Sunday, September 11, 2016

Insuficiência renal crônica - Tratamento

Insuficiência renal crônica - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
A insuficiência renal crônica (IRC) pode evoluir de forma insidiosa e progressiva, provocando várias altera-
ções em órgãos e sistemas que necessitam ser tratadas. Por exemplo: as alterações do psiquismo podem ser aborda-
das com o uso de diazepínicos, fenotiazinas ou com haloperidol, se houver manifestação psicótica. Quadros depressivos
podem ser controlados pelo uso de imipramina e pelos antidepressivos tricíclicos. As convulsões podem ser controla-
das com fenitoína. A neuropatia periférica pode exigir diálise para melhora do quadro.
A insuficiência cardíaca e a hipertensão arterial necessitam ser tratadas com rigor. A reversão de pericardite
e do pulmão urêmico necessita de diálise. As manifestações gastrintestinais requerem o uso de antieméticos, espasmolíticos,
protetores da mucosa, laxantes suaves, antimicrobianos e fungicidas, de acordo com a necessidade. A anemia pode ser
tratada com o uso de eritropoetina, remoção da uremia, correção do hiperparatireoidismo, diálise e suplementação de
ácido fólico. A osteodistrofia solicita restrição da ingestão e/ou absorção intestinal de fosfato, administração de cálcio,
vitamina D, diálise, e em última opção, a paratireoidectomia. As artrites sépticas são abordadas com antibioticoterapia
adequada. Os distúrbios hidroeletrolíticos, ácido-básicos, metabólicos, dos oligoelementos podem requerer diálise.

Na fase terminal, em que a filtração glomerular decai aos limites mínimos (igual ou inferior a 5 ml/min)
compatíveis com a vida, a sintomatologia urêmica assume caráter incontrolável, ficando a perspectiva da vida na
dependência da diálise artificial e do transplante renal.
Sobre o tratamento da intoxicação pelo chumbo, ver o protocolo Cólica do chumbo (16.3.6), no capítulo 16.

5 PREVENÇÃO
A prevenção da insuficiência renal crônica relacionada ao trabalho baseia-se na vigilância dos ambientes e
condições de trabalho e na observação dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução deste capítulo.
Os procedimentos para a vigilância da saúde de trabalhadores expostos ao chumbo inorgânico estão
descritos no protocolo Cólica do chumbo (16.3.6), no capítulo 16.



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