Saturday, September 26, 2015

Acrocianose e acroparestesia - Quadro clínico e diagnóstico

Acrocianose e acroparestesia - Quadro clínico e diagnóstico

3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
Os pacientes com acrocianose possuem coloração cianótica persistente nas mãos e, menos comumente,
nos pés. Em alguns casos, a cianose estende-se para porções proximais dos membros. O acometimento geralmente
é bilateral e simétrico.
A pele é fria e úmida e, geralmente, não há palidez. A coloração azulada intensifica-se com a exposição
ao frio e torna-se violácea ou avermelhada com a exposição ao calor. A parestesia de extremidades pode estar
presente, principalmente nos casos secundários. Geralmente, não existem outros sintomas associados.

Nos casos decorrentes à exposição ao cloreto de vinila, é comum a associação com a acroosteólise. O
diagnóstico geralmente é clínico e deve ser diferenciado da síndrome de Raynaud, da obstrução arterial e da
cianose sistêmica.
Na síndrome de Raynaud, as alterações de coloração da pele são episódicas, há palidez, o acometimento
é limitado aos dedos e a pele é seca. A acrocianose raramente produz alterações tróficas e ulcerações.
A cianose secundária à obstrução arterial é afastada pela presença de pulsos normais e de acometimento
bilateral e simétrico. A cianose sistêmica é afastada pela ausência de saturação arterial de O2
reduzida e pela melhora em um ambiente quente ou com elevação do membro acometido.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com as doenças associadas às crioaglutininemias, que apresentam
amplo espectro: doenças infecciosas, como a mononucleose infecciosa; neoplasias, como leucemias, linfomas; e
colagenoses.
Nos casos decorrentes da exposição ao cloreto de vinila, a radiografia pode mostrar acroosteólise associada.



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