Friday, July 29, 2016

Osteomalacia do adulto induzida por drogas - Quadro clínico e diagnóstico

Osteomalacia do adulto induzida por drogas - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os trabalhadores acometidos podem apresentar:
- fraturas espontâneas (sobretudo de punho, vértebras e quadril) como conseqüência de traumatismos
menores;
- dor óssea difusa, fraqueza muscular e fraturas;
- pseudofraturas (zonas de Looser), reveladas no exame radiológico. Nos casos avançados, a osteopenia
aparece nas radiografias convencionais;
- dosagens de cálcio e fosfato séricos normais ou baixas.
A osteomalacia induzida pelo cádmio caracteriza-se por ser extremamente dolorosa, com fraturas múlti-
plas, além de vir acompanhada de acometimento renal importante (ver capítulo 18). Na intoxicação crônica de origem
ocupacional pelo cádmio e seus compostos, decorrente da exposição prolongada à poeira e fumos de óxido de cádmio,
as manifestações podem ser sistêmicas, comprometendo o sistema respiratório e os rins, com proteinúria e anemia.
Na literatura especializada, há poucas referências a quadros de osteomalacia induzidos pela exposição ocupacional ao
cádmio, ao contrário de suas manifestações no sistema respiratório e acometimento renal.
A osteomalacia é um quadro grave da osteomielite de mandíbula, decorrente da exposição ao fósforo e a
seus compostos. Representou um importante problema de saúde ocupacional no século passado e deveria ter desa-
parecido após a assinatura, em 1906, da Convenção de Berna, que estipulou a proibição da manufatura e importação
de fósforos produzidos a partir do fósforo branco. Entretanto, esse elemento continua a ser utilizado, particularmente
na indústria pirotécnica, expondo os trabalhadores a situações de risco. É interessante destacar que o fósforo verme-
lho, considerado inativo e utilizado na produção do fósforo comum, constitui uma variedade do branco e pode conter
esse elemento como contaminante.
O diagnóstico da osteomalacia decorrente da exposição ao cádmio e/ou ao fósforo baseia-se em:
- história clínica e ocupacional;
- exame físico;
- achados radiológicos característicos, correlacionados às alterações detectadas ao exame físico.


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