Friday, October 16, 2015

Outras rinites alérgicas - Definição da Doença

Outras rinites alérgicas - Definição da Doença

15.3.3 OUTRAS RINITES ALÉRGICAS CID-10 J30.3

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Rinite é uma doença inflamatória das mucosas nasais caracterizada por paroxismos de espirros, prurido do
nariz, congestão nasal com obstrução total ou parcial do fluxo de ar e corrimento nasal claro.


Thursday, October 15, 2015

Agentes causadores de laringotraqueíte

Agentes causadores de laringotraqueíte

Recomenda-se a verificação da adequação e cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 (Portaria/MTb n.o 12/1983), no Anexo n.o 11,
estabelece os LT para algumas substâncias químicas
no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas semanais.
Entre os agentes reconhecidos como causadores de laringotraqueíte, estão:
- ácido clorídrico – 4 ppm ou 5,5 mg/m3;
- ácido crômico (névoa) – 0,04 mg/m3;
- ácido fluorídrico – 2,5 ppm ou 1,5 mg/m3;
- amônia – 20 ppm ou 14 mg/m3;
- cloro – 0,8 ppm ou 2,3 mg/m3;
- bromo – 0,08 ppm ou 0,6 mg/m3.
Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados periodicamente
à luz do conhecimento e de evidências atualizadas. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.

O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados, como, por exemplo, os questionários de sintomas respiratórios
já validados e os exames complementares adequados aos fatores de risco identificados no ambiente de trabalho. Medidas
de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser implementadas.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.





Wednesday, October 14, 2015

Laringotraqueíte aguda - Prevenção

Laringotraqueíte aguda - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção das laringotraqueítes aguda e crônica relacionadas ao trabalho baseia-se nos procedimentos
de vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução
deste capítulo.
O controle da exposição aos gases e vapores cáusticos e irritantes pode contribuir para a redução da
incidência da doença nos grupos ocupacionais sob risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à
redução da exposição a níveis considerados seguros, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- normas de higiene e segurança rigorosas com adoção de sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- modificações na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos
e o tempo de exposição e reduzir os fatores estressogênicos;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto, troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária e em emergências.
Quando as medidas de proteção coletivas forem insuficientes, deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1 /1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.

Tuesday, October 13, 2015

Laringotraqueíte aguda - Tratamento

Laringotraqueíte aguda - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Na laringotraqueíte aguda, evitar fatores desencadeantes e proporcionar repouso vocal. Nos quadros mais
graves, pode estar indicada a inalação de substâncias vasoconstritoras e corticosteróides sistêmicos. Na laringotraqueíte
crônica, recomenda-se o afastamento da causa.


Monday, October 12, 2015

Laringotraqueíte aguda - Quadro clínico e diagnóstico

Laringotraqueíte aguda - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A laringoscopia mostra as cordas vocais vermelhas e edemaciadas. Nos processos causados pela inalação
de aerossóis irritantes e cáusticos, a mucosa faríngea ou traqueal vizinha também pode estar inflamada.
O edema de Reinke, ou do espaço de Reinke, pode ser um diagnóstico diferencial importante e tem sido
descrito em locutores profissionais de alta demanda e em tabagistas.
Na laringotraqueíte crônica, os sintomas persistem por semanas ou meses, ao contrário dos processos
agudos. Os sintomas incluem disfonia, a voz fica mais grave e, algumas vezes, há tosse seca. A voz fica menos capaz
de suportar estresse, há sensação de globo na laringe e necessidade de limpar a garganta, mas pouca ou nenhuma dor.
Esses quadros podem ser causados por toxinas exógenas, como fumaça de cigarro, poluição atmosférica
e as exposições ocupacionais a aerossóis irritantes. A laringoscopia mostra cordas vocais espessas e hiperemiadas,
com bordas irregulares. Há muco viscoso e o restante da mucosa laríngea muitas vezes mostra aspecto semelhante.
O especialista deve realizar microlaringoscopia e, por biópsia, deve-se excluir doença maligna.
Os pólipos de corda vocal (tumores benignos), com disfonia, afonia e crises de tosse, podem constituir
diagnóstico diferencial importante. É imprescindível, neste caso, o parecer do especialista em otorrinolaringologia.


Sunday, October 11, 2015

Laringotraqueíte aguda - Epidemiologia e Fatores de risco

Laringotraqueíte aguda - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Na relação com o trabalho, devem ser considerados os quadros de dor de garganta muito intensa, angina
aguda ou faringite aguda em trabalhadores expostos a gases e vapores cáusticos ou irritantes, entre eles os halogenados,
como flúor, cloro, bromo e iodo, ácidos, como clorídrico (ou muriático), bromídrico, fluorídrico. Altas concentrações de
gases, como óxidos de enxofre (SO2
e SO3) e amônia (NH3), também são agressivos à faringe e às mucosas em geral.
Dependendo da solubilidade dos gases ou vapores tóxicos e do tempo de exposição, efeitos similares
poderão ocorrer em outras regiões úmidas, conjuntiva ocular, mucosa nasal, laringe, traquéia, acompanhados dos
sintomas correspondentes. Esse efeito é típico da exposição a doses relativamente elevadas desses agentes, em
decorrência de acidentes com vazamento de grandes quantidades da substância.
O cloro é utilizado em tratamento de água potável, branqueamento de tecidos e papel. O ácido fluorídrico
pode ser usado para fosquear vidro e aparece como subproduto na fabricação de fertilizantes a base de fósforo
(fosfatos e superfosfatos). O bromo tem sido utilizado como gás lacrimogêneo, podendo produzir lesões graves na
árvore respiratória, principalmente em ambientes confinados. Vazamentos de amônia são ocorrências relativamente
freqüentes em refrigeradores industriais grandes, como os usados em frigoríficos, laticínios, fábricas de sucos, sorvetes,
entre outras. Essa substância é ainda usada na fabricação de fertilizantes e assim essas fábricas também estão
sujeitas a vazamentos.
Os óxidos de enxofre podem ser provenientes da queima de combustíveis fósseis, especialmente de óleo
combustível e diesel (carvão mineral é pouco usado no Brasil) e assim os ambientes onde eles são usados podem ser
fontes desses gases. Como exemplo, pode-se citar caldeiras (inclusive hospitalares), geradores, fornos industriais.
Nas fábricas de ácido sulfúrico, o SO3 é usado em forma quase pura.

A concentração ambiental e o tempo de exposição determinam a intensidade dos sintomas e o agente
pode ser facilmente identificado pelo trabalhador, tendo em vista a sua franca agressividade, exceto quando provêm de
subprodutos, como no caso da queima de combustíveis.
Há ainda outros agentes, na forma de névoas (gotículas formadas por agitação mecânica de um líquido)
ácidas ou básicas. Névoas de ácido sulfúrico provenientes da carga elétrica de baterias de veículos ou ainda névoas de
ácido crômico originadas em banhos de cromagem são exemplos em que o líquido submetido a processo eletroquímico
forma gases em seu interior e estes, ao borbulhar, geram as gotículas no ar, que por carregarem os ácidos em solução
são muito agressivas às mucosas.
Alguns metais em forma de íons são agressivos, como o tetróxido de ósmio (OsO4), conhecido também
como ácido ósmico, utilizado como catalisador, oxidante e, em histologia e anatomia patológica, como fixador e corante.
Fumos metálicos provenientes de fusão de metais, especialmente os de cádmio, manganês e zinco são irritantes para
as vias áreas superiores.
A ocorrência desses quadros agudos em trabalhadores expostos caracteriza tanto a possibilidade de acidente
do trabalho quanto a de doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, ou seja, doenças em
que o trabalho constitui causa necessária. O mesmo critério se aplica às laringotraqueítes crônicas relacionadas ao
trabalho.


Saturday, October 10, 2015

Laringotraqueíte aguda - Definição da Doença

Laringotraqueíte aguda - Definição da Doença

15.3.2 LARINGOTRAQUEÍTE AGUDA CID-10 J04.2
LARINGOTRAQUEÍTE CRÔNICA J37.1

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Laringotraqueíte é um termo geral para designar os processos inflamatórios agudos da laringe e da traquéia,
geralmente de origem viral ou bacteriana. Na forma aguda, manifesta-se com disfonia, dor na laringe e crises de tosse
seca, que se agravam à noite. Pode ocorrer estridor, cornagem e tiragem. A etiologia mais comum das laringotraqueítes
agudas é viral (parainfluenza, vírus sincicial respiratório) ou bacteriana (Haemophilus influenzae, Staphylococcus aureus).


Friday, October 9, 2015

Faringite aguda Angina - Prevenção

Faringite aguda Angina - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da faringite aguda relacionada ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância dos
ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução deste capítulo.

O controle da exposição aos gases e vapores cáusticos ou irritantes pode contribuir para a redução da
incidência de faringite aguda relacionada ao trabalho nos grupos ocupacionais de risco.
As medidas de controle ambiental
visam à eliminação ou à redução da exposição a níveis considerados seguros, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- normas de higiene e segurança rigorosas com implantação de sistemas de ventilação exaustora
adequados e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fumos, névoas e poeiras no ar ambiente;
- organização do trabalho, de modo a permitir a diminuição do número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição e redução dos fatores estressogênicos;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.

As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.

Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 (Portaria/MTb n.º 12/1983), no Anexo n.º 11, estabelece os LT para algumas substâncias químicas
no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas semanais. Entre os agentes reconhecidos como causadores de faringite
aguda, estão:
- ácido clorídrico – 4 ppm ou 5,5 mg/m3;
- ácido crômico (névoa) – 0,04 mg/m3;
- ácido fluorídrico – 2,5 ppm ou 1,5 mg/m3;
- amônia – 20 ppm ou 14 mg/m3;
- cloro – 0,8 ppm ou 2,3 mg/m3;
- bromo – 0,08 ppm ou 0,6 mg/m3.

Recomenda-se avaliar periodicamente esses LT, comparando-os com aqueles definidos por organismos
internacionais ou por estudos específicos para tal fim. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Devem ser utilizados instrumentos padronizados, como, por exemplo, os questionários de sintomas respiratórios já
validados e os exames complementares adequados aos fatores de risco identificados. Medidas de promoção da saúde
e controle do tabagismo também devem ser implementadas.

Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.



Thursday, October 8, 2015

Faringite aguda Angina - Tratamento

Faringite aguda Angina - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Os quadros de faringite aguda/crônica devem ser tratados com analgésicos e líquidos para alívio dos sintomas
locais, incluindo os cuidados de higiene. Os bochechos empregando antiinflamatórios, antissépticos e anestésicos
podem ser úteis. É importante o afastamentro da fonte dos irritantes, se esta ainda persistir no ambiente de trabalho.
Dada a natureza aguda do processo, a avaliação da deficiência ou disfunção somente fará sentido se
houver seqüelas ou lesões cronificadas, o que não é esperado.


Wednesday, October 7, 2015

Faringite aguda Angina - Quadro clínico e diagnóstico

Faringite aguda Angina - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A queixa comum é de dor de garganta, mais pronunciada no momento da deglutição. Em função da extensão
do processo e de sua etiologia, outros sintomas poderão estar presentes, como sensação de ressecamento, calor e dor
na faringe, prurido, queimação e crises de tosse. O exame físico da orofaringe é o passo inicial, após a história clínica.
A faringe inteira (rino, oro e hipofaringe), geralmente, está comprometida. A mucosa fica vermelha e com aspecto brilhante.
O diagnóstico é feito a partir do quadro clínico e da história de exposição ocupacional. O diagnóstico
diferencial deve afastar as demais causas de faringites.


Tuesday, October 6, 2015

Faringite aguda Angina - Epidemiologia e Fatores de risco

Faringite aguda Angina - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Na relação com o trabalho, devem ser considerados os quadros de dor de garganta muito intensa, angina
aguda ou faringite aguda em trabalhadores expostos a:
- gases e vapores cáusticos ou irritantes, entre eles os halogenados, como o flúor, o cloro, o bromo e o iodo;
- ácidos, como o clorídrico (ou muriático), bromídrico, fluorídrico;
- altas concentrações de gases, como os óxidos de enxofre (SO2
e SO3) e amônia (NH3).

Dependendo da solubilidade dos gases ou vapores tóxicos e do tempo de exposição, efeitos similares
poderão ocorrer em outras regiões úmidas (conjuntiva ocular, mucosa nasal, laringe, traquéia, etc.), com os sintomas
correspondentes.
São efeitos típicos da exposição a doses elevadas desses agentes, como no caso de acidentes com vazamento
de grandes quantidades da substância. O cloro é utilizado em tratamento de água potável, branqueamento de tecidos
e papel. O ácido fluorídrico pode ser usado para fosquear vidro e também aparece como subproduto na fabricação de
fertilizantes à base de fósforo (fosfatos e superfosfatos). O bromo tem sido utilizado como gás lacrimogêneo, podendo
produzir lesões graves na árvore respiratória, principalmente em ambientes confinados. Vazamentos de amônia são
ocorrências relativamente freqüentes em refrigeradores industriais grandes, como em frigoríficos, laticínios, fábricas
de sucos, sorvetes, entre outras. Essa substância também é utilizada na fabricação de fertilizantes, em que podem
ocorrer vazamentos.
Os óxidos de enxofre podem ser provenientes da queima de combustíveis fósseis, especialmente de óleo
combustível e diesel (carvão mineral é pouco usado no Brasil). Entre os ambientes onde são usados podem ser citadas
as caldeiras (inclusive hospitalares), geradores e fornos industriais. Nas fábricas de ácido sulfúrico, o SO3
é usado em forma quase pura.
A concentração ambiental e o tempo de exposição determinam a intensidade dos sintomas e o agente pode
ser facilmente identificado pelo trabalhador, tendo em vista a sua franca agressividade, exceto quando provém de
subprodutos, como no caso da queima de combustíveis.
Em outros casos, os agentes são névoas (gotículas formadas por agitação mecânica de um líquido) ácidas
ou básicas. Névoas de ácido sulfúrico, provenientes da carga elétrica de baterias de veículos, ou ainda névoas de
ácido crômico, originadas em banhos de cromeação, são exemplos em que o líquido submetido a processo eletroquímico
forma gases em seu interior e estes, ao borbulhar, geram as gotículas no ar que, por carregarem os ácidos em solução,
são muito agressivos às mucosas.
Alguns metais em forma de íons podem ser muito agressivos. O tetróxido de ósmio (OsO4), conhecido também
como ácido ósmico, é irritante bem conhecido, produtor de laringotraqueítes, sendo muito utilizado como catalisador,
oxidante e, nos laboratórios de histologia e anatomia patológica, como fixador e corante. Também fumos metálicos
provenientes de fusão de metais, especialmente os de cádmio, manganês e zinco são irritantes.
A ocorrência desses quadros agudos, em trabalhadores expostos, caracteriza tanto a possibilidade de acidente
do trabalho como de doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, ou seja, doenças em
que o trabalho constitui causa necessária.


Monday, October 5, 2015

Faringite aguda não-especificada Angina aguda - Definição da Doença

Faringite aguda não-especificada Angina aguda - Definição da Doença

15.3.1 FARINGITE AGUDA NÃO-ESPECIFICADA (ANGINA AGUDA, DOR DE GARGANTA) CID-10 J02.9

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Faringite aguda é qualquer inflamação aguda da faringe. Do ponto de vista clínico, constitui um grupo de
doenças que podem ser classificadas como amigdalite (quando somente a amígdala palatina está afetada); faringite
(quando apenas a parede posterior da faringe encontra-se comprometida); adenoidite (quando apenas a amígdala
faríngea está envolvida) e angina (quando o processo é global, atingindo as amígdalas palatinas, a faríngea e a parede
posterior da faringe).
As principais causas de faringite aguda são virais, bacterianas ou fúngicas. Nos quadros de angina, devem
ser consideradas as anginas específicas: tuberculose, sífilis, difteria, febre tifóide e hemopatias.
As anginas virais são causadas por vírus respiratórios (as mais comuns), adenovírus, herpes simples, vírus
de Epstein-Barr, coxsackievírus A (herpangina) e HIV. As bacterianas são por estreptococo do grupo A (as mais
freqüentes), estreptococo do grupo C, fusoespiroquetas de Vincent, Neisseria gonorrhae, Arcanobacterium hemolyticum
e Corynebacterium diphtheriae. As fúngicas são causadas por Candida.


Sunday, October 4, 2015

Lista de doenças do sistema respiratório relacionadas ao trabalho

Lista de doenças do sistema respiratório relacionadas ao trabalho

15.3 LISTA DE DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO RELACIONADAS AO TRABALHO,
DE ACORDO COM A PORTARIA/MS N.º 1.339/1999
- Faringite aguda não-especificada (angina aguda, dor de garganta) (J02.9)
- Laringotraqueíte aguda (J04.2) e laringotraqueíte crônica (J37.1)
- Outras rinites alérgicas (J30.3)
- Rinite crônica (J31.0)
- Sinusite crônica (J32.-)
- Ulceração ou necrose do septo nasal (J34.0) e perfuração do septo nasal (J34.8)
- Outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas (inclui asma obstrutiva, bronquite crônica, bronquite
asmática, bronquite obstrutiva crônica) (J44.-)
- Asma (J45.-)
- Pneumoconiose dos trabalhadores do carvão (J60.-)
- Pneumoconiose devida ao asbesto (asbestose) e a outras fibras mineirais (J61.-)
- Pneumoconiose devida à poeira de sílica (silicose) (J62.8)
- Pneumoconiose devida a outras poeiras inorgânicas: beriliose (J63.2), siderose (J63.4) e estanhose (J63.5)
- Doenças das vias aéreas devidas a poeiras orgânicas (J66.-): bissinose (J66.0)
- Pneumonite por hipersensibilidade à poeira orgânica (J67.-): pulmão do granjeiro (ou pulmão do
fazendeiro) (J67.0); bagaçose (J67.1); pulmão dos criadores de pássaros (J67.2); suberose (J67.3);
pulmão dos trabalhadores de malte (J67.4); pulmão dos que trabalham com cogumelos (J67.5); doença
pulmonar devida a sistemas de ar condicionado e de umidificação do ar (J67.7); pneumonite de
hipersensibilidade devida a outras poeiras orgânicas (J67.8); pneumonites de hipersensibilidade devidas
à poeira orgânica não-especificada (alveolite alérgica extrínseca SOE;
e pneumonite de hipersensibilidade SOE) (J67.0)
- Afecções respiratórias devidas à inalação de produtos químicos, gases, fumaças e vapores (J68.-): bronquite
e pneumonite (bronquite química aguda) (J68.0); edema pulmonar agudo (edema pulmonar químico)
(J68.1); síndrome da disfunção reativa das vias aéreas (J68.3) e afecções respiratórias crônicas (J68.4)
- Derrame pleural (J90.-) e placas pleurais (J92.-)
- Enfisema intersticial (J98.2)
- Transtornos respiratórios em outras doenças sistêmicas do tecido conjuntivo classificadas em outra
parte (M05.3): síndrome de Caplan (J99.1)



Saturday, October 3, 2015

Quadro 22 - Sistema de graduação da disfunção respiratória

Quadro 22 - Sistema de graduação da disfunção respiratória

O Quadro XXII mostra o sistema de graduação da disfunção respiratória adotado pelo
I Consenso Brasileiro sobre Espirometria em 1996.
Os parâmetros de análise são clínicos (dispnéia) e funcionais.




Quadro XXII
Grau DCO (% do previsto) L Difusão VO máx (% do previsto)
2 Exercício CVF (% do previsto) VEF /CVF% (% do previsto)
1 Espirometria Dispnéia
I Sem Disfunção Ausente
II Disfunção Leve
Andando rápido no plano ou subindo
ladeira devagar 60-LIn 60-LIn 60-69 60-LIn
III Disfunção Moderada
Andando no plano com pessoa da mesma idade ou subindo lance de escada
51-59 41-59 41-59 41-59
IV Disfunção Grave
Andando devagar no plano 100 metros, esforços menores ou mesmo em repouso
menor ou igual a 50 menor ou igual a 40 menor ou igual a 40
menor que 40 ou maior que 1 L/min
(Extraído da Norma Técnica do INSS sobre Pneumoconioses (1998), cotejado com o I Consenso Brasileiro sobre Espirometria – 1996)
LIn: Limite Inferior da normalidade;
CVF: Capacidade Vital Forçada;
VEF: Volume Expiratório Forçado no primeiro e segundo.


Friday, October 2, 2015

As ações de controle médico

As ações de controle médico

As ações de controle médico visam a identificar a doença em seu estado latente ou inicial, quando algum
tipo de intervenção pode reverter ou diminuir a velocidade de instalação ou progressão dos processos patológicos.
Devem ser realizados exames admissional e periódico dos trabalhadores expostos, utilizando questionários padronizados
de sintomas respiratórios, informações sobre os antecedentes pessoais e familiares. O exame clínico, direcionado
para o aparelho respiratório, deve ser complementado de acordo com os fatores de risco aos quais o trabalhador está
exposto, por radiografia de tórax, feita segundo a técnica padronizada pela OIT (1980), que permite melhor visualização
das lesões, por espirometria, de acordo com a técnica preconizada pela American Thoracic Society (1987) e outros
recursos diagnósticos por imagem, como Tomografia Computadorizada de Alta Resolução (TCR).
Para a caracterização da deficiência e incapacidade decorrentes das doenças do aparelho respiratório,
relacionadas ou não com o trabalho, deverão ser valorizados sintomas como dispnéia, tosse, sibilância, produção
de escarro, hemoptise, acompanhados ou não de avaliação objetiva da função pulmonar, que pode incluir espirometria,
capacidade de difusão do monóxido de carbono, testes de exercício, etc. Para determinadas doenças, por sua
natureza e curso, algumas dessas provas não se aplicam e não estão indicadas. A Norma Técnica sobre
Pneumoconioses do INSS (Ordem de Serviço/INSS n.º 609/1998) orienta a avaliação da deficiência ou disfunção e
define critérios de estagiamento das doenças do sistema respiratório visando à concessão dos benefícios por
incapacidade para o trabalho aos trabalhadores segurados.

Thursday, October 1, 2015

As máscaras protetoras respiratórias

As máscaras protetoras respiratórias

As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, as máscaras deverão ser criteriosamente indicadas para
alguns setores ou funções.
Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para a sua utilização.
As máscaras devem ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros específicos para cada substância manipulada ou para
grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro.
Os filtros devem ser rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante.
A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece regulamento técnico
sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.