Tuesday, August 4, 2015

Hipertensão arterial - Quadro clínico e diagnóstico

Hipertensão arterial - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A HAS pode ser classificada conforme a gravidade do quadro, com base nos níveis da pressão arterial (PA)
diastólica, seguindo os seguintes parâmetros:

HAS LEVE:
diastólica entre 90 e 99 mm/Hg e sistólica entre 140 e 159 mm/Hg;

HAS MODERADA:
diastólica entre 100 e 109 mm/Hg e sistólica entre 160 e 179 mm/Hg;

HAS GRAVE:
diastólica acima de 110 mm/Hg e sistólica acima de 180 mm/Hg.
A pressão normal-alta (diastólica entre 85-89 mm/Hg e sistólica entre 130-139 mm/Hg) designa o grupo
especial de indivíduos que apresentariam riscos cardiovasculares superiores aos normais e que seriam beneficiados
com medidas não-farmacológicas de suporte. A HAS é classificada também em HAS sistólica isolada (sistólica acima
de 140 mm/Hg e diastólica normal). Indivíduos que apresentam, ocasionalmente, PA diastólica acima de 90 mm/Hg,
sem ultrapassar os limites da HAS leve, são denominados hipertensos lábeis. Existem evidências da progressão dos
pacientes deste grupo para hipertensão leve, após alguns anos em controle adequado. Alguns pacientes podem ser
classificados como portadores de HAS maligna quando o nível de PA diastólica estiver acima de 140 mm/Hg, associado
à presença de papiledema, à fundoscopia óptica, ou de HAS acelerada quando os níveis de PA diastólica forem além
de 140 mm/Hg, sem evidência de papiledema. Considera-se HAS complicada quando há associação de lesões de
órgãos-alvo, como acidente vascular cerebral e/ou insuficiência cardíaca congestiva, renal, coronariana, infarto do
miocárdio e aneurismas arteriais.
O diagnóstico é clínico. Baseia-se na média de duas ou mais medidas de PA diastólica acima de 140 mm/Hg
e/ou PA diastólica acima de 90 mm/Hg, em inspeções subseqüentes, estando o paciente descansado, em ambiente
tranqüilo, e não devendo ter fumado ou ingerido café nos últimos 30 minutos.
A propedêutica é necessária para avaliar a presença e o grau de comprometimento de órgãos-alvo, identificar
outros fatores de risco para doenças cardiovasculares e para o diagnóstico de alguns casos de HAS secundária. Achados
em exames laboratoriais podem sugerir HAS secundária, como hipocalemia no aldosteronismo primário, hipercalcemia
no hiperparatireoidismo e elevação da creatinina ou exame de urina alterada na doença parenquimatosa renal.

O diagnóstico baseia-se em:
- exame clínico e medida da PA segundo a técnica descrita;
- exames laboratoriais recomendados:
- urinálise;
- hemograma: sódio, potássio, creatinina, glicose, colesterol total e HDL-colesterol;
- eletrocardiograma (ECG).
O diagnóstico de HAS secundária à exposição ao chumbo requer história de exposição ocupacional e
documentação laboratorial.



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