Friday, June 17, 2016

Dorsalgia - Quadro clínico e diagnóstico

Dorsalgia - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico é caracterizado por dor na região cervical posterior, que piora com movimentos e
tensão, podendo irradiar para o braço (dor referida). Pode associar-se a queixas de fraqueza, fadiga muscular,
tontura e parestesias que não acometem território especifico, além de aumento do tônus ou contratura muscular
com pontos de dor miofascial ou bandas dolorosas em musculatura cervical, da base do crânio e dos ombros.
O exame físico pode evidenciar áreas de rigidez muscular com dor à palpação em fibras superiores de
trapézio, elevador de escápula, supra-espinhoso, rombóides, diminuição da lordose cervical e queda dos ombros.
Os quadros de ciática (M54.3) e lumbago com ciática (M54.4) são caracterizados por dor intermitente na
coluna lombar, que piora com movimentos ou com aumentos de pressão intra-abdominal (tosse, espirros, defeca-
ção) e que irradia pela face posterior da coxa até a face lateral do tornozelo e pé. Pode evoluir para uma degenera-
ção do disco intervertebral, hérnia de disco, osteoartrose e/ou osteófitos da coluna e história de traumas da coluna.
Ao exame clínico, é importante descrever cuidadosamente a dor: forma de instalação, duração, freqüência,
localização, com identificação do ponto de maior intensidade, presença ou não de irradiação e fatores de melhora e de
piora. O exame físico detalhado deve incluir inspeção, palpação, exame de movimentos (flexão, extensão, lateralidade
e rotação) e neurológico, incluindo marcha, teste de Lasègue, força muscular, testes de sensibilidade e reflexos
patelar e aquileu.

Os exames complementares a serem solicitados dependerão das hipóteses diagnósticas firmadas. A
hemossedimentação ajuda a diferenciar os quadros mecânicos dos inflamatórios. A radiografia simples da coluna
pode dar informações úteis, porém, em pacientes acima de 50 anos, podem ser encontradas alterações degenerativas
sem relação com o quadro clínico. A tomografia e a ressonância magnética podem confirmar existência de altera-
ções, embora por razões de custo e facilidades de acesso não devam ser solicitadas indiscriminadamente. A
eletroneuromiografia pode ser indicada, particularmente se há dúvida acerca de comprometimento da raiz nervosa.
O diagnóstico baseia-se em:
- história clínica (importante a exclusão de história de lesão de disco intervertebral, de traumatismos
ou de espondilite anquilosante);
- exame físico;
- exames complementares.



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