Monday, January 13, 2014

Síndrome de burn-out - Epidemiologia e Fatores de risco

Síndrome de burn-out - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A síndrome afeta principalmente profissionais da área de serviços ou cuidadores, quando em contato direto
com os usuários, como os trabalhadores da educação, da saúde, policiais, assistentes sociais, agentes penitenciários,
professores, entre outros.
Ultimamente, têm sido descritos aumentos de prevalência de síndrome de esgotamento profissional em
trabalhadores provenientes de ambientes de trabalho que passam por transformações organizacionais, como dispensas
temporárias do trabalho diminuição da semana de trabalho, sem reposição de substitutos, e enxugamento (downsizing)
na chamada reestruturação produtiva.
O risco da síndrome de esgotamento profissional é maior para todos aqueles que vivem a ameaça de
mudanças compulsórias na jornada de trabalho e declínio significativo na situação econômica. Todos os fatores de
insegurança social e econômica aumentam o risco (incidência) de esgotamento profissional em todos os grupos etários.
Em geral, os fatores relacionados ao trabalho estão mais fortemente relacionados ao trabalho em si do que
com os fatores biográficos ou pessoais. Os fatores predisponentes mais importantes são: papel conflitante, perda de
controle ou autonomia e ausência de suporte social.
A relação da síndrome de burn-out
ou do esgotamento profissional com o trabalho, segundo a CID-10,
poderá estar vinculada aos “fatores que influenciam o estado de saúde: (...) riscos potenciais à saúde relacionados
com circunstâncias socioeconômicas e psicossociais” (Seção Z55-Z65 da CID-10):
- ritmo de trabalho penoso (Z56.3);
- outras dificuldades físicas e mentais relacionadas ao trabalho (Z56.6).
Havendo evidências epidemiológicas da incidência da síndrome em determinados grupos ocupacionais,
sua ocorrência poderá ser classificada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling.
O trabalho pode ser considerado fator de risco no conjunto de fatores de risco associados com a etiologia multicausal
desta doença. Trata-se de um nexo epidemiológico, de natureza probabilística, principalmente quando as informações
sobre as condições de trabalho, adequadamente investigadas, forem consistentes com as evidências epidemiológicas
disponíveis.



Fonte: Doenças do Trabalho

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