos aspectos relativos à organização do trabalho, incluindo:
- análise ergonômica do trabalho real, da atividade, das tarefas, dos modos operatórios e dos postos de
trabalho;
- avaliação do ritmo e da intensidade do trabalho;
- estudo dos fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho, dos sistemas de turnos, dos
sistemas de premiação e dos incentivos;
- avaliação dos fatores psicossociais, individuais e das relações de trabalho entre colegas e chefias.
Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), da Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos
estados e municípios. Para a promoção da saúde do trabalhador e prevenção dos transtornos do plexo braquial
relacionados ao trabalho, devem ser observadas, pelo empregador, as prescrições contidas na NR 17, que estabelece
parâmetros para a avaliação e correção de situações e condições de trabalho, do ponto de vista ergonômico. Devem
ser definidas estratégias para garantir a participação dos trabalhadores e a sensibilização dos níveis gerenciais para a
implementação das medidas preventivas que envolvam modificações na organização do trabalho. A intervenção sobre
os ambientes de trabalho deve basear-se na análise da organização do trabalho, como citado acima.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica com pesquisa de sinais e sintomas neurológicos, por meio de protocolo padronizado
e exame físico criterioso;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação
ou controle dos fatores de risco;
- articular os setores de assistência e vigilância e aqueles que irão realizar a reabilitação física, profissional
e psicossocial. É importante o acompanhamento do retorno do trabalhador ao trabalho, na mesma
atividade, com modificações ou restrições, ou em outra atividade de modo a garantir que não haja
progressão ou agravamento do quadro.
5 PREVENÇÃO
A prevenção das mononeuropatias dos membros superiores relacionadas ao trabalho baseia-se na
vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução
do capítulo 18 – Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo relacionadas ao trabalho, deste manual.
A prevenção desses agravos requer uma ação integrada, articulada entre os setores assistenciais e os de
vigilância. É importante que o cuidado desses casos seja feito por uma equipe multiprofissional, com abordagem
interdisciplinar, capacitada a lidar e a dar suporte ao sofrimento físico e psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais
de intervenção nos ambientes de trabalho.
A vigilância de fatores de risco baseia-se na descrição das tarefas executadas pelo trabalhador, a partir da
observação direta ou entrevista, utilizando check-lists e, se possível, pela realização da análise ergonômica da atividade,
com ênfase nos aspectos relativos à organização do trabalho, incluindo:
- análise ergonômica do trabalho real, da atividade, das tarefas, dos modos operatórios e dos postos de
trabalho;
- avaliação do ritmo e da intensidade do trabalho;
- estudo dos fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho, dos sistemas de turnos, dos
sistemas de premiação e dos incentivos;
- avaliação dos fatores psicossociais, individuais e das relações de trabalho entre colegas e chefias.
Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), da Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos
estados e municípios. Para a promoção da saúde do trabalhador e prevenção dos transtornos do plexo braquial
relacionados ao trabalho, devem ser observadas, pelo empregador, as prescrições contidas na NR 17, que estabelece
parâmetros para a avaliação e correção de situações e condições de trabalho, do ponto de vista ergonômico. Devem
ser definidas estratégias para garantir a participação dos trabalhadores e a sensibilização dos níveis gerenciais para a
implementação das medidas preventivas que envolvam modificações na organização do trabalho. A intervenção sobre
os ambientes de trabalho deve basear-se na análise da organização do trabalho, como citado acima.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica com pesquisa de sinais e sintomas neurológicos, por meio de protocolo padronizado
e exame físico criterioso;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação
ou controle dos fatores de risco;
- articular os setores de assistência e vigilância e aqueles que irão realizar a reabilitação física, profissional
e psicossocial. É importante o acompanhamento do retorno do trabalhador ao trabalho, na mesma
atividade, com modificações ou restrições, ou em outra atividade de modo a garantir que não haja
progressão ou agravamento do quadro.
Saturday, April 11, 2015
Compressão do nervo supra-escapular - Tratamento
Compressão do nervo supra-escapular - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O estabelecimento de um plano terapêutico para o portador de LER/DORT obedece a alguns pressupostos,
dentre os quais se destacam a importância do diagnóstico precoce e preciso e a conveniência do afastamento dos
trabalhadores sintomáticos de situações de exposição, mesmo aquelas consideradas "leves". As orientações básicas
para a condução de casos incluídos no grupo LER/DORT estão detalhadas na introdução do capítulo 18 – Doenças do
sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (18.3) relacionadas ao trabalho.
Nos casos iniciais em que há identificação de sede anatômica precisa das lesões e diagnóstico de entidades
nosológicas específicas, o esquema terapêutico básico inclui uma das seguintes alternativas:
- uso de antiinflamatórios, gelo local, com afastamento das atividades laborais e extralaborais que exijam
movimentação e posturas dos membros superiores que os sobrecarreguem;
- medidas de fisioterapia e afastamento das atividades laborais e extralaborais que exijam movimentação
e posturas dos membros superiores que os sobrecarreguem;
- acupuntura ou medicação homeopática, gelo local, com afastamento das atividades laborais e
extralaborais que exijam movimentação e posturas dos membros superiores que os sobrecarreguem.
Em situações especiais, pode ser prescrita a associação de algumas dessas medidas.
Vencida a fase aguda, a literatura especializada tem recomendado a introdução ou incentivo de programas
de atividades físicas, como, por exemplo, exercícios de alongamentos localizados e de grandes segmentos do corpo,
fortalecimento muscular localizado e atividade aeróbica, hidroginástica, entre outras. O desenvolvimento do programa
deve respeitar tanto o estágio clínico da doença quanto a capacidade física do paciente, introduzindo as práticas de
modo gradativo, reservando-se as atividades de fortalecimento muscular para o último estágio.
Na fase crônica, os pacientes costumam apresentar mais de uma patologia específica e a combinação dos
sintomas deve ser considerada para o sucesso terapêutico. Pacientes com inflamações teciduais podem apresentar
também alterações sensitivas originadas de uma compressão do nervo periférico. Por exemplo: uma cozinheira de
restaurante universitário apresentava tendinite bicipital à direita e síndrome do túnel do carpo à esquerda. A análise do
trabalho colocou em evidência os fatores de risco que explicavam ambos os quadros. Além dos sintomas que
acompanham as duas patologias, a paciente apresentava dor difusa em ambos os membros. Assim, tratar cada uma
das patologias sob o esquema clássico parece não ajudar, pois é normal o paciente solicitar outros grupos musculares
para evitar a exacerbação do quadro doloroso no sítio específico, acarretando uma sobrecarga localizada.
O plano de tratamento deve contemplar:
- esclarecimento ao paciente sobre a duração geralmente longa do tratamento;
- orientação ao paciente da postura para dormir, nas atividades domésticas e outras, estudadas no
sentido de poupar alguns movimentos e favorecer outros;
- uso de gelo ou calor, dependendo do caso, 3 vezes ao dia, durante 20 minutos, considerando que
alguns pacientes não suportam essa técnica;
- atenção para pequenas melhoras, obtidas pouco a pouco, que nem sempre são reconhecidas pelo
paciente. (Valorização desses pequenos avanços pode ajudar o paciente a suportar os sintomas que
ainda permanecem);
- atenção para o fato de que é melhor considerar a unidade do membro superior e estabelecer condutas
para aliviar dor e paresia, reduzir o edema, manter ou aumentar a força muscular dos membros superiores
(mmss), reeducar a função sensorial, aumentar a resistência à fadiga, melhorar a funcionalidade dos
mmss e proteger a função articular, do que implementar tratamentos muito específicos;
- eficácia do uso do antiinflamatório, acompanhado ou não de relaxante muscular, e a necessidade de
introduzir outros medicamentos, como, por exemplo, antidepressivos tricíclicos em doses baixas;
- recursos de eletrotermoterapia, com programação individualizada, avaliando sempre sua eficácia, bem
como atividades de relaxamento muscular com massageador elétrico, hidromassagem, massagem
manual e outras técnicas de terapia corporal;
- na presença de edema, massagem retrógrada para reduzi-lo;
- exercícios passivos, ativo-assistidos, com resistências; exercícios isométricos, com estimulação tátil
com diferentes texturas; exercício de pinça;
- atividades de terapia ocupacional visando a propiciar a recuperação da capacidade de desenvolver
atividades da vida diária gradativamente;
- em alguns casos, o uso do splint para reduzir a dor, manter a integridade articular e melhorar a função.
O uso do splint deverá ser criterioso, por tempo limitado e acompanhado pelo terapeuta. O paciente
deve ser orientado quanto aos períodos de repouso;
- avaliação de desequilíbrios psíquicos existentes, procurando identificar formas precoces de seu
aparecimento e encaminhamento.
A formação de grupos terapêuticos, incluindo atividades de informação, vivências, com cunho informativo,
pedagógico e psicoterapêutico, parece contribuir para o suporte do paciente e a melhora do quadro.
Segundo Louis (1992), a abordagem cirúrgica não resolve os sintomas apresentados por portadores da
síndrome do túnel do carpo relacionada ao trabalho.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O estabelecimento de um plano terapêutico para o portador de LER/DORT obedece a alguns pressupostos,
dentre os quais se destacam a importância do diagnóstico precoce e preciso e a conveniência do afastamento dos
trabalhadores sintomáticos de situações de exposição, mesmo aquelas consideradas "leves". As orientações básicas
para a condução de casos incluídos no grupo LER/DORT estão detalhadas na introdução do capítulo 18 – Doenças do
sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (18.3) relacionadas ao trabalho.
Nos casos iniciais em que há identificação de sede anatômica precisa das lesões e diagnóstico de entidades
nosológicas específicas, o esquema terapêutico básico inclui uma das seguintes alternativas:
- uso de antiinflamatórios, gelo local, com afastamento das atividades laborais e extralaborais que exijam
movimentação e posturas dos membros superiores que os sobrecarreguem;
- medidas de fisioterapia e afastamento das atividades laborais e extralaborais que exijam movimentação
e posturas dos membros superiores que os sobrecarreguem;
- acupuntura ou medicação homeopática, gelo local, com afastamento das atividades laborais e
extralaborais que exijam movimentação e posturas dos membros superiores que os sobrecarreguem.
Em situações especiais, pode ser prescrita a associação de algumas dessas medidas.
Vencida a fase aguda, a literatura especializada tem recomendado a introdução ou incentivo de programas
de atividades físicas, como, por exemplo, exercícios de alongamentos localizados e de grandes segmentos do corpo,
fortalecimento muscular localizado e atividade aeróbica, hidroginástica, entre outras. O desenvolvimento do programa
deve respeitar tanto o estágio clínico da doença quanto a capacidade física do paciente, introduzindo as práticas de
modo gradativo, reservando-se as atividades de fortalecimento muscular para o último estágio.
Na fase crônica, os pacientes costumam apresentar mais de uma patologia específica e a combinação dos
sintomas deve ser considerada para o sucesso terapêutico. Pacientes com inflamações teciduais podem apresentar
também alterações sensitivas originadas de uma compressão do nervo periférico. Por exemplo: uma cozinheira de
restaurante universitário apresentava tendinite bicipital à direita e síndrome do túnel do carpo à esquerda. A análise do
trabalho colocou em evidência os fatores de risco que explicavam ambos os quadros. Além dos sintomas que
acompanham as duas patologias, a paciente apresentava dor difusa em ambos os membros. Assim, tratar cada uma
das patologias sob o esquema clássico parece não ajudar, pois é normal o paciente solicitar outros grupos musculares
para evitar a exacerbação do quadro doloroso no sítio específico, acarretando uma sobrecarga localizada.
O plano de tratamento deve contemplar:
- esclarecimento ao paciente sobre a duração geralmente longa do tratamento;
- orientação ao paciente da postura para dormir, nas atividades domésticas e outras, estudadas no
sentido de poupar alguns movimentos e favorecer outros;
- uso de gelo ou calor, dependendo do caso, 3 vezes ao dia, durante 20 minutos, considerando que
alguns pacientes não suportam essa técnica;
- atenção para pequenas melhoras, obtidas pouco a pouco, que nem sempre são reconhecidas pelo
paciente. (Valorização desses pequenos avanços pode ajudar o paciente a suportar os sintomas que
ainda permanecem);
- atenção para o fato de que é melhor considerar a unidade do membro superior e estabelecer condutas
para aliviar dor e paresia, reduzir o edema, manter ou aumentar a força muscular dos membros superiores
(mmss), reeducar a função sensorial, aumentar a resistência à fadiga, melhorar a funcionalidade dos
mmss e proteger a função articular, do que implementar tratamentos muito específicos;
- eficácia do uso do antiinflamatório, acompanhado ou não de relaxante muscular, e a necessidade de
introduzir outros medicamentos, como, por exemplo, antidepressivos tricíclicos em doses baixas;
- recursos de eletrotermoterapia, com programação individualizada, avaliando sempre sua eficácia, bem
como atividades de relaxamento muscular com massageador elétrico, hidromassagem, massagem
manual e outras técnicas de terapia corporal;
- na presença de edema, massagem retrógrada para reduzi-lo;
- exercícios passivos, ativo-assistidos, com resistências; exercícios isométricos, com estimulação tátil
com diferentes texturas; exercício de pinça;
- atividades de terapia ocupacional visando a propiciar a recuperação da capacidade de desenvolver
atividades da vida diária gradativamente;
- em alguns casos, o uso do splint para reduzir a dor, manter a integridade articular e melhorar a função.
O uso do splint deverá ser criterioso, por tempo limitado e acompanhado pelo terapeuta. O paciente
deve ser orientado quanto aos períodos de repouso;
- avaliação de desequilíbrios psíquicos existentes, procurando identificar formas precoces de seu
aparecimento e encaminhamento.
A formação de grupos terapêuticos, incluindo atividades de informação, vivências, com cunho informativo,
pedagógico e psicoterapêutico, parece contribuir para o suporte do paciente e a melhora do quadro.
Segundo Louis (1992), a abordagem cirúrgica não resolve os sintomas apresentados por portadores da
síndrome do túnel do carpo relacionada ao trabalho.
Friday, April 10, 2015
Compressão do nervo supra-escapular
Compressão do nervo supra-escapular
COMPRESSÃO DO NERVO SUPRA-ESCAPULAR (G56.8)
Síndrome provocada pela compressão do nervo supra-escapular em sua passagem sobre a borda superior
da escápula ou por meio do forame supra-escapular.
A exposição ocupacional está associada a atividades em que há uso de tiras largas nos ombros para o
transporte de peso, exigências de elevação de objetos pesados acima da altura do ombro e histórico de acidentes de
trabalho com fratura de escápula e/ou traumatismos do ombro. Sua ocorrência pode estar associada à prática de
esportes, como o voleibol e o beisebol, à presença de hipertrofia muscular e a complicações cirúrgicas do ombro.
O quadro clínico se caracteriza por dor escapular, comprometimento de movimentos e força de abdução e
rotação externa do braço. Em estágios avançados, pode haver hipotrofia do músculo supra-espinhoso e/ou infra-
espinhoso. A compressão exclusiva do ramo inferior do supra-escapular pode provocar fraqueza isolada do músculo
infra-espinhoso.
O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado pelo exame eletroneuromiográfico, mostrando lesão exclusiva
do nervo.
Quanto aos procedimentos diagnósticos, ver a introdução do capítulo 18 – Doenças do sistema osteomuscular
e do tecido conjuntivo (18.3) relacionadas ao trabalho. Em linhas gerais, o diagnóstico das mononeuropatias dos
membros superiores (11.3.9) baseia-se em:
- anamnese detalhada, descrevendo início, duração, evolução dos sintomas, fatores precipitantes e de
exacerbação (retorno de férias, aumento da carga de trabalho, traumas ou lesões agudas); fatores de
remissão, tratamentos e afastamentos das atividades laborais;
- exame físico minucioso, particularmente do sistema músculo-esquelético e do sistema nervoso periférico;
- história ocupacional: descrição das atividades anteriores e atuais;
- estudo da função atual: descrição dos aspectos biomecânicos da realização das tarefas diárias, uso de
máquinas e ferramentas, desenho do posto de trabalho, descrição dos aspectos da organização do
trabalho, como controle dos processos e avaliação da produtividade, jornada de trabalho e tempo de
serviço, relações interpessoais no trabalho;
- atividades domésticas, de esporte e lazer;
- exames complementares: radioimagem e eletroneuromiografia.
COMPRESSÃO DO NERVO SUPRA-ESCAPULAR (G56.8)
Síndrome provocada pela compressão do nervo supra-escapular em sua passagem sobre a borda superior
da escápula ou por meio do forame supra-escapular.
A exposição ocupacional está associada a atividades em que há uso de tiras largas nos ombros para o
transporte de peso, exigências de elevação de objetos pesados acima da altura do ombro e histórico de acidentes de
trabalho com fratura de escápula e/ou traumatismos do ombro. Sua ocorrência pode estar associada à prática de
esportes, como o voleibol e o beisebol, à presença de hipertrofia muscular e a complicações cirúrgicas do ombro.
O quadro clínico se caracteriza por dor escapular, comprometimento de movimentos e força de abdução e
rotação externa do braço. Em estágios avançados, pode haver hipotrofia do músculo supra-espinhoso e/ou infra-
espinhoso. A compressão exclusiva do ramo inferior do supra-escapular pode provocar fraqueza isolada do músculo
infra-espinhoso.
O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado pelo exame eletroneuromiográfico, mostrando lesão exclusiva
do nervo.
Quanto aos procedimentos diagnósticos, ver a introdução do capítulo 18 – Doenças do sistema osteomuscular
e do tecido conjuntivo (18.3) relacionadas ao trabalho. Em linhas gerais, o diagnóstico das mononeuropatias dos
membros superiores (11.3.9) baseia-se em:
- anamnese detalhada, descrevendo início, duração, evolução dos sintomas, fatores precipitantes e de
exacerbação (retorno de férias, aumento da carga de trabalho, traumas ou lesões agudas); fatores de
remissão, tratamentos e afastamentos das atividades laborais;
- exame físico minucioso, particularmente do sistema músculo-esquelético e do sistema nervoso periférico;
- história ocupacional: descrição das atividades anteriores e atuais;
- estudo da função atual: descrição dos aspectos biomecânicos da realização das tarefas diárias, uso de
máquinas e ferramentas, desenho do posto de trabalho, descrição dos aspectos da organização do
trabalho, como controle dos processos e avaliação da produtividade, jornada de trabalho e tempo de
serviço, relações interpessoais no trabalho;
- atividades domésticas, de esporte e lazer;
- exames complementares: radioimagem e eletroneuromiografia.
Thursday, April 9, 2015
Lesão do nervo cubital ulnar
Lesão do nervo cubital ulnar
LESÃO DO NERVO CUBITAL (ULNAR): SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL (G56.2)
Síndrome caracterizada pela compressão do nervo ulnar na região do cotovelo entre as duas cabeças do
músculo flexor ulnar do carpo – túnel cubital ou na altura do canal cubital.
Em ordem de aparecimento, é a segunda
manifestação de compressão nervosa mais freqüente, comum em pessoas que dormem com o braço fletido e pronado. É
descrita como associada a movimentos repetitivos, flexão extrema de cotovelo com ombro abduzido, flexão repetida de
cotovelo associada com sua extensão em contra-resistência, apoio de cotovelo em superfícies duras e vibrações
localizadas.
O paciente se queixa de fraqueza nas mãos, dormência, agulhadas em território de nervo ulnar ou apenas
dor na região medial do cotovelo. Como o canal estreita-se durante a flexão, o distúrbio pode ser visto apenas quando
há flexão do cotovelo por tempo prolongado, mesmo inexistindo movimentos repetitivos. Dor e parestesia noturna em
área do nervo ulnar que acorda o paciente, diminuição da força de preensão e dificuldade para movimentos finos de
precisão podem ser observados.
Ao exame, observa-se dor após flexão com pronação do cotovelo por cerca de 30 segundos, dígito-percussão
positiva na região retroolecraniana, alterações de sensibilidade em área do nervo ulnar (teste de monofilamentos de
Semmes-Weinstein), reprodução de sintomas pós-manutenção de flexão máxima do cotovelo com punho em posição
neutra, hipotrofia dos músculos intrínsecos da mão.
O diagnóstico baseado nos achados clínicos pode ser confirmado pela eletroneuromiografia.
LESÃO DO NERVO CUBITAL (ULNAR): SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL (G56.2)
Síndrome caracterizada pela compressão do nervo ulnar na região do cotovelo entre as duas cabeças do
músculo flexor ulnar do carpo – túnel cubital ou na altura do canal cubital.
Em ordem de aparecimento, é a segunda
manifestação de compressão nervosa mais freqüente, comum em pessoas que dormem com o braço fletido e pronado. É
descrita como associada a movimentos repetitivos, flexão extrema de cotovelo com ombro abduzido, flexão repetida de
cotovelo associada com sua extensão em contra-resistência, apoio de cotovelo em superfícies duras e vibrações
localizadas.
O paciente se queixa de fraqueza nas mãos, dormência, agulhadas em território de nervo ulnar ou apenas
dor na região medial do cotovelo. Como o canal estreita-se durante a flexão, o distúrbio pode ser visto apenas quando
há flexão do cotovelo por tempo prolongado, mesmo inexistindo movimentos repetitivos. Dor e parestesia noturna em
área do nervo ulnar que acorda o paciente, diminuição da força de preensão e dificuldade para movimentos finos de
precisão podem ser observados.
Ao exame, observa-se dor após flexão com pronação do cotovelo por cerca de 30 segundos, dígito-percussão
positiva na região retroolecraniana, alterações de sensibilidade em área do nervo ulnar (teste de monofilamentos de
Semmes-Weinstein), reprodução de sintomas pós-manutenção de flexão máxima do cotovelo com punho em posição
neutra, hipotrofia dos músculos intrínsecos da mão.
O diagnóstico baseado nos achados clínicos pode ser confirmado pela eletroneuromiografia.
Wednesday, April 8, 2015
Síndrome do canal de guyon
Síndrome do canal de guyon
SÍNDROME DO CANAL DE GUYON (G56.2)
É a síndrome caracterizada pela compressão do nervo ulnar na região do punho, no canal ou túnel de
Guyon. Trata-se de quadro pouco comum, associado com exposições a movimentos repetitivos (flexão, extensão) de
punhos e mãos, contusões contínuas, impactos intermitentes ou compressão mecânica na base das mãos (região
hipotenar ou borda ulnar), vibrações. É um problema descrito há tempos, entre ciclistas.
Predomina o quadro de alterações motoras, com possível paralisia de todos os músculos intrínsecos de
dedos exceto os dois primeiros lumbricais e o músculo abdutor curto do polegar, inervados pelo mediano. Pode haver
quadro exclusivamente sensitivo que se manifesta por formigamentos e dor nos 4.º e 5.º dedos. Podem ser observados
quatro diferentes tipos de apresentações clínicas, de acordo com o ponto de compressão, se sobre fibras sensitivas e/
ou motoras.
Ao exame físico, observa-se o teste de monofilamento alterado em área de ulnar, hipotrofia dos músculos
intrínsecos, sinal de Tinel no punho, lateralmente ao pisiforme, dígito-percussão e Phalen positivos em área de ulnar;
sinal de Froment (diminuição de força de adução de polegar); diminuição de força de preensão e pinça (polegar – 5.º
dedo), dificuldade de impulsionar bolinha de papel (piparote) com alça de polegar e mínimo, dificuldades de adução e
abdução dos 4.º e 5.º dedos. Podem associar-se com cisto sinovial.
O diagnóstico baseia-se no quadro clínico, no exame radiológico da mão para avaliar a articulação radioulnar
distal e na avaliação eletroneuromiográfica dos nervos mediano, ulnar e radial, para confirmação diagnóstica.
SÍNDROME DO CANAL DE GUYON (G56.2)
É a síndrome caracterizada pela compressão do nervo ulnar na região do punho, no canal ou túnel de
Guyon. Trata-se de quadro pouco comum, associado com exposições a movimentos repetitivos (flexão, extensão) de
punhos e mãos, contusões contínuas, impactos intermitentes ou compressão mecânica na base das mãos (região
hipotenar ou borda ulnar), vibrações. É um problema descrito há tempos, entre ciclistas.
Predomina o quadro de alterações motoras, com possível paralisia de todos os músculos intrínsecos de
dedos exceto os dois primeiros lumbricais e o músculo abdutor curto do polegar, inervados pelo mediano. Pode haver
quadro exclusivamente sensitivo que se manifesta por formigamentos e dor nos 4.º e 5.º dedos. Podem ser observados
quatro diferentes tipos de apresentações clínicas, de acordo com o ponto de compressão, se sobre fibras sensitivas e/
ou motoras.
Ao exame físico, observa-se o teste de monofilamento alterado em área de ulnar, hipotrofia dos músculos
intrínsecos, sinal de Tinel no punho, lateralmente ao pisiforme, dígito-percussão e Phalen positivos em área de ulnar;
sinal de Froment (diminuição de força de adução de polegar); diminuição de força de preensão e pinça (polegar – 5.º
dedo), dificuldade de impulsionar bolinha de papel (piparote) com alça de polegar e mínimo, dificuldades de adução e
abdução dos 4.º e 5.º dedos. Podem associar-se com cisto sinovial.
O diagnóstico baseia-se no quadro clínico, no exame radiológico da mão para avaliar a articulação radioulnar
distal e na avaliação eletroneuromiográfica dos nervos mediano, ulnar e radial, para confirmação diagnóstica.
Tuesday, April 7, 2015
Síndrome do pronador redondo
Síndrome do pronador redondo
SÍNDROME DO PRONADOR REDONDO (G56.1)
Resulta da compressão do nervo mediano em sua passagem pela região do cotovelo entre as duas porções
do músculo pronador redondo. A síndrome do pronador redondo tem sido incluída entre os diversos quadros de
compressão nervosa relacionados ao trabalho. Entre as exposições ocupacionais associadas com o quadro estão
supinação e pronação repetidas e repetição de esforço manual com antebraço em pronação.
Como na síndrome do túnel do carpo, existem controvérsias quanto à caracterização de
sua relação com atividades profissionais.
O quadro clínico caracteriza-se por dor em projeção do músculo pronador durante esforços e/ou repetição,
acompanhado de hipoestesia no território do nervo mediano, diminuição da força de preensão e de pinça. Ao exame
clínico observa-se que as queixas são desencadeadas ou pioram com a flexão de cotovelo em contra-resistência(CR),
entre 120º e 150º. Podem ser realizados o teste de antagonismo da função de pronador redondo: com o cotovelo
estendido e o antebraço supinado, fazer pronação em CR e o teste de antagonismo de flexor superficial do dedo
médio: flexão CR de interfalangiano proximal (IFP). O sinal de Tinel pode ser positivo na fossa antecubital. Tinel
positivo no caso de antebraço e negativo em punho, sinais de Phalen e Phalen invertido negativos.
O diagnóstico é clínico, embora difícil, em decorrência da possibilidade de confusão com outras nosologias
que acometem estruturas das proximidades do cotovelo medial e da ausência de testes de boa sensibilidade, já que a
eletroneuromiografia (ENMG) é apontada como podendo ser negativa em até 80% dos casos.
SÍNDROME DO PRONADOR REDONDO (G56.1)
Resulta da compressão do nervo mediano em sua passagem pela região do cotovelo entre as duas porções
do músculo pronador redondo. A síndrome do pronador redondo tem sido incluída entre os diversos quadros de
compressão nervosa relacionados ao trabalho. Entre as exposições ocupacionais associadas com o quadro estão
supinação e pronação repetidas e repetição de esforço manual com antebraço em pronação.
Como na síndrome do túnel do carpo, existem controvérsias quanto à caracterização de
sua relação com atividades profissionais.
O quadro clínico caracteriza-se por dor em projeção do músculo pronador durante esforços e/ou repetição,
acompanhado de hipoestesia no território do nervo mediano, diminuição da força de preensão e de pinça. Ao exame
clínico observa-se que as queixas são desencadeadas ou pioram com a flexão de cotovelo em contra-resistência(CR),
entre 120º e 150º. Podem ser realizados o teste de antagonismo da função de pronador redondo: com o cotovelo
estendido e o antebraço supinado, fazer pronação em CR e o teste de antagonismo de flexor superficial do dedo
médio: flexão CR de interfalangiano proximal (IFP). O sinal de Tinel pode ser positivo na fossa antecubital. Tinel
positivo no caso de antebraço e negativo em punho, sinais de Phalen e Phalen invertido negativos.
O diagnóstico é clínico, embora difícil, em decorrência da possibilidade de confusão com outras nosologias
que acometem estruturas das proximidades do cotovelo medial e da ausência de testes de boa sensibilidade, já que a
eletroneuromiografia (ENMG) é apontada como podendo ser negativa em até 80% dos casos.
Monday, April 6, 2015
Síndrome do túnel do carpo
Síndrome do túnel do carpo
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO (G56.0)
É a síndrome caracterizada pela compressão do nervo mediano em sua passagem pelo canal ou túnel do
carpo. Está associada a tarefas que exigem alta força e/ou alta repetitividade, observando-se que a associação de
repetitividade com frio aumenta o risco.
As exposições ocupacionais consideradas mais envolvidas com o surgimento do quadro incluem flexão e
extensão de punho repetidas principalmente se associadas com força, compressão mecânica da palma das mãos, uso
de força na base das mãos e vibrações.
Entre os profissionais mais afetados estão os que usam intensivamente os teclados de computadores, os
trabalhadores que lidam com caixas registradoras, os telegrafistas, as costureiras, os açougueiros e os trabalhadores
em abatedouros de aves ou em linhas de montagem.
O quadro inicial caracteriza-se por queixas sensitivas: sensação de formigamento (hipoestesia) na mão, à noite,
dor e parestesia em área do nervo mediano (polegar, indicador, médio e metade radial do anular), que podem aumentar na
vigência de exigências do trabalho semelhantes às supracitadas, desconforto que pode se irradiar até os ombros. Os
sintomas são predominantemente noturnos e podem, inclusive, melhorar em alguns casos durante as atividades diurnas.
Alguns pacientes referem-se a dores nas mãos que irradiam para o ombro.
Os achados de exame físico incluem diminuição da sensibilidade superficial (teste de monofilamento) e de
2 pontos no território mediano. Os testes de Phalen, Phalen invertido, Tinel ou dígito-percussão em projeção de
túnel de carpo são úteis na caracterização clínica dos sintomas. A hipotrofia tenar é característica das compressões
crônicas. Nota-se diminuição da força de preensão e de pinça (polegar – indicador), dificuldade de impulsionar bolinha
de papel (piparote) com polegar indicador.
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO (G56.0)
É a síndrome caracterizada pela compressão do nervo mediano em sua passagem pelo canal ou túnel do
carpo. Está associada a tarefas que exigem alta força e/ou alta repetitividade, observando-se que a associação de
repetitividade com frio aumenta o risco.
As exposições ocupacionais consideradas mais envolvidas com o surgimento do quadro incluem flexão e
extensão de punho repetidas principalmente se associadas com força, compressão mecânica da palma das mãos, uso
de força na base das mãos e vibrações.
Entre os profissionais mais afetados estão os que usam intensivamente os teclados de computadores, os
trabalhadores que lidam com caixas registradoras, os telegrafistas, as costureiras, os açougueiros e os trabalhadores
em abatedouros de aves ou em linhas de montagem.
O quadro inicial caracteriza-se por queixas sensitivas: sensação de formigamento (hipoestesia) na mão, à noite,
dor e parestesia em área do nervo mediano (polegar, indicador, médio e metade radial do anular), que podem aumentar na
vigência de exigências do trabalho semelhantes às supracitadas, desconforto que pode se irradiar até os ombros. Os
sintomas são predominantemente noturnos e podem, inclusive, melhorar em alguns casos durante as atividades diurnas.
Alguns pacientes referem-se a dores nas mãos que irradiam para o ombro.
Os achados de exame físico incluem diminuição da sensibilidade superficial (teste de monofilamento) e de
2 pontos no território mediano. Os testes de Phalen, Phalen invertido, Tinel ou dígito-percussão em projeção de
túnel de carpo são úteis na caracterização clínica dos sintomas. A hipotrofia tenar é característica das compressões
crônicas. Nota-se diminuição da força de preensão e de pinça (polegar – indicador), dificuldade de impulsionar bolinha
de papel (piparote) com polegar indicador.
Sunday, April 5, 2015
Mononeuropatias dos membros superiores - Quadro clínico e diagnóstico
Mononeuropatias dos membros superiores - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A seguir, serão caracterizadas cada uma das síndromes que constam da lista.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A seguir, serão caracterizadas cada uma das síndromes que constam da lista.
Saturday, April 4, 2015
Mononeuropatias dos membros superiores - Epidemiologia e Fatores de risco
Mononeuropatias dos membros superiores - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As mononeuropatias dos membros superiores podem ser classificadas como doenças relacionadas ao
trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, nas quais o trabalho deve ser considerado como fator de risco, no
conjunto de fatores de risco associados com a etiologia multicausal dessas neuropatias, particularmente em trabalhadores
que exercem atividades em posições forçadas e/ou com gestos repetitivos.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As mononeuropatias dos membros superiores podem ser classificadas como doenças relacionadas ao
trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, nas quais o trabalho deve ser considerado como fator de risco, no
conjunto de fatores de risco associados com a etiologia multicausal dessas neuropatias, particularmente em trabalhadores
que exercem atividades em posições forçadas e/ou com gestos repetitivos.
Friday, April 3, 2015
Mononeuropatias dos membros superiores - Definição da Doença
Mononeuropatias dos membros superiores - Definição da Doença
MONONEUROPATIAS DOS MEMBROS SUPERIORES: CID-10 G56.-
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO G56.0
OUTRAS LESÕES DO NERVO MEDIANO:
SÍNDROME DO PRONADOR REDONDO G56.1
SÍNDROME DO CANAL DE GUYON G56.2
LESÃO DO NERVO CUBITAL (ULNAR):
SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL G56.2
OUTRAS MONONEUROPATIAS DOS MEMBROS SUPERIORES:
COMPRESSÃO DO NERVO SUPRA-ESCAPULAR G56.8
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
As mononeuropatias periféricas designam um conjunto de alterações decorrentes da compressão de apenas
um dos nervos dos membros superiores e inferiores. Essas lesões podem decorrer de uma pressão interna, como, por
exemplo, de uma contração muscular ou edema da bainha dos tendões ou de forças externas, como a quina de uma
mesa, uma ferramenta manual ou a superfície rígida de uma cadeira, e estão incluídas no grupo LER/DORT.
Entre as entidades nosológicas que acometem os membros superiores estão síndrome do túnel do carpo,
síndrome do pronador redondo, síndrome do canal de Guyon, lesão do nervo cubital (ulnar), síndrome do túnel cubital,
lesão do nervo radial e compressão do nervo supra-escapular. Um outro grupo reúne quadros dolorosos pouco definidos,
porém persistentes, que levam a grande sofrimento dos trabalhadores e dificultam seu trabalho e sua vida pessoal e
social.
MONONEUROPATIAS DOS MEMBROS SUPERIORES: CID-10 G56.-
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO G56.0
OUTRAS LESÕES DO NERVO MEDIANO:
SÍNDROME DO PRONADOR REDONDO G56.1
SÍNDROME DO CANAL DE GUYON G56.2
LESÃO DO NERVO CUBITAL (ULNAR):
SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL G56.2
OUTRAS MONONEUROPATIAS DOS MEMBROS SUPERIORES:
COMPRESSÃO DO NERVO SUPRA-ESCAPULAR G56.8
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
As mononeuropatias periféricas designam um conjunto de alterações decorrentes da compressão de apenas
um dos nervos dos membros superiores e inferiores. Essas lesões podem decorrer de uma pressão interna, como, por
exemplo, de uma contração muscular ou edema da bainha dos tendões ou de forças externas, como a quina de uma
mesa, uma ferramenta manual ou a superfície rígida de uma cadeira, e estão incluídas no grupo LER/DORT.
Entre as entidades nosológicas que acometem os membros superiores estão síndrome do túnel do carpo,
síndrome do pronador redondo, síndrome do canal de Guyon, lesão do nervo cubital (ulnar), síndrome do túnel cubital,
lesão do nervo radial e compressão do nervo supra-escapular. Um outro grupo reúne quadros dolorosos pouco definidos,
porém persistentes, que levam a grande sofrimento dos trabalhadores e dificultam seu trabalho e sua vida pessoal e
social.
Thursday, April 2, 2015
Transtornos do plexo braquial - Prevenção
Transtornos do plexo braquial - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A prevenção dos transtornos do plexo braquial (11.3.8) relacionados ao trabalho consiste na vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução do capítulo 18
– Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (18.3) relacionadas ao trabalho, deste manual.
A implantação de um programa de acompanhamento médico e vigilância dos fatores de risco é fundamental
para a prevenção desses agravos. Recomenda-se iniciar a vigilância pela busca passiva e ativa de queixas ou sintomas
músculo-esqueléticos, por meio de:
- entrevista com o trabalhador;
- achados médicos sugestivos de sobrecargas de trabalho, pelo uso de questionários.
Os resultados obtidos podem auxiliar na identificação dos problemas e na definição do caso para fins de
vigilância. Os indivíduos selecionados serão posteriormente avaliados por meio da coleta da história clínica detalhada e
do exame físico. Escalas de limitação ou incapacidade funcional podem ser úteis na estimativa de gravidade. A definição
do caso para fins epidemiológicos é distinta daquela utilizada para fins de diagnóstico clínico e para condução dos casos.
A vigilância de fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos de plexo braquial completa os
procedimentos, por meio de:
- estudo das atividades ou tarefas ou de uma amostra delas, utilizando check-lists;
- análise ergonômica das áreas e/ou atividades identificadas como potencialmente mais arriscadas na
primeira fase.
A análise das informações obtidas nas duas etapas da vigilância permitirá a identificação das áreas prioritárias
para as estratégias de prevenção.
Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), da Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos
estados e municípios. Para a promoção da saúde do trabalhador e prevenção dos transtornos do plexo braquial
relacionados ao trabalho, devem ser observadas, pelo empregador, as prescrições contidas na NR 17, que estabelece
parâmetros para a avaliação e correção de situações e condições de trabalho, do ponto de vista ergonômico. Devem
ser definidas estratégias para garantir a participação dos trabalhadores e a sensibilização dos níveis gerenciais para a
implementação das medidas preventivas que envolvam modificações na organização do trabalho. A intervenção sobre
os ambientes de trabalho deve basear-se na análise da organização do trabalho, incluindo:
- análise ergonômica do trabalho (real) da atividade, das tarefas, dos modos operatórios e dos postos de
trabalho;
- avaliação do ritmo e da intensidade do trabalho;
- estudo dos fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho, sistemas de turnos, sistemas
de premiação e de incentivos;
- avaliação dos fatores psicossociais, individuais e das relações de trabalho entre colegas e chefias.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica com pesquisa de sinais e sintomas neurológicos, por meio de protocolo padronizado
e exame físico criterioso;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar o fato ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
5 PREVENÇÃO
A prevenção dos transtornos do plexo braquial (11.3.8) relacionados ao trabalho consiste na vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução do capítulo 18
– Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (18.3) relacionadas ao trabalho, deste manual.
A implantação de um programa de acompanhamento médico e vigilância dos fatores de risco é fundamental
para a prevenção desses agravos. Recomenda-se iniciar a vigilância pela busca passiva e ativa de queixas ou sintomas
músculo-esqueléticos, por meio de:
- entrevista com o trabalhador;
- achados médicos sugestivos de sobrecargas de trabalho, pelo uso de questionários.
Os resultados obtidos podem auxiliar na identificação dos problemas e na definição do caso para fins de
vigilância. Os indivíduos selecionados serão posteriormente avaliados por meio da coleta da história clínica detalhada e
do exame físico. Escalas de limitação ou incapacidade funcional podem ser úteis na estimativa de gravidade. A definição
do caso para fins epidemiológicos é distinta daquela utilizada para fins de diagnóstico clínico e para condução dos casos.
A vigilância de fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos de plexo braquial completa os
procedimentos, por meio de:
- estudo das atividades ou tarefas ou de uma amostra delas, utilizando check-lists;
- análise ergonômica das áreas e/ou atividades identificadas como potencialmente mais arriscadas na
primeira fase.
A análise das informações obtidas nas duas etapas da vigilância permitirá a identificação das áreas prioritárias
para as estratégias de prevenção.
Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), da Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos
estados e municípios. Para a promoção da saúde do trabalhador e prevenção dos transtornos do plexo braquial
relacionados ao trabalho, devem ser observadas, pelo empregador, as prescrições contidas na NR 17, que estabelece
parâmetros para a avaliação e correção de situações e condições de trabalho, do ponto de vista ergonômico. Devem
ser definidas estratégias para garantir a participação dos trabalhadores e a sensibilização dos níveis gerenciais para a
implementação das medidas preventivas que envolvam modificações na organização do trabalho. A intervenção sobre
os ambientes de trabalho deve basear-se na análise da organização do trabalho, incluindo:
- análise ergonômica do trabalho (real) da atividade, das tarefas, dos modos operatórios e dos postos de
trabalho;
- avaliação do ritmo e da intensidade do trabalho;
- estudo dos fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho, sistemas de turnos, sistemas
de premiação e de incentivos;
- avaliação dos fatores psicossociais, individuais e das relações de trabalho entre colegas e chefias.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica com pesquisa de sinais e sintomas neurológicos, por meio de protocolo padronizado
e exame físico criterioso;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar o fato ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Wednesday, April 1, 2015
Transtornos do plexo braquial - Tratamento
Transtornos do plexo braquial - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
As orientações básicas para a condução de casos de LER/DORT estão na introdução do capítulo 18 –
Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (18.3) relacionadas ao trabalho.
Segundo Herington & Morse (1995), a síndrome do desfiladeiro torácico é uma anormalidade estrutural
cujo tratamento requer, em geral, apenas uma série de exercícios mantidos por cerca de 6 semanas, para alongar a
musculatura anterior do tórax, fortalecer os músculos da cintura escapular e a parte posterior do tórax, mover a cabeça
e o pescoço para a posição normal (corrigir postura de cabeça fletida ou curvada anteriormente). A correção da posição
usada para dormir deve completar a orientação visando ao melhor controle dos sintomas noturnos. Gordon (1995)
acrescenta que na presença de costela cervical, que costuma aparecer em apenas um dos lados ou na ausência de
resposta ao tratamento conservador, o tratamento cirúrgico estará indicado.
A avaliação da incapacidade decorrente de um quadro de compressão do plexo braquial não é uma tarefa
fácil. Entre as várias tentativas para se organizar, sistematizar, qualificar e, se possível, hierarquizar as deficiências
(em bases semiquantitativas), os indicadores e parâmetros utilizados nos Guides da AMA estabelecem critérios para
classificar e estadiar a disfunção ou deficiência causada pelos transtornos do plexo braquial (que afetam um membro)
em quatro níveis, a saber:
NÍVEL 1: o paciente pode utilizar a extremidade afetada para o autocuidado, para atividades diárias e para sustentar ou
segurar objetos, mas tem dificuldade com a destreza nos dedos da mão;
NÍVEL 2: o paciente pode utilizar a extremidade afetada para autocuidado, pode segurar e apertar objetos com dificuldade,
mas não tem destreza nos dedos;
NÍVEL 3: o paciente pode utilizar a extremidade afetada, mas tem dificuldade com as atividades de autocuidado;
NÍVEL 4: o paciente não pode utilizar a extremidade afetada para autocuidado, nem para as atividades diárias.
Os transtornos do plexo braquial que afetam os dois membros superiores podem produzir deficiência ou
disfunção, cujos indicadores ou parâmetros foram classificados e estagiados em quatro níveis:
NÍVEL 1: o paciente pode utilizar ambas as extremidades superiores, para autocuidado, para segurar e apertar objetos,
mas tem dificuldade com a destreza nos dedos da mão;
NÍVEL 2: o paciente pode utilizar ambas as extremidades superiores para autocuidado, pode segurar e apertar objetos
com dificuldade, mas não tem destreza nos dedos da mão;
NÍVEL 3: o paciente pode utilizar ambas as extremidades superiores, mas tem dificuldade com atividades de autocuidado;
NÍVEL 4: o paciente não pode utilizar os membros superiores.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
As orientações básicas para a condução de casos de LER/DORT estão na introdução do capítulo 18 –
Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (18.3) relacionadas ao trabalho.
Segundo Herington & Morse (1995), a síndrome do desfiladeiro torácico é uma anormalidade estrutural
cujo tratamento requer, em geral, apenas uma série de exercícios mantidos por cerca de 6 semanas, para alongar a
musculatura anterior do tórax, fortalecer os músculos da cintura escapular e a parte posterior do tórax, mover a cabeça
e o pescoço para a posição normal (corrigir postura de cabeça fletida ou curvada anteriormente). A correção da posição
usada para dormir deve completar a orientação visando ao melhor controle dos sintomas noturnos. Gordon (1995)
acrescenta que na presença de costela cervical, que costuma aparecer em apenas um dos lados ou na ausência de
resposta ao tratamento conservador, o tratamento cirúrgico estará indicado.
A avaliação da incapacidade decorrente de um quadro de compressão do plexo braquial não é uma tarefa
fácil. Entre as várias tentativas para se organizar, sistematizar, qualificar e, se possível, hierarquizar as deficiências
(em bases semiquantitativas), os indicadores e parâmetros utilizados nos Guides da AMA estabelecem critérios para
classificar e estadiar a disfunção ou deficiência causada pelos transtornos do plexo braquial (que afetam um membro)
em quatro níveis, a saber:
NÍVEL 1: o paciente pode utilizar a extremidade afetada para o autocuidado, para atividades diárias e para sustentar ou
segurar objetos, mas tem dificuldade com a destreza nos dedos da mão;
NÍVEL 2: o paciente pode utilizar a extremidade afetada para autocuidado, pode segurar e apertar objetos com dificuldade,
mas não tem destreza nos dedos;
NÍVEL 3: o paciente pode utilizar a extremidade afetada, mas tem dificuldade com as atividades de autocuidado;
NÍVEL 4: o paciente não pode utilizar a extremidade afetada para autocuidado, nem para as atividades diárias.
Os transtornos do plexo braquial que afetam os dois membros superiores podem produzir deficiência ou
disfunção, cujos indicadores ou parâmetros foram classificados e estagiados em quatro níveis:
NÍVEL 1: o paciente pode utilizar ambas as extremidades superiores, para autocuidado, para segurar e apertar objetos,
mas tem dificuldade com a destreza nos dedos da mão;
NÍVEL 2: o paciente pode utilizar ambas as extremidades superiores para autocuidado, pode segurar e apertar objetos
com dificuldade, mas não tem destreza nos dedos da mão;
NÍVEL 3: o paciente pode utilizar ambas as extremidades superiores, mas tem dificuldade com atividades de autocuidado;
NÍVEL 4: o paciente não pode utilizar os membros superiores.
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