Saturday, December 6, 2014

Porfirias - Epidemiologia e Fatores de risco

Porfirias - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
Situações de exposições ambientais e ocupacionais a organoclorados têm sido classicamente associadas
à porfiria cutânea tardia. O episódio mais conhecido é o da epidemia ocorrida na Turquia (de onde vem o nome porfiria
túrcica) na década de 50, causada pela ingestão maciça acidental de hexaclorobenzeno (HCB). Outros episódios têm
sido registrados, associados à produção de solventes clorados (percloroetileno), à produção e à utilização de bifenilas
policloradas (PCB), do pentaclorofenol, à exposição ao 2,4-diclorofenol (2,4-D) e ao 2,4,5-triclorofenol (2,4,5-T). Outros
agentes relacionados são o monoclorobenzeno e o monobromobenzeno.
Uma série de substâncias utilizadas em terapêutica médica pode precipitar a porfiria, dentre elas o ácido
valpróico, barbitúricos, carbamazepina, cloranfenicol, contraceptivos orais, clorpropamida, danazol, dapsona, difenil-
hidantoína, preparações do ergot, etanol, glutetimida, griseofulvina, imipramina, meprobamato, metildopa, progestinas
e sulfonamidas. As crises podem, ainda, ser precipitadas por dieta hipocalórica, estresse, infecções e outras doenças
com exigências metabólicas excessivas ou cirurgia.
O diagnóstico de porfiria adquirida por trabalhadores expostos, excluídas outras causas, deve ser enquadrado
no Grupo I da Classificação de Schilling, em que o trabalho é definido como causa necessária.



No comments:

Post a Comment