Tuesday, June 30, 2015

Labirintite - Prevenção

Labirintite - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da labirintite relacionada ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância dos ambientes,
das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde descritos na introdução deste capítulo.
Nos casos devido à exposição ao brometo de metila, as medidas de controle ambiental visam à eliminação
ou à manutenção de níveis de exposição a essa substância considerados aceitáveis, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva.
Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), da Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos
estados e municípios. O Anexo n.º 11 da NR 15 define os LT das concentrações em ar ambiente de várias substâncias
químicas, para jornadas de até 48 horas semanais. Para o brometo de metila é de 12 ppm ou 47 mg/m3.

Esses parâmetros devem ser revisados periodicamente e sua manutenção dentro dos limites estabelecidos
não exclui a possibilidade de ocorrerem danos para a saúde.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica com pesquisa de sinais e sintomas neurológicos, por meio de protocolo padronizado
e exame físico criterioso;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas;
- análises toxicológicas.

Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Os procedimentos recomendados para a vigilância da saúde de trabalhadores expostos a condições
hiperbáricas estão detalhados no protocolo Barotrauma do ouvido médio (13.3.1).


Monday, June 29, 2015

Labirintite - Tratamento

Labirintite - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento depende da patologia de base. Pode exigir recompressão em caso de efeitos associados à
doença descompressiva do ouvido interno. Porém, a recompressão pode estar formalmente contra-indicada nos casos
de barotrauma de ouvido interno instalados durante fase de compressão. Ver também o protocolo Barotrauma do
ouvido interno.


Sunday, June 28, 2015

Labirintite - Quadro clínico e diagnóstico

Labirintite - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A labirintite relacionada ao trabalho em ambientes hiperbáricos ou vertigem alternobárica é provocada pela
variação de pressão atmosférica, produzida no ar do meio ambiente ou na água, e decorre da ruptura da membrana oval
ou redonda, esta última mais freqüente. A variação da pressão atmosférica produz uma assimetria de pressões no ouvido
interno devida à dificuldade de nivelar as pressões do ouvido médio, frente a variações barométricas bruscas. Esse
desequilíbrio de pressão, geralmente unilateral, ocorre com mais freqüência na fase de descompressão e representa um
risco para o mergulhador, dada a desorientação que a labirintite pode provocar, aliada a náuseas e vômitos. A condição
pode ser observada na superfície se, durante uma manobra de Valsalva, ocorrer vertigem e for observado nistagmo.
A labirintite relacionada ao trabalho com exposição a substâncias químicas ototóxicas tem sido descrita em
trabalhadores expostos ao brometo de metila. As provas de função labiríntica são importantes para se chegar ao
diagnóstico correto. Entre as mais simples e de fácil aplicação prática podem ser mencionadas as seguintes:

PROVA DA MARCHA:
caminhar cinco passos para a frente, cinco para trás, alternadamente, primeiro com os olhos abertos,
depois com os olhos fechados (observar instabilidade, desvios);

PROVA DE ROMBERG:
paciente de pé, com os pés juntos e braços estendidos ao lado do corpo, com os olhos inicialmente
abertos, depois fechados (observar desequilíbrio);
PROVA DE ROMBERG-BARRÉ: posição com um pé adiante do outro (observar lateropulsão na direção do vestíbulo
hipofuncionante);

PROVA DE UNTERBERGER:
paciente executa movimentos de marcha sem sair do lugar, com os braços estendidos para a
frente e com os olhos fechados (tem valor quando ocorrem desvios angulares superiores a 45 graus –
sentido horário ou anti-horário).
É importante diferenciar se o quadro é de origem periférica ou central, por meio de exames complementares:
tomografia computadorizada, eletronistagmografia, posturografia dinâmica e ressonância magnética. A avaliação do
otoneurologista sempre será importante.


Saturday, June 27, 2015

Labirintite - Epidemiologia e Fatores de risco

Labirintite - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Entre os fatores capazes de causar labirintite está o trabalho sob condições hiperbáricas que inclui as
atividades sob ar comprimido e submersas. Entre eles destacam-se:
- mergulho civil (livre, raso, profundo);
- aviação;
- mergulho militar (convencional, operações militares táticas);
- construção civil: tubulão pneumático e túnel pressurizado;
- medicina: recompressão terapêutica e oxigenoterapia hiperbárica.

O brometo de metila, fumigante poderoso, altamente tóxico e gás já utilizado em processos de refrigeração
e como extintor de fogo, está associado à produção de quadros neurotóxicos multiformes, incluindo quadros de vertigem
e labirintite.
Em trabalhadores que exercem alguma das atividades acima identificadas, o diagnóstico de labirintite
relacionada ao trabalho, excluídas outras causas de labirintite, pode ser enquadrado no Grupo I da Classificação de
Schilling, em que o trabalho desempenha o papel de causa necessária.


Friday, June 26, 2015

Labirintite - Definição da Doença

Labirintite - Definição da Doença

13.3.4 LABIRINTITE CID-10 H83.0

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Labirintite é uma disfunção vestibular secundária a fatores irritantes, tóxicos, endócrinos, exócrinos,
metabólicos, infecciosos ou traumáticos.


Thursday, June 25, 2015

Outras vertigens periféricas - Prevenção

Outras vertigens periféricas - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção das vertigens periféricas relacionadas ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância
dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à manutenção de níveis de exposição considerados
seguros aos agentes responsáveis pela ocorrência da doença, entre eles, brometo de metila, cloreto de metileno e
outros solventes halogenados neurotóxicos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pela empresa, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo complementar
às medidas de proteção coletiva.
Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), da Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos
estados e municípios. O Anexo n.º 11 da NR 15 define os LT das concentrações em ar ambiente de várias substâncias
químicas, para jornadas de até 48 horas semanais:
- brometo de metila: 12 ppm ou 47 mg/m3;
- cloreto de metileno: 156 ppm ou 560 mg/m3.

Esses parâmetros devem ser revisados periodicamente e sua manutenção dentro dos limites estabelecidos
não exclui a possibilidade de ocorrerem danos para a saúde.

O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica com pesquisa de sinais e sintomas neurológicos, por meio de protocolo padronizado
e exame físico criterioso;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas;
- análises toxicológicas.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.





Wednesday, June 24, 2015

Outras vertigens periféricas - Quadro clínico e diagnóstico

Outras vertigens periféricas - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
As vertigens podem resultar de lesão ou distúrbio do aparelho auditivo, do nervo auditivo, dos centros
vestibulares ou de suas conexões nervosas com o cerebelo e o tronco encefálico. A investigação das causas de
vertigens, centrais ou periféricas, deve ser feita por especialista otoneurologista, com auxílio da propedêutica adequada
(estudo da marcha, do equilíbrio estático e dinâmico, da coordenação dos movimentos e realização da
eletronistagmografia). Na vigência de exposição a agentes químicos, a sua identificação e o conhecimento acerca de
seus efeitos potenciais auxilia a exploração diagnóstica. Por exemplo, a avaliação do nível de saturação de
carboxiemoglobina na exposição ao cloreto de metileno.

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento deve ser conduzido por especialista, podendo incluir medicação específica, treinamento de
reabilitação labiríntica e vestibular.
Em casos de lesão persistente, a indicação cirúrgica deve ser avaliada.


Tuesday, June 23, 2015

Outras vertigens periféricas - Epidemiologia e Fatores de risco

Outras vertigens periféricas - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
O brometo de metila, fumigante poderoso e gás já utilizado em processos de refrigeração e como extintor
de fogo, está associado à produção de quadros neurotóxicos multiformes, incluindo quadros de vertigem e labirintite.
Exposições ocupacionais ao cloreto de metileno, a níveis superiores a 500 ppm, produzem quadros polimorfos
de distúrbios do sistema nervoso, incluindo distúrbios de coordenação, perda de equilíbrio e vertigens periféricas. Este
mesmo quadro pode ser visto em exposições ocupacionais a outros solventes halogenados neurotóxicos.
Antecedentes de traumatismo craniano leve também estão descritos como causa ocupacional conhecida a
ser pesquisada. Nesse caso, o quadro corresponderia à seqüela de acidente, cuja relação com o trabalho tenha sido
anteriormente reconhecida, se o acidente tiver sido registrado.
Em trabalhadores expostos, o diagnóstico de vertigem periférica relacionada ao trabalho, excluídas outras
causas de vertigem, pode ser enquadrado no Grupo I da Classificação de Schilling, em que o trabalho desempenha o
papel de causa necessária.


Outras vertigens periféricas - Definição da Doença

Outras vertigens periféricas - Definição da Doença

13.3.3 OUTRAS VERTIGENS PERIFÉRICAS CID-10 H81.3

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Vertigem é definida como alteração do sentido do equilíbrio, caracterizada por uma sensação de instabilidade
e de aparente movimento rotatório do corpo (vertigem subjetiva ou rotatória) ou dos objetos que o rodeiam (vertigem
objetiva). Para alguns autores, a vertigem objetiva é caracterizada por nistagmo e desvio no movimento do corpo.

Monday, June 22, 2015

Perfuração da membrana do tímpano - Prevenção

Perfuração da membrana do tímpano - Prevenção

5 PREVENÇÃO
Os procedimentos recomendados para a vigilância de trabalhadores expostos a níveis anormais de pressão
estão descritos no protocolo Barotrauma do ouvido médio (13.3.1) e para expostos a ruídos estão no protocolo perda da
audição provocada pelo ruído e trauma acústico (13.3.5).


Sunday, June 21, 2015

Perfuração da membrana do tímpano - Tratamento

Perfuração da membrana do tímpano - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Segundo Farmer & Moon, (1995), o tratamento da perfuração do tímpano é o mesmo recomendado para o
barotrauma de ouvido médio, que se apresenta com sintomas e sinais otoscópicos, incluindo perfuração de tímpano:
- evitar novas exposições a condições hiperbáricas até a recuperação completa dos sintomas e da
membrana timpânica;
- utilizar descongestionantes tópicos, descongestionantes sistêmicos ou anti-histamínicos para evitar
possíveis efeitos adrenérgicos indesejáveis;
- indicar antibióticos para prevenir infecções secundárias.
A maioria dessas perfurações recupera-se espontaneamente e não há necessidade de intervenção cirúrgica.
Em caso de evidências de desarticulação da cadeia de ossículos do ouvido médio ou de ausência de recuperação da
perfuração em até três semanas, o paciente deve ser encaminhado a um especialista.


Saturday, June 20, 2015

Perfuração da membrana do tímpano - Quadro clínico e diagnóstico

Perfuração da membrana do tímpano - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
As perfurações timpânicas são mais comuns nos mergulhadores em meio líquido que no interior de câmaras
hiperbáricas, pois nessas torna-se mais fácil interromper a compressão ao primeiro sinal de barotrauma. A perfuração
da membrana timpânica no interior da câmara também é bem menos perigosa, por não haver o risco do ouvido interno
ser invadido pela água fria. Quando isso ocorre no mergulho, pode haver a irritação das estruturas labirínticas
responsáveis pela manutenção do equilíbrio, com perda da orientação espacial, náuseas e vômitos, vertigens e, em
casos mais graves, síncope. Essas manifestações são de curta duração, cessando logo que a temperatura da água
retida atinja a temperatura corporal, mas podem, principalmente no mergulho livre, impedir a volta do mergulhador à
superfície, levando-o à morte por afogamento.

A ruptura da membrana timpânica pode ser suspeitada indiretamente pela cessação súbita da dor, pelo
aparecimento dos sintomas de invasão do ouvido médio pela água fria, pela ocorrência de otorragia ou expectoração
sanguinolenta ou pela saída de ar sibilante pelo ouvido, quando no ato de assoar o nariz.
Como complicação da perfuração traumática da membrana timpânica, pode ocorrer processo infeccioso
pós-barotrauma, principalmente quando houver contato com a água. Nos trabalhos hiperbáricos a seco (câmara
hiperbárica, caixão pneumático), a infecção é rara. Pode-se formar, também, um colesteatoma quando, após a ruptura
extensa da membrana, dá-se a reparação à custa de uma cobertura de epitélio do conduto auditivo, em vez de se fazer
pela regeneração dos tecidos da própria membrana, como ocorre normalmente. Isso resulta numa perda da audição,
que levará à necessidade de uma intervenção cirúrgica (timpanoplastia).

Outra complicação do barotrauma do ouvido médio, com ruptura do tímpano, é a surdez, que pode ser:

SURDEZ DE TRANSMISSÃO:
processo de esclerose da membrana, com mobilidade reduzida, prejudicando a transmissão
das vibrações à cadeia de ossículos;

SURDEZ DE PERCEPÇÃO:
pode ser seqüela de uma lesão ao nível da janela oval, do labirinto, da cóclea ou do nervo
coclear, podendo a lesão tratar-se de uma esclerose desses elementos ou de um distúrbio vascular;
SURDEZ MISTA.

O diagnóstico está baseado em:
- história clínica e ocupacional;
- no exame físico, com otoscopia.
Ver também os protocolos sobre Barotrauma do ouvido médio (13.3.1);
Barotrauma do ouvido externo;
Barotrauma do ouvido interno em Otite barotrumática (13.3.9) e
Sinusite barotraumática (13.3.10).


Friday, June 19, 2015

Perfuração da membrana do tímpano - Epidemiologia e Fatores de risco

Perfuração da membrana do tímpano - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
O trabalho sob condições hiperbáricas inclui o trabalho sob ar comprimido e trabalhos submersos. Entre
eles, destacam-se:
- mergulho civil (livre, raso, profundo);
- aviadores;
- mergulho militar (convencional, operações militares táticas);
- construção civil: tubulão pneumático e túnel pressurizado;
- medicina: recompressão terapêutica e oxigenoterapia hiperbárica.
Constituem fatores predisponentes ou fatores de risco na gênese do barotrauma do ouvido médio:
- velocidade da compressão;
- proximidade da superfície;
- hábito e treinamento;
- fatores psicoemocionais;
- infecção das vias aéreas superiores;
- otites agudas e crônicas;
- rinite alérgica;
- vegetações adenóides hipertróficas;
- problemas nasais;
- problemas cicatriciais (trompa, rinofaringe, etc.);
- problemas dentários (má-oclusão);
- resistência da membrana timpânica.
Em trabalhadores que exercem alguma das atividades acima identificadas, o diagnóstico de perfuração da
membrana do tímpano relacionada ao trabalho pode ser enquadrado no Grupo I da Classificação de Schilling, em que
o trabalho desempenha o papel de causa necessária.


Thursday, June 18, 2015

Perfuração da membrana do tímpano - Definição da Doença

Perfuração da membrana do tímpano - Definição da Doença

13.3.2 PERFURAÇÃO DA MEMBRANA DO TÍMPANO CID-10 H72 OU S09.2

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
A perfuração da membrana do tímpano é uma forma grave do barotrauma do ouvido médio, decorrente de
súbitas alterações da pressão do ar ambiental, produzindo uma redução absoluta ou relativa da pressão no ouvido
médio, que pode causar sangramento da mucosa do ouvido médio e da membrana timpânica e, ocasionalmente,
ruptura da membrana timpânica e da membrana da janela redonda. Isso pode ocorrer depois da descompressão ou
recompressão rápida de uma câmara de alta ou baixa pressão, em mergulho rápido de uma grande altitude numa
aeronave não-pressurizada ou depois de vir à tona muito rapidamente, após mergulho.

Na classificação dos barotraumas, corresponde ao grau IV de uma escala de 4 graus da classificação de
Teed (presença de sangue no ouvido e/ou perfuração timpânica) ou grau III de uma escala de 3 graus da classificação
adotada pela Marinha do Brasil:
forma grave – ruptura timpânica e/ou sangue livre no conduto auditivo externo.
Além do barotrauma, exposições súbitas a altos níveis de pressão sonora podem causar a perfuração da
membrana do tímpano.


Wednesday, June 17, 2015

Otite média não-supurativa - Prevenção

Otite média não-supurativa - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção do barotrauma do ouvido médio baseia-se nos procedimentos de vigilância dos ambientes,
das condições de trabalho e dos efeitos e danos para a saúde. Os trabalhos em condições hiperbáricas, que exijam a
compressão em tubulão ou mergulho devem ser realizados obedecendo o Anexo n.º 6 da NR 15 (Trabalho em Condições
Hiperbáricas).
Os tempos de compressão e descompressão devem ser rigorosamente obedecidos. Deve ser realizada a
inspeção médica diária pré-compressão, de modo a não permitir que trabalhadores que apresentarem sinais de afecção
das vias aéreas superiores ou outras moléstias sejam submetidos a compressão. Esse procedimento é fundamental
para evitar o barotrauma de ouvido médio.
O controle médico periódico deve incluir o exame médico otorrinolaringológico pré-ocupacional e periódico.
Deve-se evitar exposição a baixas temperaturas e seguir estritamente as orientações relativas aos tempos e manobras
de compressão e descompressão.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.





Tuesday, June 16, 2015

Otite média não-supurativa - Tratamento

Otite média não-supurativa - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento do barotrauma do ouvido médio ocorrido na fase de compressão consiste em cautela e
prevenção. É importante excluir disfunções de ouvido interno. Estão indicadas manobras que ajudem a equilibrar a
pressão no ouvido médio.
Outras medidas têm sido sugeridas de acordo com classificação ou estagiamento do quadro
(Farmer & Moon, 1995):

PACIENTE COM SINTOMAS, SEM SINAIS OTOSCÓPICOS:
evitar novas compressões ou descidas até completa melhora de sintomas,
uso de descongestionantes tópicos, descongestionantes sistêmicos ou anti-histamínicos usados de modo
a evitar possíveis efeitos adrenérgicos indesejáveis;

PACIENTE COM SINTOMAS DE BAROTRAUMA DE OUVIDO MÉDIO E COM ACHADOS OTOSCÓPICOS:
evitar novas compressões ou descidas,
até completa melhora dos achados otológicos, descongestionantes nasais tópicos e sistêmicos e anti-
histamínicos usados de modo a evitar possíveis efeitos adrenérgicos indesejáveis. Antibióticos sistêmicos
podem ser usados na presença de sinais de infecção;

PACIENTE COM SINTOMAS E SINAIS OTOSCÓPICOS INCLUINDO PERFURAÇÃO DE TÍMPANO:
o mesmo tratamento dos pacientes com
sintomas e sem sinais otoscópicos acrescido de antibióticos para prevenir infecções secundárias. NovasDOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
exposições a condições hiperbáricas devem ser evitadas até a recuperação da membrana timpânica. A
maioria dessas perfurações recupera-se espontaneamente e não há necessidade de intervenção cirúrgica.
Em caso de evidências de desarticulação da cadeia de ossículos de ouvido médio ou de ausência de
recuperação da perfuração em até 3 semanas, o paciente deve ser encaminhado a especialista.