Monday, November 3, 2014

Anemia aplástica - Prevenção

Anemia aplástica - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção da anemia aplástica relacionada ao trabalho devida a outros agentes externos baseia-se na
vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução
deste capítulo. O controle ambiental da exposição ao benzeno, às radiações ionizantes, aos agrotóxicos clorados e ao
arsênio inorgânico pode reduzir a incidência da doença nos grupos ocupacionais de risco. As medidas de controle
ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição a concentrações próximas de zero, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- utilização, na indústria, de sistemas hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, com adoção de sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações dos agentes no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, como recursos
para banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, estas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções.
Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante. A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece
regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
A Instrução Normativa/MTb n.º 2/1995 dispõe sobre a vigilância em saúde dos trabalhadores na prevenção
da exposição ocupacional ao benzeno. Essa instrução define como instrumentos para a vigilância em saúde a anamnese
clínico-ocupacional; o exame físico; os exames complementares, compreendendo, no mínimo, o hemograma completo
com contagem de plaquetas e reticulócitos (como também estabelece a NR 7, com periodicidade semestral); os dados
epidemiológicos e toxicológicos dos grupos de risco, obtidos pela avaliação de indicadores biológicos de exposição.
Um dos indicadores biológicos de exposição recomendados é a concentração de ácido trans-trans mucônico na urina,
cujo valor de referência (VR) é de 0,5 mg/g de creatinina, com valor de IBMP de 1,4 mg/g de creatinina. A determinação
da concentração de ácido S-fenil-mercaptúrico na urina, ao final da jornada de trabalho, é recomendada pela ACGIH
(2001). Seu IBMP é de 25 µg/g de creatinina.



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