Friday, July 8, 2016

Síndrome do manguito rotatório

Síndrome do manguito rotatório

SÍNDROME DO MANGUITO ROTATÓRIO,
SÍNDROME DO SUPRA-ESPINHOSO,
SÍNDROME DO IMPACTO OU IMPINGEMENT (M75.1)
Inflamação aguda ou crônica acometendo tendões da bainha dos rotadores, especialmente por compres-
são da bursa e do tendão supra-espinhoso entre a grande tuberosidade da cabeça do úmero e a porção anterior e
inferior do acrômio durante a elevação do braço. Tem sido descrita em associação com exposições a movimentos
repetitivos de braço, elevação e abdução de braços acima da altura dos ombros, principalmente se associados ao uso
de força por tempo prolongado e elevação de cotovelo.
O quadro clínico caracteriza-se por dor intermitente no ombro, que piora com esforços físicos e à noite. A
dor pode se irradiar para a face lateral do braço e associar-se com a diminuição das forças de rotação externa e
abdução. O paciente queixa-se de crepitação, dificuldade ou impossibilidade para elevar ou manter o braço elevado.

São descritos três estágios evolutivos:

ESTÁGIO 1:
dor em trajeto de tendão de supra-espinhoso relacionada ao esforço, que melhora com repouso, geralmente
sem dor noturna e sem limitação de movimentos. Ao exame físico evidenciam-se sinais de Neer sensibili-
zado (rotação interna passiva) e/ou de Jobe positivos. Costuma ser mais freqüente em menores de 25
anos;
ESTÁGIO 2:
mais freqüente entre 25 e 40 anos; carateriza-se por dor aos esforços e no repouso (noturna), pode haver
limitação de movimentos (pela dor). Os sinais de Neer e/ou Jobe são positivos. Pode haver fraqueza dos
músculos supra-espinhoso e infra-espinhoso;
ESTÁGIO 3:
mais freqüente em maiores de 50 anos; caracteriza-se por dor de intensidade variável que piora à noite,
resistente à AINE e à infiltração com corticóides. Em fases tardias pode haver hipotrofias musculares.
Movimentos do ombro são normais, podendo haver graus variados de restrição articular.
O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo auxiliado por radiografias simples do ombro com incidências
especiais (Técnicas 1, 2, 3 de Nicoletti, et al) que podem revelar esporões subacromiais, artrose acromioclavicular,
irregularidades no tubérculo maior do úmero, cistos ósseos na cabeça e colo do úmero, diminuição discreta até o
completo desaparecimento do espaço subacromial, sugerindo ruptura de tendão supra-espinhoso. O ultra-som de
estruturas do ombro deve ser bilateral e pode mostrar tendinites, bursites e lesões incompletas do tendão supra-
espinhoso, edema da cabeça longa do bíceps, afilamento, defeito focal ou ausência completa do tendão supra-espi-
nhoso, rupturas do tendão supra-espinhoso e infra-espinhoso e alterações degenerativas da bolsa subdeltoídea.


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