Sunday, January 5, 2014

Hipotireoidismo - Quadro clínico e diagnóstico

Hipotireoidismo - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
As manifestações clínicas do hipotireoidismo são variadas. Depende da causa, duração, gravidade e fase
da vida em que ocorre a deficiência de HT. A doença é insidiosa e a aparência pode variar de normal até o mixedema.
Surgem desânimo, intolerância ao frio, voz rouca, fala arrastada, pele seca, descamativa e infiltrada (mixedema),
edema palpebral, cabelos e unhas secos e quebradiços, palidez cutânea. Nas formas mais avançadas, a pele tem
aparência de cera, há redução da capacidade intelectual, apatia e sonolência. A freqüência cardíaca se reduz, ocorre
cardiomegalia e derrame pericárdico. É comum evoluir, ainda, para hipermenorréia, anovulação, diminuição da libido,
impotência e coma. Na forma congênita, há retardo mental, que se agrava com a demora do início da terapêutica.
O coma mixedematoso é raro e grave. A maioria dos casos é precipitada por infecção aguda, tranquilizantes
e sedativos, analgésicos ou anestésicos. A temperatura corporal torna-se bem baixa, a pele é fria e seca, os reflexos
osteotendinosos se prolongam. Surge incontinência esfincteriana, hipotensão arterial e coma. A mortalidade chega a
60% dos casos.
A confirmação diagnóstica é laboratorial. As dosagens de T3 e T4 estão reduzidas. O TSH está elevado no
hipotireoidismo primário, normal ou diminuído nas formas hipofisárias ou hipotalâmicas. Há, também, hipoglicemia,
hiponatremia, elevação de PO2
e acidemia. O ECG revela bradicardia, baixa voltagem e alterações inespecíficas da
onda T. A hipercolesterolemia é achado sempre presente.
Pacientes portadores de doenças astênicas crônicas podem apresentar exames clínicos compatíveis com
hipotireoidismo, sem qualquer alteração da função tireoidiana.



Fonte: Doenças do Trabalho

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