Wednesday, March 19, 2014

Polineuropatia induzida - Quadro clínico e diagnóstico

Polineuropatia induzida - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os achados mais comuns nas polineuropatias metabólicas ou tóxicas decorrem do comprometimento axonal
distal, seguido de desmielinização segmentar. A perda da sensibilidade ao toque é a manifestação comum da neuropatia
periférica. Também podem estar alteradas a percepção da discriminação entre dois pontos, posição, vibração e
temperatura. Dependendo da gravidade da neuropatia, o exame eletromiográfico pode revelar alteração da velocidade
de condução nervosa e redução da amplitude sensitiva ou motora do potencial obtido. A avaliação com potencial
evocado sensitivo pode ser, eventualmente, útil naqueles pacientes com alterações eletroneuromiográficas mais discretas.
A velocidade de condução nervosa motora ou sensitiva mais lenta está, geralmente, associada à desmielinização das
fibras nervosas, enquanto que valores normais na presença de diminuição da amplitude motora e sensitiva relacionam-
se às polineuropatias axonais.



As causas ocupacionais das neuropatias periféricas incluem a exposição a agentes neurotóxicos, como
metais pesados, solventes orgânicos, pesticidas, a radiação ionizante e o frio. Também os movimentos repetitivos
podem causar lesão nos nervos periféricos por compressão externa ou interna. Outras lesões de natureza mecânica,
como lacerações, vibração e traumas repetidos, também podem levar à neuropatia. Entre as causas não-ocupacionais
estão doenças genéticas, nutricionais, infecções e pós-infecções, tumores malignos e doenças metabólicas (diabetes
e deficiência de tiamina). Outras causas importantes são alcoolismo, uremia, paraproteinemia, amiloidose e sarcoidose.
O diagnóstico inclui:
- história clínica e ocupacional;
- exame neurológico.
Dois diagnósticos diferenciais importantes são o diabetes mellitus e o alcoolismo.



Fonte: Doenças do Trabalho

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