Tuesday, August 2, 2016

Fluorose do esqueleto - Prevenção e Tratamento

Fluorose do esqueleto - Prevenção e Tratamento

4 TRATAMENTO E OUTRAS CONDUTAS
Não existe tratamento específico, apenas sintomático e de suporte.

5 PREVENÇÃO
A prevenção, no que se refere à fluorose do esqueleto relacionada ao trabalho, consiste, basicamente, na
vigilância dos ambientes, dos processos de trabalho e dos efeitos ou danos à saúde. O controle da exposição ao flúor
e seus compostos na indústria química, na produção de aço, na fabricação de vidro, na fundição de ferro e ligas
metálicas, na indústria de cerâmica, na produção de alumínio, em seu uso como raticida e na fluoretação da água pode
contribuir para reduzir a incidência de fluorose em grupos ocupacionais de risco. As medidas de controle ambiental
visam à manutenção de níveis de concentração dessas substâncias próximos de zero, por meio de:
- enclausuramento de processos e isolamento de setores de trabalho, se possível, utilizando sistemas
hermeticamente fechados;
- normas de higiene e segurança rigorosas, incluindo sistemas de ventilação exaustora adequados e
eficientes;
- monitoramento sistemático das concentrações no ar ambiente;
- adoção de formas de organização do trabalho que permitam diminuir o número de trabalhadores ex-
postos e o tempo de exposição;
- medidas de limpeza geral dos ambientes de trabalho, de higiene pessoal, recursos para banhos, lava-
gem das mãos, braços, rosto, troca de vestuário;
- fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual adequados, de modo comple-
mentar às medidas de proteção coletiva.
Recomenda-se a verificação da adequação e do cumprimento, pelo empregador, das medidas de controle
dos fatores de risco ocupacionais e de promoção da saúde identificadas no PPRA (NR 9) e no PCMSO (NR 7), além de
outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e municípios.
O Anexo n.º 11 da NR 15 (Portaria/MTb n.º 12/1983) estabelece os limites de tolerância para algumas
substâncias químicas no ar ambiente, para jornadas de até 48 horas semanais. Esses limites devem ser comparados
com aqueles adotados por outros países e revisados periodicamente à luz do conhecimento e de evidências acumula-
das, observando-se que, mesmo quando estritamente obedecidos, não impedem o surgimento de danos para a saúde.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doen-
ça. Consta de avaliação clínica, que inclui a utilização de protocolos padronizados objetivando identificar alterações
dentárias e ósseas.

Ainda não são bem conhecidas as relações existentes entre o nível de fluoretos na urina e as taxas de
deposição nos ossos, entretanto sua dosagem pode servir como um indicador de exposição, em programas de vigilân-
cia. Os seguintes índices têm sido utilizados em trabalhadores expostos:
- nível urinário de fluoretos até 4 ppm indica observação;
- acima de 6 ppm deve ser feito o monitoramento e adotadas outras medidas de controle;
- acima de 8 ppm é esperado um depósito ósseo. Se a exposição se mantém por muitos anos, haverá
aumento da radiopacidade óssea.



No comments:

Post a Comment