Wednesday, October 28, 2015

Sinusite crônica - Quadro clínico e diagnóstico

Sinusite crônica - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
De acordo com critérios fisiopatológicos, as sinusites podem ser classificadas em quatro estágios:
ESTÁGIO INICIAL:
a mucosa reage, formando transudato e, assim, estimulando a produção de muco, com a finalidade de
eliminar os agentes agressores;
ESTÁGIO DE OBSTRUÇÃO OSTIAL:
a congestão e o edema decorrentes da agressão podem determinar a obstrução dos
óstios de drenagem, propiciando a retenção das secreções e conseqüente deficiência na aeração. A
diminuição das concentrações de oxigênio e o acúmulo de dióxido de carbono transformam o ambiente
intra-sinusal, tornando-o sujeito ao desenvolvimento de bactérias, principalmente anaeróbias. É nessa fase
que se desenvolve a doença do complexo ostiomeatal, que pode levar o processo à cronicidade;
ESTÁGIO BACTERIANO:
ocorre grande crescimento bacteriano, favorecido pelas condições locais: falência do sistema
imune local e estase mucociliar. O organismo envia para a região grande número de neutrófilos e haverá o
aparecimento de secreção purulenta;
ESTÁGIO CRÔNICO:
se a infecção se prolonga, a cronicidade do processo se evidencia pelo espessamento da mucosa,
agravando ainda mais a obstrução nasal.
O diagnóstico clínico de sinusite é baseado em critérios maiores: secreção nasal, secreção pós-nasal e
tosse noturna (principalmente em crianças) e critérios menores: facialgias e cefaléias (as sinusites frontais originam
dor na região frontal e dor irradiada para as regiões temporal e occipital; as sinusites maxilares originam dor na face e
dor irradiada para as regiões orbitária ou retro-orbitária e dor irradiada para as regiões parietal e cervical superior; as
sinusites esfenoidais podem originar dor em todas as regiões laterais e posteriores e coluna cervical); obstrução nasal,
febre, cacosmias, halitose, fadiga, mal-estar e pigarro.

A confirmação do diagnóstico clínico é obtida pelo exame das cavidades nasais e faríngea e pelos exames
radiológicos, entre eles a radiografia convencional mostrando nível líquido, velamento ou espessamento mucoso
preenchendo 50% ou mais do seio ou a tomografia computadorizada, indicando qualquer tipo de alteração da mucosa
de revestimento das cavidades paranasais.
A classificação das sinusites em agudas, subagudas e crônicas é fundamental, em função das implicações
etiológicas e da orientação terapêutica. As sinusites crônicas têm duração acima de três meses. São comumente
ocasionadas por anaeróbios, contudo há necessidade de cultura e antibiograma para identificação do patógeno em
todos os casos.
As sinusites crônicas relacionadas ao trabalho podem ser causadas ou agravadas por substâncias químicas
irritantes, exemplificadas pelos halógenos bromo e iodo, porém não restritas a eles.
No diagnóstico diferencial, devem ser afastadas outras causas de sinusites, de cefaléia e dor facial.



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