Friday, October 23, 2015

Rinite crônica - Quadro clínico e diagnóstico

Rinite crônica - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Do ponto de vista clínico, as principais rinites são a rinite alérgica, a rinite vasomotora, a rinite atrófica, a
rinite eosinofílica não-alérgica (NARES), a rinite medicamentosa e a rinite metabólica.
No conceito de rinite crônica (J31.0) estão incluídas a ozena (doença nasal crônica), a rinite crônica atrófica,
a rinite crônica granulomatosa, a rinite crônica hipertrófica, a rinite crônica obstrutiva, a rinite crônica purulenta, a rinite
crônica ulcerada e a rinite crônica sem outra especificação.
Dentre os quadros relacionados ao trabalho, destaca-se a rinite crônica ulcerada ou ulcerosa, decorrente
da ação local de aerossóis irritantes, produtores de um processo inflamatório crônico, caracterizado clinicamente por
rinorréia sanguinolenta, ardência e dor nas fossas nasais. Os processos inflamatórios crônicos da mucosa nasal são,
geralmente, secundários às rinites agudas subintrantes ou mal cuidadas; às causas locais que perturbam a drenagem
normal das fossas nasais; as manifestações nasais alérgicas; à poluição atmosférica e ao exercício de profissões em
ambiente onde haja inalação permanente de substâncias irritantes.
A caracterização da rinite crônica ulcerosa é essencialmente rinoscópica. Podem ser observados edema,
ulcerações, crostas e eventualmente hemorragias ativas. As ulcerações podem evoluir para necrose e perfuração do
septo nasal, quadro muito conhecido entre os trabalhadores de galvanoplastia expostos ao cromo. O diagnóstico de
rinite crônica ulcerosa relacionada ao trabalho é feito por meio da história ocupacional, exame clínico e rinoscópico.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com o uso de drogas inalatórias, como a cocaína, quadro de
prevalência crescente e também com as outras causas de rinite crônica: rinites agudas subintrantes ou mal cuidadas,
causas locais que perturbam a drenagem normal das fossas nasais, manifestações nasais alérgicas, poluição atmosférica,
doenças sistêmicas (diabetes, insuficiência hepática, avitaminose e deficiências imunitárias).



No comments:

Post a Comment