A ceratoconjuntivite epidêmica é doença infecciosa
A ceratoconjuntivite epidêmica é doença infecciosa caracterizada por pequeno exsudato conjuntival, opacidades
subepiteliais da córnea, ceratite puntiforme superficial, regionais e presença de sintomatologia geral, com cefaléia. Tem
sido associada à presença do adenovírus e é conhecida como ceratoconjuntivite viral ou doença de Sanders.
A ceratoconjuntivite dos soldadores é causada pela exposição a fontes de radiação ultravioleta, entre elas
a solda elétrica. A ceratoconjuntivite flictenular, também chamada de ceratite flictenular ou oftalmia flictenular, é
caracterizada por lesões circunscritas, pequenas e acinzentadas na periferia da córnea, geralmente associadas a
quadros de desnutrição, tuberculose e hipersensibilidade ao estafilococo e a algumas parasitoses intestinais. A
ceratoconjuntivite sicca caracteriza-se por hiperemia conjuntival, olho seco, erosões puntiformes do epitélio da córnea,
com queixas de sensação de queimação nos olhos, acompanhada de redução da acuidade visual e presença de
filamentos epiteliais (ceratite filamentar).
O diagnóstico de ceratite baseia-se na história clínica e no exame oftalmológico.
Saturday, May 16, 2015
Friday, May 15, 2015
Queratite e queratoconjuntivite - Quadro clínico e diagnóstico
Queratite e queratoconjuntivite - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
No quadro clínico das ceratites predomina a dor ocular. A fotofobia e o lacrimejamento podem, eventualmente,
refletir-se sobre a acuidade visual, com borramento da visão.
A inflamação simultânea da córnea e da conjuntiva
caracteriza a ceratoconjuntivite.
Pacientes com dermatite atópica (eczema) podem apresentar ceratoconjuntivite atópica. Os sinais e sintomas
são sensação de ardor, secreção de mucosa, vermelhidão e fotofobia. As margens palpebrais são eritematosas e a
conjuntiva tem uma aparência quemótica.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
No quadro clínico das ceratites predomina a dor ocular. A fotofobia e o lacrimejamento podem, eventualmente,
refletir-se sobre a acuidade visual, com borramento da visão.
A inflamação simultânea da córnea e da conjuntiva
caracteriza a ceratoconjuntivite.
Pacientes com dermatite atópica (eczema) podem apresentar ceratoconjuntivite atópica. Os sinais e sintomas
são sensação de ardor, secreção de mucosa, vermelhidão e fotofobia. As margens palpebrais são eritematosas e a
conjuntiva tem uma aparência quemótica.
Thursday, May 14, 2015
Úlceras por fungos
Úlceras por fungos
Úlceras por fungos têm sido descritas em trabalhadores na agricultura devido a uma inoculação maciça do
agente (Candida, Fusarium, Aspergillus, Penicillium, Cephalosporium e outros), mas podem ser observadas também
em populações urbanas, a partir da introdução dos corticosteróides na terapêutica oftalmológica. Entre as ceratites por
vírus são importantes aquelas causadas pelo vírus do herpes simples (HSV) e pelo vírus da varicela-zoster, podendo
ocorrer também como uma complicação vacinal. As ceratoconjuntivites provocadas por clamídias, no tracoma e no
linfogranuloma venéreo, podem comprometer gravemente a visão, causando cegueira.
A úlcera corneana típica, associada à avitaminose A, embora rara, é geralmente bilateral, de localização
central, podendo evoluir para necrose com perfuração da córnea.
O acometimento do nervo trigêmeo, decorrente de trauma, cirurgia, tumor ou inflamação, pode levar à
ceratite neuroparalítica, com perda da sensibilidade da córnea (um de seus mecanismos de defesa), à ulceração e à
infecção.
A ceratite de exposição pode ocorrer em situações nas quais a córnea perde sua cobertura e umidade,
provocando dessecação e exposição a traumatismos, em decorrência da lesão do nervo facial (VII par craniano). As
ceratites provocadas pela exposição a agentes físicos e químicos no ambiente de trabalho podem ser agrupadas em
tóxicas e alérgicas. O arsênio e o berílio podem ser responsáveis por quadros de natureza alérgica. A seiva ou o suco
de algumas plantas podem ser venenosos ou tóxicos, provocando blefarite e conjuntivite, como no caso da exposição
ao Philodendron, que provoca uma ceratite particular, pelo depósito de cristais de oxalato de cálcio no estroma corneano,
que leva de 6 a 8 semanas para desaparecer. Os cactos contêm um látex venenoso e tóxico. A podofilina pode causar
ceratite grave, por mecanismo tóxico.
Algumas toxinas animais têm uma ação patogênica direta sobre as estruturas oculares. Entre as mais
importantes estão as produzidas por aranhas, sapos e algumas larvas de insetos. O sangue de alguns peixes, como a
enguia, em contato com a córnea, pode provocar ceratite.
As radiações ionizantes podem provocar um quadro de ceratite de tipo filamentoso ou intersticial, agravado
pela secura ocular, rebelde ao tratamento.
Entre os agentes listados como capazes de produzir ceratoconjuntivite estão:
- arsênio e seus compostos arsenicais;
- ácido sulfídrico (sulfeto de hidrogênio) em exposições muito altas;
- radiação ionizante;
- radiação infravermelha;
- radiação ultravioleta (a exposição ao ultravioleta proveniente do arco voltaico da solda elétrica é freqüente
e extremamente lesiva).
A queratite (ou ceratite) e a queratoconjuntivite (ou ceratoconjuntivite) podem ocorrer em trabalhadores
que já têm ceratite ou ceratoconjuntivite alérgicas de outras etiologias e que encontram em seu ambiente de trabalho
outros alérgenos desencadeadores do quadro. Neste caso, seriam classificadas como uma doença relacionada ao
trabalho, do Grupo III da Classificação de Schilling.
A segunda possibilidade é a manifestação de ceratite ou ceratoconjuntivite ocupacional (por irritantes ou
por sensibilização de trabalhador não anteriormente sensibilizado), isto é, sem história prévia. Essa seria causada pelo
trabalho e seria enquadrada no Grupo I da Classificação de Schilling.
A ceratite aguda causada pela exposição à radiação ultravioleta, nas atividades com solda elétrica, pode
ser caracterizada como um acidente de trabalho.
Úlceras por fungos têm sido descritas em trabalhadores na agricultura devido a uma inoculação maciça do
agente (Candida, Fusarium, Aspergillus, Penicillium, Cephalosporium e outros), mas podem ser observadas também
em populações urbanas, a partir da introdução dos corticosteróides na terapêutica oftalmológica. Entre as ceratites por
vírus são importantes aquelas causadas pelo vírus do herpes simples (HSV) e pelo vírus da varicela-zoster, podendo
ocorrer também como uma complicação vacinal. As ceratoconjuntivites provocadas por clamídias, no tracoma e no
linfogranuloma venéreo, podem comprometer gravemente a visão, causando cegueira.
A úlcera corneana típica, associada à avitaminose A, embora rara, é geralmente bilateral, de localização
central, podendo evoluir para necrose com perfuração da córnea.
O acometimento do nervo trigêmeo, decorrente de trauma, cirurgia, tumor ou inflamação, pode levar à
ceratite neuroparalítica, com perda da sensibilidade da córnea (um de seus mecanismos de defesa), à ulceração e à
infecção.
A ceratite de exposição pode ocorrer em situações nas quais a córnea perde sua cobertura e umidade,
provocando dessecação e exposição a traumatismos, em decorrência da lesão do nervo facial (VII par craniano). As
ceratites provocadas pela exposição a agentes físicos e químicos no ambiente de trabalho podem ser agrupadas em
tóxicas e alérgicas. O arsênio e o berílio podem ser responsáveis por quadros de natureza alérgica. A seiva ou o suco
de algumas plantas podem ser venenosos ou tóxicos, provocando blefarite e conjuntivite, como no caso da exposição
ao Philodendron, que provoca uma ceratite particular, pelo depósito de cristais de oxalato de cálcio no estroma corneano,
que leva de 6 a 8 semanas para desaparecer. Os cactos contêm um látex venenoso e tóxico. A podofilina pode causar
ceratite grave, por mecanismo tóxico.
Algumas toxinas animais têm uma ação patogênica direta sobre as estruturas oculares. Entre as mais
importantes estão as produzidas por aranhas, sapos e algumas larvas de insetos. O sangue de alguns peixes, como a
enguia, em contato com a córnea, pode provocar ceratite.
As radiações ionizantes podem provocar um quadro de ceratite de tipo filamentoso ou intersticial, agravado
pela secura ocular, rebelde ao tratamento.
Entre os agentes listados como capazes de produzir ceratoconjuntivite estão:
- arsênio e seus compostos arsenicais;
- ácido sulfídrico (sulfeto de hidrogênio) em exposições muito altas;
- radiação ionizante;
- radiação infravermelha;
- radiação ultravioleta (a exposição ao ultravioleta proveniente do arco voltaico da solda elétrica é freqüente
e extremamente lesiva).
A queratite (ou ceratite) e a queratoconjuntivite (ou ceratoconjuntivite) podem ocorrer em trabalhadores
que já têm ceratite ou ceratoconjuntivite alérgicas de outras etiologias e que encontram em seu ambiente de trabalho
outros alérgenos desencadeadores do quadro. Neste caso, seriam classificadas como uma doença relacionada ao
trabalho, do Grupo III da Classificação de Schilling.
A segunda possibilidade é a manifestação de ceratite ou ceratoconjuntivite ocupacional (por irritantes ou
por sensibilização de trabalhador não anteriormente sensibilizado), isto é, sem história prévia. Essa seria causada pelo
trabalho e seria enquadrada no Grupo I da Classificação de Schilling.
A ceratite aguda causada pela exposição à radiação ultravioleta, nas atividades com solda elétrica, pode
ser caracterizada como um acidente de trabalho.
Wednesday, May 13, 2015
Queratite e queratoconjuntivite - Epidemiologia e Fatores de risco
Queratite e queratoconjuntivite - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Os mecanismos básicos de produção das ceratites podem ser inflamatórios ou degenerativos.
Em jovens, o trauma ocular e o uso de lentes de contato podem ser fatores predisponentes importantes de
lesão de córnea. Em indivíduos mais idosos, a doença corneana crônica (ceratite “sicca” e herpes), o trauma cirúrgico,
a ceratopatia bolhosa e o entrópio são predisponentes.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Os mecanismos básicos de produção das ceratites podem ser inflamatórios ou degenerativos.
Em jovens, o trauma ocular e o uso de lentes de contato podem ser fatores predisponentes importantes de
lesão de córnea. Em indivíduos mais idosos, a doença corneana crônica (ceratite “sicca” e herpes), o trauma cirúrgico,
a ceratopatia bolhosa e o entrópio são predisponentes.
Tuesday, May 12, 2015
Queratite e queratoconjuntivite - Definição da Doença
Queratite e queratoconjuntivite - Definição da Doença
12.3.3 QUERATITE E QUERATOCONJUNTIVITE CID-10 H16
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Queratite ou ceratite é uma inflamação da córnea, que pode ser provocada por bactérias, fungos, vírus,
clamídias, protozoários, drogas (medicação antiviral e antibióticos de amplo espectro ou específicos, antiprotozoários
e antiinflamatórios), avitaminose A, processos imunológicos, lesão do nervo trigêmeo, situações nas quais a córnea
não esteja adequadamente umedecida e coberta pelas pálpebras (exoftalmo, ectrópio, trauma de pálpebra, paralisia
de Bell) e a exposição a certos agentes químicos e físicos presentes nos ambientes de trabalho.
O acometimento da córnea pode se dar por diferentes mecanismos: na ceratite epitelial, variando de uma
simples ceratite puntiforme superficial a uma úlcera corneana verdadeira, e na ceratite parenquimatosa, geralmente
decorrente de uma necrose por efeito tóxico.
Na córnea, os mecanismos alérgicos podem gerar a ceratite superficial puntiforme, a ceratite flictenular e
outras manifestações, como úlcera em escudo, pontos de Trantas e anel de Wessely.
12.3.3 QUERATITE E QUERATOCONJUNTIVITE CID-10 H16
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Queratite ou ceratite é uma inflamação da córnea, que pode ser provocada por bactérias, fungos, vírus,
clamídias, protozoários, drogas (medicação antiviral e antibióticos de amplo espectro ou específicos, antiprotozoários
e antiinflamatórios), avitaminose A, processos imunológicos, lesão do nervo trigêmeo, situações nas quais a córnea
não esteja adequadamente umedecida e coberta pelas pálpebras (exoftalmo, ectrópio, trauma de pálpebra, paralisia
de Bell) e a exposição a certos agentes químicos e físicos presentes nos ambientes de trabalho.
O acometimento da córnea pode se dar por diferentes mecanismos: na ceratite epitelial, variando de uma
simples ceratite puntiforme superficial a uma úlcera corneana verdadeira, e na ceratite parenquimatosa, geralmente
decorrente de uma necrose por efeito tóxico.
Na córnea, os mecanismos alérgicos podem gerar a ceratite superficial puntiforme, a ceratite flictenular e
outras manifestações, como úlcera em escudo, pontos de Trantas e anel de Wessely.
Monday, May 11, 2015
Conjuntivite relacionada ao trabalho - Prevenção
Conjuntivite relacionada ao trabalho - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A prevenção da conjuntivite relacionada ao trabalho consiste na vigilância dos ambientes, das condições
de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição, a níveis considerados
seguros, a agentes responsáveis pela ocorrência do quadro, como, por exemplo, ácido sulfídrico (sulfeto de hidrogênio),
acrilatos, arsênio e seus compostos arsenicais, berílio e seus compostos tóxicos, cimento, cloreto de etila, enzimas de
origem animal, vegetal ou bacteriana, flúor e seus compostos tóxicos, furfural e álcool furfurílico, iodo, isocianatos
orgânicos, radiações ionizantes, radiações ultravioleta, selênio e seus derivados, tetracloreto de carbono, reduzindo a
incidência da doença nos trabalhadores expostos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes, colocação de anteparos e barreiras;
- monitoramento ambiental sistemático;
- formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, como recursos
para banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário. Devem ser garantidos os recursos
adequados para o atendimento de situações de emergência, uma vez que o contato ou respingos de
substâncias químicas nos olhos podem ameaçar a visão, como chuveiros ou duchas lava-olhos em
locais rapidamente acessíveis. Os trabalhadores devem estar treinados para proceder imediatamente
à lavagem dos olhos, com água corrente, por no mínimo cinco minutos, sendo em seguida encaminhados
para avaliação especializada por oftalmologista;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva, como óculos de segurança.
Recomenda-se a verificação do cumprimento, pelo empregador, de medidas de controle dos fatores de
risco ocupacionais e acompanhamento da saúde do trabalhador prescritas na legislação trabalhista e nos regulamentos
– sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. A NR 15 define os LT das concentrações em ar
ambiente de algumas substâncias químicas. Entretanto, é possível que efeitos oculares ocorram mesmo em
concentrações abaixo dos LT permitidos, devendo tal fato ser registrado e acompanhado pelos setores de saúde e
segurança das empresas e das equipes de vigilância do SUS.
No exame médico periódico, além do exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos
padronizados e a realização dos exames complementares indicados pela natureza da exposição ocupacional, incluindo,
se necessário, exame oftalmológico, informações epidemiológicas e análises toxicológicas:
- a dosagem de arsênio na urina presta-se mais à avaliação de exposições recentes. No monitoramento
biológico de expostos ao arsênio – VR na urina de até 10 µg/g de creatinina e IBMP de 50 µg/g de
creatinina;
- para o flúor e fluoretos – VR de até 0,5 mg/g de creatinina e IBMP de 3 mg/g de creatinina, no início da
jornada, e de 10 mg/g de creatinina, no final da jornada.
Esses índices podem não guardar correlação com a ocorrência de conjuntivites, porém devem ser avaliados
periodicamente.
Os procedimentos para vigilância da exposição às radiações ionizantes estão descritos no protocolo
Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (7.6.7), no capítulo 7.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
5 PREVENÇÃO
A prevenção da conjuntivite relacionada ao trabalho consiste na vigilância dos ambientes, das condições
de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição, a níveis considerados
seguros, a agentes responsáveis pela ocorrência do quadro, como, por exemplo, ácido sulfídrico (sulfeto de hidrogênio),
acrilatos, arsênio e seus compostos arsenicais, berílio e seus compostos tóxicos, cimento, cloreto de etila, enzimas de
origem animal, vegetal ou bacteriana, flúor e seus compostos tóxicos, furfural e álcool furfurílico, iodo, isocianatos
orgânicos, radiações ionizantes, radiações ultravioleta, selênio e seus derivados, tetracloreto de carbono, reduzindo a
incidência da doença nos trabalhadores expostos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes, colocação de anteparos e barreiras;
- monitoramento ambiental sistemático;
- formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, como recursos
para banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário. Devem ser garantidos os recursos
adequados para o atendimento de situações de emergência, uma vez que o contato ou respingos de
substâncias químicas nos olhos podem ameaçar a visão, como chuveiros ou duchas lava-olhos em
locais rapidamente acessíveis. Os trabalhadores devem estar treinados para proceder imediatamente
à lavagem dos olhos, com água corrente, por no mínimo cinco minutos, sendo em seguida encaminhados
para avaliação especializada por oftalmologista;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva, como óculos de segurança.
Recomenda-se a verificação do cumprimento, pelo empregador, de medidas de controle dos fatores de
risco ocupacionais e acompanhamento da saúde do trabalhador prescritas na legislação trabalhista e nos regulamentos
– sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. A NR 15 define os LT das concentrações em ar
ambiente de algumas substâncias químicas. Entretanto, é possível que efeitos oculares ocorram mesmo em
concentrações abaixo dos LT permitidos, devendo tal fato ser registrado e acompanhado pelos setores de saúde e
segurança das empresas e das equipes de vigilância do SUS.
No exame médico periódico, além do exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos
padronizados e a realização dos exames complementares indicados pela natureza da exposição ocupacional, incluindo,
se necessário, exame oftalmológico, informações epidemiológicas e análises toxicológicas:
- a dosagem de arsênio na urina presta-se mais à avaliação de exposições recentes. No monitoramento
biológico de expostos ao arsênio – VR na urina de até 10 µg/g de creatinina e IBMP de 50 µg/g de
creatinina;
- para o flúor e fluoretos – VR de até 0,5 mg/g de creatinina e IBMP de 3 mg/g de creatinina, no início da
jornada, e de 10 mg/g de creatinina, no final da jornada.
Esses índices podem não guardar correlação com a ocorrência de conjuntivites, porém devem ser avaliados
periodicamente.
Os procedimentos para vigilância da exposição às radiações ionizantes estão descritos no protocolo
Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (7.6.7), no capítulo 7.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Sunday, May 10, 2015
Secreção conjuntival - Tratamento
Secreção conjuntival - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Deve ser precedido da coleta de material para exame citológico e microbiológico
com cultura e antibiograma da secreção conjuntival.
Podem ser usados:
- substitutos das lágrimas, nos casos de deficiência lacrimal;
- antialérgicos, nos quadros de etiologia alérgica;
- antimicrobianos, segundo o tipo de microorganismo;
- compressas frias nas conjuntivites adenovirais;
- remoção de corpúsculo de Molluscum contagiosum;
- corticosteróides e ciclosporina, usados com critério;
- cuidados gerais: limpeza eficaz da exsudação, cuidados com a nutrição, afastamento de substâncias
irritativas e tóxicas e evitar esfregar os olhos.
Nas conjuntivites crônicas, deve-se pesquisar doenças sistêmicas, como tuberculose, tularemia, sífilis,
entre outras.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Deve ser precedido da coleta de material para exame citológico e microbiológico
com cultura e antibiograma da secreção conjuntival.
Podem ser usados:
- substitutos das lágrimas, nos casos de deficiência lacrimal;
- antialérgicos, nos quadros de etiologia alérgica;
- antimicrobianos, segundo o tipo de microorganismo;
- compressas frias nas conjuntivites adenovirais;
- remoção de corpúsculo de Molluscum contagiosum;
- corticosteróides e ciclosporina, usados com critério;
- cuidados gerais: limpeza eficaz da exsudação, cuidados com a nutrição, afastamento de substâncias
irritativas e tóxicas e evitar esfregar os olhos.
Nas conjuntivites crônicas, deve-se pesquisar doenças sistêmicas, como tuberculose, tularemia, sífilis,
entre outras.
Saturday, May 9, 2015
O diagnóstico de um quadro de conjuntivite
O diagnóstico de um quadro de conjuntivite
O diagnóstico de um quadro de conjuntivite baseia-se na história clínica e no exame oftalmológico.
No diagnóstico diferencial das conjuntivites com as demais causas de olhos vermelhos, dolorosos ou olhos
irritados, é importante afastar as ceratites, as irites e o glaucoma agudo.
Em situações especiais, o exame oftalmológico realizado pelo especialista poderá ser complementado por
exames laboratoriais, como o cultivo da secreção conjuntival, biópsia e pesquisa de alérgenos.
O diagnóstico de um quadro de conjuntivite baseia-se na história clínica e no exame oftalmológico.
No diagnóstico diferencial das conjuntivites com as demais causas de olhos vermelhos, dolorosos ou olhos
irritados, é importante afastar as ceratites, as irites e o glaucoma agudo.
Em situações especiais, o exame oftalmológico realizado pelo especialista poderá ser complementado por
exames laboratoriais, como o cultivo da secreção conjuntival, biópsia e pesquisa de alérgenos.
Friday, May 8, 2015
Peso em volta dos olhos - Quadro clínico e diagnóstico
Peso em volta dos olhos - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os sintomas mais freqüentes são a sensação de corpo estranho (semelhante à presença de areia),
queimação, peso em volta dos olhos, prurido e, nos casos em que a córnea está afetada, dor e fotofobia.
Os sinais mais importantes nas conjuntivites são a hiperemia, mais evidente na conjuntivite
aguda, lacrimejamento, exsudação, ptose mecânica, hipertrofia papilar, quemose,
foliculite pseudomembranosa ou membranosa, granulomas e adenopatia pré-auricular.
A sensação de corpo estranho, areia ou queimação está associada à hipertrofia das papilas, que,
habitualmente, acompanha a hiperemia conjuntival. A dor mais intensa ao despertar,
que melhora durante o dia, sugere uma infecção estafilocócica, ao passo que uma dor mais
intensa durante o dia sugere a ceratoconjuntivite sicca não tratada, de etiologia auto-imune.
A conjuntivite irritativa manifesta-se desde uma simples hiperemia até a necrose,
dependendo do irritante e da intensidade da exposição.
Entre as complicações e seqüelas, podem ser observadas:
blefarite marginal, nos casos de uma conjuntivite estafilocócica não-tratada e cicatrizes
conjuntivais após conjuntivites membranosas ou pseudomembranosas,
que podem levar ao aparecimento de triquíase.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os sintomas mais freqüentes são a sensação de corpo estranho (semelhante à presença de areia),
queimação, peso em volta dos olhos, prurido e, nos casos em que a córnea está afetada, dor e fotofobia.
Os sinais mais importantes nas conjuntivites são a hiperemia, mais evidente na conjuntivite
aguda, lacrimejamento, exsudação, ptose mecânica, hipertrofia papilar, quemose,
foliculite pseudomembranosa ou membranosa, granulomas e adenopatia pré-auricular.
A sensação de corpo estranho, areia ou queimação está associada à hipertrofia das papilas, que,
habitualmente, acompanha a hiperemia conjuntival. A dor mais intensa ao despertar,
que melhora durante o dia, sugere uma infecção estafilocócica, ao passo que uma dor mais
intensa durante o dia sugere a ceratoconjuntivite sicca não tratada, de etiologia auto-imune.
A conjuntivite irritativa manifesta-se desde uma simples hiperemia até a necrose,
dependendo do irritante e da intensidade da exposição.
Entre as complicações e seqüelas, podem ser observadas:
blefarite marginal, nos casos de uma conjuntivite estafilocócica não-tratada e cicatrizes
conjuntivais após conjuntivites membranosas ou pseudomembranosas,
que podem levar ao aparecimento de triquíase.
Thursday, May 7, 2015
Cimento tem um efeito abrasivo sobre a camada córnea
Cimento tem um efeito abrasivo sobre a camada córnea
A ação alcalina do cimento tem um efeito abrasivo sobre a camada córnea,
removendo o manto lipídico, podendo ocasionar ceratólise e exulceração.
Entre os fatores que concorrem para o aparecimento da lesão estão os
constitucionais, como a xerose, atopia e ictiose; fatores ligados ao meio ambiente
(frio, calor, umidade e microtraumatismos), além de fatores do próprio agente,
como suas propriedades abrasiva, alcalina e higroscópica.
A exposição ocupacional às radiações infravermelho pode provocar conjuntivites, como a descrita em
forjadores e outros trabalhadores siderúrgicos, associada ou não a outros tipos de acometimento, como a catarata. A
exposição às radiações ionizantes pode provocar conjuntivite e levar à síndrome do olho seco. A exposição ao berílio,
sob a forma de sais e/ou poeira, pode causar, além da doença pulmonar aguda ou crônica, dermatite de contato,
granulomas de pele e irritação de mucosas, nasofaringite, traqueobronquite, faringite e conjuntivite.
Entre os agentes causadores de conjuntivite estão os seguintes:
- ácido sulfídrico (sulfeto de hidrogênio);
- acrilatos;
- arsênio e seus compostos arsenicais;
- berílio e seus compostos tóxicos;
- cimento;
- cloreto de etila;
- enzimas de origem animal, vegetal ou bacteriana;
- flúor e seus compostos tóxicos;
- furfural e álcool furfurílico;
- iodo;
- isocianatos orgânicos;
- outros solventes halogenados tóxicos;
- radiações ionizantes;
- radiações ultravioleta;
- selênio e seus derivados;
- tetracloreto de carbono.
A conjuntivite pode ocorrer em trabalhadores portadores de conjuntivite alérgica de outras etiologias, expostos
no ambiente de trabalho a outros alérgenos desencadeadores do quadro.
Neste caso, a conjuntivite seria uma doença relacionada ao trabalho, do Grupo III da Classificação de Schilling.
Outra possibilidade é a manifestação de conjuntivite ocupacional (por irritantes ou por sensibilização) em
trabalhador não anteriormente sensibilizado, isto é, sem história prévia. Essa seria causada pelo trabalho e deverá ser
enquadrada no Grupo I da Classificação de Schilling.
A ação alcalina do cimento tem um efeito abrasivo sobre a camada córnea,
removendo o manto lipídico, podendo ocasionar ceratólise e exulceração.
Entre os fatores que concorrem para o aparecimento da lesão estão os
constitucionais, como a xerose, atopia e ictiose; fatores ligados ao meio ambiente
(frio, calor, umidade e microtraumatismos), além de fatores do próprio agente,
como suas propriedades abrasiva, alcalina e higroscópica.
A exposição ocupacional às radiações infravermelho pode provocar conjuntivites, como a descrita em
forjadores e outros trabalhadores siderúrgicos, associada ou não a outros tipos de acometimento, como a catarata. A
exposição às radiações ionizantes pode provocar conjuntivite e levar à síndrome do olho seco. A exposição ao berílio,
sob a forma de sais e/ou poeira, pode causar, além da doença pulmonar aguda ou crônica, dermatite de contato,
granulomas de pele e irritação de mucosas, nasofaringite, traqueobronquite, faringite e conjuntivite.
Entre os agentes causadores de conjuntivite estão os seguintes:
- ácido sulfídrico (sulfeto de hidrogênio);
- acrilatos;
- arsênio e seus compostos arsenicais;
- berílio e seus compostos tóxicos;
- cimento;
- cloreto de etila;
- enzimas de origem animal, vegetal ou bacteriana;
- flúor e seus compostos tóxicos;
- furfural e álcool furfurílico;
- iodo;
- isocianatos orgânicos;
- outros solventes halogenados tóxicos;
- radiações ionizantes;
- radiações ultravioleta;
- selênio e seus derivados;
- tetracloreto de carbono.
A conjuntivite pode ocorrer em trabalhadores portadores de conjuntivite alérgica de outras etiologias, expostos
no ambiente de trabalho a outros alérgenos desencadeadores do quadro.
Neste caso, a conjuntivite seria uma doença relacionada ao trabalho, do Grupo III da Classificação de Schilling.
Outra possibilidade é a manifestação de conjuntivite ocupacional (por irritantes ou por sensibilização) em
trabalhador não anteriormente sensibilizado, isto é, sem história prévia. Essa seria causada pelo trabalho e deverá ser
enquadrada no Grupo I da Classificação de Schilling.
Wednesday, May 6, 2015
Conjuntivite - Epidemiologia e Fatores de risco
Conjuntivite - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As conjuntivites bacterianas agudas e crônicas são os tipos mais comuns de conjuntivite. As conjuntivites
virais, também freqüentes, podem ser causadas por grande variedade de vírus, sendo, geralmente, leves e autolimitadas,
raramente apresentando quadros graves. Todas as riquétsias reconhecidas como patogênicas para o homem podem
causar conjuntivite. As conjuntivites causadas por fungos são raras. Entre as conjuntivites parasitárias, a oncocercíase
é causa comum de cegueira no mundo, secundando o tracoma e a avitaminose A.
Entre as conjuntivites químicas ou irritativas estão as conjuntivites iatrogênicas, causadas por drogas
aplicadas localmente, as conjuntivites ocupacionais decorrentes da exposição a substâncias químicas irritantes e as
conjuntivites por corpo estranho. As conjuntivites ocupacionais podem ser causadas por inúmeros irritantes: ácidos e
álcalis, aerossóis, névoas, vapores de solventes e poeiras em suspensão no ar.
Indivíduos portadores de atopia podem apresentar quadros desencadeados por um ou mais alérgenos,
geralmente em suspensão no ar, entre eles o pólen, o mais comum, produtos animais, fungos não-patológicos, proteínas
vegetais e animais, pêlo, lã, produtos químicos e agrotóxicos.
Trabalhadores expostos aos PCB (também conhecidos como Askarel no Brasil), que manuseiam óleos de
transformadores ou capacitores, podem apresentar hipersecreção das glândulas Meibonian, com abundante secreção
serosa ocular, edema de pálpebra superior e hiperpigmentação da conjuntiva.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As conjuntivites bacterianas agudas e crônicas são os tipos mais comuns de conjuntivite. As conjuntivites
virais, também freqüentes, podem ser causadas por grande variedade de vírus, sendo, geralmente, leves e autolimitadas,
raramente apresentando quadros graves. Todas as riquétsias reconhecidas como patogênicas para o homem podem
causar conjuntivite. As conjuntivites causadas por fungos são raras. Entre as conjuntivites parasitárias, a oncocercíase
é causa comum de cegueira no mundo, secundando o tracoma e a avitaminose A.
Entre as conjuntivites químicas ou irritativas estão as conjuntivites iatrogênicas, causadas por drogas
aplicadas localmente, as conjuntivites ocupacionais decorrentes da exposição a substâncias químicas irritantes e as
conjuntivites por corpo estranho. As conjuntivites ocupacionais podem ser causadas por inúmeros irritantes: ácidos e
álcalis, aerossóis, névoas, vapores de solventes e poeiras em suspensão no ar.
Indivíduos portadores de atopia podem apresentar quadros desencadeados por um ou mais alérgenos,
geralmente em suspensão no ar, entre eles o pólen, o mais comum, produtos animais, fungos não-patológicos, proteínas
vegetais e animais, pêlo, lã, produtos químicos e agrotóxicos.
Trabalhadores expostos aos PCB (também conhecidos como Askarel no Brasil), que manuseiam óleos de
transformadores ou capacitores, podem apresentar hipersecreção das glândulas Meibonian, com abundante secreção
serosa ocular, edema de pálpebra superior e hiperpigmentação da conjuntiva.
Tuesday, May 5, 2015
Conjuntivite - Definição da Doença
Conjuntivite - Definição da Doença
12.3.2 CONJUNTIVITE CID-10 H10
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, que se manifesta por hiperemia e granulações na conjuntiva,
exsudação e lacrimejamento. São descritos mais de 50 quadros de conjuntivites, de acordo com a natureza do processo
(conjuntivite aguda epidêmica, conjuntivite crônica), o mecanismo de ação (conjuntivite atópica ou alérgica), o agente
causal (conjuntivite medicamentosa, conjuntivite química, conjuntivite diftérica), a sintomatologia (conjuntivite catarral
aguda ou crônica, conjuntivite purulenta), o tipo de granulação (conjuntivite folicular, conjuntivite papilar, conjuntivite
papilar gigante) e o grupo acometido (conjuntivite actínica ou conjuntivite dos soldadores).
Por sua localização, a conjuntiva está exposta a numerosos microorganismos e à ação de substâncias
nocivas. Seu principal mecanismo de proteção é o lacrimejamento, que dilui o material infeccioso, lavando os detritos
conjuntivais e restos de organismos para o nariz, reduzindo, assim, a vulnerabilidade. Além disso, a presença de
lisozima, betalisina, IgA e IgE contribui para inibir o crescimento bacteriano.
A conjuntivite é, geralmente, uma doença autolimitada em decorrência da presença da lágrima; abundância
de elementos linfóides; exfoliação epitelial constante; saco conjuntival resfriado pela evaporação da lágrima; ação de
bombeamento do sistema de drenagem lacrimal; envolvimento das bactérias pelo muco conjuntival e excreção.
De modo esquemático, as conjuntivites podem ser classificadas, segundo o mecanismo de produção
da lesão, em:
MICROBIANAS: virótica, por clamídia, bacteriana, fúngica e parasitária;
IRRITATIVAS: decorrem da presença direta do agente causal, determinando inflamação local e uma impregnação do
tecido conjuntival;
ALÉRGICAS: de tipo celular retardado (tipo IV de Gell & Coombs), muito semelhante àqueles observados nas dermatoses
alérgicas;
TÓXICAS: devidas à toxicidade do agente, dentre elas, algumas neurotoxinas oftalmológicas específicas;
TRAUMÁTICAS.
Dois outros grupos, menos comuns, são representados pelas conjuntivites de causa desconhecida e pelas
conjuntivites associadas às doenças sistêmicas.
A classificação de uma conjuntivite em aguda e crônica depende da história, do tempo de evolução e da
natureza do quadro apresentado pelo paciente. Geralmente, considera-se uma conjuntivite como crônica após quatro
semanas de evolução.
12.3.2 CONJUNTIVITE CID-10 H10
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, que se manifesta por hiperemia e granulações na conjuntiva,
exsudação e lacrimejamento. São descritos mais de 50 quadros de conjuntivites, de acordo com a natureza do processo
(conjuntivite aguda epidêmica, conjuntivite crônica), o mecanismo de ação (conjuntivite atópica ou alérgica), o agente
causal (conjuntivite medicamentosa, conjuntivite química, conjuntivite diftérica), a sintomatologia (conjuntivite catarral
aguda ou crônica, conjuntivite purulenta), o tipo de granulação (conjuntivite folicular, conjuntivite papilar, conjuntivite
papilar gigante) e o grupo acometido (conjuntivite actínica ou conjuntivite dos soldadores).
Por sua localização, a conjuntiva está exposta a numerosos microorganismos e à ação de substâncias
nocivas. Seu principal mecanismo de proteção é o lacrimejamento, que dilui o material infeccioso, lavando os detritos
conjuntivais e restos de organismos para o nariz, reduzindo, assim, a vulnerabilidade. Além disso, a presença de
lisozima, betalisina, IgA e IgE contribui para inibir o crescimento bacteriano.
A conjuntivite é, geralmente, uma doença autolimitada em decorrência da presença da lágrima; abundância
de elementos linfóides; exfoliação epitelial constante; saco conjuntival resfriado pela evaporação da lágrima; ação de
bombeamento do sistema de drenagem lacrimal; envolvimento das bactérias pelo muco conjuntival e excreção.
De modo esquemático, as conjuntivites podem ser classificadas, segundo o mecanismo de produção
da lesão, em:
MICROBIANAS: virótica, por clamídia, bacteriana, fúngica e parasitária;
IRRITATIVAS: decorrem da presença direta do agente causal, determinando inflamação local e uma impregnação do
tecido conjuntival;
ALÉRGICAS: de tipo celular retardado (tipo IV de Gell & Coombs), muito semelhante àqueles observados nas dermatoses
alérgicas;
TÓXICAS: devidas à toxicidade do agente, dentre elas, algumas neurotoxinas oftalmológicas específicas;
TRAUMÁTICAS.
Dois outros grupos, menos comuns, são representados pelas conjuntivites de causa desconhecida e pelas
conjuntivites associadas às doenças sistêmicas.
A classificação de uma conjuntivite em aguda e crônica depende da história, do tempo de evolução e da
natureza do quadro apresentado pelo paciente. Geralmente, considera-se uma conjuntivite como crônica após quatro
semanas de evolução.
Monday, May 4, 2015
Blefarite - Prevenção
Blefarite - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A prevenção da blefarite relacionada ao trabalho consiste na vigilância dos ambientes e processos de
trabalho e dos efeitos ou danos para saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição, a níveis considerados
seguros, a agentes responsáveis pela ocorrência da doença, como, por exemplo, radiações infravermelha em indústrias
siderúrgicas e em atividades de forja; radiações ionizantes em serviços de saúde e em processos industriais; arsênio
e seus compostos em processos industriais e fundição de ligas metálicas; e cimento na indústria da construção;
reduzindo a incidência da doença nos trabalhadores expostos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes, colocação de anteparos e barreiras;
- monitoramento ambiental sistemático;
- formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário. Devem ser garantidos os recursos
adequados para o atendimento de situações de emergência, uma vez que o contato ou respingos de
substâncias químicas nos olhos podem ameaçar a visão, como chuveiros ou duchas lava-olhos em
locais rapidamente acessíveis. Os trabalhadores devem estar treinados para proceder imediatamente
à lavagem dos olhos, com água corrente, por no mínimo cinco minutos, sendo em seguida encaminhados
para avaliação especializada por oftalmologista;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva, como óculos de segurança.
Recomenda-se a verificação do cumprimento, pelo empregador, de medidas de controle dos fatores de
risco ocupacionais e acompanhamento da saúde do trabalhador, prescritas na legislação trabalhista e nos regulamentos
– sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Recomenda-se consultar a NR 15, que define os LT das concentrações em ar ambiente de algumas
substâncias químicas. É possível que efeitos oculares ocorram mesmo em concentrações abaixo dos LT permitidos,
devendo tal fato ser registrado e acompanhado pelos setores de saúde e segurança das empresas e das equipes de
vigilância do SUS.
No exame médico periódico, além do exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos
padronizados e a realização dos exames complementares indicados pela natureza da exposição ocupacional, incluindo,
se necessário, exame oftalmológico, informações epidemiológicas e análises toxicológicas, dependendo da exposição. A
dosagem de arsênio na urina presta-se mais à avaliação de exposições recentes. No monitoramento biológico de expostos
ao arsênio, o VR de arsênio na urina é de até 10 µg/g de creatinina e o IBMP é de 50 µg/g de creatinina; o VR para o flúor
e fluoretos é de até 0,5 mg/g de creatinina e o IBMP é de 3 mg/g de creatinina, no início da jornada, e de 10 mg/g de
creatinina, no final da jornada. Esses índices podem não guardar correlação com a ocorrência de conjuntivites, porém
devem ser avaliados periodicamente.
Os procedimentos para vigilância da exposição às radiações ionizantes estão no item 5 do protocolo Neoplasia
maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (7.6.7), no capítulo 7.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
5 PREVENÇÃO
A prevenção da blefarite relacionada ao trabalho consiste na vigilância dos ambientes e processos de
trabalho e dos efeitos ou danos para saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição, a níveis considerados
seguros, a agentes responsáveis pela ocorrência da doença, como, por exemplo, radiações infravermelha em indústrias
siderúrgicas e em atividades de forja; radiações ionizantes em serviços de saúde e em processos industriais; arsênio
e seus compostos em processos industriais e fundição de ligas metálicas; e cimento na indústria da construção;
reduzindo a incidência da doença nos trabalhadores expostos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes, colocação de anteparos e barreiras;
- monitoramento ambiental sistemático;
- formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário. Devem ser garantidos os recursos
adequados para o atendimento de situações de emergência, uma vez que o contato ou respingos de
substâncias químicas nos olhos podem ameaçar a visão, como chuveiros ou duchas lava-olhos em
locais rapidamente acessíveis. Os trabalhadores devem estar treinados para proceder imediatamente
à lavagem dos olhos, com água corrente, por no mínimo cinco minutos, sendo em seguida encaminhados
para avaliação especializada por oftalmologista;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva, como óculos de segurança.
Recomenda-se a verificação do cumprimento, pelo empregador, de medidas de controle dos fatores de
risco ocupacionais e acompanhamento da saúde do trabalhador, prescritas na legislação trabalhista e nos regulamentos
– sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Recomenda-se consultar a NR 15, que define os LT das concentrações em ar ambiente de algumas
substâncias químicas. É possível que efeitos oculares ocorram mesmo em concentrações abaixo dos LT permitidos,
devendo tal fato ser registrado e acompanhado pelos setores de saúde e segurança das empresas e das equipes de
vigilância do SUS.
No exame médico periódico, além do exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos
padronizados e a realização dos exames complementares indicados pela natureza da exposição ocupacional, incluindo,
se necessário, exame oftalmológico, informações epidemiológicas e análises toxicológicas, dependendo da exposição. A
dosagem de arsênio na urina presta-se mais à avaliação de exposições recentes. No monitoramento biológico de expostos
ao arsênio, o VR de arsênio na urina é de até 10 µg/g de creatinina e o IBMP é de 50 µg/g de creatinina; o VR para o flúor
e fluoretos é de até 0,5 mg/g de creatinina e o IBMP é de 3 mg/g de creatinina, no início da jornada, e de 10 mg/g de
creatinina, no final da jornada. Esses índices podem não guardar correlação com a ocorrência de conjuntivites, porém
devem ser avaliados periodicamente.
Os procedimentos para vigilância da exposição às radiações ionizantes estão no item 5 do protocolo Neoplasia
maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (7.6.7), no capítulo 7.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Sunday, May 3, 2015
Blefarite - Tratamento
Blefarite - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Deve ser precedido da coleta de material local para isolamento microbiano e antibiograma. Medidas gerais
de higiene incluem a limpeza local com cotonete embebido em xampu neutro e água, calor local, pomadas com compostos
de selênio ou mercúrio nas bordas palpebrais e correção de ametropia e heteroforias. Essas medidas são suficientes
para o tratamento da blefarite escamosa ou seborréica e devem ser aplicadas, também, na blefarite ulcerosa, com o
acréscimo de antibioticoterapia (tetraciclina). Na blefarite angular pela moraxella, usa-se colírio de sulfato de zinco.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Deve ser precedido da coleta de material local para isolamento microbiano e antibiograma. Medidas gerais
de higiene incluem a limpeza local com cotonete embebido em xampu neutro e água, calor local, pomadas com compostos
de selênio ou mercúrio nas bordas palpebrais e correção de ametropia e heteroforias. Essas medidas são suficientes
para o tratamento da blefarite escamosa ou seborréica e devem ser aplicadas, também, na blefarite ulcerosa, com o
acréscimo de antibioticoterapia (tetraciclina). Na blefarite angular pela moraxella, usa-se colírio de sulfato de zinco.
Saturday, May 2, 2015
Blefarite - Quadro clínico e diagnóstico
Blefarite - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
No quadro clínico, os principais sintomas são: irritação, ardor e prurido nas bordas das pálpebras, que se
apresentam congestas. Podem ser vistas escamas ou granulações presas aos cílios das pálpebras superior e inferior.
Na blefarite por estafilococo, as escamas são secas, as pálpebras apresentam-se avermelhadas, observando-se
pequenas ulcerações ao longo da borda e queda dos cílios. No tipo seborréico, as caspas são gordurosas, não ocorre
ulceração e as pálpebras não se apresentam tão vermelhas. Na blefarite mista, as escamas são secas e gordurosas,
as bordas das pálpebras se apresentam avermelhadas, com pequenas ulcerações. A seborréia do couro cabeludo, dos
supercílios e do pavilhão auricular está, freqüentemente, associada à blefarite seborréica.
Nas blefarites alérgicas relacionadas ao trabalho pode ser observada a presença de edema palpebral
pruriginoso, indolor, de aparecimento agudo e regressão rápida. Pode estar associada a uma dermatose eczematóide,
particularmente no canto lateral da pálpebra, com prurido e lesões cutâneo-escamosas.
A infecção secundária por microorganismos gram-negativos, como a pseudomonas aeruginosa, é uma
complicação freqüente.
O diagnóstico de um quadro de blefarite baseia-se na história clínica e no exame oftalmológico. Exames
laboratoriais, como esfregaço, cultura de secreções e biópsia da lesão, podem ser utilizados para o diagnóstico diferencial.
No caso de exposição ao arsênio e a seus compostos, a dosagem de arsênio na urina pode ser utilizada
como um indicador de exposição, sendo útil para as ações de vigilância. O arsênio absorvido pelo organismo tem uma
vida curta no sangue e sua dosagem é útil como indicador de exposição muito recente. Pode, ainda, ser alterada pela
ingestão de mariscos e outros alimentos marinhos (nos casos de utilização desse indicador, recomenda-se a abstinência
desses alimentos, por um curto período, antes do exame).
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
No quadro clínico, os principais sintomas são: irritação, ardor e prurido nas bordas das pálpebras, que se
apresentam congestas. Podem ser vistas escamas ou granulações presas aos cílios das pálpebras superior e inferior.
Na blefarite por estafilococo, as escamas são secas, as pálpebras apresentam-se avermelhadas, observando-se
pequenas ulcerações ao longo da borda e queda dos cílios. No tipo seborréico, as caspas são gordurosas, não ocorre
ulceração e as pálpebras não se apresentam tão vermelhas. Na blefarite mista, as escamas são secas e gordurosas,
as bordas das pálpebras se apresentam avermelhadas, com pequenas ulcerações. A seborréia do couro cabeludo, dos
supercílios e do pavilhão auricular está, freqüentemente, associada à blefarite seborréica.
Nas blefarites alérgicas relacionadas ao trabalho pode ser observada a presença de edema palpebral
pruriginoso, indolor, de aparecimento agudo e regressão rápida. Pode estar associada a uma dermatose eczematóide,
particularmente no canto lateral da pálpebra, com prurido e lesões cutâneo-escamosas.
A infecção secundária por microorganismos gram-negativos, como a pseudomonas aeruginosa, é uma
complicação freqüente.
O diagnóstico de um quadro de blefarite baseia-se na história clínica e no exame oftalmológico. Exames
laboratoriais, como esfregaço, cultura de secreções e biópsia da lesão, podem ser utilizados para o diagnóstico diferencial.
No caso de exposição ao arsênio e a seus compostos, a dosagem de arsênio na urina pode ser utilizada
como um indicador de exposição, sendo útil para as ações de vigilância. O arsênio absorvido pelo organismo tem uma
vida curta no sangue e sua dosagem é útil como indicador de exposição muito recente. Pode, ainda, ser alterada pela
ingestão de mariscos e outros alimentos marinhos (nos casos de utilização desse indicador, recomenda-se a abstinência
desses alimentos, por um curto período, antes do exame).
Friday, May 1, 2015
Blefarite - Epidemiologia e Fatores de risco
Blefarite - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A exposição à radiação infravermelha pode provocar quadros de blefarite, como as descritas em forjadores
e outros trabalhadores em siderurgia. As radiações ionizantes, raios X e raios Gama podem provocar radiodermites
agudas ou crônicas, com blefarite e queda dos cílios.
Trabalhadores expostos ao cimento podem apresentar quadros graves de blefarite, com edema e congestão
palpebral, geralmente associadas à conjuntivite.
A exposição ao arsênio e seus compostos pode provocar blefarite, sendo comum o acometimento simultâneo
de outros órgãos e sistemas, como, por exemplo, quadros dermatológicos (hiperceratose, dermatite eczematosa,
ceratite, hiperpigmentação e câncer de pele); irritação respiratória e risco aumentado de câncer pulmonar; hepatite
tóxica; neuropatia sensorial.
Em trabalhadores expostos, a blefarite, excluídas outras causas não-ocupacionais, deve ser considerada
como doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, isto é, doença profissional em que o
trabalho constitui causa necessária, sem a qual seria improvável que a doença ocorresse.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A exposição à radiação infravermelha pode provocar quadros de blefarite, como as descritas em forjadores
e outros trabalhadores em siderurgia. As radiações ionizantes, raios X e raios Gama podem provocar radiodermites
agudas ou crônicas, com blefarite e queda dos cílios.
Trabalhadores expostos ao cimento podem apresentar quadros graves de blefarite, com edema e congestão
palpebral, geralmente associadas à conjuntivite.
A exposição ao arsênio e seus compostos pode provocar blefarite, sendo comum o acometimento simultâneo
de outros órgãos e sistemas, como, por exemplo, quadros dermatológicos (hiperceratose, dermatite eczematosa,
ceratite, hiperpigmentação e câncer de pele); irritação respiratória e risco aumentado de câncer pulmonar; hepatite
tóxica; neuropatia sensorial.
Em trabalhadores expostos, a blefarite, excluídas outras causas não-ocupacionais, deve ser considerada
como doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, isto é, doença profissional em que o
trabalho constitui causa necessária, sem a qual seria improvável que a doença ocorresse.
Subscribe to:
Posts (Atom)