Monday, March 17, 2014

Lesão do nervo poplíteo lateral - Prevenção

Lesão do nervo poplíteo lateral - Prevenção

5 PREVENÇÃO
A prevenção das mononeuropatias do membro inferior relacionadas ao trabalho baseia-se na vigilância dos
ambientes, processos, atividades de trabalho e vigilância dos efeitos ou danos à saúde, conforme descrito na introdução
do capítulo 18 – Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo relacionadas ao trabalho. Requer uma ação
integrada, articulada entre os setores assistenciais e os de vigilância.
É importante que o cuidado desses casos seja feito por uma equipe multiprofissional, com abordagem
interdisciplinar, capacitada a lidar e a dar suporte ao sofrimento físico e psíquico do trabalhador e aos aspectos sociais
e de intervenção nos ambientes de trabalho.
A vigilância de fatores de risco baseia-se na descrição das tarefas executadas pelo trabalhador, a partir da
observação direta ou entrevista, utilizando check lists, e, se possível, análise ergonômica das atividades, com ênfase
nos aspectos relativos à organização do trabalho, incluindo:
- análise ergonômica do trabalho real, da atividade, das tarefas, dos modos operatórios e dos postos de
trabalho;
- avaliação do ritmo e da intensidade do trabalho;
- estudo dos fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho, dos sistemas de turnos, dos
sistemas de premiação e dos incentivos;
- avaliação dos fatores psicossociais, individuais e das relações de trabalho entre colegas e chefias.



Recomenda-se observar a adequação e o cumprimento, pelo empregador, do PPRA (NR 9) e do PCMSO
(NR 7), da Portaria/MTb n.º 3.214/1978, além de outros regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos
estados e municípios. Para a promoção da saúde do trabalhador e prevenção dos transtornos do plexo braquial
relacionados ao trabalho, devem ser observadas, pelo empregador, as prescrições contidas na NR 17, que estabelece
parâmetros para a avaliação e correção de situações e condições de trabalho, do ponto de vista ergonômico.
Devem ser definidas estratégias para garantir a participação dos trabalhadores e a sensibilização dos níveis
gerenciais para a implementação das medidas preventivas que envolvam modificações na organização do trabalho.

O exame médico periódico visa à identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença, por
meio de:
- avaliação clínica com pesquisa de sinais e sintomas neurológicos, por meio de protocolo padronizado e
exame físico criterioso;
- exames complementares orientados pela exposição ocupacional;
- informações epidemiológicas.

Suspeita ou confirmada a relação da doença com o trabalho, deve-se:
- informar ao trabalhador;
- examinar os expostos, visando a identificar outros casos;
- notificar o caso aos sistemas de informação em saúde (epidemiológica, sanitária e/ou de saúde do
trabalhador), por meio dos instrumentos próprios, à DRT/MTE e ao sindicato da categoria;
- providenciar a emissão da CAT, caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social,
conforme descrito no capítulo 5;
- orientar o empregador para que adote os recursos técnicos e gerenciais adequados para eliminação
ou controle dos fatores de risco;
- articular os setores de assistência, vigilância e aqueles que irão realizar a reabilitação física, profissional
e psicossocial. É importante o acompanhamento do retorno do trabalhador ao trabalho, na mesma
atividade, com modificações ou restrições, ou em outra atividade, de modo a garantir que não haja
progressão ou agravamento do quadro.



Fonte: Doenças do Trabalho

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