Sunday, July 31, 2016

Fluorose do esqueleto - Definição da Doença

Fluorose do esqueleto - Definição da Doença

18.3.12 FLUOROSE DO ESQUELETO CID-10 M85.1

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
A fluorose decorre da deposição de flúor no esqueleto de animais e do homem, traduzindo-se no aumento
da opacidade radiológica dos ossos, afilamento das costelas, calcificação dos ligamentos intervertebrais e, em alguns
casos, motilidade dos dentes. A ocorrência da fluorose pode ter origem ambiental e ocupacional.

Esta é relativamente rara, uma vez que os efeitos extremamente irritativos e destrutivos da exposição ao
flúor obrigam a adoção de medidas de controle ou o afastamento do trabalhador da área (fonte) de exposição. Aparece
em exposições crônicas, a longo prazo.


Saturday, July 30, 2016

Osteomalacia do adulto induzida por drogas - Prevenção e Tratamento

Osteomalacia do adulto induzida por drogas - Prevenção e Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Não há tratamento específico, mas apenas sintomático das manifestações do quadro de intoxicação.

5 PREVENÇÃO
A prevenção da osteomalacia induzida por substâncias tóxicas de origem ocupacional baseia-se na vigilân-
cia dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde. A eliminação da exposição ao
fósforo e ao fósforo branco e seus compostos impede a ocorrência da doença. A utilização do fósforo branco está
proibida desde 1906, pela assinatura da Convenção de Berna, que determinou aos países signatários a suspensão da
manufatura de produtos contendo esse elemento.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde, identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além
de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
O Anexo n.º 11 da NR 15 (Portaria/MTb n.º 12/1983) estabelece os LT para algumas substâncias químicas
no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas semanais. Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados
por outros países e revisados periodicamente à luz do conhecimento e de evidências acumuladas, observando-se que,
mesmo quando estritamente obedecidos, não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doen-
ça. Consta de avaliação clínica, que inclui a utilização de protocolos padronizados, visando a identificar alterações
neurocomportamentais e renais iniciais e outros exames complementares, como urina de rotina, dosagem de uréia e
creatinina e o monitoramento biológico. O indicador biológico de exposição ao cádmio é o cádmio na urina – VR de até
2 µg/g de creatinina e IBMP de 5 µg/g de creatinina.


Friday, July 29, 2016

Osteomalacia do adulto induzida por drogas - Quadro clínico e diagnóstico

Osteomalacia do adulto induzida por drogas - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os trabalhadores acometidos podem apresentar:
- fraturas espontâneas (sobretudo de punho, vértebras e quadril) como conseqüência de traumatismos
menores;
- dor óssea difusa, fraqueza muscular e fraturas;
- pseudofraturas (zonas de Looser), reveladas no exame radiológico. Nos casos avançados, a osteopenia
aparece nas radiografias convencionais;
- dosagens de cálcio e fosfato séricos normais ou baixas.
A osteomalacia induzida pelo cádmio caracteriza-se por ser extremamente dolorosa, com fraturas múlti-
plas, além de vir acompanhada de acometimento renal importante (ver capítulo 18). Na intoxicação crônica de origem
ocupacional pelo cádmio e seus compostos, decorrente da exposição prolongada à poeira e fumos de óxido de cádmio,
as manifestações podem ser sistêmicas, comprometendo o sistema respiratório e os rins, com proteinúria e anemia.
Na literatura especializada, há poucas referências a quadros de osteomalacia induzidos pela exposição ocupacional ao
cádmio, ao contrário de suas manifestações no sistema respiratório e acometimento renal.
A osteomalacia é um quadro grave da osteomielite de mandíbula, decorrente da exposição ao fósforo e a
seus compostos. Representou um importante problema de saúde ocupacional no século passado e deveria ter desa-
parecido após a assinatura, em 1906, da Convenção de Berna, que estipulou a proibição da manufatura e importação
de fósforos produzidos a partir do fósforo branco. Entretanto, esse elemento continua a ser utilizado, particularmente
na indústria pirotécnica, expondo os trabalhadores a situações de risco. É interessante destacar que o fósforo verme-
lho, considerado inativo e utilizado na produção do fósforo comum, constitui uma variedade do branco e pode conter
esse elemento como contaminante.
O diagnóstico da osteomalacia decorrente da exposição ao cádmio e/ou ao fósforo baseia-se em:
- história clínica e ocupacional;
- exame físico;
- achados radiológicos característicos, correlacionados às alterações detectadas ao exame físico.

Thursday, July 28, 2016

Osteomalacia do adulto induzida por drogas - Epidemiologia e Fatores de risco

Osteomalacia do adulto induzida por drogas - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A osteomalacia não-ocupacional acomete mais mulheres, instalando-se, por vezes, durante a gravidez.
Esse quadro está relacionado, freqüentemente, com nutrição deficiente, diarréia crônica, má assimilação de cálcio e
fósforo ou com a eliminação excessiva desses elementos pela urina (devido a uma afecção renal).
A osteomalacia pode ser devida à exposição ocupacional ao cádmio, presente em atividades de metalur-
gia, fundição de ligas metálicas, na indústria de cerâmica e noutras e ao fósforo e a seus compostos, utilizados na
produção de munição, explosivos, fogos de artifício, bombas e outros artefatos incendiários, em tecidos luminescentes,
fertilizantes artificiais, raticidas e na indústria química.
Em exposições ocupacionais, a osteomalacia constitui uma doença ocupacional clássica, causada pela
exposição ao fósforo branco, associada à osteonecrose e à osteomielite. Também pode ser causada por exposição
ambiental e/ou ocupacional ao cádmio. Em trabalhadores expostos e excluídas outras causas de osteomalacia, seu
diagnóstico permite considerá-la como pertencente ao Grupo I da Classificação de Schilling.


Wednesday, July 27, 2016

Osteomalacia do adulto induzida por drogas - Definição da Doença

Osteomalacia do adulto induzida por drogas - Definição da Doença

18.3.11 OSTEOMALACIA DO ADULTO INDUZIDA POR DROGAS CID-10 M83.5

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Doença metabólica óssea associada a transtornos endócrinos, genéticos, neoplásicos e renais, bem como
a alguns medicamentos que podem afetar o metabolismo e a homeostase mineral do esqueleto, alterando a formação
e a reabsorção ósseas. Ocorre uma deficiência generalizada na mineralização óssea que se caracteriza histologica-
mente por excesso de osteóide (matriz óssea sem mineralizar) e pela diminuição da taxa de mineralização. A osteo-
penia é o termo genérico que descreve a diminuição patológica da massa óssea esperada, de acordo com idade, sexo
e raça do paciente. Existem três tipos principais de osteopenia: osteoporose, osteomalacia e osteíte fibrosa.


Tuesday, July 26, 2016

Transtornos dos tecidos moles - Prevenção

Transtornos dos tecidos moles - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção de outros transtornos especificados dos tecidos moles relacionados ao trabalho requer ava-
liação e monitoramento das condições e dos ambientes de trabalho, particularmente do modo como as tarefas são
realizadas, as atividades que envolvem posições forçadas, gestos repetitivos e vibrações localizadas. Requer uma
ação articulada entre os setores assistenciais e os de vigilância. É importante que o paciente seja atendido por uma
equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar, capacitada a lidar e a dar suporte ao sofrimento físico e
psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais e de intervenção nos ambientes de trabalho.

A intervenção sobre os ambientes de trabalho deve basear-se em análise criteriosa e global da organiza-
ção do trabalho, que inclui:
- análise ergonômica do trabalho real, da atividade, do conteúdo das tarefas, dos modos operatórios, dos
postos de trabalho, do ritmo, da intensidade do trabalho, dos fatores mecânicos e condições físicas dos
postos de trabalho, das normas de produção, dos sistemas de turnos, dos sistemas de premiação, dos
incentivos, dos fatores psicossociais, individuais e das relações de trabalho entre colegas e chefias;
- medidas de proteção coletiva e individual implementadas pelas empresas;
- estratégias de defesa, individuais e coletivas, adotadas pelos trabalhadores.
Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), segundo a Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes
nos estados e municípios. Para promoção da saúde do trabalhador e prevenção das entesopatias relacionadas ao
trabalho, devem ser observadas as prescrições contidas na NR 17, que estabelece parâmetros para avaliação e
correção, do ponto de vista ergonômico, de situações e condições de trabalho.

É importante garantir a participação dos trabalhadores e a sensibilização dos níveis gerenciais para a
implementação das modificações na organização do trabalho.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica com pesquisas de sinais e sintomas por meio de protocolo padronizado e exame
físico acurado;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas.
Mais importante do que a realização de exames complementares são as pesquisas de sinais e sintomas
dolorosos, de sobrecarga de estruturas músculo-esqueléticas, sintomas neurovegetativos, psíquicos, e um exame
físico criterioso, para a detecção precoce dos casos. Recomenda-se o monitoramento clínico por meio da aplicação de
instrumentos padronizados de pesquisas de sintomas referidos. Não está justificado o uso de exames de imagem (RX
e outros) nos exames pré-admissionais e periódicos. Aplicam-se somente nos casos em que é necessário firmar
diagnóstico e realizar diagnóstico diferencial.






Monday, July 25, 2016

Transtornos dos tecidos moles - Tratamento

Transtornos dos tecidos moles - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Deve ser adotada a orientação terapêutica básica descrita na introdução deste capítulo. Também
podem ser úteis:
- repouso;
- inativação de pontos-gatilho com meios diversos (massoterapia, meios físicos, infiltração e acupuntura);
- técnicas de relaxamento, com papel coadjuvante importante;
- medidas de reeducação postural;
- adequação ergonômica de postos, ambientes e condições de trabalho.


Sunday, July 24, 2016

Transtornos dos tecidos moles - Quadro clínico e diagnóstico

Transtornos dos tecidos moles - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico caracteriza-se por dor espontânea e à palpação na região ou massa muscular afetada.
Pode haver aumento de tônus, contratura muscular, queixas associadas de cefaléia, fraqueza, fadiga muscular e
presença de pontos dolorosos limitados a um ponto tender spot ou pequenas áreas de dor que podem se irradiar para
áreas distantes, ditas pontos-gatilho ou trigger points, pontos-gatilho miofasciais ou bandas de tensão dolorosas (taut
bands). Quando solicitado a apontar o ponto de dor máxima, o paciente indica o local exato de maior dor e não as áreas
de dor referida. Nas fases agudas, a dor tende a ser desencadeada pela contração do músculo envolvido.
No exame físico é possível precisar a localização dos segmentos afetados. A palpação ou a compressão da
área afetada com o auxílio de um dolorímetro, com força equivalente a 4 kgf, desencadeia dor de forte intensidade que
não se repete em áreas circunvizinhas ou contralaterais não-afetadas. A palpação dos músculos afetados realizada
durante relaxamento após contração máxima, orientada pelas informações do paciente, permite a identificação das
estruturas afetadas, facilitando a abordagem terapêutica posterior.
O diagnóstico baseia-se em:
- história clínica e exame físico;
- análise do trabalho.


Saturday, July 23, 2016

Transtornos dos tecidos moles - Epidemiologia e Fatores de risco

Transtornos dos tecidos moles - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A etiologia é a mesma descrita para outros distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Na lingua-
gem da CID-10, as causas ocupacionais foram identificadas como posições forçadas e gestos repetitivos e/ou vibra-
ções localizadas, porém não se restringem a estes fatores, conforme mencionada na introdução deste capítulo. A
mialgia que ocorre nas condições descritas pode ser classificada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da
Classificação de Schilling.


Friday, July 22, 2016

Transtornos dos tecidos moles - Definição da Doença

Transtornos dos tecidos moles - Definição da Doença

18.3.10 OUTROS TRANSTORNOS ESPECIFICADOS DOS TECIDOS MOLES NÃO
CLASSIFICADOS EM OUTRA PARTE (INCLUI MIALGIA) CID-10 M79.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Síndrome dolorosa ou dor miofascial que ocorre de modo isolado ou associado com quadros de tendinites
e tenossinovites em geral. Nos portadores de LER/DORT, as estruturas mais afetadas incluem os músculos elevador
de escápula, supra-espinhoso, fibras superiores de trapézio, rombóides maior e menor, grupo supinador-extensor,
pronador-flexor, oponente de polegar e os interósseos. A contração estática, associada a fatores estressantes decor-
rentes da organização do trabalho, parece exercer papel importante na gênese de dores que atingem a musculatura
cervical, pára-vertebral e de cintura escapular.


Thursday, July 21, 2016

Epicondilite medial - Prevenção

Epicondilite medial - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção das entesopatias relacionadas ao trabalho requer avaliação e monitoramento das condições
e dos ambientes de trabalho, particularmente do modo como são realizadas as tarefas, as atividades que envolvem
movimentos repetitivos, esforço estático e preensão prolongada de objetos, extensão brusca de cotovelo etc., como
em trabalhos com ferramentas (chaves de fenda), condução de veículos cujos volantes exigem esforço, no transporte
ou deslocamento de bolsas ou sacos pesados, trabalho de chapisco de pedreiros, cortadores em fábricas de alimentos
e frigoríficos, empacotadores de carnes, entre outras. Requer uma ação articulada entre os setores assistenciais e os
de vigilância. É importante que o paciente seja atendido por uma equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar,
capacitada a lidar e a dar suporte aos sofrimentos físico e psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais e de interven-
ção nos ambientes de trabalho.
A intervenção sobre os ambientes de trabalho deve basear-se na análise criteriosa e global da organização
do trabalho, que inclui:
- análise ergonômica do trabalho real, da atividade, do conteúdo das tarefas, do modo operatório e dos
postos de trabalho, do ritmo e da intensidade do trabalho, dos fatores mecânicos e condições físicas dos
postos de trabalho, das normas de produção, dos sistemas de turnos, dos sistemas de premiação, dos
incentivos, dos fatores psicossociais, individuais e das relações de trabalho entre colegas e chefias;
- medidas de proteção coletiva e individual implementadas pelas empresas;
- estratégias de defesa, individuais e coletivas, adotadas pelos trabalhadores.

Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), segundo a Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes
nos estados e municípios. Para promoção da saúde do trabalhador e prevenção das entesopatias relacionadas ao
trabalho, devem ser observadas as prescrições contidas na NR 17, que estabelece parâmetros para avaliação e
correção, do ponto de vista ergonômico, de situações e condições de trabalho.
É importante garantir a participação dos trabalhadores e a sensibilização dos níveis gerenciais para a
implementação das modificações na organização do trabalho.

O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica, com pesquisas de sinais e sintomas por meio de protocolo padronizado e exame
físico acurado;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas.
Mais importante do que a realização de exames complementares são as pesquisas de sinais e sintomas
dolorosos, de sobrecarga de estruturas músculo-esqueléticas, sintomas neurovegetativos, psíquicos, e um exame
físico criterioso para a detecção precoce dos casos.
Recomenda-se o monitoramento clínico por meio da aplicação de instrumentos padronizados de pesqui-
sas de sintomas referidos. Não está justificado o uso de exames de imagem (RX e outros) nos exames pré-admissionais
e periódicos. Aplicam-se somente nos casos em que é necessário firmar diagnóstico e realizar diagnóstico diferencial.

Wednesday, July 20, 2016

Epicondilite medial - Tratamento

Epicondilite medial - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Além da aplicação dos princípios terapêuticos descritos na introdução deste capítulo, podem estar indicados:
- repouso com tipóia ou splint;
- AINE;
- terapia física, com o uso de ultra-som;
- infiltração medicamentosa;
- após a melhora dos sintomas, estão indicados exercícios de amplitude de movimentos, alongamentos
para diminuir contraturas em flexores e fortalecimento para flexores de punho e dedos.


Tuesday, July 19, 2016

Epicondilite medial - Quadro clínico e diagnóstico

Epicondilite medial - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Na epicondilite medial, o quadro clínico caracteriza-se por dor em epicôndilo medial ao apanhar objetos ou
à flexão e/ou pronação de punho ou dor à palpação em epicôndilo e/ou à flexão e pronação de punho em contra-
resistência. O diagnóstico é clínico, podendo ser auxiliado por exames complementares, como radiografia simples, que
pode revelar calcificação e/ou ultra-som. Deve ser afastada a síndrome de canal cubital, particularmente em casos que
não respondem à conduta terapêutica.
Na epicondilite lateral, o quadro clínico caracteriza-se por dor no epicôndilo lateral ao apanhar objetos ou à
extensão e/ou supinação de punho, dor à palpação em epicôndilo e/ou à dorsoflexão e supinação de punho em contra-
resistência. O diagnóstico é clínico, podendo ser auxiliado por radiografias simples (calcificação em tendão de extensor
comum) e ultra-som. Recomenda-se excluir compressão do nervo radial, sobretudo em casos que não respondem à
conduta clínica estabelecida.
O diagnóstico baseia-se em:
- história clínica e exame físico;
- análise do trabalho.


Monday, July 18, 2016

Epicondilite medial - Epidemiologia e Fatores de risco

Epicondilite medial - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A epicondilite lateral tem alta incidência na população geral e predomina entre os 35 e 55 anos. Dos
portadores de cotovelo de tenista, 95% não praticam esportes. Ambos os sexos são acometidos na mesma proporção
e a doença é sete vezes mais freqüente que a epicondilite medial.
Os mecanismos etiopatogênicos ainda são obscuros e controversos. Alguns autores acreditam em um
fator constitucional, ainda não definido, responsável por tendinites generalizadas de repetição, como a de Quervain.
Teorias como a microrruptura degenerativa da origem dos músculos, devida ao envelhecimento, microrruptura traumá-
tica da origem dos músculos, devida ao trauma direto ou esforço repetitivo, degeneração do ligamento anular e síndrome
do supinador tentam explicar essa patologia. Causas de epicondilite lateral são os esforços excessivos de extensão do
punho e dedos, com o cotovelo em extensão, supinação do antebraço e extensão brusca do cotovelo (movimento que
os pedreiros fazem ao chapiscar paredes).
A epicondilite lateral tem sido descrita em trabalhadores de fábricas de lingüiça, cortadores e empacotadores
de carne e de frigoríficos em que se desenvolvam atividades com movimentos repetitivos
de dorso flexão (extensão) ou
desvio radial de punho, supinação de antebraço, esforço estático e preensão prolongada de objetos, principalmente
com punho estabilizado em extensão e supinação repetidas e compressão mecânica de cotovelo.
Como no cotovelo de tenista, o cotovelo de jogador de golfe (epicondilite medial) raramente é provocado
por práticas esportivas, podendo estar associado a qualquer atividade que exija flexão forçada do punho e arremesso.
Flexão brusca de punho e dedos, com antebraço pronado, como ocorre nos descascadores de fios, pode provocar
epicondilite medial.
As epicondilites, cuja relação com a atividade profissional está bem caracterizada, devem ser classificadas
como doenças relacionadas ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling.


Sunday, July 17, 2016

Outras entesopatias epicondilite medial - Definição da Doença

Outras entesopatias epicondilite medial - Definição da Doença

18.3.9 OUTRAS ENTESOPATIAS: EPICONDILITE MEDIAL M77.0
EPICONDILITE LATERAL (COTOVELO DE TENISTA) M77.1

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Inflamações agudas ou crônicas que acometem a inserção de tendões (entese) em epicôndilo medial
(cotovelo do jogador de golfe) ou epicôndilo lateral (cotovelo de tenista). São desencadeadas por movimentos repetitivos
de punho e dedos, com flexão brusca ou freqüente, esforço estático e preensão prolongada de objetos, principalmente
com punho estabilizado em flexão e pronação, como, por exemplo, na preensão de chaves de fenda, condução de
veículos, cujos volantes exigem esforço, e no transporte ou deslocamento de bolsas ou sacos pesados, em que haja
pronação repetida.


Saturday, July 16, 2016

Lesões do ombro - Prevenção

Lesões do ombro - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção das lesões do ombro relacionadas ao trabalho requer avaliação e monitoramento das condi-
ções e do ambiente de trabalho, particularmente do modo como são realizadas as tarefas, das atividades que envolvem
contratura estática ou imobilização, por tempo prolongado, de segmentos corporais como cabeça, pescoço ou ombros,
elevação e abdução dos braços acima da altura dos ombros empregando força, movimentos repetitivos do braço e
elevação do cotovelo. Requer uma ação articulada entre os setores assistenciais e os de vigilância. É importante que
o paciente seja cuidado por uma equipe multiprofissional, com abordagem interdisciplinar, capacitada a atuar e a dar
suporte aos sofrimentos físico e psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais e de intervenção nos ambientes de
trabalho.

A intervenção sobre os ambientes de trabalho deve basear-se em análise criteriosa e global da organiza-
ção do trabalho, que inclui:
- análise ergonômica do trabalho real, da atividade, do conteúdo das tarefas, dos modos operatórios e dos
postos de trabalho; do ritmo e da intensidade do trabalho; dos fatores mecânicos e condições físicas dos
postos de trabalho; das normas de produção; dos sistemas de turnos, dos sistemas de premiação, dos
incentivos, dos fatores psicossociais, individuais e das relações de trabalho entre colegas e chefias;
- medidas de proteção coletiva e individual implementadas pelas empresas;
- estratégias de defesa, individuais e coletivas, adotadas pelos trabalhadores.

Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), segundo a Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos
estados e municípios. Para promoção da saúde do trabalhador e prevenção das lesões de ombro relacionadas ao trabalho,
devem ser observadas as prescrições contidas na NR 17, que estabelece parâmetros para avaliação e correção, do ponto
de vista ergonômico, de situações e condições de trabalho. É importante garantir a participação dos trabalhadores e a
sensibilização dos níveis gerenciais para a implementação das modificações na organização do trabalho.

O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença,
por meio de:
- avaliação clínica, com pesquisas de sinais e sintomas, por meio de protocolo padronizado e exame físico
acurado;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas.
Mais importante do que a realização de exames complementares são as pesquisas de sinais e sintomas
dolorosos, de sobrecarga de estruturas músculo-esqueléticas, sintomas neurovegetativos, psíquicos, e um exame
físico criterioso para a detecção precoce dos casos. Recomenda-se o monitoramento clínico por meio da aplicação de
instrumentos padronizados de pesquisas de sintomas referidos. Não está justificado o uso de exames de imagem (RX
e outros) nos exames pré-admissionais e periódicos. Aplicam-se somente nos casos em que é necessário firmar
diagnóstico e realizar diagnóstico diferencial.