Sunday, June 12, 2016

Síndrome cervicobraquial - Quadro clínico e diagnóstico

Síndrome cervicobraquial - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
É variável, aparecendo:

GRAU 1 – queixas subjetivas, sem sinais clínicos;

GRAU 2 – queixas acompanhadas de endurecimento e hipersensibilidade dolorosa do pescoço,
do ombro e do braço, que nos casos mais graves inclui, também, hipertrofia e dor dos músculos afetados, alterações
ao exame neurológico, parestesia, perda de força muscular, hipersensibilidade dolorosa das apófises
espinhosas vertebrais e/ou dos músculos paravertebrais e/ou dos plexos nervosos;

GRAU 3 – podem surgir tremor das mãos, dor à movimentação do pescoço, ombro e extremidade superior; distúrbios
funcionais da circulação periférica; dor intensa do pesçoco, ombro e extremidade superior;

GRAU 4 – quadro intenso do grau III e aqueles que evoluem diretamente do grau II para um quadro de sindrome pes-
coço-ombro-mão, distúrbios orgânicos como tenossinovite ou tendinite, ou para alterações do sistema ner-
voso autônomo, como na síndrome de Raynaud; hiperemia passiva ou perda de equilíbrio ou, ainda, que
apresentam distúrbios psíquicos com ansiedade, insônia, alterações da ideação, histeria ou depressão;

GRAU 5 – pacientes que apresentam distúrbios não apenas no trabalho, mas que interferem no cotidiano.
As manifestações incluem dor na nuca ou na inserção superior do trapézio com irradiação para ombro,
braço, antebraço e mão, geralmente com topografia radicular de C5, C6, C7 ou C8. Pode haver concomitância de
parestesias, como dormências, formigamento, sensação de peso, de choque elétrico, picada, aquecimento e resfriamento
de membro superior. Desaparecimento de lordose cervical (fase aguda), contraturas musculares, dor ou formigamen-
to, choques e limitação à movimentação da coluna cervical, principalmente extensão e lateralidade.

Os testes de compressão da coluna cervical na posição ereta ou a manobra de Spurling (com o paciente
sentado, colocam-se as duas mãos em sua cabeça, inclinando-a para o lado doente e comprimindo-a para baixo)
devem ser realizados de forma cuidadosa e podem levar à reprodução de sintomas.
Apesar de estudos populacionais mostrarem evidências de compressão em assintomáticos, a realização
de exames de imagem continua sendo obrigatória. Inicia-se com radiografias simples da coluna cervical em AP, perfil
(P) e oblíquas. Nos casos duvidosos, pode-se lançar mão de tomografia computadorizada e da ressonância magnéti-
ca.
Alguns radiologistas recomendam não realizar tomografias de coluna cervical (CC), indicando diretamente a resso-
nância pela elevada ocorrência de falsos negativos nas tomografias computadorizadas de alta resolução (TCAR).
Para o diagnóstico diferencial, são recomendados, entre outros, os seguintes exames: hemograma com-
pleto, VHS, fosfatase alcalina, eletroforese de proteínas, cálcio, fósforo* e radiografias simples da coluna cervical em
AP, perfil (P) e oblíquas, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Critérios diagnósticos:
- história clínica e exame físico;
- história ocupacional;
- exames laboratoriais e de imagenologia.



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