Friday, May 27, 2016

Caracterização da disfunção e da incapacidade

Caracterização da disfunção e da incapacidade

7 CARACTERIZAÇÃO DA DISFUNÇÃO E DA INCAPACIDADE
Os critérios estabelecidos nos Guides to the Evaluation of Permanent Impairment
(4.ª edição, 1995), da AMA, para a caracterização da disfunção e da incapacidade
provocadas por LER/DORT, podem ser úteis.
Baseiam-se no sintoma dor, de inegável importância, mas de difícil avaliação objetiva pelo examinador ou entrevistador, e na amplitu-
de do movimento ou, pelo seu oposto, na limitação do movimento decorrente da doença.
Para o sintoma dor é reconhecido que “sua avaliação não chega a padrões de sensibilidade estritamente
científicos. A dor crônica não é mensurável ou detectável pelo modelo de doença clássico, baseado no enfoque de
tecido ou órgão. A avaliação da dor requer o reconhecimento e a compreensão do modelo multifacético,
biopsicossocial, que transcende o modelo de doença limitado e usual. A avaliação da disfunção por dor é baseada
no treinamento do médico, na experiência, na capacidade e habilidade. Como em outras áreas, o julgamento profis-
sional do médico requer uma mistura de arte e ciência”. Para a avaliação da amplitude do movimento ou da limita-
ção do movimento é recomendada sua mensuração e comparação com um elenco de 83 tabelas, completadas por
cerca de 80 figuras esquemáticas.
Também podem ser utilizados critérios que levam em conta:
- neuropatias periféricas:
após estabilização das lesões, avaliam-se os déficits sensitivo e motor em
território, dermátomo, músculo ou grupo de músculos correspondente a raiz,
tronco ou nervo específi-co;
- distúrbios vasculares periféricos:
claudicação, edema, desaparecimento de pulsos, distúrbios de teci-
dos subcutâneos, calcificações arteriais, fenômeno de Raynaud e úlceras são avaliados em função de
freqüência, grau e meios de controle por medicamentos e meios físicos;
- outros distúrbios, como: presença de crepitações, desvios, deformidades ou subluxações, instabilida-
de, implantes, artroplastias;
- força de preensão e pinça:
avaliada com dinamômetros próprios a intervalos regulares.
Para a avaliação da disfunção ou deficiência, as seguintes informações são básicas:
- avaliação médica completa da natureza do processo, seu diagnóstico e seu prognóstico, em termos de
suscetibilidade a tratamento clínico, cirúrgico e/ou fisioterápico;
- impacto da doença sobre o indivíduo como um todo, incluindo as atividades diárias;
- grau de estabilidade do quadro, se a disfunção é temporária ou permanente, se é irreversível.
De acordo com o Baremo Internacional de Invalideces – Valoración de las Discapacidades y del Daño
Corporal, Mélennec (1997), os seguintes critérios são utilizados para o estagiamento das disfunções de apreensão e
do membro superior:


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