Parkinsonismo - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Segundo as informações disponíveis, nos Estados Unidos as formas de parkinsonismo secundário
respondem por 8,2% dos casos. O parkinsonismo secundário pode ser causado por:
- drogas, como os antagonistas ou depletores da dopamina (reserpina, antipsicóticos, antieméticos);
- exposição ocupacional ou ambiental a agentes tóxicos como:
- manganês;
- dissulfeto de carbono;
- metanol;
- monóxido de carbono;
- cianeto;
- 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridine (MPTP);
- mercúrio.
Em trabalhadores expostos a esses produtos químicos neurotóxicos, o parkinsonismo secundário, com as
características já descritas e excluídas outras causas não-ocupacionais, deve ser considerado como doença relacionada
ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, isto é, doença profissional em que o trabalho constitui causa
necessária.
Saturday, February 28, 2015
Friday, February 27, 2015
Parkinsonismo secundário devido a outros agentes externos - Definição da Doença
Parkinsonismo secundário devido a outros agentes externos - Definição da Doença
11.3.2 PARKINSONISMO SECUNDÁRIO DEVIDO A OUTROS AGENTES EXTERNOS CID-10 G21.2
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
O parkinsonismo é uma síndrome clínica caracterizada pela combinação de tremor em repouso, rigidez,
bradicinesia, postura fletida, perda de reflexos posturais e fenômeno de congelamento.
Considera-se que pelo menos dois desses sinais, sendo um deles tremor em repouso ou bradicinesia,
devem estar presentes para o diagnóstico definitivo de parkinsonismo.
11.3.2 PARKINSONISMO SECUNDÁRIO DEVIDO A OUTROS AGENTES EXTERNOS CID-10 G21.2
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
O parkinsonismo é uma síndrome clínica caracterizada pela combinação de tremor em repouso, rigidez,
bradicinesia, postura fletida, perda de reflexos posturais e fenômeno de congelamento.
Considera-se que pelo menos dois desses sinais, sendo um deles tremor em repouso ou bradicinesia,
devem estar presentes para o diagnóstico definitivo de parkinsonismo.
Thursday, February 26, 2015
Suspeita a relação da doença com o trabalho, deve-se
Suspeita a relação da doença com o trabalho, deve-se
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Wednesday, February 25, 2015
Quadro diferencial da Ataxia Cerebelosa e sensória
Quadro diferencial da Ataxia Cerebelosa e sensória
Quadro XVIII
QUADRO DIFERENCIAL DA ATAXIA CEREBELOSA E SENSÓRIA

Hipotonia Dismetria Nistagmo Disartria Tremores Perda do sentido de vibração e posição
Arreflexia Teste de Romberg Achados Clínicos Ataxia Cerebelosa Ataxia Sensória
Presente Presente Presente Presente Presente
Ausente Ausente Ausente ...
Quadro XVIII
QUADRO DIFERENCIAL DA ATAXIA CEREBELOSA E SENSÓRIA
DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
Quadro XVIII
QUADRO DIFERENCIAL DA ATAXIA CEREBELOSA E SENSÓRIA

Hipotonia Dismetria Nistagmo Disartria Tremores Perda do sentido de vibração e posição
Arreflexia Teste de Romberg Achados Clínicos Ataxia Cerebelosa Ataxia Sensória
Presente Presente Presente Presente Presente
Ausente Ausente Ausente ...
Quadro XVIII
QUADRO DIFERENCIAL DA ATAXIA CEREBELOSA E SENSÓRIA
DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
Tuesday, February 24, 2015
Ataxia cerebelosa - Prevenção
Ataxia cerebelosa - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A prevenção da ataxia cerebelosa relacionada ao trabalho baseia-se na vigilância dos ambientes e condições
de trabalho e na vigilância dos efeitos ou danos para a saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo. A
eliminação ou a redução, a níveis considerados aceitáveis, da exposição às substâncias químicas neurotóxicas, em
particular ao mercúrio e ao manganês, pode impedir ou reduzir a ocorrência da doença. Entre as medidas de controle
ambiental e da exposição, estão:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- umidificação dos processos onde houver produção de poeira;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto, troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva.
Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), da Portaria/
MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 (Portaria/MTb n.º 3.214/1978) define o limite de tolerância para a exposição ao mercúrio metálico
de 0,04 mg/m3 no ar ambiente.
A Portaria/MTb n.º 8/1992 estabelece os LT para exposição a fumos de manganês de
até 1 mg/m3 e de 5 mg/m3 para poeira de manganês no ar, para jornadas de até 8 horas por dia.
O exame médico periódico deve estar orientado para a identificação de sinais e sintomas para a detecção
precoce da doença, por meio de:
- avaliação clínica com pesquisa de sinais e sintomas neurológicos, por meio de protocolo padronizado
e exame físico criterioso;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas;
- análises toxicológicas:
- a dosagem de manganês na urina presta-se mais à avaliação de exposições recentes e não
tem valor para o diagnóstico;
- em trabalhadores expostos ao mercúrio, para a dosagem de mercúrio inorgânico na urina –
VR de até 5 µg/g de creatinina e IBMP de 35 mg/g de creatinina. O aumento de quatro vezes
nos níveis do metal na urina, em relação às medidas basais, é suficiente para o afastamento
do trabalhador e o acompanhamento rigoroso do quadro clínico.
5 PREVENÇÃO
A prevenção da ataxia cerebelosa relacionada ao trabalho baseia-se na vigilância dos ambientes e condições
de trabalho e na vigilância dos efeitos ou danos para a saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo. A
eliminação ou a redução, a níveis considerados aceitáveis, da exposição às substâncias químicas neurotóxicas, em
particular ao mercúrio e ao manganês, pode impedir ou reduzir a ocorrência da doença. Entre as medidas de controle
ambiental e da exposição, estão:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- umidificação dos processos onde houver produção de poeira;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto, troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva.
Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), da Portaria/
MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 (Portaria/MTb n.º 3.214/1978) define o limite de tolerância para a exposição ao mercúrio metálico
de 0,04 mg/m3 no ar ambiente.
A Portaria/MTb n.º 8/1992 estabelece os LT para exposição a fumos de manganês de
até 1 mg/m3 e de 5 mg/m3 para poeira de manganês no ar, para jornadas de até 8 horas por dia.
O exame médico periódico deve estar orientado para a identificação de sinais e sintomas para a detecção
precoce da doença, por meio de:
- avaliação clínica com pesquisa de sinais e sintomas neurológicos, por meio de protocolo padronizado
e exame físico criterioso;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas;
- análises toxicológicas:
- a dosagem de manganês na urina presta-se mais à avaliação de exposições recentes e não
tem valor para o diagnóstico;
- em trabalhadores expostos ao mercúrio, para a dosagem de mercúrio inorgânico na urina –
VR de até 5 µg/g de creatinina e IBMP de 35 mg/g de creatinina. O aumento de quatro vezes
nos níveis do metal na urina, em relação às medidas basais, é suficiente para o afastamento
do trabalhador e o acompanhamento rigoroso do quadro clínico.
Monday, February 23, 2015
Ataxia cerebelosa - Tratamento
Ataxia cerebelosa - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Os casos suspeitos devem ser avaliados por um neurologista para esclarecimento do diagnóstico. Casos
selecionados somente em nível hospitalar podem ser submetidos a tratamento com quelantes, utilizando o dimercaprol.
O dimercaprol é contra-indicado em intoxicações por mercúrio orgânico.
O afastamento da atividade é obrigatório nos casos em que a exposição está mantida.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Os casos suspeitos devem ser avaliados por um neurologista para esclarecimento do diagnóstico. Casos
selecionados somente em nível hospitalar podem ser submetidos a tratamento com quelantes, utilizando o dimercaprol.
O dimercaprol é contra-indicado em intoxicações por mercúrio orgânico.
O afastamento da atividade é obrigatório nos casos em que a exposição está mantida.
Sunday, February 22, 2015
Ataxia cerebelosa - Quadro clínico e diagnóstico
Ataxia cerebelosa - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Para diferenciar uma ataxia cerebelosa de uma ataxia sensorial, é importante saber que o cerebelo coordena
e equilibra os movimentos, recebendo informações proprioceptivas inconscientes e conscientes dos sistemas vestibular
e visual. Assim, pacientes com alterações da sensibilidade profunda (sensibilidade vibratória e cinestésica) apresentam
distúrbios de equilíbrio não-cerebelar. Esses compensam a falta de propriocepção consciente pela utilização da visão.
Caracteristicamente, os pacientes com ataxia cerebelosa apresentaram disartria (fala escandida, desequilíbrio, nistagmo
ocular, tremores de ação e marcha descoordenada).
A intoxicação crônica por mercúrio pode causar ataxia cerebelosa, coréia e encefalopatia grave caracterizadas
por déficit cognitivo e alterações psicológicas. Também pode estar associada à polineuropatia periférica tipo axonal
(sensitiva e motora). O tremor é muito semelhante àquele do hipertireoidismo, rápido e de baixa amplitude, piorando
com as atividades. Se a ataxia é sensorial, há também perda de sensibilidade vibratória e postural dos membros
inferiores, agravada na presença de pouca luz (ou se o paciente fecha os olhos), e que diminui quando o paciente se
apóia em pares ou móveis, ao passo que na ataxia cerebelosa essa compensação não ocorre.
Na intoxicação pelo mercúrio, inicialmente a ataxia apresenta-se como um sintoma transitório. Porém, a
exposição prolongada ao agente tóxico pode levar à ataxia que pode ser decorrente tanto de uma neuropatia periférica
quanto de uma encefalopatia, com comprometimento cerebelar permanente, dependendo da idade do paciente, grau
de exposição e da forma atômica do mercúrio.
O diagnóstico da ataxia por intoxicação mercurial é feito correlacionando-se:
- manifestações clínicas de instabilidade postural a distúrbios de comportamento e tremores;
- exame neurológico à dificuldade de deambulação;
- teste de Romberg positivo a outros sintomas cerebelares associados;
- história de exposição ocupacional ao agente.
Devido ao caráter crônico da manifestação da ataxia cerebelosa em que, geralmente, não há simultaneidade
com a exposição, a determinação de mercúrio na urina tem pouco valor diagnóstico. Se estiver aumentado, pode
contribuir para fundamentar o diagnóstico e sugere que seja pesquisada uma lesão renal. Se estiver normal, não exclui
o diagnóstico. A pesquisa de mercúrio no fio de cabelo é inconclusiva, pois pode resultar de contaminação externa.
O Quadro XVIII apresenta os principais achados clínicos que distinguem a ataxia cerebelosa da sensória.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Para diferenciar uma ataxia cerebelosa de uma ataxia sensorial, é importante saber que o cerebelo coordena
e equilibra os movimentos, recebendo informações proprioceptivas inconscientes e conscientes dos sistemas vestibular
e visual. Assim, pacientes com alterações da sensibilidade profunda (sensibilidade vibratória e cinestésica) apresentam
distúrbios de equilíbrio não-cerebelar. Esses compensam a falta de propriocepção consciente pela utilização da visão.
Caracteristicamente, os pacientes com ataxia cerebelosa apresentaram disartria (fala escandida, desequilíbrio, nistagmo
ocular, tremores de ação e marcha descoordenada).
A intoxicação crônica por mercúrio pode causar ataxia cerebelosa, coréia e encefalopatia grave caracterizadas
por déficit cognitivo e alterações psicológicas. Também pode estar associada à polineuropatia periférica tipo axonal
(sensitiva e motora). O tremor é muito semelhante àquele do hipertireoidismo, rápido e de baixa amplitude, piorando
com as atividades. Se a ataxia é sensorial, há também perda de sensibilidade vibratória e postural dos membros
inferiores, agravada na presença de pouca luz (ou se o paciente fecha os olhos), e que diminui quando o paciente se
apóia em pares ou móveis, ao passo que na ataxia cerebelosa essa compensação não ocorre.
Na intoxicação pelo mercúrio, inicialmente a ataxia apresenta-se como um sintoma transitório. Porém, a
exposição prolongada ao agente tóxico pode levar à ataxia que pode ser decorrente tanto de uma neuropatia periférica
quanto de uma encefalopatia, com comprometimento cerebelar permanente, dependendo da idade do paciente, grau
de exposição e da forma atômica do mercúrio.
O diagnóstico da ataxia por intoxicação mercurial é feito correlacionando-se:
- manifestações clínicas de instabilidade postural a distúrbios de comportamento e tremores;
- exame neurológico à dificuldade de deambulação;
- teste de Romberg positivo a outros sintomas cerebelares associados;
- história de exposição ocupacional ao agente.
Devido ao caráter crônico da manifestação da ataxia cerebelosa em que, geralmente, não há simultaneidade
com a exposição, a determinação de mercúrio na urina tem pouco valor diagnóstico. Se estiver aumentado, pode
contribuir para fundamentar o diagnóstico e sugere que seja pesquisada uma lesão renal. Se estiver normal, não exclui
o diagnóstico. A pesquisa de mercúrio no fio de cabelo é inconclusiva, pois pode resultar de contaminação externa.
O Quadro XVIII apresenta os principais achados clínicos que distinguem a ataxia cerebelosa da sensória.
Saturday, February 21, 2015
Ataxia cerebelosa - Epidemiologia e Fatores de risco
Ataxia cerebelosa - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A exposição ao manganês ou a seus compostos pode ocorrer sob a forma de poeira, nas operações de
extração, tratamento, moagem e transporte do minério. A exposição a fumos de manganês ou a seus compostos
ocorre na metalurgia de minerais de manganês, na fabricação de compostos de manganês, fabricação de baterias e
pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda e fabricação de
produtos químicos, tintas e fertilizantes.
A exposição ao mercúrio ocorre nos processos de extração de ouro por amalgamação, na produção de
ligas metálicas e nas indústrias metalúrgica e química (ver ficha técnica na seção III – capítulo 20).
Em trabalhadores expostos a produtos químicos neurotóxicos, em especial o mercúrio e o manganês, a
ataxia cerebelosa, excluídas outras causas não-ocupacionais, deve ser considerada como doença relacionada ao
trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, isto é, doença profissional em que o trabalho constitui causa necessária.
Se não ocorresse a exposição ocupacional, seria improvável o aparecimento da doença.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A exposição ao manganês ou a seus compostos pode ocorrer sob a forma de poeira, nas operações de
extração, tratamento, moagem e transporte do minério. A exposição a fumos de manganês ou a seus compostos
ocorre na metalurgia de minerais de manganês, na fabricação de compostos de manganês, fabricação de baterias e
pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda e fabricação de
produtos químicos, tintas e fertilizantes.
A exposição ao mercúrio ocorre nos processos de extração de ouro por amalgamação, na produção de
ligas metálicas e nas indústrias metalúrgica e química (ver ficha técnica na seção III – capítulo 20).
Em trabalhadores expostos a produtos químicos neurotóxicos, em especial o mercúrio e o manganês, a
ataxia cerebelosa, excluídas outras causas não-ocupacionais, deve ser considerada como doença relacionada ao
trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, isto é, doença profissional em que o trabalho constitui causa necessária.
Se não ocorresse a exposição ocupacional, seria improvável o aparecimento da doença.
Friday, February 20, 2015
Ataxia cerebelosa - Definição da Doença
Ataxia cerebelosa - Definição da Doença
11.3.1 ATAXIA CEREBELOSA CID-10 G11.1
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Ataxia cerebelosa é a incapacidade de coordenar movimentos voluntários, não-relacionada
com deficiência motora, observada em pacientes com distúrbios cerebelares.
Pode se manifestar quando o paciente está de pé (ataxia estática), quando se põe a andar
(ataxia locomotora) ou quando quer executar um movimento (ataxia cinética).
As ataxias podem ser classificadas em agudas e crônicas e em hereditárias e adquiridas.
A ataxia aguda é geralmente de etiologia infecciosa, pós-infecciosa ou tóxica, estando entre os agentes
mais comuns os vírus da varicela, o herpes vírus humano 4 (vírus Epstein-Barr) e os vírus da encefalite. Entre as
ataxias tóxicas estão as causadas por barbitúricos, hipnóticos, anti-histamínicos e álcool, entre outros. Também pode
ter origem em distúrbios vasculares, hemorragias cerebelares e neoplasias. Topograficamente caracteriza-se por lesões
localizadas no cerebelo.
11.3.1 ATAXIA CEREBELOSA CID-10 G11.1
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Ataxia cerebelosa é a incapacidade de coordenar movimentos voluntários, não-relacionada
com deficiência motora, observada em pacientes com distúrbios cerebelares.
Pode se manifestar quando o paciente está de pé (ataxia estática), quando se põe a andar
(ataxia locomotora) ou quando quer executar um movimento (ataxia cinética).
As ataxias podem ser classificadas em agudas e crônicas e em hereditárias e adquiridas.
A ataxia aguda é geralmente de etiologia infecciosa, pós-infecciosa ou tóxica, estando entre os agentes
mais comuns os vírus da varicela, o herpes vírus humano 4 (vírus Epstein-Barr) e os vírus da encefalite. Entre as
ataxias tóxicas estão as causadas por barbitúricos, hipnóticos, anti-histamínicos e álcool, entre outros. Também pode
ter origem em distúrbios vasculares, hemorragias cerebelares e neoplasias. Topograficamente caracteriza-se por lesões
localizadas no cerebelo.
Thursday, February 19, 2015
Lista de doenças do sistema nervoso relacionadas ao trabalho
Lista de doenças do sistema nervoso relacionadas ao trabalho
11.3 LISTA DE DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO RELACIONADAS AO TRABALHO, DE ACORDO COM A
PORTARIA/MS N.º 1.339/1999
- Ataxia cerebelosa (G11.1)
- Parkinsonismo secundário devido a outros agentes externos (G21.2)
- Outras formas especificadas de tremor (G25.2)
- Transtorno extrapiramidal do movimento não-especificado (G25.9)
- Distúrbios do ciclo vigília-sono (G47.2)
- Transtornos do nervo trigêmeo (G50.-)
- Transtornos do nervo olfatório (inclui anosmia) (G52.0)
- Transtornos do plexo braquial (síndrome da saída do tórax, síndrome do desfiladeiro torácico) (G54.0)
- Mononeuropatias dos membros superiores (G56.-): síndrome do túnel do carpo (G56.0); outras lesões
do nervo mediano: síndrome do pronador redondo (G56.1); síndrome do canal de Guyon (G56.2);
lesão do nervo cubital (ulnar): síndrome do túnel cubital (G56.2); outras mononeuropatias dos membros
superiores: compressão do nervo supra-escapular (G56.8)
- Mononeuropatias do membro inferior (G57.-): lesão do nervo poplíteo lateral (G57.3)
- Outras polineuropatias (G62.-): polineuropatia devida a outros agentes tóxicos (G62.2) e polineuropatia
induzida pela radiação (G62.8)
- Encefalopatia tóxica aguda (G92.1)DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
11.3 LISTA DE DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO RELACIONADAS AO TRABALHO, DE ACORDO COM A
PORTARIA/MS N.º 1.339/1999
- Ataxia cerebelosa (G11.1)
- Parkinsonismo secundário devido a outros agentes externos (G21.2)
- Outras formas especificadas de tremor (G25.2)
- Transtorno extrapiramidal do movimento não-especificado (G25.9)
- Distúrbios do ciclo vigília-sono (G47.2)
- Transtornos do nervo trigêmeo (G50.-)
- Transtornos do nervo olfatório (inclui anosmia) (G52.0)
- Transtornos do plexo braquial (síndrome da saída do tórax, síndrome do desfiladeiro torácico) (G54.0)
- Mononeuropatias dos membros superiores (G56.-): síndrome do túnel do carpo (G56.0); outras lesões
do nervo mediano: síndrome do pronador redondo (G56.1); síndrome do canal de Guyon (G56.2);
lesão do nervo cubital (ulnar): síndrome do túnel cubital (G56.2); outras mononeuropatias dos membros
superiores: compressão do nervo supra-escapular (G56.8)
- Mononeuropatias do membro inferior (G57.-): lesão do nervo poplíteo lateral (G57.3)
- Outras polineuropatias (G62.-): polineuropatia devida a outros agentes tóxicos (G62.2) e polineuropatia
induzida pela radiação (G62.8)
- Encefalopatia tóxica aguda (G92.1)DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
Wednesday, February 18, 2015
Fatores de risco das doenças do sistema nervoso
Fatores de risco das doenças do sistema nervoso
A proteção da saúde e prevenção da exposição aos fatores de risco envolvem medidas de engenharia e
higiene industrial, mudanças na organização e gestão do trabalho e de controle médico dos trabalhadores expostos,
entre elas:
- substituição do agente, substância, ferramenta ou tecnologia de trabalho por outros mais seguros,
menos tóxicos ou lesivos;
- isolamento de máquina, agente ou substância potencialmente lesivos, por meio de enclausuramento
do processo, suprimindo ou reduzindo a exposição;
- medidas de higiene e segurança ocupacional, tais como implantação e manutenção de sistemas de
ventilação local exaustora adequados e eficientes, de capelas de exaustão, de controle de vazamentos
e incidentes por meio de manutenção preventiva e corretiva de máquinas/equipamentos e de
monitoramento sistemático dos agentes agressores;
- adoção de sistemas de trabalho e operacionais seguros, por meio de classificação e rotulagem das
substâncias químicas, segundo propriedades toxicológicas e toxicidade;
- diminuição do tempo de exposição e do número de trabalhadores expostos;
- facilidades para a higiene pessoal (instalações sanitárias adequadas, banheiros, chuveiros, pias com
água limpa corrente e em abundância, vestuário adequado e limpo diariamente);
- informação e comunicação dos riscos aos trabalhadores;
- utilização de equipamentos de proteção individual, especialmente óculos e máscaras adequadas a
cada tipo de exposição, de modo complementar às medidas de proteção coletiva;
- medidas de controle médico e monitoramento biológico dos trabalhadores expostos.
As ações de controle médico visam a identificar a doença em seu estado latente, ou inicial, quando algum tipo de
intervenção pode reverter ou diminuir a velocidade de instalação e progressão dos processos patológicos. Devem ser
realizados exames admissional e periódico dos trabalhadores expostos, com utilização de questionários padronizados e
exame físico complementares direcionados para a avaliação do sistema nervoso.
Quanto à avaliação de deficiências ou disfunções provocadas pelas doenças do sistema nervoso, os critérios
propostos pela Associação Médica Americana (AMA), em seus Guides to the Evaluation of Permanent Impairment (4.ª
edição, 1995), podem ser úteis se adaptados à realidade brasileira. Os indicadores e parâmetros utilizados pela AMA
definem nove categorias de disfunção ou deficiência resultantes de distúrbios neurológicos:
- distúrbios da consciência e da atenção;
- afasia ou distúrbios da comunicação;
- estado mental e anormalidades das funções de integração;
- distúrbios emocionais ou comportamentais;
- tipos especiais de preocupação ou obsessão;
- anormalidades sensoriais ou motoras importantes;
- distúrbios dos movimentos;
- distúrbios neurológicos episódicos;
- distúrbios do sono.
A proteção da saúde e prevenção da exposição aos fatores de risco envolvem medidas de engenharia e
higiene industrial, mudanças na organização e gestão do trabalho e de controle médico dos trabalhadores expostos,
entre elas:
- substituição do agente, substância, ferramenta ou tecnologia de trabalho por outros mais seguros,
menos tóxicos ou lesivos;
- isolamento de máquina, agente ou substância potencialmente lesivos, por meio de enclausuramento
do processo, suprimindo ou reduzindo a exposição;
- medidas de higiene e segurança ocupacional, tais como implantação e manutenção de sistemas de
ventilação local exaustora adequados e eficientes, de capelas de exaustão, de controle de vazamentos
e incidentes por meio de manutenção preventiva e corretiva de máquinas/equipamentos e de
monitoramento sistemático dos agentes agressores;
- adoção de sistemas de trabalho e operacionais seguros, por meio de classificação e rotulagem das
substâncias químicas, segundo propriedades toxicológicas e toxicidade;
- diminuição do tempo de exposição e do número de trabalhadores expostos;
- facilidades para a higiene pessoal (instalações sanitárias adequadas, banheiros, chuveiros, pias com
água limpa corrente e em abundância, vestuário adequado e limpo diariamente);
- informação e comunicação dos riscos aos trabalhadores;
- utilização de equipamentos de proteção individual, especialmente óculos e máscaras adequadas a
cada tipo de exposição, de modo complementar às medidas de proteção coletiva;
- medidas de controle médico e monitoramento biológico dos trabalhadores expostos.
As ações de controle médico visam a identificar a doença em seu estado latente, ou inicial, quando algum tipo de
intervenção pode reverter ou diminuir a velocidade de instalação e progressão dos processos patológicos. Devem ser
realizados exames admissional e periódico dos trabalhadores expostos, com utilização de questionários padronizados e
exame físico complementares direcionados para a avaliação do sistema nervoso.
Quanto à avaliação de deficiências ou disfunções provocadas pelas doenças do sistema nervoso, os critérios
propostos pela Associação Médica Americana (AMA), em seus Guides to the Evaluation of Permanent Impairment (4.ª
edição, 1995), podem ser úteis se adaptados à realidade brasileira. Os indicadores e parâmetros utilizados pela AMA
definem nove categorias de disfunção ou deficiência resultantes de distúrbios neurológicos:
- distúrbios da consciência e da atenção;
- afasia ou distúrbios da comunicação;
- estado mental e anormalidades das funções de integração;
- distúrbios emocionais ou comportamentais;
- tipos especiais de preocupação ou obsessão;
- anormalidades sensoriais ou motoras importantes;
- distúrbios dos movimentos;
- distúrbios neurológicos episódicos;
- distúrbios do sono.
Tuesday, February 17, 2015
A prevenção das doenças do sistema nervoso relacionadas ao trabalho
A prevenção das doenças do sistema nervoso relacionadas ao trabalho
A prevenção das doenças do sistema nervoso relacionadas ao trabalho está baseada nos procedimentos de
vigilância em saúde do trabalhador: vigilância epidemiológica de agravos e vigilância sanitária de ambientes de trabalho.
Utiliza conhecimentos médico-clínicos, epidemiológicos, de higiene ocupacional, toxicologia, ergonomia, psicologia, dentre
outras disciplinas. Valoriza a percepção dos trabalhadores sobre seu trabalho e sua saúde, considerando as normas
técnicas e os regulamentos vigentes. Esses procedimentos podem ser resumidos em:
- reconhecimento prévio das atividades e locais de trabalho onde existam substâncias químicas, agentes
físicos e/ou biológicos e fatores de risco, decorrentes da organização do trabalho, potencialmente
causadores de doença;
- identificação dos problemas ou danos potenciais para a saúde, decorrentes da exposição aos fatores
de risco identificados;
- proposição das medidas a serem adotadas para eliminação ou controle da exposição aos fatores de
risco e proteção dos trabalhadores;
- educação e informação aos trabalhadores e empregadores.
A partir da confirmação do diagnóstico da doença e de sua relação com o trabalho, seguindo os procedimentos
descritos no capítulo 2, os serviços de saúde responsáveis pela atenção aos trabalhadores devem implementar as
seguintes ações:
- avaliação da necessidade de afastamento (temporário ou permanente) do trabalhador da exposição,
do setor de trabalho ou do trabalho como um todo. Esse procedimento poderá ser necessário mesmo
antes da confirmação do diagnóstico, diante de uma forte suspeita;
- caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social, solicitar à empresa a emissão da
CAT, preencher o LEM e encaminhar ao INSS. Em caso de recusa de emissão da CAT pelo empregador,
o médico assistente deve fazê-lo;
- acompanhamento e registro da evolução do caso, particularmente se houver agravamento da situação
clínica com o retorno ao trabalho;
- notificação do agravo ao sistema de informação de morbidade do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da
categoria;
- ações de vigilância epidemiológica visando à identificação de outros casos, por meio de busca ativa na
mesma empresa ou ambiente de trabalho ou em outras empresas do mesmo ramo de atividade na
área geográfica;
- inspeção da empresa ou ambiente de trabalho de origem do paciente e de outras empresas do mesmo
ramo de atividade na área geográfica, procurando identificar fatores de risco para a saúde, medidas de
proteção coletiva e equipamentos de proteção individual utilizados. Pode ser importante a verificação
da existência e adequação do PPRA (NR 9) e do PCMSO (NR 7), da Portaria/MTb n.º 3.214/1978;
- recomendação sobre as medidas de proteção a serem adotadas pelo empregador, informando-as aos
trabalhadores.
A prevenção das doenças do sistema nervoso relacionadas ao trabalho está baseada nos procedimentos de
vigilância em saúde do trabalhador: vigilância epidemiológica de agravos e vigilância sanitária de ambientes de trabalho.
Utiliza conhecimentos médico-clínicos, epidemiológicos, de higiene ocupacional, toxicologia, ergonomia, psicologia, dentre
outras disciplinas. Valoriza a percepção dos trabalhadores sobre seu trabalho e sua saúde, considerando as normas
técnicas e os regulamentos vigentes. Esses procedimentos podem ser resumidos em:
- reconhecimento prévio das atividades e locais de trabalho onde existam substâncias químicas, agentes
físicos e/ou biológicos e fatores de risco, decorrentes da organização do trabalho, potencialmente
causadores de doença;
- identificação dos problemas ou danos potenciais para a saúde, decorrentes da exposição aos fatores
de risco identificados;
- proposição das medidas a serem adotadas para eliminação ou controle da exposição aos fatores de
risco e proteção dos trabalhadores;
- educação e informação aos trabalhadores e empregadores.
A partir da confirmação do diagnóstico da doença e de sua relação com o trabalho, seguindo os procedimentos
descritos no capítulo 2, os serviços de saúde responsáveis pela atenção aos trabalhadores devem implementar as
seguintes ações:
- avaliação da necessidade de afastamento (temporário ou permanente) do trabalhador da exposição,
do setor de trabalho ou do trabalho como um todo. Esse procedimento poderá ser necessário mesmo
antes da confirmação do diagnóstico, diante de uma forte suspeita;
- caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social, solicitar à empresa a emissão da
CAT, preencher o LEM e encaminhar ao INSS. Em caso de recusa de emissão da CAT pelo empregador,
o médico assistente deve fazê-lo;
- acompanhamento e registro da evolução do caso, particularmente se houver agravamento da situação
clínica com o retorno ao trabalho;
- notificação do agravo ao sistema de informação de morbidade do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da
categoria;
- ações de vigilância epidemiológica visando à identificação de outros casos, por meio de busca ativa na
mesma empresa ou ambiente de trabalho ou em outras empresas do mesmo ramo de atividade na
área geográfica;
- inspeção da empresa ou ambiente de trabalho de origem do paciente e de outras empresas do mesmo
ramo de atividade na área geográfica, procurando identificar fatores de risco para a saúde, medidas de
proteção coletiva e equipamentos de proteção individual utilizados. Pode ser importante a verificação
da existência e adequação do PPRA (NR 9) e do PCMSO (NR 7), da Portaria/MTb n.º 3.214/1978;
- recomendação sobre as medidas de proteção a serem adotadas pelo empregador, informando-as aos
trabalhadores.
Monday, February 16, 2015
Doenças do sistema nervoso
Doenças do sistema nervoso
Capítulo 11
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
RELACIONADAS AO TRABALHO
(Grupo VI da CID-10)
11.1 INTRODUÇÃO
A vulnerabilidade do sistema nervoso aos efeitos da exposição ocupacional e ambiental a uma gama de
substâncias químicas, agentes físicos e fatores causais de adoecimento, decorrentes da organização do trabalho, tem
ficado cada vez mais evidente, traduzindo-se em episódios isolados ou epidêmicos de doença nos trabalhadores.
As manifestações neurológicas das intoxicações decorrentes da exposição ocupacional a metais pesados,
aos agrotóxicos ou a solventes orgânicos, e de outras doenças do sistema nervoso relacionadas às condições de
trabalho, costumam receber o primeiro atendimento na rede básica de serviços de saúde. Quando isso ocorre, é
necessário que os profissionais que atendem a esses trabalhadores estejam familiarizados com os principais agentes
químicos, físicos, biológicos e os fatores decorrentes da organização do trabalho, potencialmente causadores de doença,
para que possam caracterizar a relação da doença com o trabalho, possibilitando o diagnóstico correto e o
estabelecimento das condutas adequadas.
Entre as formas de comprometimento neurológico que podem estar relacionadas ao trabalho estão, por
exemplo, ataxia e tremores semelhantes aos observados em doenças degenerativas do cerebelo (ataxia de Friedreich),
que podem resultar de exposições ao tolueno, mercúrio e acrilamida. Lesões medulares, semelhantes às que ocorrem
na neurossífilis, na deficiência de vitamina B12 e na esclerose múltipla, podem ser causadas pela intoxicação pelo tri-
orto-cresilfosfato. Manifestações de espasticidade, impotência e retenção urinária, associadas à esclerose múltipla,
podem decorrer da intoxicação pela dietilaminoproprionitrila. A doença de Parkinson secundária, um distúrbio de
postura, com rigidez e tremor, pode resultar de efeitos tóxicos sobre os núcleos da base do cérebro, decorrentes da
exposição ao monóxido de carbono, ao dissulfeto de carbono e ao dióxido de manganês. Manifestações de compressão
nervosa, como na síndrome do túnel do carpo, podem estar relacionadas ao uso de determinadas ferramentas e
posturas adotadas pelo trabalhador no desempenho de suas atividades. Para o diagnóstico diferencial, a história
ocupacional e um exame neurológico acurado são fundamentais.
De acordo com o critério adotado na organização deste manual, utilizando a taxonomia proposta pela CID-
10, estão incluídas, neste capítulo, algumas doenças consideradas no grupo LER/DORT:
transtornos do plexo braquial,
mononeuropatias dos membros superiores e mononeuropatias dos membros inferiores. Os interessados nesse grupo
de doenças devem consultar, também, o capítulo 18 do manual que trata das Doenças do Sistema Osteomuscular e do
Tecido Conjuntivo Relacionadas ao Trabalho.
Neste capítulo serão apresentadas as doenças neurológicas reconhecidas como relacionadas ao trabalho
pela Portaria/MS n.º 1.339/1999. São descritos, de modo resumido, manifestações de neurotoxicidade, aspectos
epidemiológicos, procedimentos propedêuticos básicos, diagnóstico diferencial e condutas a serem adotadas para
com o paciente e aquelas de vigilância em saúde do trabalhador.
Considerando a especificidade da utilização da ressonância magnética, da tomografia computadorizada,
dos estudos eletromiográficos, dos testes neurocomportamentais, bem como de outras condutas, os métodos
propedêuticos deverão ser assumidos pelo especialista em níveis mais complexos de atenção do sistema de saúde e
fogem dos objetivos deste manual. Entretanto, isso não diminui a responsabilidade e a necessidade de que os profissionais
da atenção básica estejam capacitados a fazer o primeiro atendimento do trabalhador, a estabelecer o diagnóstico,
ainda que presuntivo, e a encaminhar as ações decorrentes, no âmbito da vigilância e prevenção. Muitas vezes,
deverão assumir, também, o acompanhamento posterior do paciente.
Semelhante ao que ocorre em outras doenças ocupacionais, na maioria dos casos, as neurológicas
relacionadas ao trabalho não têm tratamento específico. Porém, alguns procedimentos devem ser adotados pelos
profissionais dos serviços de saúde diante da suspeita ou da confirmação de uma doença, dos quais se destacam:
- afastamento da exposição, nos casos em que a permanência na atividade possa contribuir para o
agravamento do quadro;
- suporte de ordem geral para alívio da sintomatologia e melhoria da qualidade de vida do
paciente.
Capítulo 11
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
RELACIONADAS AO TRABALHO
(Grupo VI da CID-10)
11.1 INTRODUÇÃO
A vulnerabilidade do sistema nervoso aos efeitos da exposição ocupacional e ambiental a uma gama de
substâncias químicas, agentes físicos e fatores causais de adoecimento, decorrentes da organização do trabalho, tem
ficado cada vez mais evidente, traduzindo-se em episódios isolados ou epidêmicos de doença nos trabalhadores.
As manifestações neurológicas das intoxicações decorrentes da exposição ocupacional a metais pesados,
aos agrotóxicos ou a solventes orgânicos, e de outras doenças do sistema nervoso relacionadas às condições de
trabalho, costumam receber o primeiro atendimento na rede básica de serviços de saúde. Quando isso ocorre, é
necessário que os profissionais que atendem a esses trabalhadores estejam familiarizados com os principais agentes
químicos, físicos, biológicos e os fatores decorrentes da organização do trabalho, potencialmente causadores de doença,
para que possam caracterizar a relação da doença com o trabalho, possibilitando o diagnóstico correto e o
estabelecimento das condutas adequadas.
Entre as formas de comprometimento neurológico que podem estar relacionadas ao trabalho estão, por
exemplo, ataxia e tremores semelhantes aos observados em doenças degenerativas do cerebelo (ataxia de Friedreich),
que podem resultar de exposições ao tolueno, mercúrio e acrilamida. Lesões medulares, semelhantes às que ocorrem
na neurossífilis, na deficiência de vitamina B12 e na esclerose múltipla, podem ser causadas pela intoxicação pelo tri-
orto-cresilfosfato. Manifestações de espasticidade, impotência e retenção urinária, associadas à esclerose múltipla,
podem decorrer da intoxicação pela dietilaminoproprionitrila. A doença de Parkinson secundária, um distúrbio de
postura, com rigidez e tremor, pode resultar de efeitos tóxicos sobre os núcleos da base do cérebro, decorrentes da
exposição ao monóxido de carbono, ao dissulfeto de carbono e ao dióxido de manganês. Manifestações de compressão
nervosa, como na síndrome do túnel do carpo, podem estar relacionadas ao uso de determinadas ferramentas e
posturas adotadas pelo trabalhador no desempenho de suas atividades. Para o diagnóstico diferencial, a história
ocupacional e um exame neurológico acurado são fundamentais.
De acordo com o critério adotado na organização deste manual, utilizando a taxonomia proposta pela CID-
10, estão incluídas, neste capítulo, algumas doenças consideradas no grupo LER/DORT:
transtornos do plexo braquial,
mononeuropatias dos membros superiores e mononeuropatias dos membros inferiores. Os interessados nesse grupo
de doenças devem consultar, também, o capítulo 18 do manual que trata das Doenças do Sistema Osteomuscular e do
Tecido Conjuntivo Relacionadas ao Trabalho.
Neste capítulo serão apresentadas as doenças neurológicas reconhecidas como relacionadas ao trabalho
pela Portaria/MS n.º 1.339/1999. São descritos, de modo resumido, manifestações de neurotoxicidade, aspectos
epidemiológicos, procedimentos propedêuticos básicos, diagnóstico diferencial e condutas a serem adotadas para
com o paciente e aquelas de vigilância em saúde do trabalhador.
Considerando a especificidade da utilização da ressonância magnética, da tomografia computadorizada,
dos estudos eletromiográficos, dos testes neurocomportamentais, bem como de outras condutas, os métodos
propedêuticos deverão ser assumidos pelo especialista em níveis mais complexos de atenção do sistema de saúde e
fogem dos objetivos deste manual. Entretanto, isso não diminui a responsabilidade e a necessidade de que os profissionais
da atenção básica estejam capacitados a fazer o primeiro atendimento do trabalhador, a estabelecer o diagnóstico,
ainda que presuntivo, e a encaminhar as ações decorrentes, no âmbito da vigilância e prevenção. Muitas vezes,
deverão assumir, também, o acompanhamento posterior do paciente.
Semelhante ao que ocorre em outras doenças ocupacionais, na maioria dos casos, as neurológicas
relacionadas ao trabalho não têm tratamento específico. Porém, alguns procedimentos devem ser adotados pelos
profissionais dos serviços de saúde diante da suspeita ou da confirmação de uma doença, dos quais se destacam:
- afastamento da exposição, nos casos em que a permanência na atividade possa contribuir para o
agravamento do quadro;
- suporte de ordem geral para alívio da sintomatologia e melhoria da qualidade de vida do
paciente.
Sunday, February 15, 2015
Síndrome de burn-out - Prevenção
Síndrome de burn-out - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A prevenção da síndrome de esgotamento profissional envolve mudanças na cultura da organização do
trabalho, estabelecimento de restrições à exploração do desempenho individual, diminuição da intensidade de trabalho,
diminuição da competitividade, busca de metas coletivas que incluam o bem-estar de cada um. A prevenção desses
agravos requer uma ação integrada, articulada entre os setores assistenciais e os de vigilância. É importante que o
paciente seja cuidado por uma equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar, que dê conta tanto dos aspectos
de suporte ao sofrimento psíquico do trabalhador quanto dos aspectos sociais e de intervenção nos ambientes de
trabalho.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
* Dentre os problemas de saúde, os transtornos mentais são responsáveis pelo maior número de dias de afastamento do trabalho, ou seja, são problemas de saúde que
afastam os trabalhadores do trabalho por longos períodos. Além disso, como não se trata de uma lesão visível ou de um processo físico mensurável, muitas vezes, os
pacientes não têm o seu sofrimento legitimamente reconhecido.
O diagnóstico de um caso de síndrome de esgotamento profissional deve ser abordado como evento
sentinela e indicar investigação da situação de trabalho, visando a avaliar o papel da organização do trabalho na
determinação do quadro sintomatológico. Podem estar indicadas intervenções na organização do trabalho, assim
como medidas de suporte ao grupo de trabalhadores de onde o acometido proveio.
5 PREVENÇÃO
A prevenção da síndrome de esgotamento profissional envolve mudanças na cultura da organização do
trabalho, estabelecimento de restrições à exploração do desempenho individual, diminuição da intensidade de trabalho,
diminuição da competitividade, busca de metas coletivas que incluam o bem-estar de cada um. A prevenção desses
agravos requer uma ação integrada, articulada entre os setores assistenciais e os de vigilância. É importante que o
paciente seja cuidado por uma equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar, que dê conta tanto dos aspectos
de suporte ao sofrimento psíquico do trabalhador quanto dos aspectos sociais e de intervenção nos ambientes de
trabalho.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
* Dentre os problemas de saúde, os transtornos mentais são responsáveis pelo maior número de dias de afastamento do trabalho, ou seja, são problemas de saúde que
afastam os trabalhadores do trabalho por longos períodos. Além disso, como não se trata de uma lesão visível ou de um processo físico mensurável, muitas vezes, os
pacientes não têm o seu sofrimento legitimamente reconhecido.
O diagnóstico de um caso de síndrome de esgotamento profissional deve ser abordado como evento
sentinela e indicar investigação da situação de trabalho, visando a avaliar o papel da organização do trabalho na
determinação do quadro sintomatológico. Podem estar indicadas intervenções na organização do trabalho, assim
como medidas de suporte ao grupo de trabalhadores de onde o acometido proveio.
Saturday, February 14, 2015
Síndrome de burn-out - Tratamento
Síndrome de burn-out - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento da síndrome de esgotamento profissional envolve psicoterapia, tratamento farmacológico e
intervenções psicossociais. Entretanto, a intensidade da prescrição de cada um dos recursos terapêuticos depende da
gravidade e da especificidade de cada caso.
PSICOTERAPIA:
a psicoterapia está indicada mesmo quando são prescritos psicofármacos, pois a síndrome de esgotamento
profissional refere-se a um processo de desinvestimento afetivo no trabalho que antes era objeto de todo ou
grande parte desse investimento. O paciente necessita, portanto, de tempo e espaço para
repensar (e resignar-se) sua inserção no trabalho e na vida.
O paciente encontra-se fragilizado e necessitando de suporte emocional;
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
a prescrição de antidepressivos e/ou ansiolíticos está indicada de acordo com a presença
e gravidade de sintomas depressivos e ansiosos. Atualmente existe uma grande variedade de drogas
antidepressivas e de esquemas posológicos possíveis. A prescrição deve ser acompanhada por especialista,
pelo menos em sistema de interconsulta. Freqüentemente, estão indicados os benzodiazepínicos para
controle de sintomas ansiosos e da insônia, no início do tratamento, pois o efeito terapêutico dos
antidepressivos tem início, em média, após duas semanas de uso;
INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS:
uma das características centrais da síndrome de esgotamento profissional é o afastamento
afetivo do trabalho, comprometendo o desempenho profissional e, muitas vezes, a própria capacidade de
trabalhar. Cabe ao médico avaliar cuidadosamente a indicação de afastamento do trabalho por meio de
licença para tratamento. O médico deve envolver o paciente nessa decisão, procurando ajudá-lo tanto a
afastar-se do trabalho, se necessário para o tratamento, quanto a voltar para o trabalho quando recuperado.
Além disso, o médico e demais membros da equipe de saúde devem estar aptos a justificar cada uma de
suas recomendações, perante a organização onde o paciente trabalha, o seguro social e o sistema de
saúde, buscando garantir o respeito à situação clínica do trabalhador.
O médico deve estar apto a lidar com
as dificuldades envolvidas em um processo de afastamento e retorno ao trabalho, como, por exemplo, a
ameaça de demissão após a volta ao trabalho. Muitas vezes, a síndrome de esgotamento profissional
caracteriza um momento da vida do sujeito em que se processam grandes mudanças de posição, do posto
de trabalho na hierarquia ou mesmo de emprego. Por vezes, a síndrome de esgotamento profissional é
uma seqüela encontrada em um paciente desempregado. Essas situações exigem suporte social,
fundamental para garantir a qualidade de vida, concretizado na garantia do direito ao tratamento, do acesso
aos serviços de saúde, da seguridade social e do reconhecimento do sofrimento. A equipe de saúde dever
estar apta a orientar o paciente e seus familiares quanto a esses direitos e orientar familiares, colegas de
trabalho, patrões, chefes e gerentes a lidar com a situação de doença do paciente até que este retome sua
capacidade de trabalho*. Especial atenção deve ser dada à realização de laudos, pareceres, atestados e
emissão da CAT, visando ao reconhecimento social (incluindo dos seguros de saúde e/ou da Previdência
Social) de um padecimento que, mesmo não apresentando lesão física aparente, compromete a capacidade
de trabalhar.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento da síndrome de esgotamento profissional envolve psicoterapia, tratamento farmacológico e
intervenções psicossociais. Entretanto, a intensidade da prescrição de cada um dos recursos terapêuticos depende da
gravidade e da especificidade de cada caso.
PSICOTERAPIA:
a psicoterapia está indicada mesmo quando são prescritos psicofármacos, pois a síndrome de esgotamento
profissional refere-se a um processo de desinvestimento afetivo no trabalho que antes era objeto de todo ou
grande parte desse investimento. O paciente necessita, portanto, de tempo e espaço para
repensar (e resignar-se) sua inserção no trabalho e na vida.
O paciente encontra-se fragilizado e necessitando de suporte emocional;
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
a prescrição de antidepressivos e/ou ansiolíticos está indicada de acordo com a presença
e gravidade de sintomas depressivos e ansiosos. Atualmente existe uma grande variedade de drogas
antidepressivas e de esquemas posológicos possíveis. A prescrição deve ser acompanhada por especialista,
pelo menos em sistema de interconsulta. Freqüentemente, estão indicados os benzodiazepínicos para
controle de sintomas ansiosos e da insônia, no início do tratamento, pois o efeito terapêutico dos
antidepressivos tem início, em média, após duas semanas de uso;
INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS:
uma das características centrais da síndrome de esgotamento profissional é o afastamento
afetivo do trabalho, comprometendo o desempenho profissional e, muitas vezes, a própria capacidade de
trabalhar. Cabe ao médico avaliar cuidadosamente a indicação de afastamento do trabalho por meio de
licença para tratamento. O médico deve envolver o paciente nessa decisão, procurando ajudá-lo tanto a
afastar-se do trabalho, se necessário para o tratamento, quanto a voltar para o trabalho quando recuperado.
Além disso, o médico e demais membros da equipe de saúde devem estar aptos a justificar cada uma de
suas recomendações, perante a organização onde o paciente trabalha, o seguro social e o sistema de
saúde, buscando garantir o respeito à situação clínica do trabalhador.
O médico deve estar apto a lidar com
as dificuldades envolvidas em um processo de afastamento e retorno ao trabalho, como, por exemplo, a
ameaça de demissão após a volta ao trabalho. Muitas vezes, a síndrome de esgotamento profissional
caracteriza um momento da vida do sujeito em que se processam grandes mudanças de posição, do posto
de trabalho na hierarquia ou mesmo de emprego. Por vezes, a síndrome de esgotamento profissional é
uma seqüela encontrada em um paciente desempregado. Essas situações exigem suporte social,
fundamental para garantir a qualidade de vida, concretizado na garantia do direito ao tratamento, do acesso
aos serviços de saúde, da seguridade social e do reconhecimento do sofrimento. A equipe de saúde dever
estar apta a orientar o paciente e seus familiares quanto a esses direitos e orientar familiares, colegas de
trabalho, patrões, chefes e gerentes a lidar com a situação de doença do paciente até que este retome sua
capacidade de trabalho*. Especial atenção deve ser dada à realização de laudos, pareceres, atestados e
emissão da CAT, visando ao reconhecimento social (incluindo dos seguros de saúde e/ou da Previdência
Social) de um padecimento que, mesmo não apresentando lesão física aparente, compromete a capacidade
de trabalhar.
Friday, February 13, 2015
Síndrome de burn-out - Quadro clínico e diagnóstico
Síndrome de burn-out - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
No quadro clínico podem ser identificados:
- história de grande envolvimento subjetivo com o trabalho, função, profissão ou empreendimento
assumido, que muitas vezes ganha o caráter de missão;
- sentimentos de desgaste
emocional e esvaziamento afetivo (exaustão emocional);
- queixa de reação negativa, insensibilidade ou afastamento excessivo do público que deveria receber
os serviços ou cuidados do paciente (despersonalização);
- queixa de sentimento de diminuição da competência e do sucesso no trabalho.
Geralmente, estão presentes sintomas inespecíficos associados, como insônia, fadiga, irritabilidade, tristeza,
desinteresse, apatia, angústia, tremores e inquietação, caracterizando síndrome depressiva e/ou ansiosa. O diagnóstico
dessas síndromes associado ao preenchimento dos critérios acima leva ao diagnóstico de síndrome de esgotamento
profissional.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
No quadro clínico podem ser identificados:
- história de grande envolvimento subjetivo com o trabalho, função, profissão ou empreendimento
assumido, que muitas vezes ganha o caráter de missão;
- sentimentos de desgaste
emocional e esvaziamento afetivo (exaustão emocional);
- queixa de reação negativa, insensibilidade ou afastamento excessivo do público que deveria receber
os serviços ou cuidados do paciente (despersonalização);
- queixa de sentimento de diminuição da competência e do sucesso no trabalho.
Geralmente, estão presentes sintomas inespecíficos associados, como insônia, fadiga, irritabilidade, tristeza,
desinteresse, apatia, angústia, tremores e inquietação, caracterizando síndrome depressiva e/ou ansiosa. O diagnóstico
dessas síndromes associado ao preenchimento dos critérios acima leva ao diagnóstico de síndrome de esgotamento
profissional.
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