Tuesday, September 22, 2015

Síndrome de raynaud - Tratamento

Síndrome de raynaud - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento da síndrome de Raynaud deve levar em consideração a freqüência e a gravidade dos
episódios e inclui:
- limitação da exposição ao frio;
- proscrição do cigarro devido ao seu efeito vasoconstritor;
- terapia medicamentosa com o objetivo de induzir o relaxamento da musculatura lisa vascular, aliviando
o espasmo, aumentando o fluxo sangüíneo e limitando a isquemia durante as crises. Os bloqueadores
dos canais de cálcio cumprem esse papel e são os medicamentos de escolha para a maioria dos
pacientes. A nifedipina é prescrita na dose de 10 a 20 mg, três a quatro vezes ao dia, e o diltiazen, na
dose de 60 mg, três a quatro vezes ao dia. O verapamil não se mostra eficaz. A reserpina é outra droga
utilizada e deve ser prescrita, por via oral, na dose de 0,1 a 0,5 mg por dia. Nos casos em que houver
aparecimento de ulcerações, a reserpina está indicada por via intra-arterial, na dose 0,5 a 1,0 mg,
diluída em soro fisiológico, administrada na artéria braquial ou radial, lentamente. A prostaglandina E1
(PGE1) ou a prostaciclina (PGI2), administradas por via endovenosa, possuem também efeito benéfico
que pode perdurar por várias semanas. São administradas na dose de 6 a 10 mg/kg/min durante horas
ou até três dias.
A PGE2 tópica e a pomada de nitroglicerina também possuem algum efeito benéfico;
- indução iatrogênica de hipertireoidismo, por meio do uso da tri-iodotironina (75 µg ao dia), provoca um
estado de hipermetabolismo que resulta em uma vasodilatação cutânea reflexa termo-regulatória,
trazendo benefícios aos pacientes com síndrome de Raynaud, principalmente quando associada à
reserpina;
- simpatectomia pré-ganglionar pode ter um resultado benéfico imediato, mas os resultados a longo
prazo são desapontadores.



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