Thursday, December 31, 2015

Síndrome de caplan - Prevenção

Síndrome de caplan - Prevenção

5 PREVENÇÃO
Os procedimentos para a prevenção da síndrome de Caplan estão no item 5 dos protocolos Pneumoconiose
dos trabalhadores do carvão e Silicose, neste capítulo.


Wednesday, December 30, 2015

Síndrome de caplan - Tratamento

Síndrome de caplan - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Não existe tratamento específico, apenas sintomático e de suporte.


Tuesday, December 29, 2015

Síndrome de caplan - Quadro clínico e diagnóstico

Síndrome de caplan - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Radiologicamente, a síndrome de Caplan manifesta-se ao exame por nódulos múltiplos e grandes, de até
5 cm de diâmetro, de desenvolvimento extremamente rápido, às vezes em poucas semanas, com pouca ou nenhuma
presença de micronódulos de fundo, indicadores de pneumoconiose. As lesões pulmonares podem cavitar e,
ocasionalmente, precedem a manifestação de dor articular da artrite. Do ponto de vista anatomopatológico, as lesões são
distintas da fibrose maciça progressiva e são similares a nódulos de artrite reumatóide.
O diagnóstico diferencial mais importante deve ser feito com o de metástases pulmonares e de formas
pseudotumorais de pneumoconiose, causadas por fibrose maciça progressiva de curso rápido. As provas de função
reumática indicadoras de processo ativo de artrite reumatóide, aliadas às histórias clínica e ocupacional e aos achados
radiológicos, sugerem o diagnóstico de síndrome de Caplan.


Monday, December 28, 2015

Síndrome de caplan - Epidemiologia e Fatores de risco

Síndrome de caplan - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Em trabalhadores expostos a poeiras de carvão mineral ou de sílica, o desenvolvimento da síndrome de
Caplan deve ser considerado como relacionado ao trabalho, enquadrando-se no Grupo I da Classificação de Schilling.


Sunday, December 27, 2015

Síndrome de caplan - Definição da Doença

Síndrome de caplan - Definição da Doença

15.3.18 TRANSTORNOS RESPIRATÓRIOS EM OUTRAS DOENÇAS SISTÊMICAS
DO TECIDO CONJUNTIVO CLASSIFICADAS EM OUTRA PARTE: CID-10 M05.3
SÍNDROME DE CAPLAN J99.1

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
A síndrome de Caplan, descrita em 1953, também denominada pneumoconiose reumatóide, consiste no
desenvolvimento de um quadro pulmonar em trabalhadores expostos à poeira de carvão, portadores de artrite reumatóide,
com ou sem pneumoconiose. Posteriormente verificou-se a ocorrência aumentada de artrite reumatóide, também, em
pacientes expostos à sílica.


Saturday, December 26, 2015

Enfisema intersticial - Prevenção

Enfisema intersticial - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção do enfisema intersticial relacionado ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância
dos ambientes, das condições do trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução deste capítulo.
O controle da exposição à poeira de carvão, à sílica, ao cádmio e ao berílio, principalmente nas atividades de mineração
e em processos metalúrgicos, pode contribuir para a redução da incidência nos grupos ocupacionais de risco. As
medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição a concentrações próximas de zero ou
dentro dos limites estabelecidos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
A utilização de areia para jateamento, em processos de manutenção de estruturas metálicas e outras, deve
ser substituída por outras tecnologias, a exemplo do que já ocorre em alguns estados e municípios do Brasil. Tal
substituição poderá ser estabelecida por meio da aprovação de leis ou portarias estaduais ou municipais.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
O Anexo n.o 12 da NR 15 (Portaria/MTb n.º 12/1983) estabelece os LT para poeiras minerais no ar ambiente,
para jornadas de até 48 horas semanais. Para a sílica livre cristalizada em ar ambiente são calculados da seguinte
forma:
- LT para poeira respirável = % quartzo + 28 mg/m3;
- LT para poeira total (respirável e não-respirável) = % quartzo + 324 mg/m3.
Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados periodicamente
à luz do conhecimento e de evidências atualizadas. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e de sintomas para a detecção precoce da doença.
Além de um exame clínico completo, recomenda-se:
- utilizar instrumentos padronizados, como os questionários de sintomas respiratórios já validados nacional ou
internacionalmente;
- radiografia de tórax no padrão OIT (1980), na admissão e anualmente;
- espirometria, na admissão e bienalmente, segundo a técnica preconizada pela American Thoracic Society
(1987);
- monitoramento biológico, segundo a NR 7. O IBMP, para o cádmio na urina, é de 5 µg/g de creatinina.
Os procedimentos para a vigilância epidemiológica das pneumoconioses estão no Manual de Normas para
o Controle das Pneumoconioses – Silicose, Pneumoconiose dos Trabalhadores de Carvão e Pneumoconiose por
Poeiras Mistas, do Ministério da Saúde. Medidas de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser
implementadas.


Friday, December 25, 2015

Enfisema intersticial - Tratamento

Enfisema intersticial - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Não há tratamento específico. Devem ser tomadas medidas de suporte e de suspensão do tabagismo,
incluindo a vacinação para gripe e pneumococia. O tratamento farmacológico do enfisema depende da associação
com obstrução das vias aéreas em tabagistas (ver, também, o protocolo Bronquite crônica - 15.3.7).


Thursday, December 24, 2015

Enfisema intersticial - Quadro clínico e diagnóstico

Enfisema intersticial - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
No enfisema pelo cádmio, além dos sintomas respiratórios, ocorre mal-estar geral e anemia. Pode ser
observada ulceração nasal, queixa de anosmia, além da cor amarelada dos dentes incisivos e caninos. A dispnéia é
um sintoma relativamente tardio e positivo, nos casos com enfisema. As manifestações ósseas caracterizam-se por
dores lombares e das extremidades, com dificuldade para a marcha.
Os sintomas respiratórios em um trabalhador com história ocupacional positiva, proteinúria e cádmio na
urina, juntamente com os sinais e sintomas mencionados, indicam a possibilidade diagnóstica. O acompanhamento da
função pulmonar pode ser mais valioso do que o controle radiológico.
O exame radiológico não tem peculiaridades específicas, distintas de outros quadros de enfisema. Quando
associado à pneumoconiose dos mineiros do carvão ou à silicose, o padrão radiológico nodular dessas doenças pode
estar alterado, originando um padrão irregular ou misto.
A função pulmonar mostra uma deterioração progressiva de VEF1 e da CVF, podendo chegar a uma síndrome
obstrutiva. O aumento de Volume Residual e sua relação com a Capacidade Pulmonar Total podem ser um indicador
de enfisema, apesar de não serem suficientes para o diagnóstico.
O prognóstico pode ser favorável quando se retira o trabalhador da exposição no início dos sintomas de
enfisema.




Wednesday, December 23, 2015

Enfisema intersticial - Epidemiologia e Fatores de risco

Enfisema intersticial - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
O cádmio e o berílio são metais irritantes para o pulmão que, além dos quadros agudos provocados por
exposições maciças, podem causar doença crônica, caracterizada, no caso do cádmio, por enfisema pulmonar, proteinúria
seguida de insuficiência renal e lesões ósseas do tipo osteomalacia. A exposição à poeira de carvão também pode
estar associada ao aumento na prevalência de enfisema pulmonar. Outras pneumoconioses, como a silicose, podem
causar enfisema por mecanismos de fibrose e tração.
Os primeiros casos de enfisema e proteinúria devidos ao cádmio foram descritos, na Suécia, por Lars
Friberg, em 1950, seguidos das observações de Bonnell, em 1955, na Inglaterra. Posteriormente, numerosos outros
autores confirmaram esses achados, embora com algumas discrepâncias de interpretação. A explicação fisiopatogênica
mais aceita menciona a possibilidade da ação direta do metal inibindo a alfa-1 antitripsina.
O diagnóstico de enfisema em trabalhadores expostos ao cádmio, excluídas outras causas ocupacionais e
não-ocupacionais, caracteriza uma doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling.


Tuesday, December 22, 2015

Enfisema intersticial - Definição da Doença

Enfisema intersticial - Definição da Doença

15.3.17 ENFISEMA INTERSTICIAL CID-10 J98.2

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Enfisema intersticial é a condição pulmonar caracterizada por alargamento anormal e permanente dos
espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhado de destruição de suas paredes, sem fibrose pulmonar
óbvia.


Monday, December 21, 2015

Derrame pleural - Prevenção

Derrame pleural - Prevenção

5 PREVENÇÃO
Para o derrame pleural e placas pleurais relacionadas ao trabalho, a gravidade da doença e a ausência de
terapêutica específica reforçam a importância da prevenção da exposição. Nesse sentido, cresce em nível mundial o
movimento pelo banimento do uso do asbesto. No Brasil, já é proibida a extração e utilização dos anfibólios, pretendendo-
se que a interdição seja estendida à forma crisotila.
Os procedimentos para a vigilância em saúde dos trabalhadores expostos ao amianto estão detalhados no
protocolo Mesoteliomas (7.6.9), no capítulo 7.





Sunday, December 20, 2015

Derrame pleural - Tratamento

Derrame pleural - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Não há tratamento específico para as doenças relacionadas ao asbesto. O trabalhador deve ser
imediatamente afastado da exposição e recomenda-se a suspensão do tabagismo.


Saturday, December 19, 2015

Derrame pleural - Quadro clínico e diagnóstico

Derrame pleural - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A extensa lista de causas de exsudatos no espaço pleural inclui: infecções, neoplasias, colagenoses,
tromboembolismo pulmonar, infarto pulmonar, medicamentos e cerca de 25 outras causas. Entre essas, está incluído o
derrame pleural, dito benigno, causado pelo asbesto ou amianto (J90). O diagnóstico é sempre retrospectivo e baseia-se
na história ocupacional de exposição ao amianto e na exclusão de outras causas, especialmente mesotelioma, metástases,
tuberculose e tromboembolismo pulmonar. Normalmente, o derrame pleural pelo asbesto é assintomático, podendo ser um
achado de exame. Os sintomas mais comuns são dor torácica, dispnéia, tosse e febre. A evolução é lenta, podendo levar até
6 meses para regredir, independentemente de qualquer tentativa terapêutica. Normalmente cura com fibrose residual.
Muitos autores acreditam que o espessamento pleural difuso conseqüente ao asbesto é uma evolução de um derrame
pleural prévio.
O espessamento da pleura é uma reação a distintos estímulos, com produção de líquido ou não, com
inflamação progressiva, podendo resultar em fibrose simples e isolada ou no desenvolvimento de enormes placas,
hialinas ou calcificadas.
Uma série de causas pode induzir ao espessamento das pleuras pela deposição local de fibrina, entre elas,
pneumonia, embolia pulmonar, manuseio da cavidade pleural, empiema, traumatismo torácico com fraturas costais,
com ou sem hemotórax, derrames arrastados de etiologias variadas e exposição ao asbesto, que tem predileção pelo
desenvolvimento de fibrose no tecido pulmonar e na pleura parietal. O diagnóstico diferencial entre o espessamento
pleural de causa ocupacional e aquele devido a outras doenças é relativamente fácil, com base nos antecedentes
ocupacionais.
A exposição ao asbesto pode desencadear o aparecimento de placas ou o espessamento localizado, simples
ou generalizado, geralmente bilateral, seguindo o contorno costal, que pode calcificar. Nas partes mais baixas do tórax,
justadiafragmáticas, pode-se observar melhor as calcificações e, em determinadas ocasiões, as incidências radiológicas
convencionais não são suficientes para evidenciar a imagem, tornando-se necessário recorrer a posições oblíquas.
Uma vez que apenas pequena fração das imagens dos acometimentos da pleura devido ao asbesto é
diagnosticada pelo radiologista (estima-se em torno de 15%), a tomografia computadorizada ajuda a identificar grande
parte daquelas não detectadas.
Nos grandes acometimentos fibróticos da pleura, pode-se identificar diminuição dos espaços intercostais e
pinçamento interno do perfil do hemitórax atingido, tendendo à forma em viola. O diagnóstico radiológico das placas
pleurais relacionadas ao asbesto não pode prescindir do uso correto da Classificação Internacional de Radiografias de
Pneumoconioses da OIT (1980). Não há características bioquímicas de líquido pleural, nem de biópsia, que permitam
a caracterização específica do quadro.


Friday, December 18, 2015

Derrame pleural - Epidemiologia e Fatores de risco

Derrame pleural - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
O fator de risco é a exposição ocupacional a poeiras de asbesto ou amianto. A exposição deve ser investigada
na história ocupacional do paciente, verificando, inclusive, pequenas exposições ao longo dos anos.
Como exemplo podem ser lembrados os encanadores que instalam caixas d’água de cimento amianto
(fazem os furos pelos quais passam os canos e respiram a poeira), carpinteiros da construção civil (furação e colocação
de parafusos para fixação das telhas de cimento amianto), mecânicos de veículos (rotineiramente lixam as lonas e
pastilhas de freios), exposição a talco contaminado com fibras de amianto em inúmeras atividades, inclusive na indústria
de artefatos de borracha e de cosméticos, atividade de lixamento de massa plástica usada no reparo de inúmeros
objetos, pois ela pode conter talco contaminado por asbesto, entre inúmeras outras.
Em trabalhadores expostos a poeiras de asbesto o desenvolvimento de derrame pleural e placas pleurais
deve ser considerado como relacionado ao trabalho, enquadrando-se no Grupo I da Classificação de Schilling, em que
o trabalho ou a ocupação são causas necessárias.


Thursday, December 17, 2015

Derrame pleural - Definição da Doença

Derrame pleural - Definição da Doença

15.3.16 DERRAME PLEURAL CID-10 J90.-
PLACAS PLEURAIS J92.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Derrame pleural é o acúmulo de líquido no espaço pleural, que pode ser resultante de processo patológico
inflamatório nos folhetos serosos, na maioria das vezes alterando a permeabilidade capilar, ou por desequilíbrio pressórico
da homeostase do líquido pleural. Líquidos pleurais acumulados podem ser divididos em exsudatos e transudatos.
Os exsudatos são expressões de patologia pleural, isto é, doença dos folhetos pleurais, enquanto os
transudatos são manifestações pleurais de problemas de ordem sistêmica, alterando para menos ou para mais uma ou
mais forças pressóricas envolvidas na fisiologia do líquido pleural (por exemplo, insuficiência cardíaca congestiva,
hipoproteinemia, cirrose hepática, etc.).
Placas pleurais são áreas fibróticas reacionais, depositadas na pleura parietal da parede do tórax, diafragma
ou mediastino. Ocasionalmente, a fibrose pleural é difusa, acometendo ambos folhetos pleurais e incluindo os seios
costofrênicos.


Wednesday, December 16, 2015

Bronquite química aguda - Prevenção

Bronquite química aguda - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção das afecções respiratórias devidas à inalação de produtos químicos relacionadas ao trabalho
baseia-se nos procedimentos de vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a
saúde, descritos na introdução deste capítulo. O controle da exposição aos agentes químicos listados no item 2,
responsáveis pelas afecções respiratórias, pode contribuir para a redução da incidência nos grupos ocupacionais de
risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da concentração dessas substâncias a
valores próximos de zero ou dentro dos limites estabelecidos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.

As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências. Quando
as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns setores ou
funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem ser de qualidade
e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância manipulada ou para
grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser rigorosamente trocados conforme
as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece regulamento técnico sobre o uso de
equipamentos para proteção respiratória.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
O Anexo n.o 11 da NR 15 (Portaria/MTb n.º 12/1983) estabelece os LT para algumas substâncias reconhecidas
como causadoras de afecções respiratórias, no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas semanais, entre elas:
- ácido clorídrico – 4 ppm ou 5,5 mg/m3;
- dióxido de enxofre – 4 ppm ou 10 mg/m3;
- ácido fluorídrico – 2,5 ppm ou 1,5 mg/m3 ;
- amônia – 20 ppm ou 14 mg/m3 ;
- cloro – 0,8 ppm ou 2,3 mg/m3;
- bromo – 0,08 ppm ou 0,6 mg/m3;
- 2,4 diisocianato tolueno – 0,016 ppm ou 0,11 mg/m3;
- fosgênio – 0,08 ppm ou 0,3 mg/m3;
- dióxido de nitrogênio – 4 ppm ou 7 mg/m3;
- ozona – 0,08 ppm ou 0,16 mg/m3.
No caso do manganês, a Portaria/MTb n.º 8/1992 estabelece o LT de até 5 mg/m3
no ar, para jornadas de
até 8 horas por dia, para operações de extração, tratamento, moagem, transporte do minério e outras operações com
exposição a poeiras de manganês ou de seus compostos. Já para a exposição a fumos de manganês ou a seus
compostos, em metalurgia de minerais de manganês, na fabricação de compostos de manganês, fabricação de baterias
e pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda, fabricação de
produtos químicos, tintas, fertilizantes, o LT é de até 1 mg/m3
no ar, para jornadas de até 8 horas por dia.
Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados periodicamente
à luz do conhecimento e de evidências atualizadas. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e de sintomas para a detecção precoce da doença.

Além do exame clínico completo, recomenda-se:
- utilização de instrumentos padronizados, como os questionários de sintomas respiratórios já validados
nacional ou internacionalmente;
- radiografia de tórax no padrão OIT (1980);
- espirometria deve ser realizada quando houver sintomas;
- monitoramento biológico, segundo define a NR 7:
- em expostos ao flúor e fluoretos: dosagem de fluoreto na urina – VR de até 0,45 µg/g de
creatinina e IBMP de 3 mg/g de creatinina, no início da jornada de trabalho, e de 10 mg/g de
creatinina, no final;
- em expostos ao arsênio: dosagem de arsênio na urina – VR de até 10 µg/g de creatinina e
IBMP de 50 µg/g de creatinina;
- em expostos ao cádmio: dosagem de cádmio na urina – VR de até 2 µg/g de creatinina e
IBMP de 5 µg/g de creatinina.
Medidas de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser implementadas.