Saturday, August 16, 2014

Angiossarcoma do fígado - Epidemiologia e Fatores de risco

Angiossarcoma do fígado - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A etiologia do angiossarcoma hepático ainda é pouco conhecida.
O risco de sua ocorrência aumenta em pessoas expostas a arsênico, esteróides anabólicos,
dióxido de tório (Thorotrast) e ao monômero cloreto de vinila.
O fator de risco de natureza ocupacional mais bem documentado, a partir de 1974,
é a exposição ocupacional ao cloreto de vinila, substância volátil utilizada na polimerização,
que resulta no cloreto de polivinila (PVC). Está presente nas fábricas de cloreto de vinila
ou na produção do PVC (polímero), onde há risco de exposição ao cloreto de vinila
monômero (VCM). A observação não se aplica a indústrias de artefatos de plástico,
onde o PVC é matéria-prima, sólido em grânulos e não há manuseio do VCM.
Por outro lado, se o PVC sofre pirólise em alta temperatura, o VCM pode ser
encontrado nos fumos de termodegradação em quantidades ínfimas, com risco diminuto.
Estudos realizados em fábricas de VCM e PVC demonstram riscos relativos e odds ratios
entre 4 e 8 vezes, com elevado intervalo de confiança.
A IARC classifica o cloreto de vinila no Grupo 1, ou seja, existe evidência suficiente
sobre a carcinogenicidade humana.
Entre os expostos, no mesmo ramo de atividade, também se observa a presença
de outras doenças relacionadas ao trabalho, como a acrosteólise (degeneração dos ossos das falanges terminais),
a síndrome de Raynaud,
o escleroderma, a trombocitopenia e as alterações da função hepática.
O angiossarcoma hepático deve ser classificado como doença relacionada ao trabalho,
do Grupo II da Classificação de Schilling, uma vez que o trabalho pode ser considerado
como fator de risco, no conjunto de fatores de risco associados com a etiologia multicausal
deste tumor.



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