Sunday, November 16, 2014

Critérios para deficiência provocada por transtornos dos glóbulos brancos

Critérios para deficiência provocada por transtornos dos glóbulos brancos

CRITÉRIOS PARA ESTAGIAMENTO DA DEFICIÊNCIA PROVOCADA POR TRANSTORNOS DOS
GLÓBULOS BRANCOS SEGUNDO A ASSOCIAÇÃO MÉDICA AMERICANA




* Guides to the evaluation of permanent impairment (4.a edição, 1995)
Grau ou Nível 1 Grau ou Nível 2 Grau ou Nível 3 Grau ou Nível 4
Estagiamento Critérios Definidores
Há sintomas ou sinais de anormalidade de leucócitos.
Não há necessidade de tratamento ou ele é infreqüente.
Todas ou quase todas as atividades da vida diária podem ser realizadas.
Há sintomas e sinais de anormalidade de leucócitos.
Embora seja requerido tratamento contínuo, a maioria das atividades da vida diária podem ser
realizadas.
É requerido tratamento contínuo.
Existe interferência no desempenho de atividades da vida diária que requerem assistência ocasional
de terceiros.
Há sintomas e sinais de anormalidade de leucócitos.
É requerido tratamento contínuo.
Há dificuldade no desempenho das atividades da vida diária que requerem cuidados contínuos
de terceiros.
Quadro XVII
CRITÉRIOS PARA ESTAGIAMENTO DA DEFICIÊNCIA PROVOCADA POR TRANSTORNOS DOS
GLÓBULOS BRANCOS SEGUNDO A ASSOCIAÇÃO MÉDICA AMERICANA
DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO







Saturday, November 15, 2014

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Prevenção

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da agranulocitose relacionada ao trabalho baseia-se na vigilância dos ambientes, das condições
de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo. O controle ambiental da
exposição ao benzeno, às radiações ionizantes, derivados do fenol, arsênio, óxido nitroso e hidroxibenzonitrito, entre
outras substâncias, pode reduzir a incidência da doença nos grupos ocupacionais de risco.
Os procedimentos de vigilância da saúde dos trabalhadores expostos ao benzeno e às radiações ionizantes
estão descritos nos protocolos Anemia plástica devida a outros agentes externos, neste capítulo, e Neoplasia maligna
dos ossos e cartilagens articulares dos membros, no capítulo 7.
O dinitrofenol e pentaclorofenol são utilizados como fungicidas, tendo seu controle estabelecido pela Lei
Federal n.º 7.802/1989. Algumas leis estaduais e municipais proíbem seu uso como conservantes de madeira e fibras
naturais, indicando a necessidade de sua substituição por produtos menos tóxicos. Recomenda-se observar o
cumprimento, pelo empregador, das NRR, Portaria/MTb n.º 3.067/1988, especialmente a NRR 5, que dispõe sobre os
produtos químicos (agrotóxicos e afins), fertilizantes e corretivos. Especial atenção deve ser dada na proteção de
trabalhadores envolvidos nas atividades de preparação de caldas e aplicação desses produtos.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9), do
PCMSO (NR 7) e de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. A NR 15
define os LT das concentrações em ar ambiente de várias substâncias químicas, para jornadas de 48 horas semanais
de trabalho.
O exame médico periódico deve estar orientado para a identificação de sinais e sintomas que propiciem a
detecção precoce da doença. Além de um exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos
padronizados e a realização de exames complementares adequados ao fator de risco identificado. Em expostos ao
arsênio: dosagem de arsênio na urina – VR de até 10 µg/g de creatinina e IBMP de 50 µg/g de creatinina. Em expostos
ao pentaclorofenol: dosagem na urina – VR de 2 mg/g de creatinina.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.


Friday, November 14, 2014

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Tratamento

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
A medida mais importante é a identificação do possível agente agressor e a cessação da exposição ou do
uso, no caso de medicamentos. Nos casos fulminantes, o uso de antibioticoterapia empírica, após colhidas amostras
para realização de cultura, é mandatório. A higiene oral e os cuidados gerais devem merecer atenção. A estimulação da
produção de granulócitos pelo uso de granuloquinas (G-CSF e GM-CSF) parece ser uma promessa terapêutica.
A transfusão de neutrófilos é complicada pela fragilidade e pela breve sobrevida dessas células, entre
outros fatores.
DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO

Thursday, November 13, 2014

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Quadro clínico e diagnóstico

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os neutrófilos são os granulócitos presentes em maior quantidade no sangue, portanto a neutropenia é o
achado laboratorial mais evidente e de maior importância clínica. Na agranulocitose fulminante, os sintomas surgem
rapidamente. Tremores, febre alta e prostração são evidentes. Ulcerações gangrenosas podem ser detectadas nas
gengivas, amígdalas, palato mole, lábios, língua ou faringe e, menos comumente, na pele, nariz, vagina, útero, reto ou
ânus. Pode haver adenopatia regional. A morte ocorre rapidamente, geralmente de três a nove dias.
Em outros pacientes, o curso é insidioso e as manifestações clínicas são de processos infecciosos como
conseqüência do aumento da suscetibilidade às infecções.
Na agranulocitose isolada, a deficiência de granulócitos destaca-se no hemograma, porém outros tipos de
leucócitos também podem estar reduzidos numericamente.
Nos casos agudos, a contagem global de leucócitos, comumente, é inferior a 2.000/mm3, freqüentemente
abaixo de 1.000/mm3. Os granulócitos podem estar completamente ausentes e linfócitos e monócitos podem estar
aumentados em termos relativos e absolutos.
Nos casos crônicos, a neutropenia pode ser de surgimento lento e a leucometria pode não cair para menos
de 2.000/mm3. Nesses casos, a granulocitopenia pode ser menos pronunciada.
Quando a agranulocitose é isolada, o exame da medula pode mostrar as séries eritrocítica e megacariocítica
normais. O aspecto mais notável é a ausência de granulócitos (células polimorfo-nucleares, metamielócitos e mielócitos).
Critérios para estagiamento da deficiência provocada por transtornos dos glóbulos brancos, segundo a
AMA, são apresentados no Quadro XVII.


Wednesday, November 12, 2014

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Epidemiologia e Fatores de risco

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
As principais causas de neutropenia podem ser classificadas em:
Anormalidades no compartimento medular ósseo
LESÃO DA MEDULA ÓSSEA
- agentes químicos: benzeno, dinitrofenol, pentaclorofenol, óxido nitroso; 2-etoxietanol (cellosolve), arsênio,
lindano (HCH ou BHC);
- radiações ionizantes;
- fármacos: agentes citotóxicos e não-citotóxicos;
- certas neutropenias congênitas e hereditárias;
- situações de mediação imunológica;
- infecções como hepatites, parvovírus, HIV, M. tuberculosis, M. kansasii;
- substituição da medula óssea: leucemias, linfomas e outras neoplasias.
DEFEITOS DA MATURAÇÃO
- adquiridos: deficiências de ácido fólico e vitamina B12;
- neoplasias e outras afecções clonais;
- neutropenias congênitas;
- síndromes mielodisplásicas;
- leucemia não-linfocítica aguda;
- hemoglobinúria paroxística noturnal.
Anormalidades no compartimento sangüíneo periférico
DESVIO DE NEUTRÓFILOS DO RESERVATÓRIO CIRCULANTE PARA O MARGINADO
- pseudoneutropenia benigna hereditária;
- adquiridas: agudas (infecção bacteriana grave associada à endotoxemia);
- crônicas (desnutrição proteico-calórica, malária).
SEQÜESTRO
- no pulmão: leucoaglutinação mediada por complemento;
- no baço: hiperesplenismo.

Anormalidades no compartimento extravascular
AUMENTO NA UTILIZAÇÃO
- infecção grave bacteriana, fúngica, viral ou por riquétsias;
- anafilaxia.
DESTRUIÇÃO
- mediada por anticorpos, doenças reumáticas e drogas;
- hiperesplenismo.
Entre os agentes ocupacionais destacam-se o benzeno e as radiações ionizantes, cujo mecanismo de
ação é o mesmo descrito para os outros efeitos hematotóxicos. Também são importantes os derivados do fenol
(dinitrofenol, pentaclorofenol), o arsênio, o óxido nitroso e o hidroxibenzonitrito.
Em trabalhadores expostos a esses agentes, nos quais outras causas de agranulocitose ou neutropenia
tóxica não-ocupacionais foram excluídas, elas podem ser classificadas como doenças relacionadas ao trabalho, do
Grupo I da Classificação de Schilling, em que o trabalho pode ser considerado como causa necessária.


Tuesday, November 11, 2014

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Definição da Doença

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Definição da Doença

8.3.6 AGRANULOCITOSE (Neutropenia Tóxica) CID-10 D70

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Agranulocitose é o termo utilizado para definir a diminuição do número de granulócitos (neutrófilos, eosinófilos
e basófilos) no sangue periférico, em conseqüência de um distúrbio na medula óssea, geralmente por efeito
mielodepressor de substâncias químicas tóxicas.


Monday, November 10, 2014

Púrpura, trombocitopenia - Prevenção

Púrpura, trombocitopenia - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da púrpura e de outras manifestações hemorrágicas relacionadas ao trabalho baseia-se na
vigilância dos ambientes, das condições de trabalho, e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução
deste capítulo. O controle ambiental da exposição ao benzeno, às radiações ionizantes, ao cloreto de vinila e às
demais substâncias mencionadas no item 2 pode reduzir a incidência da doença nos grupos ocupacionais de risco.
Os procedimentos de vigilância da saúde dos trabalhadores expostos ao benzeno e às radiações ionizantes
estão descritos, respectivamente, nos protocolos Anemia aplástica devida a outros agentes externos, neste capítulo, e
Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros, no capítulo 7. Para o cloreto de vinila, consultar o
protocolo Angiosarcoma de fígado, no capítulo 7.

Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.





Sunday, November 9, 2014

Púrpura, trombocitopenia - Tratamento

Púrpura, trombocitopenia - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Limitação da exposição às toxinas citadas e do uso de medicamentos potencialmente causadores de
plaquetopenia ou disfunção plaquetária. Nos casos graves e com manifestações hemorrágicas está indicada a transfusão
de concentrado de plaquetas.


Saturday, November 8, 2014

Púrpura, trombocitopenia - Quadro clínico e diagnóstico

Púrpura, trombocitopenia - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico caracteriza-se por manifestações hemorrágicas isoladas ou combinadas. Em relação aos
distúrbios quantitativos das plaquetas, as contagens na faixa de 40.000 a 60.000/mm3
podem levar a sangramento
pós-traumático e na faixa de 20.000/mm3
pode haver sangramento espontâneo.
As manifestações hemorrágicas podem ser diagnosticadas com base na história clínica e exame físico,
mas a caracterização exata do quadro depende de exames laboratoriais.
A avaliação inicial deve ser feita realizando-se provas ou exames que identifiquem defeitos da coagulação:
- vasculares, como prova do laço e tempo de sangramento;
- alterações plaquetárias quantitativas (como a plaquetometria);
- alteraçõs plaquetárias qualitativas (como o tromboelastograma);
- tempo de tromboplastina parcial ativada (PTTA) – sistema intrínseco;
- tempo de protrombina – sistema extrínseco.
O eritrograma e o leucograma completam a avaliação do acometimento das séries eritrocíticas e
granulocíticas. Ensaios laboratoriais mais sofisticados e caros podem ser indicados em uma fase posterior.


Friday, November 7, 2014

Púrpura, trombocitopenia - Epidemiologia e Fatores de risco

Púrpura, trombocitopenia - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A trombocitopenia pode ser causada por:
- falha ou diminuição da produção de plaquetas, como na leucemia, linfoma, anemia aplástica,
hemoglobinúria paroxística noturna, trombocitopenia induzida por álcool e em outras trombocitopenias
tóxicas, nas anemias megaloblásticas, na infecção por HIV, nas síndromes mielodisplásicas e em alguns
casos de púrpura trombocitopênica idiopática;
- seqüestração plaquetária e hiperesplenismo;
- remoção acelerada de plaquetas, como na púrpura trombocitopênica idiopática, no lúpus eritematoso
sistêmico, na púrpura pós-transfusional, na trombocitopenia associada à infecção por HIV, na coagulação
intravascular, na púrpura trombocitopênica trombótica;
- diluição, nas transfusões maciças.

A trombocitopenia tóxica induzida por medicamentos tem sido descrita com o uso de dezenas de drogas,
que incluem antiinflamatórios não-esteróides (ácido mefenâmico, fenilbutazona, piroxican, indometacina, naproxeno,
ácido acetil-salicílico, diclofenaco, ibuprofeno, etc.); antibióticos β-lactâmicos; drogas cardiovasculares; anticoagulantes
e trombolíticos; psicotrópicos; anestésicos e narcóticos; quimioterápicos; anti-histamínicos;
contrastes radiológicos;
vitaminas (C e E) e outras drogas.
Alguns alimentos e condimentos como o gengibre, cravo-da-índia, cebola, cominho
e alho também podem produzir trombocitopenia tóxica.
A trombocitopenia tóxica de natureza ocupacional tem sido descrita na exposição ao benzeno
e às radiações ionizantes, devido à trombocitopoese ineficaz com conseqüente trombocitopenia, geralmente associada à citopenia
das séries eritrocítica e granulocítica (ver anemia aplástica).
Outros agentes químicos de origem ocupacional que podem causar trombocitopenia tóxica, pelo mesmo
mecanismo de ação, são o DDT, o lindano (hexaclorociclohexano), o letano, o 2,2 diclorovinil-dimetil-fosfato e o arsênio
orgânico. Agentes químicos como o tolueno-diisocianato (TDI), a terebintina e o cloreto de vinila podem causar
trombocitopenia por mecanismo imune. O cloreto de vinila pode causar trombocitopenia por seqüestração esplênica
nos casos que cursam com hiperesplenismo.
Em trabalhadores expostos a esses agentes, nos quais outras causas de púrpura e trombocitopenia não-
ocupacionais foram excluídas, a doença pode ser classificada como relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação
de Schilling, em que o trabalho pode ser considerado como causa necessária.


Thursday, November 6, 2014

Púrpura e outras manifestações hemorrágicas - Definição da Doença

Púrpura e outras manifestações hemorrágicas - Definição da Doença

8.3.5 PÚRPURA E OUTRAS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS CID-10 D69.-

1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
As manchas na pele decorrentes de hemorragia são denominadas púrpuras.
De acordo com a extensão, podem ser denominadas de petéquias, quando puntiformes, sufusões,
quando têm até cerca de 3 cm de dimensão, ou equimoses, quando mais extensas.
Outras manifestações hemorrágicas são o hematoma e as hemorragias de mucosa
(epistaxe, hemoptise, hematêmese, melena, enterorragia, hematúria, metrorragia) ou de serosas (hemotórax,
hemopericárdio, hemoperitônio) ou das articulações (hemartrose).
As manifestações hemorrágicas podem resultar de uma série de anormalidades do sistema de hemostasia,
ou seja, dos vasos sangüíneos, das plaquetas, da coagulação e da fibrinólise.


Wednesday, November 5, 2014

Lei Federal proíbe a utilização de agrotóxicos organoclorados no Brasil

Lei Federal proíbe a utilização de agrotóxicos organoclorados no Brasil

A Lei Federal n.º 7.802/1989 e algumas leis estaduais e municipais proíbem
a utilização de agrotóxicos organoclorados, entre eles o lindano, o DDT e o BHC, não devendo,
portanto, ser autorizadas sua fabricação e comercialização.
Os trabalhadores expostos a agrotóxicos devem ser acompanhados para detecção de efeitos
decorrentes de exposições pregressas. Estudos epidemiológicos podem ser realizados para avaliar esses efeitos.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9), do
PCMSO (NR 7) e de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios. A NR 15
define os LT das concentrações em ar ambiente de várias substâncias químicas, para jornadas de 48 horas semanais
de trabalho.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Além do exame clínico completo, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados e a realização de exames
complementares adequados ao fator de risco identificado. Para a exposição ao arsênio, o VR é de até 10 µg/g de
creatinina e o IBMP é de 50 µg/g de creatinina.
Os procedimentos para a vigilância em saúde dos trabalhadores expostos às radiações ionizantes estão
descritos no protocolo Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros,
no capítulo 7.

Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação do SUS, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.




Tuesday, November 4, 2014

Diretrizes da vigilância em saúde dos trabalhadores expostos ao Benzeno

Diretrizes da vigilância em saúde dos trabalhadores expostos ao Benzeno

A vigilância em saúde dos trabalhadores expostos ao benzeno deve seguir as diretrizes da
Portaria/MTb n.º14/1995 e a Instrução Normativa/MTb n.º 1/1995,
que definem a metodologia de avaliação das concentrações de benzeno
em ambientes de trabalho e obrigam o desenvolvimento do PPEOB, pelo empregador, processadoras e utilizadoras de
benzeno. O VRT estabelecido para o benzeno é de 1,0 ppm para as empresas abrangidas no Anexo 13-A (com
exceção das empresas siderúrgicas, as produtoras de álcool anidro e aquelas que devem substituir o benzeno) e 2,5
ppm para as empresas siderúrgicas.
A OSHA estabelece o limite de exposição permitido (PEL) para o benzeno em 1 ppm (3,2 mg/m3).
O limite de exposição (TLV-TWA) para o benzeno, adotado pela ACGIH em 2001, é de 0,5 ppm (1,6 mg/m3), com a observação
de que o benzeno deve ser considerado carcinogênico humano confirmado, do grupo A1. O limite para exposições
curtas (STEL) proposto pela ACGIH é de 2,5 ppm (8 mg/m3). O limite de exposição recomendado (REL) estabelecido
pelo NIOSH é de 0,1 ppm, com STEL para 15 minutos, no valor de 1 ppm.
A Portaria/MS/MTb n.º 3/1982 proibiu em todo território nacional a fabricação de produtos
que contenham benzeno em sua composição, admitindo, porém, a presença dessa substância como agente contaminante com percentual
não-superior a 1% (um por cento), em volume.
Dessa forma, a partir do final dos anos 80, a presença de benzeno nos
solventes usados em tintas, vernizes, thinners, colas, etc. não tem sido constatada exceto em níveis de traços. A
gasolina ainda contém um teor de benzeno que pode variar de 0,5 a 3% dependendo do tipo e da forma de produção.
Dessa forma, esse combustível ainda oferece um pequeno risco de causar leucemia. Outros derivados de petróleo
como GLP, querosene, óleo diesel, óleo combustível e óleos lubrificantes não possuem benzeno a não ser em quantidades
desprezíveis em termos ocupacionais. A despeito disso, recomenda-se manter fiscalização periódica, mediante a
obrigatoriedade de as empresas produtoras comprovarem os teores de benzeno em seus produtos acabados.
A vigilância dos danos ou efeitos da exposição ao benzeno está regulamentada pelas NR 7 e 15, da
Portaria/MTb n.º 3.214/1978, e pela Instrução Normativa/MTb n.º 2/1995, que dispõem sobre a vigilância em saúde dos
trabalhadores na prevenção da exposição ocupacional ao benzeno. De acordo com essa instrução, são instrumentos
para a vigilância em saúde:
- anamnese clínico-ocupacional e exame físico;
- hemograma completo com contagem de plaquetas e reticulócitos (semestralmente);
- informações epidemiológicas e toxicológicas dos grupos de risco, obtidas pela avaliação de indicadores
biológicos de exposição. Um dos indicadores biológicos de exposição recomendados é a concentração
de ácido trans-trans mucônico na urina, cujo VR é de 0,5 mg/g de creatinina, com valor de IBMP de 1,4
mg/g de creatinina. A determinação da concentração de ácido S-fenil-mercaptúrico na urina, ao final da
jornada de trabalho, é recomendada pela ACGIH (1998). Seu IBMP é de 25 µg/g de creatinina.
Para fins previdenciários, deve ser consultada a Ordem de Serviço/INSS n.º 607/1998, que aprova norma
técnica sobre intoxicação ocupacional pelo benzeno.


Monday, November 3, 2014

Anemia aplástica - Prevenção

Anemia aplástica - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da anemia aplástica relacionada ao trabalho devida a outros agentes externos baseia-se na
vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução
deste capítulo. O controle ambiental da exposição ao benzeno, às radiações ionizantes, aos agrotóxicos clorados e ao
arsênio inorgânico pode reduzir a incidência da doença nos grupos ocupacionais de risco. As medidas de controle
ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição a concentrações próximas de zero, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- utilização, na indústria, de sistemas hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, com adoção de sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações dos agentes no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, como recursos
para banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, estas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções.
Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
A Instrução Normativa/MTb n.º 2/1995 dispõe sobre a vigilância em saúde dos trabalhadores na prevenção
da exposição ocupacional ao benzeno. Essa instrução define como instrumentos para a vigilância em saúde a anamnese
clínico-ocupacional; o exame físico; os exames complementares, compreendendo, no mínimo, o hemograma completo
com contagem de plaquetas e reticulócitos (como também estabelece a NR 7, com periodicidade semestral); os dados
epidemiológicos e toxicológicos dos grupos de risco, obtidos pela avaliação de indicadores biológicos de exposição.
Um dos indicadores biológicos de exposição recomendados é a concentração de ácido trans-trans mucônico na urina,
cujo valor de referência (VR) é de 0,5 mg/g de creatinina, com valor de IBMP de 1,4 mg/g de creatinina. A determinação
da concentração de ácido S-fenil-mercaptúrico na urina, ao final da jornada de trabalho, é recomendada pela ACGIH
(2001). Seu IBMP é de 25 µg/g de creatinina.


Sunday, November 2, 2014

Anemia aplástica - Tratamento

Anemia aplástica - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
As opções de tratamento disponíveis são os androgênios, os corticóides em altas doses, as globulinas
antilinfócitos, antitimócitos e o transplante de medula óssea.
A transfusão de sangue, em concentrado de hemácias ou concentrado de plaquetas, nos pacientes
candidatos a transplante de medula, deve ser realizada apenas quando absolutamente necessária.
O estagiamento na anemia aplástica confunde-se com os conceitos de evolução e prognóstico. Podem ser
utilizados como referência os parâmetros de avaliação e estagiamento da deficiência relacionados com a anemia,
propostos pela AMA, em Guides to the Evaluation of Permanent Impairment (4.ª edição, 1995) apresentados no Quadro
XVI em protocolo anterior. No caso da intoxicação pelo benzeno, principal responsável por anemias aplásticas
relacionadas ao trabalho, deve-se levar em conta a possibilidade de outros danos e o acometimento de outros órgãos,
aparelhos, sistemas ou tipos de células.


Saturday, November 1, 2014

Anemia aplástica - Quadro clínico e diagnóstico

Anemia aplástica - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
As características clínicas estão relacionadas ao baixo número de células sangüíneas circulantes. O início
é geralmente insidioso, mas pode ser dramático, dependendo da gravidade e velocidade com que a anemia evolui. O
paciente mostra sinais/sintomas de anemia e pode apresentar hemorragias secundárias à plaquetopenia e infecções
secundárias à leucopenia. O baço não está aumentado.
O diagnóstico da anemia aplástica baseia-se na associação entre as citopenias periféricas com a
característica medula vazia substituída por gordura. As hemácias circulantes não apresentam anormalidades.
O diagnóstico diferencial é feito com a síndrome mielodisplásica, o hiperesplenismo, as anemias secundárias
à infiltração medular (leucemias, linfomas) e a sepse grave.
O principal critério para a classificação de um quadro grave é a hipocelularidade medular, ao se observar
menos de 25% ou, até mesmo, menos de 50% do espaço medular apresentando menos de 30% de células
hematopoéticas. O quadro, também, é grave quando há pelo menos dois dos seguintes critérios:
- anemia com contagem de reticulócitos inferior a 40.000/mm3
ou índice de reticulócitos abaixo de 1%;
- neutrófilos inferiores a 500/mm3;
- plaquetas aquém de 20.000/mm3.

DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO