Tuesday, August 23, 2016

Síndrome nefrítica aguda - Epidemiologia e Fatores de risco

Síndrome nefrítica aguda - Epidemiologia e Fatores de risco

2 EPIDEMIOLOGIA – FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL CONHECIDOS
A síndrome nefrítica apresenta-se em uma grande variedade de doenças renais, especialmente as
glomerulonefrites e vasculites. A síndrome nefrítica aguda mais comum é a glomerulonefrite pós-estreptocócica. Pode
ocorrer glomerulonefrite aguda pós-infecciosa não-estreptocócica após infecções bacterianas (estafilocócica e
pneumocócica); virais (na caxumba, hepatite B, varicela, coxsackievirus, mononucleose infecciosa); por protozoários
(malária, toxoplasmose) e outros agentes, como sífilis e esquistossomose, associadas à endocardite infecciosa, em
pacientes portadores de shunts infectados ou em presença de abscessos viscerais, especialmente pulmonares.
A intoxicação ocupacional aguda por solventes, particularmente pelos hidrocarbonetos alifáticos halogenados,
pode cursar como síndrome nefrítica aguda.
O tetracloreto de carbono (CCl4) é o composto mais freqüentemente
responsável por esse quadro. A exposição crônica a solventes parece estar relacionada ao desenvolvimento de
glomerulonefrite, associada à presença de anticorpos antimembrana basal glomerular ou na presença da síndrome de
Goodpasture. Em trabalhadores expostos a esses solventes, a síndrome nefrítica aguda, excluídas outras causas não-
ocupacionais, deve ser considerada como doença relacionada ao trabalho, do Grupo I da Classificação de Schilling,
em que o trabalho constitui causa necessária.



No comments:

Post a Comment