Slicose - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Não há tratamento específico para a silicose. Dada a possibilidade da progressão, o trabalhador deve ser
imediatamente afastado da exposição. Recomenda-se a suspensão do tabagismo. O transplante pulmonar pode ser
indicado em casos selecionados. Os estudos sobre profilaxia da sílico-tuberculose com a vacinação com BCG são
controversos. A quimioprofilaxia com tuberculostáticas é um método eficaz para preveni-la, notadamente em silicóticos
reatores fortes ao PPD.
Monday, November 30, 2015
Sunday, November 29, 2015
Slicose - Quadro clínico e diagnóstico
Slicose - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A silicose pode apresentar-se em três formas:
SILICOSE AGUDA: forma rara, associada à exposição maciça à sílica livre, em jateamento de areia ou moagem de quartzo
puro, levando à proteinose alveolar pulmonar associada a infiltrado intersticial inflamatório. Normalmente
aparece dentro dos cinco primeiros anos de exposição com sobrevida em torno de um ano;
SILICOSE SUBAGUDA: alterações radiológicas precoces, após cinco anos de exposição. As alterações radiológicas são de
rápida evolução, apresentando-se inicialmente como nódulos que, devido ao componente inflamatório,
evoluem para conglomeração e grandes opacidades. Os sintomas respiratórios são precoces e limitantes.
Encontrada, no Brasil, em cavadores de poços;
SILICOSE CRÔNICA: latência longa, cerca de dez anos após o início da exposição. Radiologicamente nota-se a presença
de nódulos que podem evoluir para grandes opacidades com a progressão da doença. Os sintomas aparecem
nas fases tardias.
A silicose se apresenta assintomática no início. Com a progressão das lesões, aparecem dispnéia aos
esforços e astenia. Nas fases avançadas, leva à insuficiência respiratória, dispnéia aos mínimos esforços e em repouso,
além de cor pulmonale SOE (ver protocolo correspondente). Há maior prevalência de bronquite crônica (ver protocolo
correspondente), com tosse e escarro. O risco de progressão é maior para os trabalhadores com exposição excessiva,
outras doenças respiratórias concomitantes, hiper-reatividade brônquica ou hipersuscetibilidade individual.
A tuberculose pulmonar deve ser suspeitada quando ocorre rápida progressão das lesões, conglomerados
e grandes opacidades, hemoptise, sintomas constitucionais, como astenia, emagrecimento e febre. Observa-se maior
prevalência de tuberculose em grupos expostos à sílica (silicóticos e não-silicóticos), quando comparados à população
não-exposta.
Outras complicações observadas são: pneumotórax espontâneo, broncolitíase, obstrução traqueobrônquica
por pólipos granulosos desenvolvidos próximos a nódulos hilares, em casca de ovo, e câncer de pulmão.
O diagnóstico é realizado com base na radiologia do tórax, nas histórias clínica e ocupacional de exposição
à poeira de sílica. Entre os exames complementares estão:
RADIOGRAFIA DE TÓRAX: presença de opacidades regulares tipo p, q ou r (segundo a Classificação Internacional de
Radiografias de Pneumoconioses da OITg, de 1980), que se iniciam nos lobos superiores, podendo ser
visualizadas nos campos médios e inferiores nas fases incipientes. A progressão das lesões leva ao aumento
da profusão e aumento do diâmetro dos nódulos, chegando à coalescência (ax) e a grandes opacidades,
que aparecem nos campos superiores e médios, crescendo em direção aos hilos. Outros achados: aumento
hilar (hi), linhas B de Kerley (kl), distorção das estruturas intratorácicas (di) e calcificações ganglionares em
forma de casca de ovo (es). É comum observar dissociação clínico-radiológica nas fases iniciais;
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO TÓRAX DE ALTA RESOLUÇÃO: até o presente, não há dados que indiquem um melhor
rendimento do exame em relação aos raios X no diagnóstico precoce da silicose;
FUNÇÃO PULMONAR: indispensável no estabelecimento de incapacidade, no seguimento longitudinal de trabalhadores
expostos à sílica e na avaliação de trabalhadores com sintomas respiratórios. Não tem aplicação no
diagnóstico da doença. Útil por permitir o autocontrole a partir de valores basais do próprio trabalhador.
Podem ser encontrados padrões restritivos, obstrutivos ou mistos;
BIÓPSIA PULMONAR: indicações restritas: casos de alterações radiológicas compatíveis com exposição à sílica e história
ocupacional não-característica ou ausente; aspecto radiológico discrepante do tipo de exposição referida;
disputas judiciais em que ocorre divergência entre dois leitores capacitados;
CAPACIDADE DE DIFUSÃO PULMONAR DO MONÓXIDO DE CARBONO: pode estar diminuída nos quadros mais graves;
GASOMETRIA ARTERIAL DE REPOUSO E EXERCÍCIO: hipoxemia presente nas fases avançadas.
O diagnóstico diferencial deve ser feito, principalmente, com tuberculose pulmonar e carcinoma broncogênico,
ambos também considerados como complicações evolutivas da própria silicose.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A silicose pode apresentar-se em três formas:
SILICOSE AGUDA: forma rara, associada à exposição maciça à sílica livre, em jateamento de areia ou moagem de quartzo
puro, levando à proteinose alveolar pulmonar associada a infiltrado intersticial inflamatório. Normalmente
aparece dentro dos cinco primeiros anos de exposição com sobrevida em torno de um ano;
SILICOSE SUBAGUDA: alterações radiológicas precoces, após cinco anos de exposição. As alterações radiológicas são de
rápida evolução, apresentando-se inicialmente como nódulos que, devido ao componente inflamatório,
evoluem para conglomeração e grandes opacidades. Os sintomas respiratórios são precoces e limitantes.
Encontrada, no Brasil, em cavadores de poços;
SILICOSE CRÔNICA: latência longa, cerca de dez anos após o início da exposição. Radiologicamente nota-se a presença
de nódulos que podem evoluir para grandes opacidades com a progressão da doença. Os sintomas aparecem
nas fases tardias.
A silicose se apresenta assintomática no início. Com a progressão das lesões, aparecem dispnéia aos
esforços e astenia. Nas fases avançadas, leva à insuficiência respiratória, dispnéia aos mínimos esforços e em repouso,
além de cor pulmonale SOE (ver protocolo correspondente). Há maior prevalência de bronquite crônica (ver protocolo
correspondente), com tosse e escarro. O risco de progressão é maior para os trabalhadores com exposição excessiva,
outras doenças respiratórias concomitantes, hiper-reatividade brônquica ou hipersuscetibilidade individual.
A tuberculose pulmonar deve ser suspeitada quando ocorre rápida progressão das lesões, conglomerados
e grandes opacidades, hemoptise, sintomas constitucionais, como astenia, emagrecimento e febre. Observa-se maior
prevalência de tuberculose em grupos expostos à sílica (silicóticos e não-silicóticos), quando comparados à população
não-exposta.
Outras complicações observadas são: pneumotórax espontâneo, broncolitíase, obstrução traqueobrônquica
por pólipos granulosos desenvolvidos próximos a nódulos hilares, em casca de ovo, e câncer de pulmão.
O diagnóstico é realizado com base na radiologia do tórax, nas histórias clínica e ocupacional de exposição
à poeira de sílica. Entre os exames complementares estão:
RADIOGRAFIA DE TÓRAX: presença de opacidades regulares tipo p, q ou r (segundo a Classificação Internacional de
Radiografias de Pneumoconioses da OITg, de 1980), que se iniciam nos lobos superiores, podendo ser
visualizadas nos campos médios e inferiores nas fases incipientes. A progressão das lesões leva ao aumento
da profusão e aumento do diâmetro dos nódulos, chegando à coalescência (ax) e a grandes opacidades,
que aparecem nos campos superiores e médios, crescendo em direção aos hilos. Outros achados: aumento
hilar (hi), linhas B de Kerley (kl), distorção das estruturas intratorácicas (di) e calcificações ganglionares em
forma de casca de ovo (es). É comum observar dissociação clínico-radiológica nas fases iniciais;
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO TÓRAX DE ALTA RESOLUÇÃO: até o presente, não há dados que indiquem um melhor
rendimento do exame em relação aos raios X no diagnóstico precoce da silicose;
FUNÇÃO PULMONAR: indispensável no estabelecimento de incapacidade, no seguimento longitudinal de trabalhadores
expostos à sílica e na avaliação de trabalhadores com sintomas respiratórios. Não tem aplicação no
diagnóstico da doença. Útil por permitir o autocontrole a partir de valores basais do próprio trabalhador.
Podem ser encontrados padrões restritivos, obstrutivos ou mistos;
BIÓPSIA PULMONAR: indicações restritas: casos de alterações radiológicas compatíveis com exposição à sílica e história
ocupacional não-característica ou ausente; aspecto radiológico discrepante do tipo de exposição referida;
disputas judiciais em que ocorre divergência entre dois leitores capacitados;
CAPACIDADE DE DIFUSÃO PULMONAR DO MONÓXIDO DE CARBONO: pode estar diminuída nos quadros mais graves;
GASOMETRIA ARTERIAL DE REPOUSO E EXERCÍCIO: hipoxemia presente nas fases avançadas.
O diagnóstico diferencial deve ser feito, principalmente, com tuberculose pulmonar e carcinoma broncogênico,
ambos também considerados como complicações evolutivas da própria silicose.
Saturday, November 28, 2015
Slicose - Epidemiologia e Fatores de risco
Slicose - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A silicose é causada pela inalação de partículas de sílica livre (quartzo, sílica cristalina, SiO2). Constituem
fatores de risco de adoecimento dependentes da exposição ocupacional:
- concentração total de poeira respirável;
- dimensão das partículas (as menores de 10 µm podem atingir os alvéolos);
- composição mineralógica da poeira respirável (em % de sílica livre);
- tempo de exposição.
Atividades como jateamento de areia com a finalidade de limpeza de metais são de alto risco se forem
feitas sem proteção adequada. Outras atividades com exposição potencialmente importante, dependendo do teor de
sílica livre cristalina, são trabalho em pedreiras, preparação de mistura a seco na produção de cerâmica branca ou
porcelana, extração de minérios, especialmente em minas subterrâneas, fundições de metais usando-se moldes de
areia, principalmente no desmonte dos moldes e lixamento das peças ainda com areia aderida à superfície e, ainda, a
atividade de construção/reforma de fornos industriais com o corte e lixamento a seco de tijolos refratários.
É uma doença profissional típica, do Grupo I da Classificação de Schilling, reconhecida em todo o mundo.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A silicose é causada pela inalação de partículas de sílica livre (quartzo, sílica cristalina, SiO2). Constituem
fatores de risco de adoecimento dependentes da exposição ocupacional:
- concentração total de poeira respirável;
- dimensão das partículas (as menores de 10 µm podem atingir os alvéolos);
- composição mineralógica da poeira respirável (em % de sílica livre);
- tempo de exposição.
Atividades como jateamento de areia com a finalidade de limpeza de metais são de alto risco se forem
feitas sem proteção adequada. Outras atividades com exposição potencialmente importante, dependendo do teor de
sílica livre cristalina, são trabalho em pedreiras, preparação de mistura a seco na produção de cerâmica branca ou
porcelana, extração de minérios, especialmente em minas subterrâneas, fundições de metais usando-se moldes de
areia, principalmente no desmonte dos moldes e lixamento das peças ainda com areia aderida à superfície e, ainda, a
atividade de construção/reforma de fornos industriais com o corte e lixamento a seco de tijolos refratários.
É uma doença profissional típica, do Grupo I da Classificação de Schilling, reconhecida em todo o mundo.
Friday, November 27, 2015
Pneumoconiose devida à poeira de sílica Slicose - Definição da Doença
Pneumoconiose devida à poeira de sílica Slicose - Definição da Doença
15.3.11 PNEUMOCONIOSE DEVIDA À POEIRA DE SÍLICA (SILICOSE) CID-10 J62.8
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Silicose é uma pneumoconiose caracterizada pela deposição de poeiras no pulmão, com reação tissular
decorrente causada pela inalação de sílica livre (quartzo, SiO2
cristalizada).
15.3.11 PNEUMOCONIOSE DEVIDA À POEIRA DE SÍLICA (SILICOSE) CID-10 J62.8
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Silicose é uma pneumoconiose caracterizada pela deposição de poeiras no pulmão, com reação tissular
decorrente causada pela inalação de sílica livre (quartzo, SiO2
cristalizada).
Thursday, November 26, 2015
Pneumoconiose devida ao asbesto - Prevenção
Pneumoconiose devida ao asbesto - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A vigilância em saúde dos trabalhadores expostos a asbesto/amianto e a prevenção da ocorrência da
asbestose devem seguir o estabelecido na Convenção/OIT n.º 139/1974, que trata da Prevenção e Controle de Riscos
Profissionais Causados por Substâncias ou Agentes Cancerígenos, ratificada pelo Brasil em junho de 1990 e vigente
desde junho de 1991, que determina:
- substituir substâncias e agentes cancerígenos por outros não-cancerígenos ou menos nocivos;
- reduzir o número de trabalhadores expostos, a duração e os níveis de exposição ao mínimo compatível
com a segurança;
- prescrever medidas de proteção;
- estabelecer sistema apropriado de registro;
- informar aos trabalhadores sobre os riscos e as medidas a serem aplicadas;
- garantir a realização dos exames médicos necessários para avaliar os efeitos da exposição.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição às fibras de asbesto a
níveis próximos de zero (lembrando suas propriedades cancerígenas), por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- umidificação dos processos onde haja produção de poeira;
- normas de higiene e segurança rigorosas, colocação de sistemas de ventilação exaustora local e de
ventilação geral adequados e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fibras no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- limpeza a úmido ou lavagem com água das superfícies do ambiente (bancadas, paredes, solo) ou por
sucção, para retirada de partículas antes do início das atividades;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- devem ser fornecidos, pelo empregador, equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, como medida complementar à proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências. Quando
as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns setores ou
funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem ser de qualidade
e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância manipulada ou paraDOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro.
Os filtros devem ser rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante.
A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece regulamento técnico sobre o uso de
equipamentos para proteção respiratória.
A OSHA estabelece o Limite de Exposição Permitido (PEL) para todas as fibras de asbesto maiores de 5 micra
em 0,1 fibra/cm3, mesmo valor do Limite de Exposição Recomendado (REL) estabelecido pelo NIOSH. O Limite de
Exposição (TLV-TWA) para todas as formas de asbesto, adotado pela ACGIH em 1998, é de 0,1 fibra/cm3
(até 1997 era de 0,5 fibra/cm3), com a observação de que o asbesto deve ser considerado carcinogênico humano confirmado, grupo A1.
No Brasil, o Anexo n.º 12 da NR 15 estabelece, desde 1991, a proibição do uso de fibras de anfibólios (crocidolita,
amosita, antofilita, tremolita). Para as fibras respiráveis de crisotila, estabelece o LT de 2,0 fibras/cm3.
A Lei Federal n.o 9.055/1995 disciplina a extração, industrialização, utilização, comercialização e transporte do
asbesto/amianto e dos produtos que o contenham, bem como as fibras naturais e artificiais, de qualquer origem, utilizadas
para o mesmo fim. Essa lei proíbe a extração, industrialização, utilização e comercialização das variedades pertencentes
ao grupo dos anfibólios, a pulverização de todos os tipos de fibras e a venda a granel de fibras em pó. Define também que
todas as empresas que manipularem ou utilizarem materiais contendo asbesto/amianto da variedade crisotila ou as fibras
naturais e artificiais deverão enviar anualmente ao Sistema Único de Saúde listagem de seus empregados, com indicação
de setor, função, cargo, data de nascimento e de admissão, avaliação médica periódica e diagnóstico. Indica que os LT
devem ser revisados anualmente e mantidos o mais baixo exeqüível e que o transporte deve seguir as normas de transporte
de produtos perigosos. Os setores de vigilância do SUS deverão cobrar das empresas, em seu território, o cumprimento
do disposto nessa lei.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde, identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença. Além
do exame clínico completo, recomenda-se utilizar instrumentos padronizados, como o questionário de sintomas respiratórios
já validados nacional ou internacionalmente e exames complementares adequados, incluindo:
- radiografia de tórax no padrão OIT (1980), na admissão e anualmente;
- espirometria, segundo técnica preconizada pela American Thoracic Society (1987), bienalmente.
Medidas de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser implementadas.
5 PREVENÇÃO
A vigilância em saúde dos trabalhadores expostos a asbesto/amianto e a prevenção da ocorrência da
asbestose devem seguir o estabelecido na Convenção/OIT n.º 139/1974, que trata da Prevenção e Controle de Riscos
Profissionais Causados por Substâncias ou Agentes Cancerígenos, ratificada pelo Brasil em junho de 1990 e vigente
desde junho de 1991, que determina:
- substituir substâncias e agentes cancerígenos por outros não-cancerígenos ou menos nocivos;
- reduzir o número de trabalhadores expostos, a duração e os níveis de exposição ao mínimo compatível
com a segurança;
- prescrever medidas de proteção;
- estabelecer sistema apropriado de registro;
- informar aos trabalhadores sobre os riscos e as medidas a serem aplicadas;
- garantir a realização dos exames médicos necessários para avaliar os efeitos da exposição.
As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução da exposição às fibras de asbesto a
níveis próximos de zero (lembrando suas propriedades cancerígenas), por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- umidificação dos processos onde haja produção de poeira;
- normas de higiene e segurança rigorosas, colocação de sistemas de ventilação exaustora local e de
ventilação geral adequados e eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações de fibras no ar ambiente;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- limpeza a úmido ou lavagem com água das superfícies do ambiente (bancadas, paredes, solo) ou por
sucção, para retirada de partículas antes do início das atividades;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- devem ser fornecidos, pelo empregador, equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, como medida complementar à proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências. Quando
as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns setores ou
funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem ser de qualidade
e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância manipulada ou paraDOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro.
Os filtros devem ser rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante.
A Instrução Normativa/MTb n.º 1/1994 estabelece regulamento técnico sobre o uso de
equipamentos para proteção respiratória.
A OSHA estabelece o Limite de Exposição Permitido (PEL) para todas as fibras de asbesto maiores de 5 micra
em 0,1 fibra/cm3, mesmo valor do Limite de Exposição Recomendado (REL) estabelecido pelo NIOSH. O Limite de
Exposição (TLV-TWA) para todas as formas de asbesto, adotado pela ACGIH em 1998, é de 0,1 fibra/cm3
(até 1997 era de 0,5 fibra/cm3), com a observação de que o asbesto deve ser considerado carcinogênico humano confirmado, grupo A1.
No Brasil, o Anexo n.º 12 da NR 15 estabelece, desde 1991, a proibição do uso de fibras de anfibólios (crocidolita,
amosita, antofilita, tremolita). Para as fibras respiráveis de crisotila, estabelece o LT de 2,0 fibras/cm3.
A Lei Federal n.o 9.055/1995 disciplina a extração, industrialização, utilização, comercialização e transporte do
asbesto/amianto e dos produtos que o contenham, bem como as fibras naturais e artificiais, de qualquer origem, utilizadas
para o mesmo fim. Essa lei proíbe a extração, industrialização, utilização e comercialização das variedades pertencentes
ao grupo dos anfibólios, a pulverização de todos os tipos de fibras e a venda a granel de fibras em pó. Define também que
todas as empresas que manipularem ou utilizarem materiais contendo asbesto/amianto da variedade crisotila ou as fibras
naturais e artificiais deverão enviar anualmente ao Sistema Único de Saúde listagem de seus empregados, com indicação
de setor, função, cargo, data de nascimento e de admissão, avaliação médica periódica e diagnóstico. Indica que os LT
devem ser revisados anualmente e mantidos o mais baixo exeqüível e que o transporte deve seguir as normas de transporte
de produtos perigosos. Os setores de vigilância do SUS deverão cobrar das empresas, em seu território, o cumprimento
do disposto nessa lei.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde, identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença. Além
do exame clínico completo, recomenda-se utilizar instrumentos padronizados, como o questionário de sintomas respiratórios
já validados nacional ou internacionalmente e exames complementares adequados, incluindo:
- radiografia de tórax no padrão OIT (1980), na admissão e anualmente;
- espirometria, segundo técnica preconizada pela American Thoracic Society (1987), bienalmente.
Medidas de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser implementadas.
Wednesday, November 25, 2015
Pneumoconiose devida ao asbesto - Tratamento
Pneumoconiose devida ao asbesto - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Não há tratamento específico para as doenças relacionadas ao asbesto. O trabalhador deve ser
imediatamente afastado da exposição e recomendada, se for o caso, a suspensão do tabagismo.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Não há tratamento específico para as doenças relacionadas ao asbesto. O trabalhador deve ser
imediatamente afastado da exposição e recomendada, se for o caso, a suspensão do tabagismo.
Tuesday, November 24, 2015
Pneumoconiose devida ao asbesto - Quadro clínico e diagnóstico
Pneumoconiose devida ao asbesto - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico caracteriza-se por dispnéia de esforço, crepitações nas bases e baqueteamento digital,
este em fases tardias. O espessamento pleural, na forma de placas ou espessamento pleural difuso, é a doença
relacionada ao asbesto mais prevalente.
O câncer de pulmão pode ser uma complicação relativamente freqüente na evolução da asbestose. Os
mesoteliomas de pleura e peritôneo são fortemente associados ao asbesto, mas não parecem ter qualquer ligação
fisiopatológica com a asbestose.
O diagnóstico é feito com base nas alterações radiológicas e história ocupacional. O tempo de latência é
longo, geralmente superior a 10 anos. Na propedêutica complementar, podem ser utilizados:
RADIOGRAFIA DE TÓRAX:
tanto o exame quanto a interpretação devem ser feitos de acordo com a Classificação Internacional de
Radiografias de Pneumoconioses da OIT. Pode mostrar pequenas opacidades irregulares do tipo s, t ou u nos
campos inferiores. Com a evolução da doença, podem aparecer opacidades em todos os campos pulmonares.
São símbolos radiológicos freqüentes na asbestose o espessamento da cisura horizontal (pi), faveolamento
parenquimatoso (ho), indefinição dos contornos cardíacos (ih) e diafragmáticos (id). Podem ser encontradas
opacidades regulares devidas à exposição concomitante à sílica ou talco. A radiografia de tórax pode ser normal
em até 20% dos casos iniciais;
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ALTA RESOLUÇÃO:
é útil na detecção precoce da doença, pois possui melhor especificidade e
melhor sensibilidade do que o raio X simples;
FUNÇÃO PULMONAR:
padrão restritivo. Podem ser detectados padrão obstrutivo ou misto (associação com o tabagismo);
DIFUSÃO DE CO2:
diminuído nas fases avançadas;
LAVADO BRONCO-ALVEOLAR:
achados de fibras não significam a presença de asbestose, que é um diagnóstico radiológico e/ou
anátomo-patológico. Associação de alveolite e alterações no mapeamento com gálio na presença de uma
radiografia normal ou pouco alterado são indicativos de asbestose inicial;
BIÓPSIA PULMONAR:
procedimento de exceção. Pode ser via broncoscópica por toracotomia. Deve ser feita em casos com
história ocupacional negativa ou exposição insuficiente com alterações significativas; histórias ocupacional
e clínica significativas sem alterações radiológicas.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico caracteriza-se por dispnéia de esforço, crepitações nas bases e baqueteamento digital,
este em fases tardias. O espessamento pleural, na forma de placas ou espessamento pleural difuso, é a doença
relacionada ao asbesto mais prevalente.
O câncer de pulmão pode ser uma complicação relativamente freqüente na evolução da asbestose. Os
mesoteliomas de pleura e peritôneo são fortemente associados ao asbesto, mas não parecem ter qualquer ligação
fisiopatológica com a asbestose.
O diagnóstico é feito com base nas alterações radiológicas e história ocupacional. O tempo de latência é
longo, geralmente superior a 10 anos. Na propedêutica complementar, podem ser utilizados:
RADIOGRAFIA DE TÓRAX:
tanto o exame quanto a interpretação devem ser feitos de acordo com a Classificação Internacional de
Radiografias de Pneumoconioses da OIT. Pode mostrar pequenas opacidades irregulares do tipo s, t ou u nos
campos inferiores. Com a evolução da doença, podem aparecer opacidades em todos os campos pulmonares.
São símbolos radiológicos freqüentes na asbestose o espessamento da cisura horizontal (pi), faveolamento
parenquimatoso (ho), indefinição dos contornos cardíacos (ih) e diafragmáticos (id). Podem ser encontradas
opacidades regulares devidas à exposição concomitante à sílica ou talco. A radiografia de tórax pode ser normal
em até 20% dos casos iniciais;
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ALTA RESOLUÇÃO:
é útil na detecção precoce da doença, pois possui melhor especificidade e
melhor sensibilidade do que o raio X simples;
FUNÇÃO PULMONAR:
padrão restritivo. Podem ser detectados padrão obstrutivo ou misto (associação com o tabagismo);
DIFUSÃO DE CO2:
diminuído nas fases avançadas;
LAVADO BRONCO-ALVEOLAR:
achados de fibras não significam a presença de asbestose, que é um diagnóstico radiológico e/ou
anátomo-patológico. Associação de alveolite e alterações no mapeamento com gálio na presença de uma
radiografia normal ou pouco alterado são indicativos de asbestose inicial;
BIÓPSIA PULMONAR:
procedimento de exceção. Pode ser via broncoscópica por toracotomia. Deve ser feita em casos com
história ocupacional negativa ou exposição insuficiente com alterações significativas; histórias ocupacional
e clínica significativas sem alterações radiológicas.
Monday, November 23, 2015
Pneumoconiose devida ao asbesto - Epidemiologia e Fatores de risco
Pneumoconiose devida ao asbesto - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Decorre da exposição ocupacional a poeiras de asbesto ou amianto. No estágio atual do conhecimento, a
asbestose é doença profissional dose-dependente dos níveis de concentração de fibras de asbesto no ar, que se
desenvolve lentamente, após tempos de exposição variáveis. Outras doenças associadas ao amianto podem ser
desencadeadas com exposições a baixas concentrações.
Constitue situação de exposição potencialmente importantes o trabalho em fábricas de artigos que utilizam
amianto, como tecidos à prova de fogo e fibro-cimento amianto e o seu manuseio.
É uma doença profissional típica do Grupo I da Classificação de Schilling, reconhecida em todo mundo.
O asbesto é considerado carcinogênico humano confirmado, grupo A1. No Brasil, a NR 15 (Anexo 12)
estabelece, desde 1991, a proibição do uso de fibras de anfibólios (crocidolita, amosita, antofilita, tremolita) e o LT de
2,0 fibras/cm3 para as fibras respiráveis de crisotila.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Decorre da exposição ocupacional a poeiras de asbesto ou amianto. No estágio atual do conhecimento, a
asbestose é doença profissional dose-dependente dos níveis de concentração de fibras de asbesto no ar, que se
desenvolve lentamente, após tempos de exposição variáveis. Outras doenças associadas ao amianto podem ser
desencadeadas com exposições a baixas concentrações.
Constitue situação de exposição potencialmente importantes o trabalho em fábricas de artigos que utilizam
amianto, como tecidos à prova de fogo e fibro-cimento amianto e o seu manuseio.
É uma doença profissional típica do Grupo I da Classificação de Schilling, reconhecida em todo mundo.
O asbesto é considerado carcinogênico humano confirmado, grupo A1. No Brasil, a NR 15 (Anexo 12)
estabelece, desde 1991, a proibição do uso de fibras de anfibólios (crocidolita, amosita, antofilita, tremolita) e o LT de
2,0 fibras/cm3 para as fibras respiráveis de crisotila.
Sunday, November 22, 2015
Pneumoconiose devida ao asbesto - Definição da Doença
Pneumoconiose devida ao asbesto - Definição da Doença
15.3.10 PNEUMOCONIOSE DEVIDA AO ASBESTO (ASBESTOSE) E A OUTRAS
FIBRAS MINERAIS CID-10 J61.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Asbestose é a pneumoconiose (deposição de poeiras no pulmão e reação tissular que ocorre na sua
presença) causada pela inalação de fibras de asbesto ou amianto.
15.3.10 PNEUMOCONIOSE DEVIDA AO ASBESTO (ASBESTOSE) E A OUTRAS
FIBRAS MINERAIS CID-10 J61.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
Asbestose é a pneumoconiose (deposição de poeiras no pulmão e reação tissular que ocorre na sua
presença) causada pela inalação de fibras de asbesto ou amianto.
Saturday, November 21, 2015
Regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
Regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
A Instrução Normativa/MTb n.o 1/1994 estabelece regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Os LT das concentrações de sílica livre cristalizada em ar ambiente, definidos pela NR 15, são calculados
da seguinte forma:
- LT para poeira respirável = % quartzo + 28 mg/m3;
- LT para poeira total (respirável e não-respirável) = % quartzo + 324 mg/m3.
Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados,
periodicamente, à luz do conhecimento e de evidências atualizadas.
Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.
A Instrução Normativa/MTb n.o 1/1994 estabelece regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
Os LT das concentrações de sílica livre cristalizada em ar ambiente, definidos pela NR 15, são calculados
da seguinte forma:
- LT para poeira respirável = % quartzo + 28 mg/m3;
- LT para poeira total (respirável e não-respirável) = % quartzo + 324 mg/m3.
Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados,
periodicamente, à luz do conhecimento e de evidências atualizadas.
Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.
Friday, November 20, 2015
Pneumoconiose - Prevenção
Pneumoconiose - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A prevenção da pneumoconiose dos trabalhadores do carvão baseia-se nos procedimentos de vigilância
em saúde dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução
deste capítulo. Sobre os procedimentos para a vigilância epidemiológica das pneumoconioses, ver o Manual de Normas
para o Controle das Pneumoconioses – Silicose, Pneumoconiose dos Trabalhadores de Carvão e Pneumoconiose por
Poeiras Mistas, do Ministério da Saúde.
O controle da exposição à poeira de carvão mineral pode contribuir para a redução da incidência dessa
pneumoconiose nos grupos ocupacionais sob risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução
da concentração da poeira de carvão no ar dentro dos limites estabelecidos, por meio de:
- substituição de perfuração a seco por processos úmidos; ventilação adequada após detonações, antes
do reinício dos trabalhos;
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação adequados e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
Outras medidas de segurança e proteção estão definidas na NR 22, da Portaria/MTb n.o 3.214/1978.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletivas forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para
alguns setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras
devem ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante.
5 PREVENÇÃO
A prevenção da pneumoconiose dos trabalhadores do carvão baseia-se nos procedimentos de vigilância
em saúde dos ambientes, das condições de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução
deste capítulo. Sobre os procedimentos para a vigilância epidemiológica das pneumoconioses, ver o Manual de Normas
para o Controle das Pneumoconioses – Silicose, Pneumoconiose dos Trabalhadores de Carvão e Pneumoconiose por
Poeiras Mistas, do Ministério da Saúde.
O controle da exposição à poeira de carvão mineral pode contribuir para a redução da incidência dessa
pneumoconiose nos grupos ocupacionais sob risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou à redução
da concentração da poeira de carvão no ar dentro dos limites estabelecidos, por meio de:
- substituição de perfuração a seco por processos úmidos; ventilação adequada após detonações, antes
do reinício dos trabalhos;
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- adoção de normas de higiene e segurança rigorosas com sistemas de ventilação adequados e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos e o
tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, em bom estado
de conservação, nos casos indicados, de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
Outras medidas de segurança e proteção estão definidas na NR 22, da Portaria/MTb n.o 3.214/1978.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletivas forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para
alguns setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras
devem ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante.
Thursday, November 19, 2015
Pneumoconiose - Tratamento
Pneumoconiose - Tratamento
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Não há tratamento específico, apenas sintomático.
O trabalhador deve ser imediatamente afastado da exposição e encorajado a suspender o tabagismo.
As infecções concomitantes, como tuberculose, devem ser tratadas.
4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Não há tratamento específico, apenas sintomático.
O trabalhador deve ser imediatamente afastado da exposição e encorajado a suspender o tabagismo.
As infecções concomitantes, como tuberculose, devem ser tratadas.
Wednesday, November 18, 2015
Pneumoconiose - Quadro clínico e diagnóstico
Pneumoconiose - Quadro clínico e diagnóstico
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Doença crônica e irreversível que pode se apresentar na forma simples, com evolução lenta e pouco
sintomática, e na forma complicada, com fibrose maciça progressiva, associada à dispnéia, alterações funcionais
respiratórias e letalidade aumentada. A bronquite crônica e o enfisema podem estar presentes de forma isolada ou
combinada. A diferenciação etiológica é problemática quando o mineiro é fumante.
Dependendo do conteúdo de sílica na rocha onde se encontra o carvão, pode ocorrer silicose
simultaneamente. A presença de artralgia nas pequenas articulações proximais com sinais flogísticos e história de
exposição a poeiras minerais faz suspeitar de síndrome de Caplan (J99.1).
Na fisiopatologia, ocorre deposição de pequenas partículas nos alvéolos e no interior dos macrófagos. Poucos
fibroblastos são atraídos para o local, portanto as lesões devem-se à deposição de partículas e menos à fibrose pulmonar,
exceto nos casos de exposição mista, quando a presença de sílica pode levar à fibrose pulmonar.
Entre os fatores que influenciam a resposta pulmonar à poeira de carvão estão:
- concentração de poeira no ar;
- tipo de carvão;
- presença de sílica;
- tempo de exposição;
- suscetibilidade individual.
O sintoma predominante é a dispnéia de esforço, que somente aparece nas formas avançadas ou na forma
maciça progressiva. Quando aparece precocemente é indicação de doença pulmonar associada à pneumoconiose do
carvão. A bronquite crônica se manifesta na forma já descrita anteriormente. A síndrome de Caplan apresenta quadro
de artrite reumatóide concomitante.
O diagnóstico baseia-se no estudo radiológico e na história ocupacional. A pneumoconiose do carvão
raramente ocorre fora da mineração de carvão. Já foi descrita em trabalhadores que manuseavam carvão mineral em
espaços confinados. Deve ser feita uma descrição detalhada de cada atividade do mineiro, relacionando-a com a
magnitude e o tipo de exposição e deve-se pesquisar qual o tipo de carvão e a quantidade de sílica na rocha. Entre os
exames complementares estão:
RADIOGRAFIA DE TÓRAX:
deve ser utilizada a técnica padronizada pela Classificação Internacional das Radiografias de
Pneumoconioses da OITg
(1980). A radiografia revela presença de opacidades regulares tipo p, q ou r
disseminadas. Normalmente iniciam-se nos campos pulmonares superiores e progridem pelo parênquima
pulmonar, revelando um aspecto nodular difuso. As alterações devem-se ao acúmulo de poeiras, muito
mais que pelo processo fibrótico. Os nódulos podem aumentar de tamanho e apresentarem-se
conglomerados aos raios X (ax). Quando se tornam maiores de 10 mm são chamados de grandes opacidades
(aparecem nos campos superiores e médios, normalmente periféricos, e crescem centripetamente, causando
distorções importantes na anatomia das estruturas intratorácicas). A radiografia pode apresentar opacidades
irregulares. A fibrose maciça progressiva é diagnosticada quando a opacidade excede a 1 cm de diâmetro,
em ponto de corte arbitrário. A síndrome de Caplan causa lesões radiológicas distintas. Num fundo de
pequenas opacidades, notam-se nódulos redondos maiores, periféricos e às vezes escavados, cuja histologia
é semelhante a um nódulo reumatóide;
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ALTA RESOLUÇÃO:
não apresenta resultados superiores aos raios X simples no diagnóstico
de fases precoces da doença;
FUNÇÃO PULMONAR:
estudos longitudinais revelam declínio anormal na função pulmonar de trabalhadores acometidos.
Pode-se observar diminuição da capacidade vital e, com a progressão, aumento do volume residual. Deve
ser feito em mineiros e ex-mineiros. Pode ser utilizado para estabelecimento do grau de incapacidade
funcional;
DIFUSÃO DE CO:
pode revelar redução da capacidade de difusão em casos mais avançados ou quando há enfisema
associado;
PROVAS DE ATIVIDADE REUMÁTICA:
para diagnóstico de síndrome de Caplan.
3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Doença crônica e irreversível que pode se apresentar na forma simples, com evolução lenta e pouco
sintomática, e na forma complicada, com fibrose maciça progressiva, associada à dispnéia, alterações funcionais
respiratórias e letalidade aumentada. A bronquite crônica e o enfisema podem estar presentes de forma isolada ou
combinada. A diferenciação etiológica é problemática quando o mineiro é fumante.
Dependendo do conteúdo de sílica na rocha onde se encontra o carvão, pode ocorrer silicose
simultaneamente. A presença de artralgia nas pequenas articulações proximais com sinais flogísticos e história de
exposição a poeiras minerais faz suspeitar de síndrome de Caplan (J99.1).
Na fisiopatologia, ocorre deposição de pequenas partículas nos alvéolos e no interior dos macrófagos. Poucos
fibroblastos são atraídos para o local, portanto as lesões devem-se à deposição de partículas e menos à fibrose pulmonar,
exceto nos casos de exposição mista, quando a presença de sílica pode levar à fibrose pulmonar.
Entre os fatores que influenciam a resposta pulmonar à poeira de carvão estão:
- concentração de poeira no ar;
- tipo de carvão;
- presença de sílica;
- tempo de exposição;
- suscetibilidade individual.
O sintoma predominante é a dispnéia de esforço, que somente aparece nas formas avançadas ou na forma
maciça progressiva. Quando aparece precocemente é indicação de doença pulmonar associada à pneumoconiose do
carvão. A bronquite crônica se manifesta na forma já descrita anteriormente. A síndrome de Caplan apresenta quadro
de artrite reumatóide concomitante.
O diagnóstico baseia-se no estudo radiológico e na história ocupacional. A pneumoconiose do carvão
raramente ocorre fora da mineração de carvão. Já foi descrita em trabalhadores que manuseavam carvão mineral em
espaços confinados. Deve ser feita uma descrição detalhada de cada atividade do mineiro, relacionando-a com a
magnitude e o tipo de exposição e deve-se pesquisar qual o tipo de carvão e a quantidade de sílica na rocha. Entre os
exames complementares estão:
RADIOGRAFIA DE TÓRAX:
deve ser utilizada a técnica padronizada pela Classificação Internacional das Radiografias de
Pneumoconioses da OITg
(1980). A radiografia revela presença de opacidades regulares tipo p, q ou r
disseminadas. Normalmente iniciam-se nos campos pulmonares superiores e progridem pelo parênquima
pulmonar, revelando um aspecto nodular difuso. As alterações devem-se ao acúmulo de poeiras, muito
mais que pelo processo fibrótico. Os nódulos podem aumentar de tamanho e apresentarem-se
conglomerados aos raios X (ax). Quando se tornam maiores de 10 mm são chamados de grandes opacidades
(aparecem nos campos superiores e médios, normalmente periféricos, e crescem centripetamente, causando
distorções importantes na anatomia das estruturas intratorácicas). A radiografia pode apresentar opacidades
irregulares. A fibrose maciça progressiva é diagnosticada quando a opacidade excede a 1 cm de diâmetro,
em ponto de corte arbitrário. A síndrome de Caplan causa lesões radiológicas distintas. Num fundo de
pequenas opacidades, notam-se nódulos redondos maiores, periféricos e às vezes escavados, cuja histologia
é semelhante a um nódulo reumatóide;
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ALTA RESOLUÇÃO:
não apresenta resultados superiores aos raios X simples no diagnóstico
de fases precoces da doença;
FUNÇÃO PULMONAR:
estudos longitudinais revelam declínio anormal na função pulmonar de trabalhadores acometidos.
Pode-se observar diminuição da capacidade vital e, com a progressão, aumento do volume residual. Deve
ser feito em mineiros e ex-mineiros. Pode ser utilizado para estabelecimento do grau de incapacidade
funcional;
DIFUSÃO DE CO:
pode revelar redução da capacidade de difusão em casos mais avançados ou quando há enfisema
associado;
PROVAS DE ATIVIDADE REUMÁTICA:
para diagnóstico de síndrome de Caplan.
Tuesday, November 17, 2015
Pneumoconiose - Epidemiologia e Fatores de risco
Pneumoconiose - Epidemiologia e Fatores de risco
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A principal fonte de exposição é a extração de carvão mineral. A quantidade de poeira respirável varia com
o tipo de carvão, sendo menor no betuminoso quando comparado ao antracitoso. Nas minas brasileiras em Santa
Catarina e no Rio Grande do Sul, há uma alta concentração de sílica devida ao teor de contaminantes minerais
existentes na rocha. É importante não confundir carvão mineral com carvão vegetal, este raramente associado à
pneumoconiose.
A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão deve ser considerada doença profissional, no senso estrito do
termo, ou doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, em que o trabalho é causa necessária.
2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A principal fonte de exposição é a extração de carvão mineral. A quantidade de poeira respirável varia com
o tipo de carvão, sendo menor no betuminoso quando comparado ao antracitoso. Nas minas brasileiras em Santa
Catarina e no Rio Grande do Sul, há uma alta concentração de sílica devida ao teor de contaminantes minerais
existentes na rocha. É importante não confundir carvão mineral com carvão vegetal, este raramente associado à
pneumoconiose.
A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão deve ser considerada doença profissional, no senso estrito do
termo, ou doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling, em que o trabalho é causa necessária.
Monday, November 16, 2015
Pneumoconiose dos trabalhadores do carvão - Definição da Doença
Pneumoconiose dos trabalhadores do carvão - Definição da Doença
15.3.9 PNEUMOCONIOSE DOS TRABALHADORES DO CARVÃO CID-10 J60.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão (ou dos mineiros) é uma doença profissional causada pela
inalação de poeiras de carvão mineral, caracterizada pela deposição destas poeiras nos alvéolos pulmonares e pela
reação tissular provocada por sua presença.
15.3.9 PNEUMOCONIOSE DOS TRABALHADORES DO CARVÃO CID-10 J60.-
1 DEFINIÇÃO DA DOENÇA – DESCRIÇÃO
A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão (ou dos mineiros) é uma doença profissional causada pela
inalação de poeiras de carvão mineral, caracterizada pela deposição destas poeiras nos alvéolos pulmonares e pela
reação tissular provocada por sua presença.
Sunday, November 15, 2015
Asma - Prevenção
Asma - Prevenção
5 PREVENÇÃO
A prevenção da asma ocupacional baseia-se nos procedimentos de vigilância dos ambientes, das condições
de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução deste capítulo.
O controle da exposição aos agentes etiológicos da asma ocupacional pode contribuir para a redução da incidência nos grupos ocupacionais sob
risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou a redução da exposição a níveis considerados seguros,
por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- umidificação dos processos onde haja produção de poeira;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- normas de higiene e segurança rigorosas com adoção de sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos, o
tempo de exposição e a redução de fatores de estresse presentes no trabalho;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante.
A Instrução Normativa/MTb n.o 1/1994 estabelece regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde, identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além
de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 (Portaria/MTb n.o 12/1983), no Anexo n.o 11, estabelece os LT para algumas substâncias químicas
reconhecidas como potencialmente causadoras da asma ocupacional, no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas
semanais. Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados, periodicamente,
à luz do conhecimento e evidências atualizadas. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e de sintomas para a detecção precoce da doença.
Além do exame clínico cuidadoso, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados, como os questionários de
sintomas respiratórios já validados e os exames complementares adequados aos fatores de risco identificados no
ambiente. Medidas de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser implementadas.
5 PREVENÇÃO
A prevenção da asma ocupacional baseia-se nos procedimentos de vigilância dos ambientes, das condições
de trabalho e dos efeitos ou danos para a saúde, descritos na introdução deste capítulo.
O controle da exposição aos agentes etiológicos da asma ocupacional pode contribuir para a redução da incidência nos grupos ocupacionais sob
risco. As medidas de controle ambiental visam à eliminação ou a redução da exposição a níveis considerados seguros,
por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho;
- umidificação dos processos onde haja produção de poeira;
- uso de sistemas hermeticamente fechados, na indústria;
- normas de higiene e segurança rigorosas com adoção de sistemas de ventilação exaustora adequados
e eficientes;
- monitoramento ambiental sistemático;
- mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores expostos, o
tempo de exposição e a redução de fatores de estresse presentes no trabalho;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho e facilidades para higiene pessoal, recursos para
banhos, lavagem das mãos, braços, rosto e troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de EPI adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados,
de modo complementar às medidas de proteção coletiva.
As máscaras protetoras respiratórias devem ser utilizadas como medida temporária, em emergências.
Quando as medidas de proteção coletiva forem insuficientes, essas deverão ser cuidadosamente indicadas para alguns
setores ou funções. Os trabalhadores devem ser treinados apropriadamente para sua utilização. As máscaras devem
ser de qualidade e adequadas às exposições, com filtros químicos ou de poeiras, específicos para cada substância
manipulada ou para grupos de substâncias passíveis de serem retidas pelo mesmo filtro. Os filtros devem ser
rigorosamente trocados conforme as recomendações do fabricante.
A Instrução Normativa/MTb n.o 1/1994 estabelece regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde, identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além
de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
A NR 15 (Portaria/MTb n.o 12/1983), no Anexo n.o 11, estabelece os LT para algumas substâncias químicas
reconhecidas como potencialmente causadoras da asma ocupacional, no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas
semanais. Esses limites devem ser comparados com aqueles adotados por outros países e revisados, periodicamente,
à luz do conhecimento e evidências atualizadas. Tem sido observado que, mesmo quando estritamente obedecidos,
não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico visa à identificação de sinais e de sintomas para a detecção precoce da doença.
Além do exame clínico cuidadoso, recomenda-se a utilização de instrumentos padronizados, como os questionários de
sintomas respiratórios já validados e os exames complementares adequados aos fatores de risco identificados no
ambiente. Medidas de promoção da saúde e controle do tabagismo também devem ser implementadas.
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