Monday, July 18, 2016

Epicondilite medial - Epidemiologia e Fatores de risco

Epicondilite medial - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A epicondilite lateral tem alta incidência na população geral e predomina entre os 35 e 55 anos. Dos
portadores de cotovelo de tenista, 95% não praticam esportes. Ambos os sexos são acometidos na mesma proporção
e a doença é sete vezes mais freqüente que a epicondilite medial.
Os mecanismos etiopatogênicos ainda são obscuros e controversos. Alguns autores acreditam em um
fator constitucional, ainda não definido, responsável por tendinites generalizadas de repetição, como a de Quervain.
Teorias como a microrruptura degenerativa da origem dos músculos, devida ao envelhecimento, microrruptura traumá-
tica da origem dos músculos, devida ao trauma direto ou esforço repetitivo, degeneração do ligamento anular e síndrome
do supinador tentam explicar essa patologia. Causas de epicondilite lateral são os esforços excessivos de extensão do
punho e dedos, com o cotovelo em extensão, supinação do antebraço e extensão brusca do cotovelo (movimento que
os pedreiros fazem ao chapiscar paredes).
A epicondilite lateral tem sido descrita em trabalhadores de fábricas de lingüiça, cortadores e empacotadores
de carne e de frigoríficos em que se desenvolvam atividades com movimentos repetitivos
de dorso flexão (extensão) ou
desvio radial de punho, supinação de antebraço, esforço estático e preensão prolongada de objetos, principalmente
com punho estabilizado em extensão e supinação repetidas e compressão mecânica de cotovelo.
Como no cotovelo de tenista, o cotovelo de jogador de golfe (epicondilite medial) raramente é provocado
por práticas esportivas, podendo estar associado a qualquer atividade que exija flexão forçada do punho e arremesso.
Flexão brusca de punho e dedos, com antebraço pronado, como ocorre nos descascadores de fios, pode provocar
epicondilite medial.
As epicondilites, cuja relação com a atividade profissional está bem caracterizada, devem ser classificadas
como doenças relacionadas ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling.



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