Tuesday, August 9, 2016

Osteólise de falanges distais - Quadro clínico e diagnóstico

Osteólise de falanges distais - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
O quadro clínico se caracteriza pela presença do fenômeno de Raynaud (ver protocolo 14.3.9, no capítulo
14), que pode ocorrer em graus variados, em ambas as mãos. Pode ser acompanhado de dor reumática e acroparestesia,
sendo agravado pelo contato com ferramentas ou ambientes frios.
A sintomatologia persiste mesmo após a consolidação óssea. Os achados radiológicos de acroosteólise
nas falanges distais são quase que patognomônicos da entidade. Podem aparecer também em algumas desordens
metabólicas hereditárias, muito raras, ligadas ao metabolismo do cálcio.

A doença de origem ocupacional pode ser diferenciada daquela de origem familiar pela sua progressão
intermitente e pelo fato de que, uma vez cessada a exposição, ocorrerá a recalcificação. Os dedos, uma vez curados,
podem apresentar ao exame radiológico uma imagem de vareta da falange distal, encurtando e curvando o processo
ungueal. A densidade é maior que a das falanges não-afetadas. O anular está geralmente preservado. Os dedos
afetados têm uma aparência roliça, as unhas são mais curtas, ovais transversalmente e levemente achatadas.
Em alguns casos tem sido descrita a erupção de pequenos nódulos, semelhantes à urticária, acompanha-
dos de espessamento da pele (não são lesões eczematosas) e persistência de nódulos localizados simetricamente na
superfície dorsal das mãos, que lembram o escleroderma.
Dores reumáticas, acompanhadas em alguns casos de artrose, descalcificação da patela e lesões císticas
na articulação sacroilíaca também têm sido mencionadas. A ocorrência de trombocitopenia (precoce) pode preceder
todos os sintomas.
A doença do cloreto de vinila caracteriza-se por sintomas neurológicos, alterações na microcirculação
periférica (fenômeno de Raynaud),

lesões de pele, acroosteólise, acometimento de fígado e baço (fibrose
hepatoesplênica), sintomas genotóxicos e pelo efeito carcinogênico específico.
O diagnóstico baseia-se em:
- história clínica e exposição ocupacional;
- exame físico;
- achados ao exame radiológico.


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