Thursday, March 10, 2016

Dermatites alérgicas de contato - Quadro clínico e diagnóstico

Dermatites alérgicas de contato - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A dermatite alérgica de contato resulta de uma reação cutânea eczematosa, imunologicamente mediada
por células-T, com resposta antígeno-específica, tardia, a um antígeno hapteno em contato com a pele. Ao se afastar
do contato com o alérgeno, pode haver remissão total do quadro, mas a hipersensibilidade latente permanece e
reexposições voltam a desencadeá-lo.
O período de incubação, após a exposição inicial, pode variar de 5 a 21 dias. No trabalhador sensibilizado,
reexposto ao contato com um agente sensibilizante, é previsível o aparecimento de uma dermatite eczematosa no
período de 1 a 3 dias e seu desaparecimento em 2 a 3 semanas, cessada a exposição. Sob exposição intensa ou
exposição a agentes sensibilizantes potentes, as lesões podem aparecer mais rapidamente (dentro de 6 a 12 horas) e
melhoram mais lentamente.
A aparência genérica das dermatites de contato alérgicas não é muito diferente das dermatites irritativas e,
clinicamente, é difícil distingui-las. Tipicamente, o quadro se inicia com o aparecimento de eritema, seguido de pápulas
e vesículas úmidas. Nas superfícies palmares e plantares e nas bordas dos dedos da mão e do pé, o primeiro sinal
pode ser a presença de numerosas vesículas agrupadas, acompanhadas de intenso prurido.
Novas áreas de dermatite aparecem na vizinhança das lesões originais, com coalescência posterior e
extenso comprometimento. Podem aparecer lesões em locais distantes, não-relacionados à exposição ocupacional,
porém expostas, inadvertidamente, ao alérgeno através das mãos.
Após exposições maciças a antígenos com alto poder de sensibilização, trabalhadores podem mostrar
reações imediatas, tais como urticária e eritema multiforme. Posteriormente, toda a pele pode estar comprometida por
um quadro dermatológico de lesões úmidas, crostosas e exfoliativas.


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