Tuesday, December 8, 2015

Pneumonite por Hipersensibilidade à poeira orgânica - Epidemiologia e Fatores de risco

Pneumonite por Hipersensibilidade à poeira orgânica - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A prevalência das pneumonites de hipersensibilidade é desconhecida em nosso país, mas vários relatos de
doenças específicas têm sido publicados. Sua ocorrência é ocasionada pela exposição a poeiras orgânicas em ambientes
agrícolas e industriais:
- pulmão do granjeiro (ou do fazendeiro, ou do agricultor): feno, palha, grãos mofados;
- bagaçose: cana mofada;
- pulmão dos criadores de pássaros: excrementos e penas de aves;
- suberose: cortiça;
- pulmão dos trabalhadores de malte;
- pulmão dos que trabalham com cogumelos;
- doença pulmonar devida a sistemas de ar condicionado e umidificação de ar;
- pneumonite de hipersensibilidade devida a outras poeiras orgânicas;
- exposição ocupacional a poeiras contendo microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus produtos
tóxicos;
- exposição ocupacional a outras poeiras orgânicas.
Cada uma dessas doenças é causada por um antígeno específico, sejam bactérias termofílicas, como a
Micropolyspora faeni, do feno úmido, no pulmão do granjeiro; ou a Thermoactinomycetes vulgaris, do bagaço da cana-
de-açúcar, na bagaçose; ou fungos, como o Penicillium frequentans, da suberose; ou proteínas animais, como nos
pulmões dos tratadores de pássaros, etc.; sejam substâncias químicas, como o tolueno diisocianato (TDI), o difenilmetano
diisocianato (MDI), o hexametileno diisocianato (HDI), o anidrido trimetílico, o sulfato de cobre e os piretróides, entre
outros.
Em trabalhadores expostos, essas entidades podem ser caracterizadas como doenças relacionadas ao
trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling.



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