Episódios depressivos - Definição da Doença
10.3.7 EPISÓDIOS DEPRESSIVOS CID-10 F32.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Os episódios depressivos caracterizam-se por humor triste, perda do interesse e prazer nas atividades
cotidianas, sendo comum uma sensação de fadiga aumentada.
O paciente pode se queixar de dificuldade de concentração, pode apresentar baixa auto-estima
e autoconfiança, desesperança, idéias de culpa e inutilidade; visões desoladas e pessimistas
do futuro, idéias ou atos suicidas.
O sono encontra-se freqüentemente perturbado, geralmente por insônia terminal.
O paciente se queixa de diminuição do apetite, geralmente com perda de peso sensível.
Sintomas de ansiedade são muito freqüentes.
A angústia tende a ser tipicamente mais intensa pela manhã.
As alterações da psicomotricidade podem variar da lentificação à agitação. Pode haver lentificação do pensamento. Os episódios
depressivos devem ser classificados nas modalidades: leve, moderada, grave sem sintomas psicóticos, grave com
sintomas psicóticos.
Friday, January 16, 2015
Thursday, January 15, 2015
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Prevenção
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Prevenção
5 PREVENÇÃO
Ações de prevenção do alcoolismo que se limitam a realizar cursos e palestras com a finalidade de procurar
transmitir conhecimentos científicos e aconselhamento sobre as ações prejudiciais do álcool no organismo são
freqüentemente inócuos.
De modo geral, só alcançam resultados positivos os programas que identificam, nas situações de trabalho
e do cotidiano da vida, os aspectos organizacionais
e ambientais relacionados ao risco alcoólico, procurando
implementar ações para transformá-los, como, por exemplo:
- práticas de supervisão e chefia direta em que a dignidade e a valorização do trabalhador são consideradas
com especial atenção nas situações de trabalho socialmente desprestigiadas;
- fornecimento de equipamentos adequados, disponibilidade de chuveiros e material para a higiene pessoal
(inclusive trocas suficientes de roupa);
- desenvolvimento de estratégias de redução das situações de exposição às ameaças, como agressão
armada e ira popular, com a participação dos próprios trabalhadores no desenvolvimento de tais
estratégias;
- disponibilidade de pausas em ambientes agradáveis e confortáveis, visando ao alívio da tensão;
- disponibilidade de meios de comunicação e de interação com outras pessoas durante a jornada de
trabalho nas situações de trabalho em isolamento;
- redução e controle dos níveis de ruído e de vibração nos ambientes de trabalho (muitas vezes os
trabalhadores usam o álcool como hipnótico após trabalharem em ambientes ruidosos e com vibração).
O exemplo clássico é o dos motoristas de ônibus.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
5 PREVENÇÃO
Ações de prevenção do alcoolismo que se limitam a realizar cursos e palestras com a finalidade de procurar
transmitir conhecimentos científicos e aconselhamento sobre as ações prejudiciais do álcool no organismo são
freqüentemente inócuos.
De modo geral, só alcançam resultados positivos os programas que identificam, nas situações de trabalho
e do cotidiano da vida, os aspectos organizacionais
e ambientais relacionados ao risco alcoólico, procurando
implementar ações para transformá-los, como, por exemplo:
- práticas de supervisão e chefia direta em que a dignidade e a valorização do trabalhador são consideradas
com especial atenção nas situações de trabalho socialmente desprestigiadas;
- fornecimento de equipamentos adequados, disponibilidade de chuveiros e material para a higiene pessoal
(inclusive trocas suficientes de roupa);
- desenvolvimento de estratégias de redução das situações de exposição às ameaças, como agressão
armada e ira popular, com a participação dos próprios trabalhadores no desenvolvimento de tais
estratégias;
- disponibilidade de pausas em ambientes agradáveis e confortáveis, visando ao alívio da tensão;
- disponibilidade de meios de comunicação e de interação com outras pessoas durante a jornada de
trabalho nas situações de trabalho em isolamento;
- redução e controle dos níveis de ruído e de vibração nos ambientes de trabalho (muitas vezes os
trabalhadores usam o álcool como hipnótico após trabalharem em ambientes ruidosos e com vibração).
O exemplo clássico é o dos motoristas de ônibus.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Wednesday, January 14, 2015
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Tratamento Grupos de mútua ajuda
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Tratamento Grupos de mútua ajuda
GRUPOS DE MÚTUA AJUDA:
Alcoólicos Anônimos (AA)/Grupos Anônimos de Familiares de Alcoólicos (Al-Anon) – os AA são
agrupamentos voluntários de ajuda mútua de centenas de milhares de pessoas com transtornos relacionados
ao álcool.
Fundado nos Estados Unidos (EUA), em 1935, por dois homens dependentes de álcool, está
disseminado pelo mundo e existe no Brasil. Apesar de, freqüentemente, os pacientes criarem objeções em
procurar os AA, quando os procuram, muitas vezes, tornam-se participantes entusiastas, o que melhora o
prognóstico por aumentar a adesão ao tratamento e o suporte social do paciente. O serviço que atende ao
trabalhador dependente de álcool deve disponibilizar esse tipo de encaminhamento;
RECURSOS DE CENTROS DE ATENÇÃO DIÁRIA:
após uma internação hospitalar em virtude de dependência de álcool, o retorno
ao lar e à comunidade, incluindo o trabalho, requer medidas de suporte emocional, orientação e reabilitação
psicossocial progressiva que podem ser disponibilizadas por serviços de saúde mental, tipo Centros de
Atenção Diária.
GRUPOS DE MÚTUA AJUDA:
Alcoólicos Anônimos (AA)/Grupos Anônimos de Familiares de Alcoólicos (Al-Anon) – os AA são
agrupamentos voluntários de ajuda mútua de centenas de milhares de pessoas com transtornos relacionados
ao álcool.
Fundado nos Estados Unidos (EUA), em 1935, por dois homens dependentes de álcool, está
disseminado pelo mundo e existe no Brasil. Apesar de, freqüentemente, os pacientes criarem objeções em
procurar os AA, quando os procuram, muitas vezes, tornam-se participantes entusiastas, o que melhora o
prognóstico por aumentar a adesão ao tratamento e o suporte social do paciente. O serviço que atende ao
trabalhador dependente de álcool deve disponibilizar esse tipo de encaminhamento;
RECURSOS DE CENTROS DE ATENÇÃO DIÁRIA:
após uma internação hospitalar em virtude de dependência de álcool, o retorno
ao lar e à comunidade, incluindo o trabalho, requer medidas de suporte emocional, orientação e reabilitação
psicossocial progressiva que podem ser disponibilizadas por serviços de saúde mental, tipo Centros de
Atenção Diária.
Tuesday, January 13, 2015
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Tratamento Psicoterapia
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Tratamento Psicoterapia
PSICOTERAPIA: o paciente geralmente tem uma relação ambivalente com a terapia e pode perder sessões e apresentar
recaídas com a bebida. O terapeuta deve lidar com o abuso do álcool como uma defesa psíquica, estar
preparado para ser testado várias vezes e não pode se esconder atrás da falta de motivação do
paciente quando as recaídas o ameaçarem. A depressão, freqüentemente associada ao alcoolismo
crônico, pode ser conduzida por meio do papel de suporte do terapeuta, podendo estar indicada a
adição de medicação antidepressiva. Além das experiências de psicoterapia individual, existem
experiências de psicoterapia de grupo que podem ser bastante interessantes, especialmente nos serviços
públicos de atenção à saúde do trabalhador;
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: tanto os ansiolíticos como os antidepressivos estão indicados no tratamento dos sintomas
de ansiedade e depressão de pacientes com transtornos relacionados com o abuso de álcool;
PSICOTERAPIA: o paciente geralmente tem uma relação ambivalente com a terapia e pode perder sessões e apresentar
recaídas com a bebida. O terapeuta deve lidar com o abuso do álcool como uma defesa psíquica, estar
preparado para ser testado várias vezes e não pode se esconder atrás da falta de motivação do
paciente quando as recaídas o ameaçarem. A depressão, freqüentemente associada ao alcoolismo
crônico, pode ser conduzida por meio do papel de suporte do terapeuta, podendo estar indicada a
adição de medicação antidepressiva. Além das experiências de psicoterapia individual, existem
experiências de psicoterapia de grupo que podem ser bastante interessantes, especialmente nos serviços
públicos de atenção à saúde do trabalhador;
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: tanto os ansiolíticos como os antidepressivos estão indicados no tratamento dos sintomas
de ansiedade e depressão de pacientes com transtornos relacionados com o abuso de álcool;
Monday, January 12, 2015
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Tratamento
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento do alcoolismo crônico envolve múltiplas estratégias terapêuticas que implicam, muitas vezes,
em mudanças na situação de trabalho. O prognóstico difícil pode desanimar as equipes de saúde com relação ao
tratamento dos alcoólatras. Apesar de alguns clínicos e grupos proporem a opção de beber controlado, a maioria dos
especialistas e dos estudos indicam que a abstinência completa de álcool é a pedra angular do tratamento. A maioria
das pessoas com transtornos relacionados ao álcool busca tratamento pressionada por alguém da família (a esposa,
geralmente) ou por um empregador, chefe ou amigo. Os pacientes que são persuadidos, encorajados ou mesmo
coagidos ao tratamento por pessoas significativas para eles estão mais aptos a permanecer em tratamento e têm um
prognóstico melhor do que os não-pressionados.
* O alcoolismo crônico afeta múltiplos órgãos e funções, determinando o surgimento de quadros clínicos pertinentes a várias especialidades médicas, como neurologia,
gastroenterologia, cardiologia e hematologia.
O melhor prognóstico está associado à busca voluntária de um
profissional de saúde mental em virtude de a pessoa ter concluído que é alcoólatra e que necessita de ajuda. Assim,
a disponibilidade dos profissionais e dos serviços de saúde para atender aos trabalhadores alcoólatras é uma das
primeiras estratégias do tratamento.
As estratégias de tratamento do alcoolismo crônico incluem:
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento do alcoolismo crônico envolve múltiplas estratégias terapêuticas que implicam, muitas vezes,
em mudanças na situação de trabalho. O prognóstico difícil pode desanimar as equipes de saúde com relação ao
tratamento dos alcoólatras. Apesar de alguns clínicos e grupos proporem a opção de beber controlado, a maioria dos
especialistas e dos estudos indicam que a abstinência completa de álcool é a pedra angular do tratamento. A maioria
das pessoas com transtornos relacionados ao álcool busca tratamento pressionada por alguém da família (a esposa,
geralmente) ou por um empregador, chefe ou amigo. Os pacientes que são persuadidos, encorajados ou mesmo
coagidos ao tratamento por pessoas significativas para eles estão mais aptos a permanecer em tratamento e têm um
prognóstico melhor do que os não-pressionados.
* O alcoolismo crônico afeta múltiplos órgãos e funções, determinando o surgimento de quadros clínicos pertinentes a várias especialidades médicas, como neurologia,
gastroenterologia, cardiologia e hematologia.
O melhor prognóstico está associado à busca voluntária de um
profissional de saúde mental em virtude de a pessoa ter concluído que é alcoólatra e que necessita de ajuda. Assim,
a disponibilidade dos profissionais e dos serviços de saúde para atender aos trabalhadores alcoólatras é uma das
primeiras estratégias do tratamento.
As estratégias de tratamento do alcoolismo crônico incluem:
Sunday, January 11, 2015
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Quadro clínico e diagnóstico
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os critérios diagnósticos podem ser adaptados daqueles previstos para a caracterização das demais
síndromes de dependência, segundo os quais três ou mais manifestações devem ter ocorrido, conjuntamente, por pelo
menos um mês ou, se persistentes, por períodos menores do que um mês. As manifestações devem ocorrer juntas, de
forma repetida durante um período de 12 meses, devendo ser explicitada a relação da ocorrência com a situação de
trabalho:
- um forte desejo ou compulsão de consumir álcool em situações de forte tensão presente ou gerada
pelo trabalho;
- comprometimento da capacidade de controlar o comportamento de uso da substância – em termos de
início, término ou níveis – evidenciado pelo uso da substância em quantidades maiores ou por um
período mais longo que o pretendido ou por um desejo persistente ou por esforços infrutíferos para
reduzir ou controlar o seu uso;
- um estado fisiológico de abstinência quando o uso do álcool é reduzido ou interrompido;
- evidência de tolerância aos efeitos da substância de forma que haja uma necessidade de quantidades
crescentes da substância para obter o efeito desejado;
- preocupação com o uso da substância, manifestada pela redução ou abandono de importantes prazeres
ou interesses alternativos por causa de seu uso ou pelo gasto de uma grande quantidade de tempo em
atividades necessárias para obter, consumir ou recuperar-se dos efeitos da ingestão da substância;
- uso persistente da substância, a despeito das evidências das suas conseqüências nocivas e da
consciência do indivíduo a respeito do problema.
O alcoolismo crônico, caracterizado acima como síndrome de dependência do álcool, está associado ao
desenvolvimento de outros transtornos mentais, a saber:
- delirium (delirium tremens);
- demência induzida pelo álcool;
- transtorno amnésico induzido pelo álcool;
- transtorno psicótico induzido pelo álcool;
- outros transtornos relacionados ao álcool*: transtorno do humor induzido pelo álcool, transtorno de
ansiedade induzido pelo álcool, disfunção sexual induzida pelo álcool, transtorno do sono induzido
pelo álcool.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os critérios diagnósticos podem ser adaptados daqueles previstos para a caracterização das demais
síndromes de dependência, segundo os quais três ou mais manifestações devem ter ocorrido, conjuntamente, por pelo
menos um mês ou, se persistentes, por períodos menores do que um mês. As manifestações devem ocorrer juntas, de
forma repetida durante um período de 12 meses, devendo ser explicitada a relação da ocorrência com a situação de
trabalho:
- um forte desejo ou compulsão de consumir álcool em situações de forte tensão presente ou gerada
pelo trabalho;
- comprometimento da capacidade de controlar o comportamento de uso da substância – em termos de
início, término ou níveis – evidenciado pelo uso da substância em quantidades maiores ou por um
período mais longo que o pretendido ou por um desejo persistente ou por esforços infrutíferos para
reduzir ou controlar o seu uso;
- um estado fisiológico de abstinência quando o uso do álcool é reduzido ou interrompido;
- evidência de tolerância aos efeitos da substância de forma que haja uma necessidade de quantidades
crescentes da substância para obter o efeito desejado;
- preocupação com o uso da substância, manifestada pela redução ou abandono de importantes prazeres
ou interesses alternativos por causa de seu uso ou pelo gasto de uma grande quantidade de tempo em
atividades necessárias para obter, consumir ou recuperar-se dos efeitos da ingestão da substância;
- uso persistente da substância, a despeito das evidências das suas conseqüências nocivas e da
consciência do indivíduo a respeito do problema.
O alcoolismo crônico, caracterizado acima como síndrome de dependência do álcool, está associado ao
desenvolvimento de outros transtornos mentais, a saber:
- delirium (delirium tremens);
- demência induzida pelo álcool;
- transtorno amnésico induzido pelo álcool;
- transtorno psicótico induzido pelo álcool;
- outros transtornos relacionados ao álcool*: transtorno do humor induzido pelo álcool, transtorno de
ansiedade induzido pelo álcool, disfunção sexual induzida pelo álcool, transtorno do sono induzido
pelo álcool.
Saturday, January 10, 2015
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Epidemiologia e Fatores de risco
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
O trabalho é considerado um dos fatores psicossociais de risco para o alcoolismo crônico. O consumo
coletivo de bebidas alcoólicas associado a situações de trabalho pode ser decorrente de
prática defensiva, como meio de garantir inclusão no grupo.
Também pode ser uma forma de viabilizar o próprio trabalho, em decorrência dos
efeitos farmacológicos próprios do álcool: calmante, euforizante, estimulante, relaxante, indutor do sono, anestésico e
antisséptico. Entretanto, essas situações não são suficientes para caracterizar o uso patológico de bebidas alcoólicas.
Uma freqüência maior de casos (individuais) de alcoolismo tem sido observada em determinadas ocupações,
especialmente aquelas que se caracterizam por ser socialmente desprestigiadas e mesmo determinantes de certa
rejeição, como as que implicam contato com cadáveres, lixo ou dejetos em geral, apreensão e sacrifício de cães;
atividades em que a tensão é constante e elevada, como nas situações de trabalho perigoso (transportes coletivos,
estabelecimentos bancários, construção civil), de grande densidade de atividade mental (repartições públicas,
estabelecimentos bancários e comerciais), de trabalho monótono, que gera tédio, trabalhos em que a pessoa trabalha
em isolamento do convívio humano (vigias); situações de trabalho que envolvem afastamento prolongado do lar (viagens
freqüentes, plataformas marítimas, zonas de mineração).
As relações do alcoolismo crônico com o trabalho poderão ser classificadas por meio da CID-10, usando os
seguintes códigos: “fatores que influenciam o estado de saúde: (...) riscos potenciais à saúde relacionados com circunstâncias
socioeconômicas e psicossociais” (seção Z55-Z65 da CID-10) ou aos seguintes “fatores suplementares relacionados com as
causas de morbidade e de mortalidade classificados em outra parte” (seção Y90-Y98 da CID-10):
- problemas relacionados ao emprego e ao desemprego: condições difíceis de trabalho (Z56.5);
- circunstância relativa às condições de trabalho (Y96).
Portanto, havendo evidências epidemiológicas de excesso de prevalência de alcoolismo crônico em
determinados grupos ocupacionais, essa ocorrência poderá ser classificada como doença relacionada ao trabalho, do
Grupo II da Classificação de Schilling. O trabalho pode ser considerado como fator de risco, no conjunto de fatores de
risco associados à etiologia multicausal do alcoolismo crônico. Trata-se, portanto, de um nexo epidemiológico, de
natureza probabilística, principalmente quando as informações sobre as condições de trabalho forem consistentes com
as evidências epidemiológicas disponíveis.
Em casos particulares de trabalhadores previamente alcoolistas, circunstâncias como as acima descritas
pela CID-10 poderiam eventualmente desencadear, agravar ou contribuir para a recidiva da doença, o que levaria a
enquadrá-la no Grupo III da Classificação de Schilling.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
O trabalho é considerado um dos fatores psicossociais de risco para o alcoolismo crônico. O consumo
coletivo de bebidas alcoólicas associado a situações de trabalho pode ser decorrente de
prática defensiva, como meio de garantir inclusão no grupo.
Também pode ser uma forma de viabilizar o próprio trabalho, em decorrência dos
efeitos farmacológicos próprios do álcool: calmante, euforizante, estimulante, relaxante, indutor do sono, anestésico e
antisséptico. Entretanto, essas situações não são suficientes para caracterizar o uso patológico de bebidas alcoólicas.
Uma freqüência maior de casos (individuais) de alcoolismo tem sido observada em determinadas ocupações,
especialmente aquelas que se caracterizam por ser socialmente desprestigiadas e mesmo determinantes de certa
rejeição, como as que implicam contato com cadáveres, lixo ou dejetos em geral, apreensão e sacrifício de cães;
atividades em que a tensão é constante e elevada, como nas situações de trabalho perigoso (transportes coletivos,
estabelecimentos bancários, construção civil), de grande densidade de atividade mental (repartições públicas,
estabelecimentos bancários e comerciais), de trabalho monótono, que gera tédio, trabalhos em que a pessoa trabalha
em isolamento do convívio humano (vigias); situações de trabalho que envolvem afastamento prolongado do lar (viagens
freqüentes, plataformas marítimas, zonas de mineração).
As relações do alcoolismo crônico com o trabalho poderão ser classificadas por meio da CID-10, usando os
seguintes códigos: “fatores que influenciam o estado de saúde: (...) riscos potenciais à saúde relacionados com circunstâncias
socioeconômicas e psicossociais” (seção Z55-Z65 da CID-10) ou aos seguintes “fatores suplementares relacionados com as
causas de morbidade e de mortalidade classificados em outra parte” (seção Y90-Y98 da CID-10):
- problemas relacionados ao emprego e ao desemprego: condições difíceis de trabalho (Z56.5);
- circunstância relativa às condições de trabalho (Y96).
Portanto, havendo evidências epidemiológicas de excesso de prevalência de alcoolismo crônico em
determinados grupos ocupacionais, essa ocorrência poderá ser classificada como doença relacionada ao trabalho, do
Grupo II da Classificação de Schilling. O trabalho pode ser considerado como fator de risco, no conjunto de fatores de
risco associados à etiologia multicausal do alcoolismo crônico. Trata-se, portanto, de um nexo epidemiológico, de
natureza probabilística, principalmente quando as informações sobre as condições de trabalho forem consistentes com
as evidências epidemiológicas disponíveis.
Em casos particulares de trabalhadores previamente alcoolistas, circunstâncias como as acima descritas
pela CID-10 poderiam eventualmente desencadear, agravar ou contribuir para a recidiva da doença, o que levaria a
enquadrá-la no Grupo III da Classificação de Schilling.
Friday, January 9, 2015
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Definição da Doença
Alcoolismo crônico relacionado ao trabalho - Definição da Doença
10.3.6 ALCOOLISMO CRÔNICO RELACIONADO AO TRABALHO CID-10 F10.2
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Alcoolismo refere-se a um modo crônico e continuado de usar bebidas alcoólicas, caracterizado pelo
descontrole periódico da ingestão ou por um padrão de consumo de álcool com episódios freqüentes de intoxicação e
preocupação com o álcool e o seu uso, apesar das conseqüências adversas desse comportamento para a vida e a
saúde do usuário. Segundo a OMS, a síndrome de dependência do álcool é um dos problemas relacionados ao
trabalho. A Sociedade Americana das Dependências, em 1990, considerou o alcoolismo como uma doença crônica
primária que tem seu desenvolvimento e manifestações influenciados por fatores genéticos, psicossociais e ambientais,
freqüentemente progressiva e fatal. A perturbação do controle de ingestão de álcool caracteriza-se por ser contínua ou
periódica e por distorções do pensamento, caracteristicamente a negação, isto é, o bebedor alcoólico tende a não
reconhecer que faz uso abusivo do álcool.
10.3.6 ALCOOLISMO CRÔNICO RELACIONADO AO TRABALHO CID-10 F10.2
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Alcoolismo refere-se a um modo crônico e continuado de usar bebidas alcoólicas, caracterizado pelo
descontrole periódico da ingestão ou por um padrão de consumo de álcool com episódios freqüentes de intoxicação e
preocupação com o álcool e o seu uso, apesar das conseqüências adversas desse comportamento para a vida e a
saúde do usuário. Segundo a OMS, a síndrome de dependência do álcool é um dos problemas relacionados ao
trabalho. A Sociedade Americana das Dependências, em 1990, considerou o alcoolismo como uma doença crônica
primária que tem seu desenvolvimento e manifestações influenciados por fatores genéticos, psicossociais e ambientais,
freqüentemente progressiva e fatal. A perturbação do controle de ingestão de álcool caracteriza-se por ser contínua ou
periódica e por distorções do pensamento, caracteristicamente a negação, isto é, o bebedor alcoólico tende a não
reconhecer que faz uso abusivo do álcool.
Thursday, January 8, 2015
Transtorno mental orgânico ou sintomático - Prevenção
Transtorno mental orgânico ou sintomático - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A prevenção do transtorno mental orgânico ou sintomático não especificado relacionado ao trabalho consiste
na vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução
deste capítulo. Requer uma ação integrada, articulada entre os setores assistenciais e da vigilância, sendo desejável que
o atendimento seja feito por uma equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar, capacitada a lidar e dar suporte
ao sofrimento psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais e de intervenção nos ambientes de trabalho.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução dos níveis de exposição às substâncias
químicas envolvidas na gênese da doença, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho, de higiene pessoal, recursos para banhos, lavagem
das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva.
A intervenção sobre as condições de trabalho se baseia na análise ergonômica do trabalho real ou da atividade,
buscando conhecer, entre outros aspectos:
- conteúdo das tarefas, dos modos operatórios e dos postos de trabalho;
- ritmo e intensidade do trabalho;
- fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho e das normas de produção;
- sistemas de turnos;
- sistemas de premiação e incentivos;
- fatores psicossociais e individuais;
- relações de trabalho entre colegas e chefias;
- medidas de proteção coletiva e individual implementadas pelas empresas;
- as estratégias individuais e coletivas adotadas pelos trabalhadores.
A participação dos trabalhadores e dos níveis gerenciais é essencial para a implementação das medidas
corretivas e de promoção da saúde que envolvem modificações na organização do trabalho. Práticas de promoção da
saúde e de ambientes de trabalho saudáveis devem incluir ações de educação e prevenção do abuso de drogas,
especialmente álcool.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
5 PREVENÇÃO
A prevenção do transtorno mental orgânico ou sintomático não especificado relacionado ao trabalho consiste
na vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução
deste capítulo. Requer uma ação integrada, articulada entre os setores assistenciais e da vigilância, sendo desejável que
o atendimento seja feito por uma equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar, capacitada a lidar e dar suporte
ao sofrimento psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais e de intervenção nos ambientes de trabalho.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução dos níveis de exposição às substâncias
químicas envolvidas na gênese da doença, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho, de higiene pessoal, recursos para banhos, lavagem
das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva.
A intervenção sobre as condições de trabalho se baseia na análise ergonômica do trabalho real ou da atividade,
buscando conhecer, entre outros aspectos:
- conteúdo das tarefas, dos modos operatórios e dos postos de trabalho;
- ritmo e intensidade do trabalho;
- fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho e das normas de produção;
- sistemas de turnos;
- sistemas de premiação e incentivos;
- fatores psicossociais e individuais;
- relações de trabalho entre colegas e chefias;
- medidas de proteção coletiva e individual implementadas pelas empresas;
- as estratégias individuais e coletivas adotadas pelos trabalhadores.
A participação dos trabalhadores e dos níveis gerenciais é essencial para a implementação das medidas
corretivas e de promoção da saúde que envolvem modificações na organização do trabalho. Práticas de promoção da
saúde e de ambientes de trabalho saudáveis devem incluir ações de educação e prevenção do abuso de drogas,
especialmente álcool.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Wednesday, January 7, 2015
Transtorno mental orgânico ou sintomático - Tratamento
Transtorno mental orgânico ou sintomático - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento farmacológico: benzodiazepínicos para insônia e ansiedade, antidepressivos para depressão
e antipsicóticos para comportamento disruptivo. Pode estar indicado o uso de carbamazepina para controle da
impulsividade. Geralmente, há a indicação de aposentadoria por invalidez, com as medidas de reabilitação dirigindo-se
mais para a socialização do paciente na família e na comunidade.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento farmacológico: benzodiazepínicos para insônia e ansiedade, antidepressivos para depressão
e antipsicóticos para comportamento disruptivo. Pode estar indicado o uso de carbamazepina para controle da
impulsividade. Geralmente, há a indicação de aposentadoria por invalidez, com as medidas de reabilitação dirigindo-se
mais para a socialização do paciente na família e na comunidade.
Tuesday, January 6, 2015
Transtorno mental orgânico ou sintomático - Quadro clínico e diagnóstico
Transtorno mental orgânico ou sintomático - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico caracteriza-se pela evidência de doença, lesão ou disfunção cerebral ou de uma doença física
sistêmica, sabidamente associada a uma das síndromes relacionadas:
- uma relação temporal (semanas ou poucos meses) entre o desenvolvimento da doença subjacente e o
início da síndrome mental;
- recuperação do transtorno mental após a remoção ou melhora da causa presumida subjacente;
- ausência de evidência que sugira uma causa alternativa da síndrome mental, como, por exemplo, uma
forte história familiar ou estresse precipitante.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico caracteriza-se pela evidência de doença, lesão ou disfunção cerebral ou de uma doença física
sistêmica, sabidamente associada a uma das síndromes relacionadas:
- uma relação temporal (semanas ou poucos meses) entre o desenvolvimento da doença subjacente e o
início da síndrome mental;
- recuperação do transtorno mental após a remoção ou melhora da causa presumida subjacente;
- ausência de evidência que sugira uma causa alternativa da síndrome mental, como, por exemplo, uma
forte história familiar ou estresse precipitante.
Monday, January 5, 2015
Transtorno mental orgânico ou sintomático - Epidemiologia e Fatores de risco
Transtorno mental orgânico ou sintomático - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Quadros de transtorno mental orgânico ou sintomático têm sido encontrados entre os efeitos da exposição
ocupacional às seguintes substâncias químicas tóxicas:
- brometo de metila;
- chumbo e seus compostos tóxicos;
- manganês e seus compostos tóxicos;
- mercúrio e seus compostos tóxicos;
- sulfeto de carbono;
- tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos;
- tricloroetileno, tetracloroetileno, tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados neurotóxicos;
- outros solventes orgânicos neurotóxicos.
Em trabalhadores expostos a essas substâncias químicas neurotóxicas, entre outras, o diagnóstico de transtorno
mental orgânico ou sintomático, excluídas outras causas não-ocupacionais, pode ser enquadrado no Grupo I da Classificação
de Schilling, em que o trabalho desempenha o papel de causa necessária.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Quadros de transtorno mental orgânico ou sintomático têm sido encontrados entre os efeitos da exposição
ocupacional às seguintes substâncias químicas tóxicas:
- brometo de metila;
- chumbo e seus compostos tóxicos;
- manganês e seus compostos tóxicos;
- mercúrio e seus compostos tóxicos;
- sulfeto de carbono;
- tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos;
- tricloroetileno, tetracloroetileno, tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados neurotóxicos;
- outros solventes orgânicos neurotóxicos.
Em trabalhadores expostos a essas substâncias químicas neurotóxicas, entre outras, o diagnóstico de transtorno
mental orgânico ou sintomático, excluídas outras causas não-ocupacionais, pode ser enquadrado no Grupo I da Classificação
de Schilling, em que o trabalho desempenha o papel de causa necessária.
Sunday, January 4, 2015
Transtorno mental orgânico ou sintomático não-especificado - Definição da Doença
Transtorno mental orgânico ou sintomático não-especificado - Definição da Doença
10.3.5 TRANSTORNO MENTAL ORGÂNICO OU SINTOMÁTICO NÃO-ESPECIFICADO CID-10 F09.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Este termo compreende uma série de transtornos mentais agrupados por terem em comum uma doença
cerebral de etiologia demonstrável, uma lesão cerebral ou outro dano que leva a uma disfunção que pode ser primária,
como nas doenças, lesões ou danos que afetam direta e seletivamente o cérebro, ou secundária, como nas doenças
sistêmicas nas quais o cérebro é um dos múltiplos órgãos envolvidos.
Fazem parte desse grupo a demência na doença de Alzheimer, a demência vascular, a síndrome amnésica
orgânica (não-induzida por álcool ou psicotrópicos) e vários outros transtornos orgânicos (alucinose, estado
catatônico, delirante, do humor, da ansiedade), a síndrome pós-encefalite e pós-traumática, incluindo, também, a
psicose orgânica e a psicose sintomática.
10.3.5 TRANSTORNO MENTAL ORGÂNICO OU SINTOMÁTICO NÃO-ESPECIFICADO CID-10 F09.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Este termo compreende uma série de transtornos mentais agrupados por terem em comum uma doença
cerebral de etiologia demonstrável, uma lesão cerebral ou outro dano que leva a uma disfunção que pode ser primária,
como nas doenças, lesões ou danos que afetam direta e seletivamente o cérebro, ou secundária, como nas doenças
sistêmicas nas quais o cérebro é um dos múltiplos órgãos envolvidos.
Fazem parte desse grupo a demência na doença de Alzheimer, a demência vascular, a síndrome amnésica
orgânica (não-induzida por álcool ou psicotrópicos) e vários outros transtornos orgânicos (alucinose, estado
catatônico, delirante, do humor, da ansiedade), a síndrome pós-encefalite e pós-traumática, incluindo, também, a
psicose orgânica e a psicose sintomática.
Saturday, January 3, 2015
Transtorno orgânico de personalidade - Prevenção
Transtorno orgânico de personalidade - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A prevenção do transtorno orgânico de personalidade relacionado ao trabalho consiste na vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
Requer uma ação integrada, articulada entre os setores assistenciais e da vigilância, sendo desejável que o atendimento
seja feito por uma equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar, capacitada a lidar e a dar suporte ao
sofrimento psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais e de intervenção nos ambientes de trabalho.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução dos níveis de exposição a substâncias
químicas envolvidas na gênese da doença, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho, de higiene pessoal, recursos para banhos, lavagem
das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva.
A intervenção sobre as condições de trabalho se baseia na análise ergonômica do trabalho real ou da
atividade, buscando conhecer fatores que podem contribuir para o adoecimento, como, por exemplo:
- conteúdo das tarefas, dos modos operatórios e dos postos de trabalho;
- ritmo e intensidade do trabalho;
- fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho e das normas de produção;
- sistemas de turnos;
- sistemas de premiação e incentivos;
- fatores psicossociais e individuais;
- relações de trabalho entre colegas e chefias;
- medidas de proteção coletiva e individual implementadas pelas empresas;
- estratégias de defesa, individuais e coletivas, adotadas pelos trabalhadores.
A participação dos trabalhadores e dos níveis gerenciais é essencial para a implementação das medidas
corretivas e de promoção da saúde que envolvam modificações na organização do trabalho. Práticas de promoção da
saúde e de ambientes de trabalho saudáveis devem incluir ações de educação e prevenção do abuso de drogas,
especialmente álcool.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
5 PREVENÇÃO
A prevenção do transtorno orgânico de personalidade relacionado ao trabalho consiste na vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
Requer uma ação integrada, articulada entre os setores assistenciais e da vigilância, sendo desejável que o atendimento
seja feito por uma equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar, capacitada a lidar e a dar suporte ao
sofrimento psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais e de intervenção nos ambientes de trabalho.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução dos níveis de exposição a substâncias
químicas envolvidas na gênese da doença, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho, de higiene pessoal, recursos para banhos, lavagem
das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva.
A intervenção sobre as condições de trabalho se baseia na análise ergonômica do trabalho real ou da
atividade, buscando conhecer fatores que podem contribuir para o adoecimento, como, por exemplo:
- conteúdo das tarefas, dos modos operatórios e dos postos de trabalho;
- ritmo e intensidade do trabalho;
- fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho e das normas de produção;
- sistemas de turnos;
- sistemas de premiação e incentivos;
- fatores psicossociais e individuais;
- relações de trabalho entre colegas e chefias;
- medidas de proteção coletiva e individual implementadas pelas empresas;
- estratégias de defesa, individuais e coletivas, adotadas pelos trabalhadores.
A participação dos trabalhadores e dos níveis gerenciais é essencial para a implementação das medidas
corretivas e de promoção da saúde que envolvam modificações na organização do trabalho. Práticas de promoção da
saúde e de ambientes de trabalho saudáveis devem incluir ações de educação e prevenção do abuso de drogas,
especialmente álcool.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Friday, January 2, 2015
Transtorno orgânico de personalidade - Tratamento
Transtorno orgânico de personalidade - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Sendo o transtorno orgânico de personalidade relacionado ao trabalho uma seqüela de disfunção ou lesão
cerebral, o tratamento objetiva a reabilitação social, ou seja, diminuir os prejuízos advindos do comportamento pessoal
e social alterado.
O tratamento farmacológico é sintomático: benzodiazepínicos para insônia e ansiedade, antidepressivos
para depressão e antipsicóticos para comportamento disruptivo. Pode estar indicado o uso de carbamazepina para
controle da impulsividade.
Geralmente há a indicação de aposentadoria por invalidez e de medidas de reabilitação dirigidas para a
socialização do paciente na família e na comunidade.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Sendo o transtorno orgânico de personalidade relacionado ao trabalho uma seqüela de disfunção ou lesão
cerebral, o tratamento objetiva a reabilitação social, ou seja, diminuir os prejuízos advindos do comportamento pessoal
e social alterado.
O tratamento farmacológico é sintomático: benzodiazepínicos para insônia e ansiedade, antidepressivos
para depressão e antipsicóticos para comportamento disruptivo. Pode estar indicado o uso de carbamazepina para
controle da impulsividade.
Geralmente há a indicação de aposentadoria por invalidez e de medidas de reabilitação dirigidas para a
socialização do paciente na família e na comunidade.
Thursday, January 1, 2015
Transtorno orgânico de personalidade - Quadro clínico e diagnóstico
Transtorno orgânico de personalidade - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Além de uma história bem definida ou outra evidência de doença ou ainda disfunção cerebral, um diagnóstico
definitivo requer a presença de dois ou mais dos seguintes aspectos:
- capacidade consistentemente reduzida de perseverar em atividades com fins determinados,
especialmente aquelas envolvendo períodos de tempo mais prolongados e gratificação postergada;
- comportamento emocional alterado, caracterizado por labilidade emocional, alegria superficial e imotivada
(euforia, jocosidade inadequada) e mudança fácil para irritabilidade, explosões rápidas de raiva e
agressividade ou apatia;
- expressão de necessidades e impulsos sem considerar as conseqüências ou convenções sociais ( roubo,
propostas sexuais inadequadas, comer vorazmente ou mostrar descaso pela higiene pessoal);
- perturbações cognitivas na forma de desconfiança, ideação paranóide e/ou preocupação excessiva
com um tema único, usualmente abstrato (por exemplo: religião, certo e errado);
- alteração marcante da velocidade e fluxo da produção de linguagem com aspectos, tais como
circunstancialidade, prolixidade, viscosidade e hipergrafia;
- comportamento sexual alterado.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Além de uma história bem definida ou outra evidência de doença ou ainda disfunção cerebral, um diagnóstico
definitivo requer a presença de dois ou mais dos seguintes aspectos:
- capacidade consistentemente reduzida de perseverar em atividades com fins determinados,
especialmente aquelas envolvendo períodos de tempo mais prolongados e gratificação postergada;
- comportamento emocional alterado, caracterizado por labilidade emocional, alegria superficial e imotivada
(euforia, jocosidade inadequada) e mudança fácil para irritabilidade, explosões rápidas de raiva e
agressividade ou apatia;
- expressão de necessidades e impulsos sem considerar as conseqüências ou convenções sociais ( roubo,
propostas sexuais inadequadas, comer vorazmente ou mostrar descaso pela higiene pessoal);
- perturbações cognitivas na forma de desconfiança, ideação paranóide e/ou preocupação excessiva
com um tema único, usualmente abstrato (por exemplo: religião, certo e errado);
- alteração marcante da velocidade e fluxo da produção de linguagem com aspectos, tais como
circunstancialidade, prolixidade, viscosidade e hipergrafia;
- comportamento sexual alterado.
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