Saturday, April 9, 2016

Radiodermatites - Quadro clínico e diagnóstico

Radiodermatites - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
De acordo com a dose de radiação e o tempo de exposição, as radiodermatites podem ser divididas em:

ERITEMA POR RADIAÇÃO: é a resposta mais comum à irradiação da pele nas doses de 300-400 cGy. É um quadro transitório
que dura de 24 a 72 horas, raramente até uma semana. Pode ser acompanhado de hiperpigmentação por
produção excessiva de melanina. Não traz desconforto significativo para o paciente;

RADIODERMATITE AGUDA: ocorre em exposições mais importantes, comuns na radioterapia do câncer ou em exposições
ocupacionais acidentais. O eritema descrito anteriormente não regride, ao contrário, progride para reação
inflamatória aguda com eritema e edema e evolui com formação de crostas e dor. A cor vermelha pode
tornar-se violácea. Com a redução da inflamação e a melhoria do quadro agudo ao longo dos meses,
formam-se cicatrizes hipopigmentadas. Pode ocorrer perda permanente de pêlos e de glândulas sudoríparas
na região afetada;

RADIODERMATITE CRÔNICA: é uma forma de dermatite que se desenvolve lentamente, meses ou anos após a exposição a
grandes doses de radiação, por aplicações radioterápicas ou exposição profissional acidental. A pele
apresenta-se atrófica, aparecendo telangiectasias e áreas heterogêneas de hipo e hiperpigmentação. A
pele é seca e facilmente lesada, com recuperação muito lenta. Pêlos, cabelos, glândulas sudoríparas e
glândulas sebáceas estão ausentes nas áreas afetadas.
Nas áreas afetadas por radiação podem surgir tumores, geralmente carcinomas baso ou espinocelulares
e, eventualmente, fibrossarcomas e melanomas.
A história de exposição ocupacional repetida ou maciça à radiação ionizante constitui um elemento essencial
para o diagnóstico das radiodermatites de natureza ocupacional. A profissão é indicativa e os registros de exposição e
das séries dosimétricas podem ser úteis para o esclarecimento diagnóstico.



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