Infarto agudo do miocárdio - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Resulta, na maioria dos casos, da oclusão trombótica decorrente da instabilidade das placas ateroscleróticas
coronarianas (com hemorragias intramurais, fissuras e subseqüente ruptura). Os fatores de risco são os mesmos da
aterosclerose: dislipidemias (colesterol LDL alto, colesterol HDL baixo e hipertrigliceridemia), diabetes mellitus, hipertensão
arterial, obesidade, tabagismo e predisposição genética ou familiar. Além desses, também são importantes fatores de
risco o sedentarismo, o alcoolismo e o uso de contraceptivos orais.
Entre os fatores relacionados ao trabalho, é clássica a descrição de uma maior incidência de doença
coronariana, incluindo infarto agudo do miocárdio, em trabalhadores expostos ao sulfeto de carbono. Estudos
epidemiológicos demonstraram um risco relativo de morte por doença coronariana de até 5,6 vezes maior em populações
expostas ao sulfeto de carbono, quando comparadas com populações não-expostas de mesma faixa etária, gênero e
condição socioeconômica. Intervenções que reduziram a exposição ao sulfeto de carbono conseguiram reduzir este
risco. A insuficiência coronariana na exposição ao sulfeto de carbono decorre da arterosclerose (ver Doença aterosclerótica).
A intoxicação por monóxido de carbono, a exposição ao sulfeto de carbono, a exposição e a cessação
súbita da exposição aos nitratos em trabalhadores cronicamente expostos e os problemas relacionados com o emprego
e o desemprego são exemplos de agentes patogênicos e/ou fatores de risco de natureza ocupacional relacionados
com o desenvolvimento de infarto agudo do miocárdio. Em trabalhadores expostos ao trinitrotolueno (TNT), a angina
ou o infarto agudo do miocárdio ocorrem, em geral, cerca de 36 a 48 horas após o fim da exposição, sendo comum na
madrugada de segunda-feira.
O infarto agudo do miocárdio, após a exclusão de outras causas subjacentes, poderá ser considerado
como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, nos casos de trabalhadores expostos
ao sulfeto de carbono ou com problemas relacionados com o emprego e o desemprego. Nos trabalhadores expostos
ao monóxido de carbono e naqueles com exposição e cessação de exposição súbita aos nitratos, o infarto agudo do
miocárdio deve ser considerado doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, em que o
trabalho desempenha o papel de causa necessária..
Sunday, August 16, 2015
Saturday, August 15, 2015
Infarto agudo do miocárdio - Definição da Doença
Infarto agudo do miocárdio - Definição da Doença
14.3.3 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO CID-10 I21.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma síndrome coronária aguda em que ocorrem lesão e necrose do
miocárdio, irreversíveis, em conseqüência de isquemia miocárdica prolongada.
14.3.3 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO CID-10 I21.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma síndrome coronária aguda em que ocorrem lesão e necrose do
miocárdio, irreversíveis, em conseqüência de isquemia miocárdica prolongada.
Friday, August 14, 2015
Para o chumbo são utilizados os seguintes indicadores biológicos de exposição
Para o chumbo são utilizados os seguintes indicadores biológicos de exposição
Para o chumbo são utilizados os seguintes indicadores biológicos de exposição:
- concentração de chumbo no sangue (Pb-S) – VR de até 40 µg/100 ml e IBMP de 60 µg/100 ml.
A ACGIH recomenda, como índice biológico de exposição, 30 µg/100 ml;
- concentração de ácido delta amino levulínico na urina (ALA-U) – VR de até 4,5 mg/g de
creatinina e IBMP de até 10 mg/g de creatinina;
- concentração de zincoprotoporfirina no sangue (ZPP-S) – VR de até 40 µg/100 ml e IBMP de
100 µg/100 ml.
A dosagem de chumbo sérico reflete a absorção do metal nas semanas antecedentes à coleta da amostra ou à
mobilização de depósitos ósseos.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Para o chumbo são utilizados os seguintes indicadores biológicos de exposição:
- concentração de chumbo no sangue (Pb-S) – VR de até 40 µg/100 ml e IBMP de 60 µg/100 ml.
A ACGIH recomenda, como índice biológico de exposição, 30 µg/100 ml;
- concentração de ácido delta amino levulínico na urina (ALA-U) – VR de até 4,5 mg/g de
creatinina e IBMP de até 10 mg/g de creatinina;
- concentração de zincoprotoporfirina no sangue (ZPP-S) – VR de até 40 µg/100 ml e IBMP de
100 µg/100 ml.
A dosagem de chumbo sérico reflete a absorção do metal nas semanas antecedentes à coleta da amostra ou à
mobilização de depósitos ósseos.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco.
Thursday, August 13, 2015
Angina pectoris - Prevenção
Angina pectoris - Prevenção
5 PREVENÇÃO
Programas de promoção da saúde desenvolvidos por empresas, pelo SUS ou outras organizações, voltados
para os fatores de risco individuais, sociais e culturais, para as doenças cardiovasculares, podem ter resultados positivos,
desde que associados a medidas de controle e melhoria dos ambientes e das condições de trabalho.
O controle da exposição ao chumbo, ao sulfeto de carbono, a solventes, a inseticidas organofosforados e
a carbamatos pode contribuir para a redução da incidência de hipertensão arterial secundária em grupos ocupacionais
de risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução dos níveis de concentração desses
agentes no ambiente de trabalho, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos, o
tempo de exposição e a presença de fatores estressogênicos;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Recomenda-se observar os LT para a concentração de algumas substâncias químicas no ar ambiente,
permitidos pela NR 15. Para o chumbo é de 0,1 mg/m3.
Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados
por outros países e revisados periodicamente à luz do conhecimento e evidências atualizadas. Tem sido observado
que, mesmo quando estritamente obedecidos, não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença
e inclui:
- exame clínico completo, com o monitoramento sistemático dos níveis de pressão arterial;
- dosagem de triglicerídeos, colesterol, glicemia;
- eletrocardiografia;
- registro dos demais fatores de risco (tabagismo, abuso de álcool e outras drogas);
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- monitoramento biológico no caso de exposição a determinadas substâncias.
5 PREVENÇÃO
Programas de promoção da saúde desenvolvidos por empresas, pelo SUS ou outras organizações, voltados
para os fatores de risco individuais, sociais e culturais, para as doenças cardiovasculares, podem ter resultados positivos,
desde que associados a medidas de controle e melhoria dos ambientes e das condições de trabalho.
O controle da exposição ao chumbo, ao sulfeto de carbono, a solventes, a inseticidas organofosforados e
a carbamatos pode contribuir para a redução da incidência de hipertensão arterial secundária em grupos ocupacionais
de risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução dos níveis de concentração desses
agentes no ambiente de trabalho, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos, o
tempo de exposição e a presença de fatores estressogênicos;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Recomenda-se observar os LT para a concentração de algumas substâncias químicas no ar ambiente,
permitidos pela NR 15. Para o chumbo é de 0,1 mg/m3.
Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados
por outros países e revisados periodicamente à luz do conhecimento e evidências atualizadas. Tem sido observado
que, mesmo quando estritamente obedecidos, não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença
e inclui:
- exame clínico completo, com o monitoramento sistemático dos níveis de pressão arterial;
- dosagem de triglicerídeos, colesterol, glicemia;
- eletrocardiografia;
- registro dos demais fatores de risco (tabagismo, abuso de álcool e outras drogas);
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- monitoramento biológico no caso de exposição a determinadas substâncias.
Wednesday, August 12, 2015
Angina pectoris - Tratamento
Angina pectoris - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
A conduta terapêutica nos pacientes com angina do peito pode ser clínica e/ou cirúrgica.
O controle dos fatores precipitantes e agravantes, medicação antianginosa e
antiagregantes plaquetários estão indicados em todos os pacientes.
Outros medicamentos coadjuvantes e procedimentos cirúrgicos, como a angioplastia coronária transluminal
percutânea (ACTP) e a cirurgia de revascularização miocárdica (CRVM), têm indicação específica em alguns pacientes.
O exercício físico, as relações sexuais e as tensões emocionais podem desencadear crises de angina do
peito, entretanto não devem ser proscritos e sim dimensionados. As exposições ao frio e às mudanças bruscas de
temperatura devem ser evitadas.
Entre as drogas antianginosas citam-se os nitratos, os β-bloqueadores e os bloqueadores dos canais de
cálcio. Outros medicamentos, como diuréticos, digitais, antiarrítmicos e anticoagulantes, estão indicados em casos
específicos.
Em alguns pacientes, especialmente naqueles com angina contínua ou com evidências objetivas de isquemia
miocárdica intermitente com baixos níveis de atividade, apesar de um bom esquema terapêutico, e naqueles com
achado angiográfico de estenose importante de artérias coronárias e/ou depressão da função ventricular esquerda,
estão indicados os procedimentos cirúrgicos, seja a ACTP ou a CRVM na forma de derivação com enxertos de veia
safena ou artéria mamária interna.
Atenção especial merecem os pacientes com angina instável, principalmente aqueles com angina de início
recente ou com mudança súbita no padrão da angina. Esses pacientes devem ser hospitalizados. O que esse quadro
representa pode não ser apenas o que é referido, mas o início de um processo contínuo que vai culminar em um infarto
agudo do miocárdio. O risco de evolução é estimado em 10 a 20%. Esses pacientes devem ser abordados como
portadores de uma síndrome coronária aguda, devem receber heparina por via endovenosa, além de medicação
antianginosa e analgésica e oxigenoterapia por cateter nasal (ver protocolo Infarto agudo do miocárdio - 14.3.3).
Nos casos de angina pectoris relacionada ao trabalho causada por agentes químicos, o quadro associado
de intoxicação também deverá ser abordado.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
A conduta terapêutica nos pacientes com angina do peito pode ser clínica e/ou cirúrgica.
O controle dos fatores precipitantes e agravantes, medicação antianginosa e
antiagregantes plaquetários estão indicados em todos os pacientes.
Outros medicamentos coadjuvantes e procedimentos cirúrgicos, como a angioplastia coronária transluminal
percutânea (ACTP) e a cirurgia de revascularização miocárdica (CRVM), têm indicação específica em alguns pacientes.
O exercício físico, as relações sexuais e as tensões emocionais podem desencadear crises de angina do
peito, entretanto não devem ser proscritos e sim dimensionados. As exposições ao frio e às mudanças bruscas de
temperatura devem ser evitadas.
Entre as drogas antianginosas citam-se os nitratos, os β-bloqueadores e os bloqueadores dos canais de
cálcio. Outros medicamentos, como diuréticos, digitais, antiarrítmicos e anticoagulantes, estão indicados em casos
específicos.
Em alguns pacientes, especialmente naqueles com angina contínua ou com evidências objetivas de isquemia
miocárdica intermitente com baixos níveis de atividade, apesar de um bom esquema terapêutico, e naqueles com
achado angiográfico de estenose importante de artérias coronárias e/ou depressão da função ventricular esquerda,
estão indicados os procedimentos cirúrgicos, seja a ACTP ou a CRVM na forma de derivação com enxertos de veia
safena ou artéria mamária interna.
Atenção especial merecem os pacientes com angina instável, principalmente aqueles com angina de início
recente ou com mudança súbita no padrão da angina. Esses pacientes devem ser hospitalizados. O que esse quadro
representa pode não ser apenas o que é referido, mas o início de um processo contínuo que vai culminar em um infarto
agudo do miocárdio. O risco de evolução é estimado em 10 a 20%. Esses pacientes devem ser abordados como
portadores de uma síndrome coronária aguda, devem receber heparina por via endovenosa, além de medicação
antianginosa e analgésica e oxigenoterapia por cateter nasal (ver protocolo Infarto agudo do miocárdio - 14.3.3).
Nos casos de angina pectoris relacionada ao trabalho causada por agentes químicos, o quadro associado
de intoxicação também deverá ser abordado.
Tuesday, August 11, 2015
Angina pectoris - Quadro clínico e diagnóstico
Angina pectoris - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A angina pectoris caracteriza-se por uma dor ou desconforto precordial ou retroesternal, que pode irradiar
para a face ulnar do membro superior esquerdo, região cervical, mandíbula e região epigástrica. A dor geralmente é
aliviada por repouso ou uso de nitrato sublingual. Além da dor, podem estar presentes sinais/sintomas de insuficiência
da bomba cardíaca, seja por insuficiência ventricular ou pela presença de arritmias. Em alguns casos, apesar da
isquemia, a dor não se manifesta (isquemia miocárdica silenciosa) e o quadro de insuficiência coronariana exterioriza-
se por meio de manifestações clínicas, como tonturas, síncope, fadiga, dispnéia de esforço, edema agudo do pulmão,
insuficiência cardíaca, arritmias e morte súbita cardíaca.
O exame físico é geralmente normal, não oferecendo nenhum substrato para o diagnóstico de angina. A
presença de sopros à ausculta cardíaca pode sugerir que a angina de peito seja devida a outras condições, como as
valvulopatias e cardiomiopatias, ou esteja associada a elas. A presença de terceira bulha com taquicardia e/ou quarta
bulha e de crepitações à ausculta pulmonar sugere disfunção ventricular esquerda.
O eletrocardiograma (ECG) de repouso é normal em metade dos pacientes com doença coronariana. Uma
variedade de arritmias e outras alterações eletrocardiográficas, como sobrecarga ventricular esquerda, podem estar
presentes. Durante os episódios de angina do peito, as anormalidades eletrocardiográficas mais comuns são as alterações
inespecíficas do segmento “ST” e da onda “T”. A presença de onda “Q” patológica sugere o infarto agudo do miocárdio
atual ou prévio.
O teste ergométrico possui uma sensibilidade diagnóstica de 75% na doença coronariana, mas sua
interpretação fica limitada nos pacientes que não o conseguem completar. Outros exames, como ecocardiografia e
provas selecionadas de cardiologia nuclear (cintilografia), podem ser úteis.
O diagnóstico de certeza da aterosclerose coronariana é feito pelo estudo angiográfico que mostra obstrução
parcial das artérias coronárias ou seus ramos. Em pacientes com angina de Prinzmetal e nos portadores de angina do
peito desencadeada pela cessação da exposição aos nitratos, quando em trabalhadores cronicamente expostos, o
exame angiográfico pode ser normal.
O diagnóstico diferencial é feito com úlcera péptica, pancreatite, colecistite, refluxo ou espasmo esofágico
e anormalidades pulmonares, como pneumonia, embolia pulmonar, atelectasia e pneumotórax espontâneo.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A angina pectoris caracteriza-se por uma dor ou desconforto precordial ou retroesternal, que pode irradiar
para a face ulnar do membro superior esquerdo, região cervical, mandíbula e região epigástrica. A dor geralmente é
aliviada por repouso ou uso de nitrato sublingual. Além da dor, podem estar presentes sinais/sintomas de insuficiência
da bomba cardíaca, seja por insuficiência ventricular ou pela presença de arritmias. Em alguns casos, apesar da
isquemia, a dor não se manifesta (isquemia miocárdica silenciosa) e o quadro de insuficiência coronariana exterioriza-
se por meio de manifestações clínicas, como tonturas, síncope, fadiga, dispnéia de esforço, edema agudo do pulmão,
insuficiência cardíaca, arritmias e morte súbita cardíaca.
O exame físico é geralmente normal, não oferecendo nenhum substrato para o diagnóstico de angina. A
presença de sopros à ausculta cardíaca pode sugerir que a angina de peito seja devida a outras condições, como as
valvulopatias e cardiomiopatias, ou esteja associada a elas. A presença de terceira bulha com taquicardia e/ou quarta
bulha e de crepitações à ausculta pulmonar sugere disfunção ventricular esquerda.
O eletrocardiograma (ECG) de repouso é normal em metade dos pacientes com doença coronariana. Uma
variedade de arritmias e outras alterações eletrocardiográficas, como sobrecarga ventricular esquerda, podem estar
presentes. Durante os episódios de angina do peito, as anormalidades eletrocardiográficas mais comuns são as alterações
inespecíficas do segmento “ST” e da onda “T”. A presença de onda “Q” patológica sugere o infarto agudo do miocárdio
atual ou prévio.
O teste ergométrico possui uma sensibilidade diagnóstica de 75% na doença coronariana, mas sua
interpretação fica limitada nos pacientes que não o conseguem completar. Outros exames, como ecocardiografia e
provas selecionadas de cardiologia nuclear (cintilografia), podem ser úteis.
O diagnóstico de certeza da aterosclerose coronariana é feito pelo estudo angiográfico que mostra obstrução
parcial das artérias coronárias ou seus ramos. Em pacientes com angina de Prinzmetal e nos portadores de angina do
peito desencadeada pela cessação da exposição aos nitratos, quando em trabalhadores cronicamente expostos, o
exame angiográfico pode ser normal.
O diagnóstico diferencial é feito com úlcera péptica, pancreatite, colecistite, refluxo ou espasmo esofágico
e anormalidades pulmonares, como pneumonia, embolia pulmonar, atelectasia e pneumotórax espontâneo.
Monday, August 10, 2015
Angina pectoris - Epidemiologia e Fatores de risco
Angina pectoris - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A principal causa de angina é a doença aterosclerótica das artérias coronárias. Os fatores de risco são os
descritos na aterosclerose e doença aterosclerótica do coração. A intoxicação por monóxido de carbono levando à
hipoxia, a exposição crônica ao sulfeto de carbono, a exposição e a cessação da exposição aos nitratos, ao trinitrotolueno
(TNT), e os problemas relacionados com o emprego e o desemprego são exemplos de agentes patogênicos e/ou
fatores de risco de natureza ocupacional relacionados com o desenvolvimento de angina pectoris.
A angina pectoris, após exclusão de outras causas subjacentes, poderá ser considerada como doença
relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, nos casos de trabalhadores expostos ao sulfeto de
carbono ou com problemas relacionados com o emprego e o desemprego. Nos trabalhadores expostos ao monóxido
de carbono e naqueles com exposição e cessação de exposição súbita aos nitratos, a angina pectoris deve ser
considerada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, em que o trabalho
desempenha o papel de causa necessária.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A principal causa de angina é a doença aterosclerótica das artérias coronárias. Os fatores de risco são os
descritos na aterosclerose e doença aterosclerótica do coração. A intoxicação por monóxido de carbono levando à
hipoxia, a exposição crônica ao sulfeto de carbono, a exposição e a cessação da exposição aos nitratos, ao trinitrotolueno
(TNT), e os problemas relacionados com o emprego e o desemprego são exemplos de agentes patogênicos e/ou
fatores de risco de natureza ocupacional relacionados com o desenvolvimento de angina pectoris.
A angina pectoris, após exclusão de outras causas subjacentes, poderá ser considerada como doença
relacionada ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, nos casos de trabalhadores expostos ao sulfeto de
carbono ou com problemas relacionados com o emprego e o desemprego. Nos trabalhadores expostos ao monóxido
de carbono e naqueles com exposição e cessação de exposição súbita aos nitratos, a angina pectoris deve ser
considerada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, em que o trabalho
desempenha o papel de causa necessária.
Sunday, August 9, 2015
Angina pectoris - Definição da Doença
Angina pectoris - Definição da Doença
14.3.2 ANGINA PECTORIS CID-10 I20.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Angina pectoris ou angina do peito é a dor ou o desconforto precordial causados pela
isquemia miocárdica, quando a demanda de oxigênio supera a oferta.
14.3.2 ANGINA PECTORIS CID-10 I20.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Angina pectoris ou angina do peito é a dor ou o desconforto precordial causados pela
isquemia miocárdica, quando a demanda de oxigênio supera a oferta.
Saturday, August 8, 2015
Quadro 19 - Principais causas da Hipertensão arterial secundária
Quadro 19 - Principais causas da Hipertensão arterial secundária
Quadro XIX
Principais Causas da HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA

Causas adrenais Aldosteronismo primário Feocromocitoma
Hiperplasia adrenal congênita Produção excessiva de mineralocorticóides
Síndrome de Cushing Distúrbios hormonais Acromegalia Hiperparatireoidismo
Hipertireoidismo Hipotireoidismo Doença renovascular Exposição ao ruído
Tumores secretores de renina Uso de drogas Álcool Anfetaminas Cocaína Carcinóide
Coarctação da aorta Doença parenquimatosa renal Exposição a substâncias tóxicas
Chumbo Inseticidas organofosforados e carbamatos Solventes Sulfeto de carbono
Gravidez Uso de medicamentos Agentes imunossupressores Anticoncepcionais orais e terapia de reposição hormonal
Bromocriptina Corticóides Eritropoetina Esteróides anabolizantes Inibidores da monoamino-oxidase
Simpaticomiméticos
DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
Quadro XIX
Principais Causas da HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA

Causas adrenais Aldosteronismo primário Feocromocitoma
Hiperplasia adrenal congênita Produção excessiva de mineralocorticóides
Síndrome de Cushing Distúrbios hormonais Acromegalia Hiperparatireoidismo
Hipertireoidismo Hipotireoidismo Doença renovascular Exposição ao ruído
Tumores secretores de renina Uso de drogas Álcool Anfetaminas Cocaína Carcinóide
Coarctação da aorta Doença parenquimatosa renal Exposição a substâncias tóxicas
Chumbo Inseticidas organofosforados e carbamatos Solventes Sulfeto de carbono
Gravidez Uso de medicamentos Agentes imunossupressores Anticoncepcionais orais e terapia de reposição hormonal
Bromocriptina Corticóides Eritropoetina Esteróides anabolizantes Inibidores da monoamino-oxidase
Simpaticomiméticos
DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
Friday, August 7, 2015
Hipertensão arterial - O exame médico periódico
Hipertensão arterial - O exame médico periódico
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Deve incluir:
- exame clínico completo com monitoramento sistemático dos níveis de pressão arterial;
- dosagem de triglicerídeos, colesterol, glicemia, sódio, potássio, creatinina, urinálise;
- eletrocardiografia;
- registro dos demais fatores de risco (tabagismo, abuso de álcool e outras drogas, etc.) e a orientação
do trabalhador;
- monitorização biológica, sendo para o chumbo utilizados os seguintes indicadores biológicos de
exposição:
- concentração de chumbo no sangue (Pb-S) – VR de até 40 µg/100 ml e IBMP de 60 µg/100
ml. A ACGIH recomenda, como índice biológico de exposição, 30 µg/100 ml;
- concentração de ácido delta amino levulínico na urina (ALA-U) – VR de até 4,5 mg/g de
creatinina e IBMP de até 10 mg/g de creatinina;
- concentração de zincoprotoporfirina no sangue (ZPP-S) – VR de até 40 µg/100 ml e IBMP de
100 µg/100 ml.
A dosagem de chumbo sérico reflete a absorção do metal nas semanas antecedentes à coleta da amostra ou à
mobilização de depósitos ósseos.
Ao exame, devem ser pesquisados sintomas de ordem psicoemocional ou neuropsíquicos, que
freqüentemente aparecem associados à hipertensão arterial. Sua presença, na maioria dos casos, determina a
necessidade do afastamento do trabalhador da exposição, mais do que os níveis tensionais e/ou a perda auditiva
isoladamente.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco e os cuidados de saúde indicados.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença.
Deve incluir:
- exame clínico completo com monitoramento sistemático dos níveis de pressão arterial;
- dosagem de triglicerídeos, colesterol, glicemia, sódio, potássio, creatinina, urinálise;
- eletrocardiografia;
- registro dos demais fatores de risco (tabagismo, abuso de álcool e outras drogas, etc.) e a orientação
do trabalhador;
- monitorização biológica, sendo para o chumbo utilizados os seguintes indicadores biológicos de
exposição:
- concentração de chumbo no sangue (Pb-S) – VR de até 40 µg/100 ml e IBMP de 60 µg/100
ml. A ACGIH recomenda, como índice biológico de exposição, 30 µg/100 ml;
- concentração de ácido delta amino levulínico na urina (ALA-U) – VR de até 4,5 mg/g de
creatinina e IBMP de até 10 mg/g de creatinina;
- concentração de zincoprotoporfirina no sangue (ZPP-S) – VR de até 40 µg/100 ml e IBMP de
100 µg/100 ml.
A dosagem de chumbo sérico reflete a absorção do metal nas semanas antecedentes à coleta da amostra ou à
mobilização de depósitos ósseos.
Ao exame, devem ser pesquisados sintomas de ordem psicoemocional ou neuropsíquicos, que
freqüentemente aparecem associados à hipertensão arterial. Sua presença, na maioria dos casos, determina a
necessidade do afastamento do trabalhador da exposição, mais do que os níveis tensionais e/ou a perda auditiva
isoladamente.
Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação ou
controle dos fatores de risco e os cuidados de saúde indicados.
Thursday, August 6, 2015
Hipertensão arterial - Prevenção
Hipertensão arterial - Prevenção
5 PREVENÇÃO
Programas de promoção da saúde desenvolvidos por empresas, pelo SUS ou outras organizações, voltados
para os fatores de risco individuais, sociais e culturais, para doenças cardiovasculares, podem ter resultados positivos,
desde que associados a medidas de controle e melhoria dos ambientes, das condições e das relações de trabalho.
O controle da exposição ao chumbo, ao sulfeto de carbono, a solventes, a inseticidas organofosforados e
carbamatos pode contribuir para a redução da incidência de hipertensão arterial secundária em grupos ocupacionais
de risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução dos níveis de exposição a concentrações
próximas de zero ou dentro dos limites estabelecidos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos, o
tempo de exposição e, se possível, a presença de fatores estressogênicos;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho, facilidades para conforto e higiene pessoal,
recursos para banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
Recomenda-se a verificação da adequação e adoção, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Apesar dos efeitos do ruído sobre a pressão arterial serem independentes do desenvolvimento de perda
auditiva, nos casos de exposição a níveis de ruído acima de 85 dB, devem ser adotadas medidas de eliminação e/ou
controle da fonte de exposição; colocação de barreiras e adequação das condições gerais do ambiente; enclausuramento,
proteção e manutenção de máquinas; e, por último, medidas voltadas para o trabalhador por meio do uso de protetor
auditivo, treinamento, pausas, diminuição do tempo de exposição.
Devem ser observadas as determinações da Portaria/MTb n.º 19/1998, que estabelece as diretrizes e
parâmetros mínimos para avaliação e acompanhamento da audição em trabalhadores expostos a níveis de pressão
sonora elevados. A exposição simultânea a solventes tóxicos e ao ruído deve ser evitada.
Recomenda-se observar os LT para a concentração de algumas substâncias químicas no ar ambiente
definidos pela NR 15. Para o chumbo é de 0,1 mg/m3.. Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por
outros países e revisados periodicamente à luz do conhecimento e de evidências atualizadas.
5 PREVENÇÃO
Programas de promoção da saúde desenvolvidos por empresas, pelo SUS ou outras organizações, voltados
para os fatores de risco individuais, sociais e culturais, para doenças cardiovasculares, podem ter resultados positivos,
desde que associados a medidas de controle e melhoria dos ambientes, das condições e das relações de trabalho.
O controle da exposição ao chumbo, ao sulfeto de carbono, a solventes, a inseticidas organofosforados e
carbamatos pode contribuir para a redução da incidência de hipertensão arterial secundária em grupos ocupacionais
de risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução dos níveis de exposição a concentrações
próximas de zero ou dentro dos limites estabelecidos, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos, o
tempo de exposição e, se possível, a presença de fatores estressogênicos;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho, facilidades para conforto e higiene pessoal,
recursos para banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
Recomenda-se a verificação da adequação e adoção, pelo empregador, das medidas de controle dos
fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Apesar dos efeitos do ruído sobre a pressão arterial serem independentes do desenvolvimento de perda
auditiva, nos casos de exposição a níveis de ruído acima de 85 dB, devem ser adotadas medidas de eliminação e/ou
controle da fonte de exposição; colocação de barreiras e adequação das condições gerais do ambiente; enclausuramento,
proteção e manutenção de máquinas; e, por último, medidas voltadas para o trabalhador por meio do uso de protetor
auditivo, treinamento, pausas, diminuição do tempo de exposição.
Devem ser observadas as determinações da Portaria/MTb n.º 19/1998, que estabelece as diretrizes e
parâmetros mínimos para avaliação e acompanhamento da audição em trabalhadores expostos a níveis de pressão
sonora elevados. A exposição simultânea a solventes tóxicos e ao ruído deve ser evitada.
Recomenda-se observar os LT para a concentração de algumas substâncias químicas no ar ambiente
definidos pela NR 15. Para o chumbo é de 0,1 mg/m3.. Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por
outros países e revisados periodicamente à luz do conhecimento e de evidências atualizadas.
Wednesday, August 5, 2015
Hipertensão arterial - Tratamento
Hipertensão arterial - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento é feito por meio de medidas não-farmacológicas e farmacológicas. As medidas não-
farmacológicas, que incluem a modificação do estilo de vida, constituem a primeira intervenção terapêutica e estão
indicadas em todos os casos. São recomendadas redução do peso, restrição do uso de bebidas alcoólicas, abstenção
do fumo, restrição da ingestão de sódio, ingestão de quantidades adequadas de potássio, cálcio e magnésio e atividade
física regular. Medidas de relaxamento e biofeedback também são efetivas.
O tratamento farmacológico deve ser iniciado com base na estratificação do risco de doença cardiovascular,
considerando-se o grau da HAS, a presença de lesões em órgãos-alvo, a presença de fatores de risco para doenças
cardiovasculares (tabagismo, dislipidemia, diabetes mellitus) e a própria presença de doença cardiovascular. Também
é necessário atenção em relação à existência de exposições ocupacionais capazes de interagir com os fármacos
utilizados, como, por exemplo, temperaturas elevadas com diuréticos e beta-bloqueadores ou com solventes que
podem provocar sintomas semelhantes aos efeitos colaterais de diversos anti-hipertensivos.
A identificação de uma causa secundária possibilita a eliminação do fator desencadeante da HAS. A
modificação do estilo de vida deve ser estimulada, independentemente da indicação de terapia farmacológica.
Uma grande variedade de drogas pode ser usada como tratamento da HAS, entre elas: diuréticos,
β-bloqueadores, bloqueadores adrenérgicos de ação central (α2-agonistas), bloqueadores adrenérgicos de ação
periférica, α1-bloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, vasodilatadores periféricos, inibidores da enzima
conversora de angiotensinogênio (ECA) e bloqueadores do receptor da angiotensina II. A escolha da droga deve
levar em conta, entre outros fatores, o custo, a comodidade posológica, a disponibilidade, a presença de outras
doenças ou uso de outros medicamentos, o sexo e a raça. Na ausência de contra-indicação ou indicação de uso de
outra classe de droga, recomenda-se iniciar a terapia farmacológica com diuréticos, com ou sem β-bloqueadores,
que reduzem a morbimortalidade da HAS.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O tratamento é feito por meio de medidas não-farmacológicas e farmacológicas. As medidas não-
farmacológicas, que incluem a modificação do estilo de vida, constituem a primeira intervenção terapêutica e estão
indicadas em todos os casos. São recomendadas redução do peso, restrição do uso de bebidas alcoólicas, abstenção
do fumo, restrição da ingestão de sódio, ingestão de quantidades adequadas de potássio, cálcio e magnésio e atividade
física regular. Medidas de relaxamento e biofeedback também são efetivas.
O tratamento farmacológico deve ser iniciado com base na estratificação do risco de doença cardiovascular,
considerando-se o grau da HAS, a presença de lesões em órgãos-alvo, a presença de fatores de risco para doenças
cardiovasculares (tabagismo, dislipidemia, diabetes mellitus) e a própria presença de doença cardiovascular. Também
é necessário atenção em relação à existência de exposições ocupacionais capazes de interagir com os fármacos
utilizados, como, por exemplo, temperaturas elevadas com diuréticos e beta-bloqueadores ou com solventes que
podem provocar sintomas semelhantes aos efeitos colaterais de diversos anti-hipertensivos.
A identificação de uma causa secundária possibilita a eliminação do fator desencadeante da HAS. A
modificação do estilo de vida deve ser estimulada, independentemente da indicação de terapia farmacológica.
Uma grande variedade de drogas pode ser usada como tratamento da HAS, entre elas: diuréticos,
β-bloqueadores, bloqueadores adrenérgicos de ação central (α2-agonistas), bloqueadores adrenérgicos de ação
periférica, α1-bloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, vasodilatadores periféricos, inibidores da enzima
conversora de angiotensinogênio (ECA) e bloqueadores do receptor da angiotensina II. A escolha da droga deve
levar em conta, entre outros fatores, o custo, a comodidade posológica, a disponibilidade, a presença de outras
doenças ou uso de outros medicamentos, o sexo e a raça. Na ausência de contra-indicação ou indicação de uso de
outra classe de droga, recomenda-se iniciar a terapia farmacológica com diuréticos, com ou sem β-bloqueadores,
que reduzem a morbimortalidade da HAS.
Tuesday, August 4, 2015
Hipertensão arterial - Quadro clínico e diagnóstico
Hipertensão arterial - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A HAS pode ser classificada conforme a gravidade do quadro, com base nos níveis da pressão arterial (PA)
diastólica, seguindo os seguintes parâmetros:
HAS LEVE:
diastólica entre 90 e 99 mm/Hg e sistólica entre 140 e 159 mm/Hg;
HAS MODERADA:
diastólica entre 100 e 109 mm/Hg e sistólica entre 160 e 179 mm/Hg;
HAS GRAVE:
diastólica acima de 110 mm/Hg e sistólica acima de 180 mm/Hg.
A pressão normal-alta (diastólica entre 85-89 mm/Hg e sistólica entre 130-139 mm/Hg) designa o grupo
especial de indivíduos que apresentariam riscos cardiovasculares superiores aos normais e que seriam beneficiados
com medidas não-farmacológicas de suporte. A HAS é classificada também em HAS sistólica isolada (sistólica acima
de 140 mm/Hg e diastólica normal). Indivíduos que apresentam, ocasionalmente, PA diastólica acima de 90 mm/Hg,
sem ultrapassar os limites da HAS leve, são denominados hipertensos lábeis. Existem evidências da progressão dos
pacientes deste grupo para hipertensão leve, após alguns anos em controle adequado. Alguns pacientes podem ser
classificados como portadores de HAS maligna quando o nível de PA diastólica estiver acima de 140 mm/Hg, associado
à presença de papiledema, à fundoscopia óptica, ou de HAS acelerada quando os níveis de PA diastólica forem além
de 140 mm/Hg, sem evidência de papiledema. Considera-se HAS complicada quando há associação de lesões de
órgãos-alvo, como acidente vascular cerebral e/ou insuficiência cardíaca congestiva, renal, coronariana, infarto do
miocárdio e aneurismas arteriais.
O diagnóstico é clínico. Baseia-se na média de duas ou mais medidas de PA diastólica acima de 140 mm/Hg
e/ou PA diastólica acima de 90 mm/Hg, em inspeções subseqüentes, estando o paciente descansado, em ambiente
tranqüilo, e não devendo ter fumado ou ingerido café nos últimos 30 minutos.
A propedêutica é necessária para avaliar a presença e o grau de comprometimento de órgãos-alvo, identificar
outros fatores de risco para doenças cardiovasculares e para o diagnóstico de alguns casos de HAS secundária. Achados
em exames laboratoriais podem sugerir HAS secundária, como hipocalemia no aldosteronismo primário, hipercalcemia
no hiperparatireoidismo e elevação da creatinina ou exame de urina alterada na doença parenquimatosa renal.
O diagnóstico baseia-se em:
- exame clínico e medida da PA segundo a técnica descrita;
- exames laboratoriais recomendados:
- urinálise;
- hemograma: sódio, potássio, creatinina, glicose, colesterol total e HDL-colesterol;
- eletrocardiograma (ECG).
O diagnóstico de HAS secundária à exposição ao chumbo requer história de exposição ocupacional e
documentação laboratorial.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A HAS pode ser classificada conforme a gravidade do quadro, com base nos níveis da pressão arterial (PA)
diastólica, seguindo os seguintes parâmetros:
HAS LEVE:
diastólica entre 90 e 99 mm/Hg e sistólica entre 140 e 159 mm/Hg;
HAS MODERADA:
diastólica entre 100 e 109 mm/Hg e sistólica entre 160 e 179 mm/Hg;
HAS GRAVE:
diastólica acima de 110 mm/Hg e sistólica acima de 180 mm/Hg.
A pressão normal-alta (diastólica entre 85-89 mm/Hg e sistólica entre 130-139 mm/Hg) designa o grupo
especial de indivíduos que apresentariam riscos cardiovasculares superiores aos normais e que seriam beneficiados
com medidas não-farmacológicas de suporte. A HAS é classificada também em HAS sistólica isolada (sistólica acima
de 140 mm/Hg e diastólica normal). Indivíduos que apresentam, ocasionalmente, PA diastólica acima de 90 mm/Hg,
sem ultrapassar os limites da HAS leve, são denominados hipertensos lábeis. Existem evidências da progressão dos
pacientes deste grupo para hipertensão leve, após alguns anos em controle adequado. Alguns pacientes podem ser
classificados como portadores de HAS maligna quando o nível de PA diastólica estiver acima de 140 mm/Hg, associado
à presença de papiledema, à fundoscopia óptica, ou de HAS acelerada quando os níveis de PA diastólica forem além
de 140 mm/Hg, sem evidência de papiledema. Considera-se HAS complicada quando há associação de lesões de
órgãos-alvo, como acidente vascular cerebral e/ou insuficiência cardíaca congestiva, renal, coronariana, infarto do
miocárdio e aneurismas arteriais.
O diagnóstico é clínico. Baseia-se na média de duas ou mais medidas de PA diastólica acima de 140 mm/Hg
e/ou PA diastólica acima de 90 mm/Hg, em inspeções subseqüentes, estando o paciente descansado, em ambiente
tranqüilo, e não devendo ter fumado ou ingerido café nos últimos 30 minutos.
A propedêutica é necessária para avaliar a presença e o grau de comprometimento de órgãos-alvo, identificar
outros fatores de risco para doenças cardiovasculares e para o diagnóstico de alguns casos de HAS secundária. Achados
em exames laboratoriais podem sugerir HAS secundária, como hipocalemia no aldosteronismo primário, hipercalcemia
no hiperparatireoidismo e elevação da creatinina ou exame de urina alterada na doença parenquimatosa renal.
O diagnóstico baseia-se em:
- exame clínico e medida da PA segundo a técnica descrita;
- exames laboratoriais recomendados:
- urinálise;
- hemograma: sódio, potássio, creatinina, glicose, colesterol total e HDL-colesterol;
- eletrocardiograma (ECG).
O diagnóstico de HAS secundária à exposição ao chumbo requer história de exposição ocupacional e
documentação laboratorial.
Monday, August 3, 2015
A doença renal hipertensiva
A doença renal hipertensiva
A doença renal hipertensiva faz parte do processo de envelhecimento normal, mas pode ser exacerbada
pela hipertensão arterial e por condições subjacentes, como o diabetes mellitus. Sua relação causal com o trabalho
pode estar vinculada a quatro mecanismos básicos:
- às condições de trabalho estressogênicas, como demandas e ritmos de trabalho excessivos; conflitos
no trabalho, exposição ao ruído, entre outras produtoras de hipertensão arterial;
- aos efeitos de constrição arteriolar diretamente sobre a vasculatura do rim, exemplificados por aqueles
produzidos pelo chumbo;
- à possibilidade de ação nefrotóxica direta, como no caso de exposição ao mercúrio;
- ao efeito aterogênico sobre a parede dos vasos, como é o caso típico do sulfeto de carbono, entre
outros agentes químicos específicos.
Em trabalhadores que se enquadrem nessas condições, a doença renal hipertensiva, após estudo clínico
e exclusão de outras causas subjacentes, poderá ser considerada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II
da Classificação de Schilling, no qual o trabalho é fator de risco associado com sua etiologia.
A doença renal hipertensiva faz parte do processo de envelhecimento normal, mas pode ser exacerbada
pela hipertensão arterial e por condições subjacentes, como o diabetes mellitus. Sua relação causal com o trabalho
pode estar vinculada a quatro mecanismos básicos:
- às condições de trabalho estressogênicas, como demandas e ritmos de trabalho excessivos; conflitos
no trabalho, exposição ao ruído, entre outras produtoras de hipertensão arterial;
- aos efeitos de constrição arteriolar diretamente sobre a vasculatura do rim, exemplificados por aqueles
produzidos pelo chumbo;
- à possibilidade de ação nefrotóxica direta, como no caso de exposição ao mercúrio;
- ao efeito aterogênico sobre a parede dos vasos, como é o caso típico do sulfeto de carbono, entre
outros agentes químicos específicos.
Em trabalhadores que se enquadrem nessas condições, a doença renal hipertensiva, após estudo clínico
e exclusão de outras causas subjacentes, poderá ser considerada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo II
da Classificação de Schilling, no qual o trabalho é fator de risco associado com sua etiologia.
Sunday, August 2, 2015
Hipertensão arterial - Epidemiologia e Fatores de risco
Hipertensão arterial - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A etiologia da HAS primária, essencial ou idiopática, que acomete cerca de 95% da população de hipertensos,
não está totalmente definida. Fatores genéticos e ambientais parecem estar envolvidos na sua gênese, entre eles o
estilo de vida, o estresse decorrente do trabalho ou das atividades da vida diária e a ingestão elevada de sódio.
A HAS secundária tem etiologia relativamente bem definida, sendo importante sua identificação, pois pode
ser curada por cirurgia, tratamento clínico específico e/ou afastamento da exposição ao agente causal. As principais
causas de HAS secundária estão relacionadas no Quadro XIX. Entre elas está a exposição ocupacional ao chumbo e
ao ruído. O estresse, decorrente de problemas com o emprego e o desemprego, também é considerado, na atualidade,
fator de risco para o desenvolvimento de HAS.
Em algumas ocupações tem sido registrada elevada prevalência de HAS, como, por exemplo, nos
controladores de tráfego aéreo. Quando comparados com seus próprios exames admissionais, observa-se uma
prevalência 1,6 vez maior nos trabalhadores de torres de grande movimento do que naqueles das de pequeno movimento.
No clássico estudo desenvolvido por Míriam Ribeiro e colaboradores, em 1981, analisando a prevalência de HAS no
município de São Paulo, em 57 diferentes estabelecimentos de trabalho,
a prevalência variou de 11% entre profissionais
liberais a 21% no setor de empresas jornalísticas e publicitárias. Os autores também detectaram uma tendência de
níveis pressórios mais elevados nos trabalhadores que excediam 48h de trabalho por semana, quando comparados
com os que trabalhavam abaixo desse limite.
Em motoristas de ônibus urbanos em grandes metrópoles tem sido descrito um excesso de prevalência de
HAS. Ricardo Cordeiro, em análise de 839 trabalhadores, demonstrou associação positiva entre a pressão arterial
diastólica e o tempo acumulado de trabalho, separando o efeito da idade nos motoristas.
Excluídas as causas comuns, não-ocupacionais, de HAS secundária e havendo evidências epidemiológicas
de excesso de prevalência em determinados grupos ocupacionais, esta poderá ser classificada como doença relacionada
ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, posto que o trabalho pode ser considerado fator de risco, no
conjunto de fatores de risco associados com a etiologia multicausal da hipertensão. Trata-se de nexo epidemiológico
de natureza probabilística.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A etiologia da HAS primária, essencial ou idiopática, que acomete cerca de 95% da população de hipertensos,
não está totalmente definida. Fatores genéticos e ambientais parecem estar envolvidos na sua gênese, entre eles o
estilo de vida, o estresse decorrente do trabalho ou das atividades da vida diária e a ingestão elevada de sódio.
A HAS secundária tem etiologia relativamente bem definida, sendo importante sua identificação, pois pode
ser curada por cirurgia, tratamento clínico específico e/ou afastamento da exposição ao agente causal. As principais
causas de HAS secundária estão relacionadas no Quadro XIX. Entre elas está a exposição ocupacional ao chumbo e
ao ruído. O estresse, decorrente de problemas com o emprego e o desemprego, também é considerado, na atualidade,
fator de risco para o desenvolvimento de HAS.
Em algumas ocupações tem sido registrada elevada prevalência de HAS, como, por exemplo, nos
controladores de tráfego aéreo. Quando comparados com seus próprios exames admissionais, observa-se uma
prevalência 1,6 vez maior nos trabalhadores de torres de grande movimento do que naqueles das de pequeno movimento.
No clássico estudo desenvolvido por Míriam Ribeiro e colaboradores, em 1981, analisando a prevalência de HAS no
município de São Paulo, em 57 diferentes estabelecimentos de trabalho,
a prevalência variou de 11% entre profissionais
liberais a 21% no setor de empresas jornalísticas e publicitárias. Os autores também detectaram uma tendência de
níveis pressórios mais elevados nos trabalhadores que excediam 48h de trabalho por semana, quando comparados
com os que trabalhavam abaixo desse limite.
Em motoristas de ônibus urbanos em grandes metrópoles tem sido descrito um excesso de prevalência de
HAS. Ricardo Cordeiro, em análise de 839 trabalhadores, demonstrou associação positiva entre a pressão arterial
diastólica e o tempo acumulado de trabalho, separando o efeito da idade nos motoristas.
Excluídas as causas comuns, não-ocupacionais, de HAS secundária e havendo evidências epidemiológicas
de excesso de prevalência em determinados grupos ocupacionais, esta poderá ser classificada como doença relacionada
ao trabalho, do Grupo II da Classificação de Schilling, posto que o trabalho pode ser considerado fator de risco, no
conjunto de fatores de risco associados com a etiologia multicausal da hipertensão. Trata-se de nexo epidemiológico
de natureza probabilística.
Saturday, August 1, 2015
Hipertensão arterial doença renal hipertensiva ou nefrosclerose - Definição da Doença
Hipertensão arterial doença renal hipertensiva ou nefrosclerose - Definição da Doença
14.3.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL DOENÇA RENAL HIPERTENSIVA OU NEFROSCLEROSE I12
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a elevação persistente da pressão arterial (PA) sistólica e/ou diastólica,
observada em duas ou mais medidas em pelo menos duas ocasiões distintas. O valor máximo admitido para adultos com
mais de 18 anos, para a sistólica, é de 140 mm/Hg e, para a diastólica, de até 90 mm/Hg. Ocorre hipertensão sistólica
isolada (HSI) quando essa ultrapassa 160 mm/Hg em associação com a pressão diastólica inferior a 90 mm/Hg.
A doença renal hipertensiva ou nefrosclerose ou nefropatia hipertensiva define um conjunto de alterações
renais associadas com a hipertensão arterial crônica, caracterizada por comprometimento vascular, glomerular e túbulo-
intersticial dos rins. A nefrosclerose ocorre com o envelhecimento normal, mas é exacerbada pela hipertensão arterial
e/ou pela presença de outras doenças, como, por exemplo, o diabetes mellitus.
14.3.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL DOENÇA RENAL HIPERTENSIVA OU NEFROSCLEROSE I12
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a elevação persistente da pressão arterial (PA) sistólica e/ou diastólica,
observada em duas ou mais medidas em pelo menos duas ocasiões distintas. O valor máximo admitido para adultos com
mais de 18 anos, para a sistólica, é de 140 mm/Hg e, para a diastólica, de até 90 mm/Hg. Ocorre hipertensão sistólica
isolada (HSI) quando essa ultrapassa 160 mm/Hg em associação com a pressão diastólica inferior a 90 mm/Hg.
A doença renal hipertensiva ou nefrosclerose ou nefropatia hipertensiva define um conjunto de alterações
renais associadas com a hipertensão arterial crônica, caracterizada por comprometimento vascular, glomerular e túbulo-
intersticial dos rins. A nefrosclerose ocorre com o envelhecimento normal, mas é exacerbada pela hipertensão arterial
e/ou pela presença de outras doenças, como, por exemplo, o diabetes mellitus.
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