Tuesday, May 24, 2016

A Caracterização da disfunção e a decisão quanto ao afastamento ou permanência no trabalho

A Caracterização da disfunção e a decisão quanto ao afastamento ou permanência no trabalho

4 A CARACTERIZAÇÃO DA DISFUNÇÃO E A DECISÃO QUANTO AO AFASTAMENTO OU PERMANÊNCIA NO TRABALHO APÓS O DIAGNÓSTICO
A avaliação das conseqüências da doença para o paciente ou do grau de deficiência ou disfunção existente
por ocasião do diagnóstico e com a evolução do paciente, que persiste com queixas mesmo após a consolidação das
lesões, representa um desafio, particularmente no que se refere à decisão sobre a capacidade de o lesionado voltar à
atividade que exercia ou para o trabalho em geral.
Entre as questões que se apresentam para a equipe de saúde, estão:
- há comprometimento ou prejuízo funcional?
- há possibilidade de agravamento do quadro pela permanência na atividade desenvolvida pelo paciente?
Caso a resposta seja afirmativa, deve-se considerar que há incapacidade temporária para a atividade
desenvolvida e devem ser iniciados os entendimentos com o empregador ou seus prepostos, visando a avaliar a
existência de condições propícias para o remanejamento para outra função, sob supervisão médica. Nesse caso, a
incapacidade é considerada parcial e permite-se a continuação ou persistência do empregado no trabalho. Se não for
possível, o paciente deve ser afastado do trabalho, caracterizando uma incapacidade total temporária.
Também deve ser considerada a existência de fatores favorecedores da permanência no trabalho, uma vez
que trabalhadores qualificados, satisfeitos com o trabalho, que tenham oportunidade de ser deslocados para postos e
tarefas alternativas mais leves, sem grande pressão por produtividade, tendem a resolver o problema de modo mais fácil.


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