Thursday, November 13, 2014

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Quadro clínico e diagnóstico

Agranulocitose, Neutropenia Tóxica - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os neutrófilos são os granulócitos presentes em maior quantidade no sangue, portanto a neutropenia é o
achado laboratorial mais evidente e de maior importância clínica. Na agranulocitose fulminante, os sintomas surgem
rapidamente. Tremores, febre alta e prostração são evidentes. Ulcerações gangrenosas podem ser detectadas nas
gengivas, amígdalas, palato mole, lábios, língua ou faringe e, menos comumente, na pele, nariz, vagina, útero, reto ou
ânus. Pode haver adenopatia regional. A morte ocorre rapidamente, geralmente de três a nove dias.
Em outros pacientes, o curso é insidioso e as manifestações clínicas são de processos infecciosos como
conseqüência do aumento da suscetibilidade às infecções.
Na agranulocitose isolada, a deficiência de granulócitos destaca-se no hemograma, porém outros tipos de
leucócitos também podem estar reduzidos numericamente.
Nos casos agudos, a contagem global de leucócitos, comumente, é inferior a 2.000/mm3, freqüentemente
abaixo de 1.000/mm3. Os granulócitos podem estar completamente ausentes e linfócitos e monócitos podem estar
aumentados em termos relativos e absolutos.
Nos casos crônicos, a neutropenia pode ser de surgimento lento e a leucometria pode não cair para menos
de 2.000/mm3. Nesses casos, a granulocitopenia pode ser menos pronunciada.
Quando a agranulocitose é isolada, o exame da medula pode mostrar as séries eritrocítica e megacariocítica
normais. O aspecto mais notável é a ausência de granulócitos (células polimorfo-nucleares, metamielócitos e mielócitos).
Critérios para estagiamento da deficiência provocada por transtornos dos glóbulos brancos, segundo a
AMA, são apresentados no Quadro XVII.



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