Friday, May 20, 2016

Programas de atividades físicas no trabalho

Programas de atividades físicas no trabalho

Vencida a fase aguda, a literatura especializada tem recomendado a introdução ou incentivo de programas
de atividades físicas, como, por exemplo, exercícios de alongamentos localizados e de grandes segmentos do corpo,
fortalecimento muscular localizado e atividades aeróbicas, hidroginástica, entre outras.

O desenvolvimento do programa deve respeitar tanto o estágio clínico da doença quanto a capacidade
física do paciente, introduzindo as práticas de modo gradativo, reservando-se as atividades de fortalecimento muscular
para o último estágio.
Nos grupos classificados como outros transtornos dos tecidos moles relacionados com o uso, o uso excessivo
e a pressão (M70.8) ou como transtornos não especificados dos tecidos moles relacionados com o uso, o uso excessivo
e a pressão (M70.9), o diagnóstico anatômico e a definição do nexo causal são mais difíceis.

Segundo Millender (1992), podem ser enquadrados nesses grupos os pacientes que apresentam quadro
de dor crônica e/ou desconforto vago e difuso que não permitem diagnóstico músculo-esquelético específico, em que
foram afastados outros diagnósticos diferenciais e caracterizada pela história ocupacional a presença de fatores de
risco para o desenvolvimento de agravo do grupo LER/DORT.
O estabelecimento do nexo causal naqueles casos deve levar em conta, além dos aspectos acima citados,
que a investigação da duração da evolução e a existência de período prolongado de exposição a fatores de risco, antes
da busca de tratamento médico.
Também devem ser considerados os conflitos na relação médico-paciente, entre o paciente e os colegas
de trabalho e/ou a chefia, além de outros fatores psicossociais que interferem na percepção da dor (referidos na
literatura como associados com pior prognóstico e dificuldade para o retorno ao trabalho).
A somatória desses fatores poderia explicar o aspecto incaracterístico do caso ou indicar a necessidade de
investigação complementar acerca de outras causas. Para isso, é importante o abandono da atitude intransigente da
exigência de comprovação impossível, à luz dos conhecimentos atuais, da existência ou inexistência do nexo causal.


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