Monday, October 19, 2015

Rinite alérgica - Tratamento

Rinite alérgica - Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
O afastamento dos agentes desencadeadores é considerado o tratamento de escolha, pois remove a
causa e previne os sintomas.
Se a remoção dos alérgenos não for suficiente para a melhora do quadro, podem ser utilizados medicamentos
e/ou imunoterapia, com auxílio de:
ANTI-HISTAMÍNICOS ORAIS H1: controlam prurido nasal, espirros e rinorréia.
Não melhoram a obstrução nasal. Os de 1.ª geração produzem sonolência e depressão do sistema nervoso central em 20% dos pacientes. Os de 2.ª
geração têm efeitos sedativos comparáveis ao placebo;

CORTICOSTERÓIDES TÓPICOS: efeitos vasoconstritores e antiinflamatórios. Considerados medicamentos de escolha no
tratamento de casos crônicos;

CORTICOSTERÓIDES SISTÊMICOS: ciclos curtos em casos graves, na ausência de contra-indicações;

BROMETO DE IPRATRÓPIO: diminui a rinorréia e tem pouca ação no espirro e na obstrução nasal. É mais eficaz na rinite não-
alérgica, com predomínio de rinorréia;

CROMOGLICATO DE SÓDIO: reduz pruridos, espirros, rinorréia e obstrução nasal. Baixa adesão ao tratamento pelo número
de doses (4/dia). Recomendado para uso profilático em crianças;

VASOCONSTRITORES TÓPICOS NASAIS: (agonistas α2
adrenérgicos) para uso de 5 até 7 dias. Podem provocar rinite
medicamentosa por efeito rebote;

VASOCONSTRITORES SISTÊMICOS: (agonistas α-adrenérgicos) melhora os sintomas nasais. Devem ser evitados pelos efeitos
colaterais (inquietação, agitação, distúrbios do sono, hipertensão, angina pectoris, cefaléia e problemas
miccionais);

IMUNOTERAPIA COM ALÉRGENOS INALADOS (dessensibilização ou hipossensibilização): tentativa de alterar a reatividade
imunológica do indivíduo, de modo que haja menos resposta à reexposição natural ao agente nocivo. Está
indicada em pacientes que têm componentes alérgicos importantes em sua doença e que não estão obtendo
melhoras clínicas satisfatórias com o controle ambiental e medicamentoso. Deve ser considerada em casos
de rinite perene com exacerbações sazonais, presença de sintomas constitucionais como fadiga, associação
com sinusite, conjuntivite alérgica e asma. A técnica envolve injeção de doses crescentes do alérgeno por
via subcutânea e deve ser feita por profissionais treinados, devido ao risco de anafilaxia.

Dada a natureza alérgica do processo, a deficiência ou a disfunção decorrentes da rinite alérgica são de
difícil avaliação, uma vez que os pacientes, geralmente, estão expostos a muitos alérgenos simultaneamente. Também,
a rinite alérgica pode ocorrer associada a processos de asma, dermatite de contato alérgica e conjuntivites, ampliando
o espectro das deficiências ou disfunções.



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