Sunday, May 4, 2014

Labirintite - Quadro clínico e diagnóstico

Labirintite - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A labirintite relacionada ao trabalho em ambientes hiperbáricos ou vertigem alternobárica é provocada pela
variação de pressão atmosférica, produzida no ar do meio ambiente ou na água, e decorre da ruptura da membrana oval
ou redonda, esta última mais freqüente. A variação da pressão atmosférica produz uma assimetria de pressões no ouvido
interno devida à dificuldade de nivelar as pressões do ouvido médio, frente a variações barométricas bruscas. Esse
desequilíbrio de pressão, geralmente unilateral, ocorre com mais freqüência na fase de descompressão e representa um
risco para o mergulhador, dada a desorientação que a labirintite pode provocar, aliada a náuseas e vômitos. A condição
pode ser observada na superfície se, durante uma manobra de Valsalva, ocorrer vertigem e for observado nistagmo.
A labirintite relacionada ao trabalho com exposição a substâncias químicas ototóxicas tem sido descrita em
trabalhadores expostos ao brometo de metila. As provas de função labiríntica são importantes para se chegar ao
diagnóstico correto. Entre as mais simples e de fácil aplicação prática podem ser mencionadas as seguintes:

PROVA DA MARCHA:
caminhar cinco passos para a frente, cinco para trás, alternadamente, primeiro com os olhos abertos,
depois com os olhos fechados (observar instabilidade, desvios);

PROVA DE ROMBERG:
paciente de pé, com os pés juntos e braços estendidos ao lado do corpo, com os olhos inicialmente
abertos, depois fechados (observar desequilíbrio);
PROVA DE ROMBERG-BARRÉ: posição com um pé adiante do outro (observar lateropulsão na direção do vestíbulo
hipofuncionante);

PROVA DE UNTERBERGER:
paciente executa movimentos de marcha sem sair do lugar, com os braços estendidos para a
frente e com os olhos fechados (tem valor quando ocorrem desvios angulares superiores a 45 graus –
sentido horário ou anti-horário).
É importante diferenciar se o quadro é de origem periférica ou central, por meio de exames complementares:
tomografia computadorizada, eletronistagmografia, posturografia dinâmica e ressonância magnética. A avaliação do
otoneurologista sempre será importante.



Fonte: Doenças do Trabalho

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