Wednesday, September 9, 2015

Arritmias cardíacas - Na intoxicação por agrotóxicos

Arritmias cardíacas - Na intoxicação por agrotóxicos

Na intoxicação por agrotóxicos organofosforados e carbamatos, por meio da inibição da enzima acetil-
colinesterase, há acúmulo de acetilcolina, podendo ocorrer taquicardia (por estimulação de receptores nicotínicos) e
bradicardia (por estimulação de receptores muscarínicos), além de fibrilação atrial e arritmias ventriculares do tipo
torsade de pointes.
As intoxicações por antimônio, arsênio, cobalto e mercúrio podem cursar com uma variedade de distúrbios
de condução, repolarização e do ritmo cardíaco, causados por toxicidade direta. O chumbo pode causar hipertensão
arterial, com posterior comprometimento da função cardíaca (cardiomiopatia hipertensiva), desencadeando arritmias.
Há relatos de casos de miocardite na intoxicação aguda pelo chumbo, cursando com bradicardia, distúrbios de
repolarização e bloqueio atrioventricular.
O grupo de fatores de risco psicossociais relacionados à organização do trabalho e/ou ao desemprego,
gerando situações de estresse, também podem produzir arritmias.
As arritmias cardíacas relacionadas ao trabalho podem ser classificadas dentro dos três grupos propostos
por Schilling:

GRUPO 1 - (trabalho como causa necessária) estariam aquelas que decorrem de exposições ocupacionais bem definidas,
como no caso das substâncias químicas tóxicas acima mencionadas;
GRUPO 2 - o trabalho poderia ser fator de risco contributivo no quadro de etiologia multicausal, como, por exemplo, as
arritmias cardíacas na presença de sérios problemas relacionados com o emprego e o desemprego;
GRUPO 3 - em trabalhadores ansiosos ou emocionalmente lábeis, circunstâncias de trabalho poderiam desencadear
ou agravar crises de arritmias cardíacas.



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